Mikhail Bulgakov - Margarita e o Mestre

Здесь есть возможность читать онлайн «Mikhail Bulgakov - Margarita e o Mestre» весь текст электронной книги совершенно бесплатно (целиком полную версию без сокращений). В некоторых случаях можно слушать аудио, скачать через торрент в формате fb2 и присутствует краткое содержание. Издательство: COLECÇÃO MIL FOLHAS, Жанр: Советская классическая проза, на португальском языке. Описание произведения, (предисловие) а так же отзывы посетителей доступны на портале библиотеки ЛибКат.

Margarita e o Mestre: краткое содержание, описание и аннотация

Предлагаем к чтению аннотацию, описание, краткое содержание или предисловие (зависит от того, что написал сам автор книги «Margarita e o Mestre»). Если вы не нашли необходимую информацию о книге — напишите в комментариях, мы постараемся отыскать её.

Margarita e o Mestre — читать онлайн бесплатно полную книгу (весь текст) целиком

Ниже представлен текст книги, разбитый по страницам. Система сохранения места последней прочитанной страницы, позволяет с удобством читать онлайн бесплатно книгу «Margarita e o Mestre», без необходимости каждый раз заново искать на чём Вы остановились. Поставьте закладку, и сможете в любой момент перейти на страницу, на которой закончили чтение.

Тёмная тема
Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

A noite adensava-se, voava ao lado dos cavaleiros, agarrava-os pelas capas e, arrancando-lhas dos ombros, revelava os enganos. E quando Margarita, refrescada pelo vento, abriu os olhos, viu como mudava o aspecto de todos os que voavam para o seu destino. E quando, para lá da orla do bosque, começou a erguer-se a Lua cheia e rubra, todos os enganos desapareceram, a frágil roupagem do encantamento caiu no pântano, afundou-se nas brumas.

Seria difícil agora reconhecer Koroviev-Fagot, o falso intérprete junto de um misterioso consultor que não necessitava de nenhum intérprete, naquele que voava ao lado de Woland, à direita da amiga do Mestre. No lugar daquele que partira dos montes Koroviev usando umas roupas de circo esfarrapadas sob o nome de Koroviev-Fagot, cavalgava agora, fazendo tilintar suavemente as correntes de ouro das rédeas, um cavaleiro vestido de violeta-escuro, com um rosto sombrio que nunca ria. Apoiava o queixo no peito, não olhava para a Lua, não se interessava pela Terra, meditando nos seus próprios assuntos, voando ao lado de Woland.

— Porque mudou ele assim? — perguntou Margarita a Woland entre os silvos do vento.

— Este cavaleiro disse um dia um gracejo infeliz — respondeu Woland voltando para Margarita o seu rosto onde o olho flamejava suavemente. — Um trocadilho que ele compôs a propósito da luz e das trevas não saiu muito bem. E depois disso o cavaleiro teve que gracejar um pouco mais e durante mais tempo do que era sua intenção. Mas esta é uma noite de acerto de contas. O cavaleiro pagou e fechou a sua conta!

A noite arrancara também a cauda felpuda de Behemot, despojara-o da sua pelagem e espalhara-a em farrapos pelos pântanos. Aquele que fora um gato, que divertira o príncipe das trevas, era agora um jovem magro, um demónio pajem, o melhor bobo que alguma vez existira no mundo. Agora também ele estava calado e voava sem ruído, oferecendo o seu rosto jovem à luz que emanava da Lua.

Mais ao lado de todos voava Azazello, cintilando na sua armadura de aço. A Lua também lhe modificara o rosto. Tinha desaparecido o seu absurdo e horrível dente canino e o seu olho cego mostrou ser falso. Ambos os olhos de Azazello eram iguais, vazios e negros, e o seu rosto era branco e frio. Azazello voava agora no seu aspecto verdadeiro, como demónio do deserto árido, demónio assassino.

Margarita não se podia ver a si própria, mas via bem como o Mestre tinha mudado. Os seus cabelos branquejavam agora ao luar e estavam apanhados atrás, numa espécie de trança que esvoaçava ao vento. Quando o vento afastava a capa dos pés do Mestre, Margarita via-lhe nas botas de montar as estrelas das esporas, ora luzindo, ora extinguindo-se. Tal como o jovem demónio, o Mestre voava sem desviar os olhos da Lua, mas sorrindo-lhe como se a conhecesse bem e a amasse, e, segundo o hábito adquirido no quarto número 118, murmurava qualquer coisa para si mesmo.

E, finalmente, Woland voava também sob o seu verdadeiro aspecto. Margarita não saberia dizer de que eram feitas as rédeas do cavalo dele, e pensava que possivelmente seriam raios de luar tecidos em cadeias, e o próprio cavalo apenas uma massa de trevas, e as crinas desse cavalo uma nuvem, e as esporas do cavaleiro manchas brancas de estrelas.

Voaram assim em silêncio durante muito tempo, até que o próprio terreno lá em baixo começou a mudar. As florestas melancólicas afundaram-se na escuridão da terra e arrastaram consigo as lâminas pálidas dos rios. Em baixo começaram a surgir penedos que lançavam reflexos, e entre eles negrejavam ravinas onde não penetrava a luz da Lua.

Woland parou o seu cavalo numa elevação plana, pedregosa e triste, e então os cavaleiros avançaram a passo, escutando as ferraduras dos seus cavalos esmagarem pedras e seixos. A Lua inundava o planalto com uma luz esverdeada e brilhante, e Margarita em breve distinguiu, naquele sítio deserto, uma poltrona e a branca figura de um homem nela sentado. É possível que o homem ali sentado fosse surdo ou estivesse demasiado absorto nos seus pensamentos. Não ouviu o chão pedregoso estremecer sob o peso dos cavalos, e os cavaleiros aproximavam-se dele sem o perturbarem.

