Irwin Shaw - Plantão Da Noite

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Plantão Da Noite: краткое содержание, описание и аннотация

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Nova York, um hotel decadente, uma noite de inverno. No corredor do 6º andar, um cadáver nu com um canudo de papelão nas mãos… Assim começam as aventuras de Douglas Grimes, o vigia noturno do Hotel St. Ausgustine, um piloto fracassado e sem ilusões, que repentinamente se apodera de uma fortuna de 100 mil dólares. Na fuga para a Europa, o dinheiro desaparece e Douglas inicia a caçada ao “ladrão”. St. Moritz, Davos, Florença, Paris… no final do caminho Miles Fabian, um sofisticado playboy, refinado, culto e inescrupuloso, que se encarregará de introduzir Douglas Grimes no ofuscante mundo dos milionários.

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Um grupo de italianos conversava sem parar e consegui entender a palavra "desgrazia", usada repetidas vezes e com grande intensidade desde que se tinham sentado, quinze minutos antes. Não havia era jeito de eu saber a que desgraça se referiam.

Só eu estava sozinho.

Uma pequena careta torceu a generosa boca vermelha da mulher junto à porta. Tinha a pele pálida, com um delicado rubor sobre as proeminentes maçãs do rosto. Os olhos eram de um azul escuro, quase violeta; a silhueta, francamente revelada pelo sóbrio vestido preto, era elástica; as pernas, esbeltas e bem-feitas. Decidi que ela não era apenas bonita, mas linda. Bem o tipo de mulher que um homem capaz de furtar setenta mil dólares no aeroporto de Zurique escolheria para roubar, para umas férias ilícitas, de um marido aleijado e confiante.

Ela notou que eu a estava olhando e franziu a testa, o que lhe ficava muito bem. Abaixei os olhos. Dali a pouco, ela atravessou o salão e sentou-se a uma mesa perto da minha, jogando o casaco para cima da outra cadeira e tirando um maço de cigarros e um isqueiro de ouro da bolsa.

O garçom correu para ela e acendeu-lhe o cigarro. Ela era o tipo de mulher que é servida imediatamente em qualquer ocasião. O garçom era um belo rapaz moreno, com olhos ardentes e vivos e dentes esplêndidos, que mostrou num amplo sorriso ao se inclinar para saber o que a senhora desejava.

– Un pink gin, per favore – disse ela. – Sem gelo. – O sotaque era bem britânico.

– Outro uísque com soda, por favor – disse eu ao garçom.

– Prego? – O sorriso do homem desapareceu ao olhar para mim. Não me tinha perguntado o que eu queria.

– Ancora un whiskey con soda – traduziu a mulher, impacientemente.

– Si, signora – disse o garçom, sorrindo de novo.

– Obrigado pela ajuda – disse eu para a mulher.

– Ele entendeu perfeitamente bem o que o senhor disse – retrucou ela. – O senhor é americano, não?

– Acho que se vê de longe – respondi.

– Não é nada que envergonhe – disse ela. – As pessoas têm o direito de ser americanas. Há muito tempo que o senhor está aqui?

– Não o suficiente para aprender italiano. – Senti o coração bater mais rápido. As coisas estavam indo muito melhor do que eu ousara esperar. – Cheguei ontem à noite.

Ela fez um gesto impaciente.

– Estava me referindo aqui ao bar.

– Oh! Há cerca de uma hora.

– Uma hora. – A sua maneira de falar era imperiosa, mas a voz era musical. – Por acaso não viu um outro americano entrar? Um homem de uns cinqüenta anos, embora pareça mais moço. Muito bem proporcionado, um pouco grisalho. Com ar de quem procura alguém.

– Bem, deixe-me pensar – disse eu. – Qual o nome dele?

– Não adianta eu lhe dizer o nome – retrucou ela, deitando-me um olhar duro. Nenhuma adúltera, nem mesmo inglesa, gostava de dizer o nome ou a exata localização de seu amante.

– A verdade é que eu não estava prestando atenção – falei, com ar inocente. – Mas me parece que vi alguém assim junto à porta. Por volta das seis e meia, se não me engano. – Queria manter a conversação a qualquer preço e fazer com que a mulher ficasse o mais tempo possível no bar.

– Que maçada! – exclamou ela. – Os correios andam horríveis!

– Desculpe – disse eu, apalpando a carta no meu bolso.

– Mas não entendi bem. A senhora falou em correios?

– Falei, mas não tem importância – disse ela.

