Irwin Shaw - Plantão Da Noite

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Nova York, um hotel decadente, uma noite de inverno. No corredor do 6º andar, um cadáver nu com um canudo de papelão nas mãos… Assim começam as aventuras de Douglas Grimes, o vigia noturno do Hotel St. Ausgustine, um piloto fracassado e sem ilusões, que repentinamente se apodera de uma fortuna de 100 mil dólares. Na fuga para a Europa, o dinheiro desaparece e Douglas inicia a caçada ao “ladrão”. St. Moritz, Davos, Florença, Paris… no final do caminho Miles Fabian, um sofisticado playboy, refinado, culto e inescrupuloso, que se encarregará de introduzir Douglas Grimes no ofuscante mundo dos milionários.

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– Oh! – exclamou a loura. – Desculpe.

Sorri sombriamente, fazendo um esforço para não coçar o rosto.

– É um prazer – menti.

Ela recompensou-me com um sorriso. Não devia ter mais de vinte e oito anos e tinha todas as razões para achar que um sorriso seu era realmente uma recompensa. Eu tinha certeza de que ela não era a primeira mulher daquele homem, talvez nem mesmo a segunda. Antipatizei com ela logo de saída.

O homem tirou o casaco de pele de carneiro que estava usando e o chapéu tirolês, verde com uma peninha, e atirou-os para cima do porta-bagagens. Em volta do pescoço, tinha uma echarpe de foulard de seda, que não tirou. Sentou-se e apanhou uma caixa de charutos.

– Bill – queixou-se a mulher.

– Estou de férias, meu bem. Deixe-me fumar sossegado. – E abriu a caixa de charutos.

– Espero que o senhor não se incomode que meu marido fume – disse a loura.

– Em absoluto. – Pelo menos, abafaria o horrível perfume.

O homem estendeu-me a caixa de charutos.

– Posso oferecer-lhe um?

– Obrigado. Não fumo – menti.

Ele apanhou uma pequena tesoura e cortou a ponta de um charuto. Tinha mãos grossas, brutais, manicuradas, que combinavam com seu rosto avermelhado, de queixo duro e olhos frios e azuis. Eu não gostaria de trabalhar com um homem assim, ou de ser seu filho. Calculei que tivesse bem mais de quarenta anos.

– Puros havanas – comentou ele. – Quase impossíveis de encontrar na nossa terra. Os suíços, graças a Deus, são neutros em relação a Castro. – Usou um isqueiro de ouro para acender o charuto e reclinou-se no assento, fumando confortavelmente.

Olhei pela janela para o campo coberto de neve. Também tinha pensado que ia gozar umas férias. Pela primeira vez, passou-me pela cabeça que talvez devesse saltar na próxima estação e voltar para casa. Mas para casa, onde? Pensei em Drusack, que não estava indo para St. Moritz.

O trem entrou num túnel e dentro do compartimento ficou escuro como breu. Desejei que o túnel nunca mais acabasse. Sentindo pena de mim mesmo, lembrei-me das noites no St. Augustine e pensei: a escuridão é o meu elemento.

Pouco depois de sairmos do túnel, estávamos em pleno sol. Tínhamos saído da nuvem cinzenta que pairava sobre a planície suíça. O sol era como que uma afronta à minha sensibilidade. O homem agora estava cochilando, a cabeça jogada para trás, o charuto apagado no cinzeiro. A mulher lia os quadrinhos do Herald Tribune, uma expressão de êxtase no rosto. Parecia uma boba, lábios apertados, olhos infantis sob o chapéu de leopardo. Era isso o que eu pensara que o dinheiro me compraria?

Ela percebeu que eu a estava observando e olhou para mim, rindo coquetemente.

– Sou tarada por histórias em quadrinhos – falou. – Tenho sempre medo de que o Rip Kirby seja morto.

Sorri sem vontade e olhei para o solitário no dedo dela, ganho, sem dúvida, em honesto matrimônio. Ela olhou para mim de esguelha. Apostei como nunca olhava para ninguém de frente.

– Será que já não o vi antes? – perguntou.

– Talvez – respondi.

– O senhor, não viajou no avião de quarta-feira à noite? No avião do clube?

– Viajei.

– Sabia que o conhecia de algum lugar. Já esteve em Sun Valley?

– Não. Nunca estive lá.

– Essa é a grande vantagem do esqui – falou ela. – A gente encontra sempre as mesmas pessoas.

O homem resmungou, despertado pelo som de nossas vozes. Acordando, seus olhos encararam-me com hostilidade. Tive a impressão de que a hostilidade era a sua condição natural e básica, e de que o tinha surpreendido antes que ele tivesse tido tempo de afivelar a máscara que usava em sociedade.