A Lua ajudava Margarita, iluminando melhor que a melhor lanterna eléctrica, e ela viu que o homem sentado, cujos olhos pareciam cegos, esfregava as mãos em movimentos breves, e com esses mesmos olhos cegos fixava o disco da Lua. Agora Margarita via já que ao lado da pesada poltrona de pedra, que sob o luar despedia uma espécie de centelhas, estava deitado um enorme cão preto de orelhas pontiagudas que, tal como o dono, olhava inquietamente para a Lua.

Aos pés do homem sentado estavam espalhados os fragmentos de um jarro partido e estendia-se um charco vermelho-escuro que não secara.

Os cavaleiros detiveram os seus cavalos.

— Leram o seu romance — disse Woland, voltando-se para o Mestre — e disseram apenas que ele, infelizmente, não está terminado. Por isso quis mostrar-lhe o seu herói. Há quase dois mil anos que está sentado neste planalto e dorme, mas quando chega a Lua cheia, como vê, é atormentado pela insónia. E não o atormenta apenas a ele, mas também ao seu guardião fiel: o cão. Se é verdade que a cobardia é o pior dos defeitos, o cão não é certamente culpado. A única coisa que este cão intrépido temia era a tempestade. Mas quem ama deve partilhar a sorte daquele a quem ama.

— Que diz ele? — perguntou Margarita, e o seu rosto perfeitamente tranquilo cobriu-se de uma sombra de compaixão.

— Ele diz sempre a mesma coisa — ouviu-se a voz de Woland. — Diz que nem ao luar tem descanso e que a sua tarefa é difícil. É isto que ele diz sempre quando não dorme, e quando dorme vê sempre a mesma coisa: um caminho de luar. E quer seguir por esse caminho e falar com o preso Ha-Nozri, porque, como afirma, ele deixou qualquer coisa por dizer naquela altura, há muito tempo, no décimo quarto dia do mês primaveril de Nissã. Mas, infelizmente, por qualquer razão não consegue avançar por esse caminho, e ninguém vem ter com ele. E, assim, que há-de fazer? Tem que falar consigo mesmo. E como é preciso variar alguma coisa, ao seu discurso sobre a Lua ele acrescenta frequentemente que as coisas que mais odeia no mundo são a sua imortalidade e a sua inaudita fama. Afirma que de bom grado trocaria a sua sorte pela do andrajoso vagabundo Mateus Levi.

— Doze mil luas por uma lua de há muito tempo… não será isso demasiado? — perguntou Margarita.

— Repete-se a história de Frieda? — perguntou Woland. — Mas, Margarita, aqui não precisa de se inquietar. Tudo estará em ordem, o mundo é assim feito.

— Liberte-o — gritou de súbito Margarita estridentemente, como gritava quando era feiticeira.

E a esse grito, um pedregulho desprendeu-se da montanha e rolou pelas escarpas indo cair no abismo, enchendo as montanhas com o seu fragor. Mas Margarita não podia dizer se esse fragor era da queda do pedregulho, ou do riso satânico. Fosse como fosse, Woland ria, olhando Margarita, e disse:

— Não deve gritar nas montanhas. De qualquer modo ele está habituado aos desabamentos e isso não o sobressalta. Não precisa de interceder por ele, Margarita, porque por ele já intercedeu aquele com quem ele tanto desejava falar. — Woland voltou-se novamente para o Mestre e disse: — Pois bem, agora pode terminar o seu romance com uma frase!

O Mestre parecia estar já à espera disto, enquanto, de pé e imóvel, olhava o procurador sentado. juntou as mãos em concha, e gritou de tal modo que o eco rolou pelos montes desertos e sem árvores:

— Estás livre! Estás livre! Ele espera-te!

Os montes transformaram a voz do Mestre num trovão e esse trovão fê-los ruir. As malditas paredes rochosas desmoronaram-se. Ficou apenas a plataforma com a poltrona de pedra. Sobre o abismo negro onde desapareceram as paredes, iluminou-se uma cidade imensa dominada por ídolos resplandescentes, que se erguiam sobre um jardim que crescera luxuriante ao longo dessas milhares de luas. Até esse jardim estendia-se o caminho de luar tão esperado pelo procurador, e o cão de orelhas aguçadas foi o primeiro que começou a correr por esse caminho. O homem da capa branca debruada a vermelho levantou-se da poltrona e gritou qualquer coisa numa voz rouca e entrecortada. Era impossível perceber se chorava ou se ria, nem o que gritava. Viu-se apenas que ele se lançou também pelo caminho de luar, atrás do seu fiei guardião.

Читать дальше
Тёмная тема
Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

Похожие книги на «Margarita e o Mestre»

Представляем Вашему вниманию похожие книги на «Margarita e o Mestre» списком для выбора. Мы отобрали схожую по названию и смыслу литературу в надежде предоставить читателям больше вариантов отыскать новые, интересные, ещё непрочитанные произведения.


Отзывы о книге «Margarita e o Mestre»

Обсуждение, отзывы о книге «Margarita e o Mestre» и просто собственные мнения читателей. Оставьте ваши комментарии, напишите, что Вы думаете о произведении, его смысле или главных героях. Укажите что конкретно понравилось, а что нет, и почему Вы так считаете.

x