O garçom estava colocando o drinque diante dela e eu não teria ficado surpreso se ele se tivesse ajoelhado. Meu drinque foi servido sem qualquer cerimônia. A mulher ergueu o copo. – Saúde! – exclamou. Via-se que não tinha preconceitos bobos contra falar com desconhecidos em bares.

– A senhora vai ficar aqui muito tempo? – perguntei.

– Nunca se sabe – respondeu ela. Deixara uma marca de batom na beira do copo. Eu estava ansioso por saber seu nome, mas o instinto me dizia que era melhor não perguntar.

– Bela e velha Florença! Já estive em cidades mais alegres. – Ia falando e olhando para a porta. Um casal alemão entrou e ela franziu novamente a testa, ao mesmo tempo em que olhava impacientemente para o relógio. – O senhor está bronzeado – disse-me. – Andou esquiando?

– Um pouco.

– Onde?

– Em St. Moritz, Davos. – A mentira não era grande.

– Adoro St.Moritz! – disse ela. – Toda aquela gente cafona, divertida!

– A senhora também esteve lá? – perguntei. – Esta temporada?

– Não. Houve um contratempo. – Senti vontade de perguntar como ia o marido, para manter a conversa numa base amistosa, mas compreendi que seria loucura. Ela olhou em volta com ar de desgosto. – Este lugar é sombrio! Até parece que Dante está enterrado no hall de entrada. Sabe de algum lugar mais alegre, aqui na cidade?

– Bem, ontem à noite jantei muito bem num restaurante chamado Sabattini's. Se me quiser dar o prazer…

Nesse momento, um empregado do hotel entrou no bar, chamando:

– Lady Lily Abbott, Lady Lily Abbott… "Ansiosamente, L.", lembrei.

– Telephono per la signora – disse o empregado.

– Finalmente – falou ela em voz alta e saiu do bar. Deixou a bolsa em cima da cadeira e eu fiquei imaginando como poderia revistá-la enquanto a mulher estivesse no telefone, sem ser preso como ladrão. O casal alemão não parava de olhar para mim. "Estranho", pensei. Sem dúvida denunciariam quaisquer atividades suspeitas às autoridades competentes. Não mexi na bolsa.

Ela demorou uns cinco minutos e, quando voltou ao bar, a sua expressão era de quem estava contrafeita. Deixou-se cair na cadeira, os pés aparecendo por debaixo da mesa.

– Espero que as notícias não tenham sido más – disse eu.

– Não foram boas – retrucou ela, em tom sombrio. – Alteração nos planos. Alguém vai sofrer. – Bebeu o gim de um só trago e começou a enfiar os cigarros e o isqueiro na bolsa.

– Se a senhora estiver livre… – ataquei. – O que eu estava dizendo, quando a senhora foi chamada ao telefone, Lady Abbott… – Era a primeira vez na minha vida que eu chamava alguém de Lady Fulana e quase gaguejei. – Bem, eu ia convidá-la para jantar comigo num ótimo…

– Sinto muito – disse ela. – O senhor é muito gentil, mas estou convidada para jantar. Há um carro esperando por mim lá fora. – Levantou-se, apanhando o casaco e a bolsa. Levantei-me também. Ela encarou-me firme, bem nos olhos. Tinha tomado uma decisão. – O jantar vai terminar cedo – falou. – Os pobres velhos se deitam cedo. Podemos tomar um drinque, se o senhor quiser.

– Gostaria muito.

– Que tal às onze? Aqui no bar?

– Combinado.

Ela saiu, deixando atrás de si um rastro de sensualidade, como os ecos das últimas notas do órgão de uma catedral.

Passei a noite no quarto dela. Foi tudo muito simples.

– Vim a Florença para pecar – declarou ela, enquanto se despia… – e vou pecar. – Acho que só quis saber o meu nome por volta das duas da manhã.

Apesar do seu modo imperioso, ela mostrou-se suave e terna no amor, não exigente, agradecida e sem chauvinismo.

– Há um grande reservatório inexplorado de talento sexual na América – declarou a certa altura. – O Novo Mundo em socorro do Velho. Não é uma beleza?

Foi um alívio constatar que o meu medo de ter ficado impotente, alimentado pela horrível Sra. Sloane, era totalmente infundado. Não achei que devesse dizer a Lady Abbott que o meu prazer na sua companhia era aumentado por uma perversa necessidade de vingança.

Ela era a menos curiosa das mulheres. Falamos pouco. Não me fez perguntas sobre o que eu fazia, por que estava em Florença ou para onde ia.

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