Irwin Shaw - Plantão Da Noite

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Nova York, um hotel decadente, uma noite de inverno. No corredor do 6º andar, um cadáver nu com um canudo de papelão nas mãos… Assim começam as aventuras de Douglas Grimes, o vigia noturno do Hotel St. Ausgustine, um piloto fracassado e sem ilusões, que repentinamente se apodera de uma fortuna de 100 mil dólares. Na fuga para a Europa, o dinheiro desaparece e Douglas inicia a caçada ao “ladrão”. St. Moritz, Davos, Florença, Paris… no final do caminho Miles Fabian, um sofisticado playboy, refinado, culto e inescrupuloso, que se encarregará de introduzir Douglas Grimes no ofuscante mundo dos milionários.

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Todo mundo na recepção apertou a mão do Sr. Sloane e fez uma pequena reverência à sua digna esposa. Via-se que as gorjetas tinham sido principescas, nos anos anteriores. Poderia um homem daqueles, capaz de sustentar uma mulher como Flora e de pagar um hotel como o Palace, ser também capaz de se assenhorear de setenta mil dólares alheios? E de, ainda por cima, usar os sapatos de outro? Provavelmente, a resposta era sim. Afinal de contas, Sloane me confessara ter-se feito por si mesmo.

Quando eu disse ao homem da recepção que não tinha reserva, o seu rosto assumiu logo aquela expressão de "não-há-lugar" dos hoteleiros em plena temporada. Percebera logo o meu disfarce.

– Sinto muito – foi dizendo -, mas…

– É meu amigo – atalhou Sloane. – Dê um jeito de arrumar um quarto para ele.

O recepcionista fingiu que verificava a lista de reservas e acabou dizendo:

– Bem, há um quarto de casal. Talvez…

– Está ótimo – falei.

– Quanto tempo o senhor pensa ficar, Sr. Grimes? – perguntou o homem.

Hesitei. Quanto tempo cinco mil dólares durariam num lugar daqueles?

– Uma semana – respondi. Passaria sem suco de laranja de manhã.

Subimos juntos no elevador. O recepcionista dera-me um quarto ao lado do dos Sloane. Teria sido conveniente, se as paredes fossem mais finas ou eu entendesse de eletrônica.

Meu quarto era grande, com uma enorme cama de casal coberta de cetim rosa e uma vista espetacular do lago e das montanhas, embelezadas mais ainda pelos últimos raios do sol poente. Noutras circunstâncias, eu teria ficado maravilhado, mas na atual situação a natureza me parecia cara e insensível. Fechei as venezianas e deitei-me inteiramente vestido sobre a cama, o cetim farfalhando voluptuosamente sob meu peso. Sentia ainda o cheiro do perfume de Flora Sloane. Tentei pensar em alguma maneira pela qual eu pudesse descobrir, rápida e seguramente, se Sloane era o meu homem. Minha mente parecia vazia. Os dois dias em Zurique tinham-me deixado exausto. Sentia um resfriado se aproximando. Não podia pensar em nada, senão agüentar firme e ficar à espreita. Mas, se eu descobrisse que ele estava usando minha gravata, que estava andando com meus sapatos, o que faria? Minha cabeça começou a doer. Levantei-me da cama, tirei duas aspirinas do estojo de barba e tomei-as.

Depois disso, mergulhei num sono agitado, entrecortado por sonhos nos quais havia um homem que aparecia e desaparecia, e tanto podia ser Sloane quanto Drusack, balançando um molho de chaves.

O telefone tocou, despertando-me. Era Flora Sloane, convidando-me para jantar. Aceitei, fingindo entusiasmo. Não precisava vestir-me para isso, disse ela; íamos jantar na cidade. Bill tinha se esquecido de pôr na mala o seu smoking e mandara-o buscar nos Estados Unidos, mas ainda não tinha chegado. Falei que também preferia não ter de me vestir a rigor, desliguei e tomei um banho frio.

Reunimo-nos para drinques no bar do hotel. Sloane vestia um terno cinza-escuro, que não me pertencia. Trocara de sapatos. À mesa, havia outro casal que viajara no nosso avião e que também era de Greenwich. Tinham esquiado nesse dia e a mulher já estava coxeando.

– Não é maravilhoso? – disse ela. – Nas próximas duas semanas, vou poder passar o tempo deitada ao sol, no Corveglia Club.

– Antes de nos casarmos – atalhou o marido – ela sempre dizia que adorava esquiar.

– Isso foi antes de nos casarmos – disse a mulher.

