Jorge Amado - Capitães da Areia
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- Название:Capitães da Areia
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- Год:1937
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- Gente nova... - murmurou o Gato, que ia sair.
Gato andou até onde eles estavam:
- Quem é, Professor?
- A mãe e o pai morreu de bexiga. Tavam na rua, sem ter onde dormir. Gato olhou para Dora ensaiando seu melhor sorriso. Fez uma espécie de saudação tinha visto num cinema um galã fazendo com o corpo, ensaiou uma frase que tinha ouvido certa vez:
- Boas-vindas, madame...
Não se lembrou do resto, ficou meio encabulado, foi embora ver Dalva. Mas os demais já se aproximavam. Sem-Pernas e Boa-Vida vinham na frente. Dora olhava assustada.Zé Fuinha dormia de cansaço. João Grande se pôs na frente de Dora. A luz da vela iluminava o cabelo loiro da menina, de quando em vez pousava nos seios. se levantou, encostou-se na parede. Agora a lua aparecia pelos buracos do teto.
Boa-Vida estava diante deles. Sem-Pernas vinha coxeando, e os outros logo atrás, os olhos estirados para Dora. Boa-Vida falou:
- Quem é essa lasca?
Professor se adiantou:
- Tava com fome. Ela e o irmão. A bexiga matou o pai e a mãe.
Boa-Vida riu um riso largo. Empinou o corpo:
- É um peixão...
Sem-Pernas riu seu riso burlão, apontou os outros:
- Tá tudo como urubu em cima da carniça...
Dora se chegou para junto de Zé Fuinha, que acordara e tremia de medo. Uma voz disse entre os meninos:
- Professor, tu tá pensando que a comida é só pra tu e pra João Grande? Deixa pra nós também...
Outro gritou:
- Já tou com o ferro em brasa...
Muitos riram. Um se adiantou, mostrou o sexo a João Grande - Vê como a bichinha está, Grande. Doidinha...
João Grande e se pôs na frente de Dora. Não dizia nada, mas puxou o punhal. O Sem-Pernas gritou:
- Tu assim não arranja nada. Ela tem que ser pra todos.
Professor replicou:
- Não tão vendo que é uma menina...
- Já tem peito! - gritou uma voz.
Volta Seca saiu de entre o grupo. Trazia os olhos muito excitado um riso no rosto sombrio:
- Lampião também não respeita cara. Dá ela pra gente Grande...
Sabiam que Professor era fraco, não agüentava pancada. Estava doidamente excitados, mas ainda temiam João Grande, que segurava o punhal. Volta Seca se via como no meio do grupo de Lampião, pronto para deflorar junto com todos uma filha de fazendeiro. A vela iluminava os cabelos loiros de Dora. Ia um pavor pelo rosto dela.
João Grande não dizia nada, mas segurava o punhal na mão. Professor abriu a navalha, ficou junto dele. Então Volta Seca também puxou do punhal, começou a avançar.Os outros vinham por detrás dele, o cachorro latia. Boa-Vida falou mais uma vez:
- Desaparta, Grande. É melhor...
Professor pensava que se o Gato estivesse ali, estaria do lado deles, porque o Gato já, tinha mulher. Mas o Gato já tinha saído.
Dora via o grupo avançar. O medo foi vencendo o desânimo e o cansaço em que estava. Zé Fuinha chorava. Dora não tirava os olhos de Volta Seca. A cara sombria do mulato estava aberta em desejo, um riso nervoso a sacudia. Viu também os sinais da varíola no rosto de Boa-Vida quando este passou em frente da vela, e então se lembrou da mãe morta. Um soluço a sacudiu e deteve um momento os meninos. Professor disse:
- Não vê que ela tá chorando.
Eles pararam um momento. Mas Volta Seca falou:
- E nós com isso? A babaca é a mesma...
Continuaram avançando. Iam vagarosamente, os olhos fixos ora em Dora, ora no punhal que João Grande tinha na mão. De repente se apressaram, chegaram muito mais perto. João Grande falou pela primeira vez:
- Furo o primeiro...
Boa-Vida riu, Volta Seca manejou o punhal. Zé Fuinha chorava, Dora o olhou com os olhos apavorados. Se abraçou nele, viu João Grande derrubar Boa-Vida. A voz de Pedro Bala, que entrava, fez com que parassem:
- Que diabo é isso?
