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Jorge Amado: Capitães da Areia

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Jorge Amado Capitães da Areia

Capitães da Areia: краткое содержание, описание и аннотация

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"Capitães da Areia" é um romance de autoria do escritor brasileiro Jorge Amado, publicado em 1937. O livro retrata a vida de um grupo de menores abandonados, chamados de "Capitães da Areia", ambientado na cidade de Salvador dos anos 1930.

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Os vultos que se aproximam o fazem levantar desconfiado. Mas logo reconhece a figura enorme do estivador João de Adão. Junto a ele vem um rapaz bem vestido, mas com os cabelos despenteados. Pedro Bala tira o boné, fala para João de Adão:

- Tu hoje ganhou viva, hein?

João de Adão ri. Distende seus músculos, seu rosto está aberto num sorriso para o chefe dos Capitães da Areia:

- Capitão Pedro, eu quero apresentar a tu o companheiro Alberto.

O rapaz estende a mão para Pedro Bala. O chefe dos Capitães da Areia limpa primeiro sua mão no paletó rasgado, depois aperta a do estudante. João de Adão está explicando:

- É um estudante da Faculdade, mas é um companheiro da gente.

Pedro Bala olha sem desconfiança. O estudante sorri:

- Já ouvi falar muito em você e em seu grupo. Você é um batuta...

- A gente é macho, sim responde Pedro Bala.

João de Adão se aproxima mais:

- Capitão, a gente tem que conversar com tu. Tem um assunto com tu. Um troço sério. Aqui o companheiro Alberto...

- Vamos para dentro? - fala Pedro Bala.

Acordam João Grande ao passar. O negro olha com desconfiança o estudante, pensa que é um polícia, levanta um pouco o punhal por detrás do braço. Só Pedro Bala vê e fala:

- É um amigo de João de Adão. Vem com a gente, Grande.

Vão os quatro. Sentam num canto. Alguns dos Capitães da Areia acordam e espiam o grupo. O estudante olha o trapiche, as crianças que dormem. Treme como se um vento frio tivesse passado pelo seu corpo:

- Que horror!

Mas Pedro Bala está dizendo a João de Adão:

- Que coisa porreta a greve! Nunca vi coisa tão bonita. É como uma festa...

- A greve é a festa dos pobres... - diz o estudante.

A voz de Alberto é mansa e boa. Pedro Bala o escuta enlevado, como se fosse a voz de um negro cantando uma canção no mar.

- Meu pai morreu numa greve, tu sabe? Pergunte a João de Adão, se está duvidando...

- Foi uma morte bonita fala o estudante. - Ele foi um campeão da sua classe. Não foi o Loiro?

O estudante sabe o nome de seu pai. Seu pai foi um campeão... Todos o conhecem. Teve uma morte bonita, morreu numa greve, a greve é a festa dos pobres... Escuta a voz do estudante:

- Você acha a greve bonita, Pedro?

- Companheiro, esse é um porreta diz João de Adão. - Tu não conhece os Capitães da Areia nem Capitão Pedro... É um companheiro...

Companheiro... Companheiro... Pedro Bala acha a palavra mais bonita do mundo. O estudante diz como Dora dizia a palavra irmão.

- Pois companheiro Pedro, a gente precisa de você e do seu grupo.

- Pra quê? - pergunta João Grande curioso.

Pedro Bala apresenta:- Este negro é João Grande, um negro bom. Quem for bom é igual a João Grande, melhor não é...

Alberto estende a mão ao negro. João Grande fica um momento indeciso, não está acostumado a apertos de mão. Mas logo aperta aquela mão, meio encabulado. O estudante novamente diz:

- Vocês são uns batutas...

De repente, interessado, pergunta:

- É verdade que Volta Seca foi um de vocês?

- Um dia a gente tira ele da cadeia... - é a resposta de Bala. O estudante olha meio espantado. Dá uma espiada pelo trapiche, João de Adão faz um sinal como que lembrando: Eu não lhe dizia?

Pedro Bala quer conversar sobre a greve, saber o que querem dele:

- É pra greve que precisa da gente?

- Se for? - perguntou o estudante.

- Se for pra ajudar os grevistas, tou decidido. Pode contar com a gente... - levanta-se, está um rapazola, o rosto disposto para a luta.

- Tu não vê... - começa a explicar João de Adão.