Sloane mandou vir uma garrafa de champanha. Foi consumida rapidamente e o outro homem mandou vir uma segunda garrafa. Eu tinha de sair de St. Moritz antes que me tocasse a vez. Naquela atmosfera, era fácil amar os pobres.

Fomos jantar num restaurante instalado num chalé em estilo rústico e bebemos um bocado mais de champanha. Os preços no cardápio é que não eram rústicos. Durante o jantar, fiquei sabendo mais do que me poderia interessar a respeito de Greenwich: quem fora expulso do clube de golfe, que mulher tinha feito um aborto com qual ginecologista, quanto as obras na casa dos Powell tinham custado, quem estava liderando a brava luta para evitar que as crianças negras viajassem nos ônibus escolares com as brancas. Mesmo que me tivessem garantido que até o fim da semana eu teria de volta os setenta mil dólares, duvidava que pudesse suportar as refeições necessárias para isso.

Depois do jantar, foi ainda pior. Quando voltamos ao hotel, os dois homens resolveram jogar bridge e Flora pediu-me que a levasse para dançar no Kings Club, no andar térreo. A dama que mancava veio também. Mal nos sentamos a uma das mesas, Flora mandou vir mais champanha, desta vez para pôr na minha conta.

Jamais gostei de dançar, e Flora era uma dessas mulheres que se agarram ao par como querendo impedir que ele fuja. Fazia calor no salão, o barulho era infernal, meu blazer era pesado e estava demasiado justo nas axilas, e o perfume de Flora era de entontecer qualquer um. Ainda por cima, ela trauteava amorosamente no meu ouvido, enquanto dançávamos.

– Que sorte ter encontrado você! – sussurrou ela. – Ninguém consegue arrastar Bill para uma pista de dança. E aposto como você também esquia bem. Move-se como um ótimo esquiador. – A mente da Sra. Sloane parecia gravitar em torno do sexo. – Quer esquiar comigo amanhã?

– Adoraria! – menti. Se pudesse ter escolhido uma lista das pessoas suspeitas de terem roubado minha mala, os Sloane figurariam bem no finzinho.

Pouco depois da meia-noite, consumidas duas garrafas de champanha, consegui finalmente pôr fim à noitada. Assinei a conta e acompanhei as duas damas até onde os respectivos maridos jogavam bridge. Sloane estava perdendo. Eu não sabia se devia ficar alegre ou triste. Se o dinheiro fosse meu, teria chorado. Se fosse dele. teria vibrado. Além do amigo de Greenwich, havia ainda um homem bem-parecido, dos seus cinqüenta anos, e uma velha dama, cheia de jóias, com um sotaque espanholado e uma voz de corvo. O beautiful people do international set.

Enquanto eu olhava o jogo, o homem de cabelos grisalhos e bem-parecido fez um pequeno slam.

– Fabian – queixou-se Sloane -, todos os anos acabo passando-lhe um cheque.

O homem a quem Sloane chamara Fabian sorriu. Tinha um sorriso encantador, quase feminino, e pequenas rugas de riso em volta dos olhos escuros e grandes.

– Devo confessar – disse ele – que estou com sorte. – Sua voz era suave e um pouco rouca, com um sotaque estranho. Pela maneira de falar, não se podia dizer qual a sua nacionalidade.

– Com sorte! – repetiu Sloane. Via-se que era mau perdedor.

– Vou me deitar – anunciou Flora. – Quero esquiar logo de manhã.

– Subo daqui a pouco – disse Sloane, embaralhando as cartas como se as estivesse preparando para usar à guisa de armas…

Acompanhei Flora até a porta do seu quarto.

– Não é bom - :comentou ela – os nossos quartos estarem ao lado um do outro? – Deu-me um beijo de boa-noite, riu e entrou.

Não estava com sono. Sentei-me na cama e comecei a ler. Cerca de meia hora mais tarde, ouvi passos e a porta do quarto dos Sloane abrir e fechar. Seguiram-se uns murmúrios que não consegui distinguir através da parede e, após uns minutos, silêncio.

Esperei mais quinze minutos para dar tempo a que o casal adormecesse e depois abri, sem fazer barulho, a porta do meu quarto. Ao longo do corredor, pares de sapatos estavam alinhados diante das portas dos quartos, mocassins masculinos e femininos, sapatos dourados, de verniz, botas de esqui, todos colocados dois a dois, casais à espera de embarcarem na arca de Noé. Mas diante da porta dos Sloane, havia apenas as elegantes botas de couro que Flora usara no trem. Fosse qual fosse o motivo seu marido não pusera de fora os sapatos marrons de sola de borracha, e presumivelmente número 10, para serem engraxados. Fechei a porta sem fazer barulho, a fim de meditar sobre o significado daquilo.

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