– Bill – disse a mulher -, este senhor veio no avião conosco. – Pela maneira com que ela o disse, parecia que tinha sido um enorme prazer para todos nós.

– Ah, sim? – perguntou ele.

– Adoro viajar com americanos – continuou a mulher. – Por causa da língua e de tudo o mais. Os europeus fazem a gente se sentir tão burra! Acho que devíamos comemorar. – Abriu o estojo de jóias, que pousara no assento a seu lado, e dele tirou uma elegante garrafinha de prata. Havia também três pequenos copos de metal, um dentro do outro, que ela distribuiu entre nós. – Espero que o senhor goste do conhaque – disse ela, enchendo cuidadosamente os copos. Minha mão estava tremendo e um pouco de conhaque derramou sobre ela.

– Oh, desculpe – disse a loura.

– Não foi nada – retruquei. Minha mão estava tremendo porque o homem tirara a echarpe de foulard e, pela primeira vez, eu lhe vira a gravata: vermelho-escura e de lã. Ou era uma gravata que eu tinha posto na mala, ou outra exatamente igual. Cruzou as pernas e olhei para os seus sapatos. Não eram novos, mas eram iguais a um par que eu tinha na mala perdida.

– O primeiro brinde é para aquele que primeiro partir uma perna, este ano – disse o homem, erguendo seu copo de metal e rindo brutamente. Eu tinha certeza de que ele nunca partira nada. Era o tipo do homem que nunca estivera doente e que não carregava nada além de aspirina, quando viajava.

Tomei meu conhaque de um só gole. Estava mesmo precisando; e gostei, quando a loura voltou a encher meu copo. Ergui-o galantemente à saúde dela e forcei um sorriso, esperando que o trem descarrilhasse e ela e o marido ficassem esmagados, de modo a que eu pudesse revistá-los, e à bagagem, tranqüilamente.

– Não há dúvida de que vocês sabem viajar – disse eu, num tom de exagerada admiração.

– Estar sempre preparado, em terra estrangeira – sentenciou o homem. – Essa é a nossa divisa. – Estendeu-me a mão. – Meu nome é Bill. Bill Sloane. E a mocinha aí é Flora.

Apertei a mão dele e disse-lhe meu nome. Sua mão era dura e fria. A "mocinha" (que devia ter mais de vinte e cinco) sorriu coquetemente e serviu-me um pouco mais de conhaque.

Quando chegamos a St. Moritz, já parecíamos velhos amigos. Fiquei sabendo que moravam em Greenwich, Connecticut; que o Sr. Sloane era bamba no golfe, empreiteiro e um self-made man; que, como eu tinha imaginado, Flora não era a sua primeira mulher; que ele tinha um filho estudando em Deerfield, o qual, graças a Deus, não usava o cabelo comprido; que votara em Nixon e fora por duas vezes à Casa Branca; que o escândalo Watergate estaria esquecido dali a um mês e os democratas se arrependeriam de tê-lo trazido à baila; que aquela era a terceira vez que eles iam a St. Moritz, que tinham ficado dois dias em Zurique para que Flora pudesse fazer umas compras, e que iam hospedar-se no Palace Hotel.

– Onde você vai ficar, Doug? – perguntou Sloane.

– No Palace – respondi, sem hesitar. Estava muito acima das minhas atuais posses, mas eu não ia perder de vista os meus novos amigos. – Ouvi dizer que é ótimo.

Quando chegamos a St.-Moritz, fiz questão de esperar com eles até que as suas malas fossem desembarcadas do bagageiro. A expressão deles não mudou, quando tirei a mala azul do porta-bagagens.

– Sabe que sua mala está aberta? – perguntou Sloane.

– O fecho está quebrado – respondi.

– É melhor mandar consertá-lo – disse ele. – St. Moritz está cheia de italianos. – Aquele interesse poderia significar algo. Ou nada. Os dois podiam ser os melhores atores do mundo.

Entre os dois, tinham oito malas, todas novas, nenhuma igual à minha. Isso também podia não significar nada. Tivemos que chamar um táxi extra para carregar a bagagem e o carro seguiu-nos, ladeira acima, através das ruas nevadas e movimentadas da cidade, até o hotel.

Este tinha um aroma sutil e indefinível. Um aroma que provinha de dinheiro, dinheiro calmo, sem sobressaltos. O hall era como que uma extensão da caixa-forte do banco, em Nova York. Os hóspedes eram tratados com uma espécie de cautelosa reverência, como se fossem ícones de grande valor, frágeis e dignos de adoração. Tive a sensação de que até mesmo as crianças, lindamente vestidas e acompanhadas de governantas inglesas, que caminhavam comportadamente por sobre os suaves tapetes, sabiam que eu estava fora do meu ambiente.

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