Mas cala, porque o estudante está falando:

- A greve está indo muito em ordem. Nós queremos fazer coisas com muita ordem, porque assim venceremos e os operários conseguirão o aumento. Nós não queremos armar barulho, queremos mostrar que os operários são capazes de disciplina. Uma pena, pensa Pedro Bala, que ama os barulhos. Mas acontece que os diretores da Companhia andam contratando fura-greves para trabalhar amanhã. Se os operários dissolverem os grupos de furadores de greve, darão margem a que a polícia intervenha e está todo o trabalho perdido.

Então o companheiro João de Adão lembrou de vocês...

- Pra debandar os fura-greve? Tá certo - diz Bala alegríssimo O estudante pensa na discussão daquela noite na organização. Quando João de Adão fizera a proposta de chamar os Capitães da Areia, muitos companheiros tinham se declarado contra. Sorriam da ideia. João de Adão só dizia:

- Vocês não conhece os Capitães da Areia.

Aquilo, aquela confiança, impressionara Alberto e alguns outros. Por fim a ideia venceu, não perderiam nada em tentar. Agora está satisfeito de ter vindo. E na sua cabeça já fazia planos para aproveitar na luta os Capitães da Areia. Para quanta coisa não serviriam aqueles meninos esfomeados e mal vestidos? Lembrava-se de outros exemplos, da luta antifascista na Itália, os meninos de Lusso. Sorria para Pedro Bala. Explicou o plano: os furadores de greve viriam pela madrugada para os três grandes depósitos de bondes para tomar conta dos carros. Os Capitães da Areia deviam se dividir em três grupos, guardar as entradas dos três depósitos.E impedir, fosse como fosse, que os furadores de greve conseguissem botar os bondes em marcha. Pedro Bala assentia com a cabeça. Virou para João de Adão: - Se Sem-Pernas tivesse vivo e Gato tivesse aqui...

Depois se lembra de Professor:

- Professor inventava um plano bom num minuto... Depois fazia um desenho da briga. Agora tá no Rio.

- Quem é? - pergunta o estudante.

- Um chamado João José, que a gente tratava de Professor. Agora tá pintando quadro no Rio.

- É o pintor João José?

Esse mesmo - fez Bala.

- Eu sempre pensei que fosse lenda essa história. Sabe que ele é um companheiro bom?

- Sempre foi um companheiro bom disse Pedro Bala com força.

O estudante fazia planos sobre os Capitães da Areia. Agora Pedro Bala acordava todos e explicava o que tinham que fazer. O estudante estava entusiasmado com as palavras do moleque. Quando terminou de explicar, Bala resumiu tudo nestas palavras:

- A greve é a festa dos pobres. Os pobres é tudo companheiro, companheiro da gente.

- Você é um batuta disse o estudante.

- Vai ver como a gente acaba com os traidor.

Explicava a Alberto:

- Eu vou com um grupo pro depósito maior. João Grande vai com outro. Barandão com o terceiro para o menor. Não entra ninguém. A gente sabe fazer. Tu vai ver...

- Eu estarei lá para ver fez o estudante. - Então, às quatro horas da madrugada?

- Tá certo.

O estudante faz um gesto.

- Até logo, companheiros...

Companheiros. Palavra bonita, pensa Pedro Bala. Ninguém dorme mais no trapiche nesta noite. Preparam as mais diversas armas.

Na madrugada que nasce, as estrelas começam a desaparecer do céu. Mas Pedro Bala parece ver numa estrela que corre a estrela de Dora que o alegra. Companheira...Também ela tinha sido uma companheira boa. A palavra brinca na sua boca, é a palavra mais bonita que ele já viu. Pedirá a Boa-Vida que faça um samba dela, um samba para um negro cantar à noite no mar. Vão como se fossem para uma festa. Armados com as mais diversas armas: navalhas, punhais pedaços de pau. Vão para uma festa, porque a greve é a festa dos pobres, repete Pedro Bala para si mesmo.

No pé da ladeira da Montanha se dividem em três grupos. João Grande chefia um, Barandão vai com outro, o maior vai com Pedro Bala. Vão para uma festa. A primeira festa verdadeira que têm aquelas crianças. Ainda assim é uma festa de homens. Mas é uma festa dos pobres, dos pobres como eles.

A madrugada é fria. Na esquina do depósito, quando Pedro Bala está colocando os meninos, Alberto se aproxima dele. Pedro se volta o rosto sorridente. O estudante fala:

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