Professor levantou-se. Volta Seca o soltou, já o havia cortado no braço. Boa-Vida ficou deitado como estava, um talho no rosto. João Grande continuou em guarda na frente de Dora. Pedro Bala se adiantou:
- Que é isso?
Boa-Vida falou do chão mesmo:
Estes frescos arranjaram uma comida e quer que seja para ele só. A gente também tem direito...
- Também. Eu pelo menos quero trepar hoje... - esganiçou Sem-Pernas.
Pedro Bala olhou para Dora. Viu os peitos, o cabelo loiro.
- Tão com o direito... - falou. - Arreda, João Grande.
O negro olhou Pedro Bala espantado. O grupo avançava novamente, agora chefiado por Pedro Bala. João Grande estendeu os braços, gritou:
- Bala, eu como o primeiro que chegar aqui.
Pedro Bala adiantou mais um passo:
- Sai, Grande.
- Tu não tá vendo que é uma menina? Tu não tá vendo?
Pedro Bala parou, o grupo parou atrás dele. Agora Pedro Bala olhava Dora com outros olhos. Via o terror no rosto dela, as lágrimas que caíam dos olhos. Ouviu o choro de Zé Fuinha. João Grande falava:
- Eu sempre tive contigo, Bala. Sou teu amigo, mas ela é uma menina, fui eu e Professor que trouxe ela. Eu sou teu amigo, mas se tu vier eu te mato. É uma menina, ninguém faz mal a ela...
- A gente te derruba e depois... - disse Volta Seca.
- Cala a boca gritou Pedro Bala.
João Grande continuou:
- O pai dela, a mãe dela morreu de bexiga. A gente encontrou ela, não tinha onde dormir, a gente trouxe ela. Não é uma puta, é uma menina, não vê que é uma menina? Ninguém toca nela, Bala.
Pedro Bala disse baixinho:
- É uma menina...
Pulou para o lado de João Grande e de Professor.
- Tu é um negro bom. Tu tá com o direito... - voltou-se para os outros. - Quem quiser vir, venha...
- Tu não pode fazer isso, Bala... - e Boa-Vida passava a mão no talho. - Tu agora quer comer ela só com o Grande e Professor...
- Juro que não quem comer ela, nem eles quer. É uma menina. Mas ninguém toca nela. Quem quiser que venha...
Os menores e mais medrosos foram se afastando. Boa-Vida se levantou, foi para seu canto, limpando o sangue. Volta Seca falou para Pedro Bala devagar:
- Eu não vou não é de medo. É que tu disse que é uma menina.
Pedro Bala se aproximou de Dora:
- Tem medo, não. Ninguém toca em você.
Ela saiu do seu canto, arrancou um pedaço da fralda, começou a ver a ferida do Professor. Depois marchou para onde estava Boa-Vida que se encolheu todo, molhou a ferida do malandro, botou um pano em cima. Todo o temor, todo o cansaço tinham desaparecido. Porque confiava em Pedro Bala. Depois perguntou a Volta-Seca:
- Também tá ferido?
- Não... - fez o mulato sem compreender. E fugiu para seu canto. Parecia ter medo de Dora.
Sem-Pernas espiava. O cachorro saiu do colo dele, veio lamber os pés de Dora. Ela o acarinhou, perguntou ao Sem-Pernas:
- É teu?
- É, sim. Mas pode ficar com ele.
Ela sorriu. Pedro Bala andou ao léu no trapiche. Depois disse para todos:
- Amanhã ela vai embora. Não quero menina aqui.
- Não - disse Dora. - Eu fico, ajudo vocês. Eu sei cozinhar, coser, lavar roupa.
- Por mim pode ficar falou Volta Seca.
Dora olhou Pedro Bala:
- Tu disse que ninguém me fazia mal?..
Pedro Bala olhou os cabelos loiros. A lua entrava pelo trapiche.
Capítulo 13 - Dora, Mãe
O gato veio gingando o corpo naquele seu caminhar característico. Andara procurando enfiar a linha na agulha uma imensidade de tempo. Dora fizera Zé Fuinha dormir, agora se preparava para ouvir Professor ler aquela história tão bonita que estava no livro de capa azul. O Gato veio gingando o corpo, se aproximou devagar:
- Dora...
- Que é, Gato?
- Tu quer fazer uma coisa?
Mirava a agulha e a linha que tinha na mão. Parecia estar diante de um problema grave. Não sabia como se arranjar. Professor parou a leitura, Gato mudou de conversa:
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