Jorge Amado - Capitães da Areia

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"Capitães da Areia" é um romance de autoria do escritor brasileiro Jorge Amado, publicado em 1937. O livro retrata a vida de um grupo de menores abandonados, chamados de "Capitães da Areia", ambientado na cidade de Salvador dos anos 1930.

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Seu rosto sombrio tem um riso que o enche todo. Cai o primeiro, o segundo tenta fugir, mas a bala o alcança nas costas Depois Volta Seca corre para cima dele com o punhal, sacia sua vingança. Zé Baiano diz:

- Este menino é dos bons...

- A mãe dele era um bicho, minha comadre... - lembra Lampião orgulhoso.

- Uma verdadeira fera... - pensa o viajante enquanto o trem se move lentamente após os empregados afastarem os toros de madeira de sobre os trilhos. O grupo de cangaceiros se perde na caatinga. O ar do sertão enche o peito de Volta Seca, que para e com o punhal faz dois traços na madeira do fuzil. Os dois primeiros...Ao longe o trem apita angustiosamente.

Capítulo 23 - Como um Trapezista de Circo

Fora demasiada audácia atacar aquela casa da rua rui Barbosa. Perto dali, na praça do Palácio, andavam muitos guardas, investigadores, soldados. Mas eles tinham sede de aventura, estavam cada vez maiores, cada vez mais atrevidos. Porém havia muita gente na casa, deram o alarme, os guardas chegaram. Pedro Bala e João Grande abalaram pela ladeira da Praça. Barandão abriu no mundo também. Mas o Sem-Pernas ficou encurralado na rua. Jogava picula com os guardas. Estes tinham se despreocupado dos outros, pensavam que já era alguma coisa pegar aquele coxo. Sem-Pernas corria de um lado para outro da rua, os guardas avançavam. Ele fez que ia escapuli por outro lado, driblou um dos guardas, saiu pela ladeira. Mas em vez de descer e tomar pela Baixa dos Sapateiros, se dirigiu para a praça do Palácio. Porque Sem-Pernas sabia que se corresse na rua o pegariam com certeza. Eram homens, de pernas maiores que as suas, e além do mais ele era coxo, pouco podia correr. E acima de tudo não queria que o pegassem. Lembrava-se da vez que fora à polícia. Dos sonhos das suas noites más. Não o pegariam e enquanto corre este é o único pensamento que vai com ele. Os guardas vêm nos seus calcanhares. Sem-Pernas sabe que eles gostarão de o pegar, que a captura de um dos Capitães da Areia é uma bela façanha para um guarda. Essa será a sua vingança. Não deixará que o peguem, não tocarão a mão no seu corpo. Sem-Pernas os odeia como odeia a todo mundo, porque nunca pôde ter um carinho. E no dia que o teve foi obrigado ao abandonar porque a vida já o tinha marcado demais. Nunca tivera uma alegria de criança.

Se fizera homem antes dos dez anos para lutar pela mais miserável das vidas: a vida de criança abandonada. Nunca conseguira amar ninguém, a não ser a este cachorro que o segue. Quando os corações das demais crianças ainda estão puros de sentimentos, o do Sem-Pernas já estava cheio de ódio. Odiava a cidade, a vida, os homens.Amava unicamente o seu ódio, sentimento que o fazia forte e corajoso apesar do defeito físico. Uma vez uma mulher foi boa para ele. Mas em verdade não o fora para ele e sim para o filho que perdera e que pensara que tinha voltado. De outra feita outra mulher se deitara com ele numa cama, acariciara seu sexo, se aproveitara dele para colher migalhas do amor que nunca tivera. Nunca, porém, o tinham amado pelo que ele era, menino abandonado, aleijado e triste. Muita gente tinha odiado.E ele odiara a todos. Apanhara na polícia, um homem ria quando o surravam. Para ele é este homem que corre em sua perseguição na figura dos guardas. Se o levarem, o homem rirá novo. Não o levarão. Vêm em seus calcanhares, mas não o levarão. Pensam que elevai parar junto ao grande elevador. Mas Sem-Pernas não para. Sobe para o pequeno muro, volve o rosto para os guardas que ainda correm, ri com toda a força do seu ódio, cospe na cara de um que se aproxima estendendo os braços, se atira de costas no espaço como se fosse um trapezista de circo.

A praça toda fica em suspenso por um momento. Se jogou, diz uma mulher, e desmaia. Sem-Pernas se rebenta na montanha como um trapezista de circo que não tivesse alcançado o outro trapézio. O cachorro late entre as grades do muro.

Capítulo 24 - Notícias de Jornal

O Jornal da Tarde publica um telegrama do rio dando conta do sucesso da exposição de um jovem pintor até então desconhecido. Dias depois transcreve uma crítica de arte publicada também num jornal do Rio de Janeiro. Porque o pintor é baiano, e o Jornal da Tarde é muito cioso das glórias baianas. Um trecho da crítica de arte, após falar das qualidades e defeitos do novo pintor social, de usar e abusar de expressões como clima, luz, cor, ângulos, força e outras mais, diz:... um detalhe notaram todos que foram estranha exposição de cenas e retratos de meninos pobres. É que todos os sentimentos bons estão sempre representados na figura de uma menina magra de cabelos loiros e faces febris. E que todos os sentimentos maus estão representados por um homem de sobretudo negro e um ar de viajante. Que representará para um psicanalista a repetição quase inconsciente destas figuras em todos os quadros? Sabe-se que o pintor João José tem uma história...

E continuava o abuso das palavras cor, força, clima, luz, ângulos e outras mais complicadas.

Meses depois uma notícia informava aos leitores do Jornal da Tarde , sob o título de: "Presente de grego".

Presente de grego

A polícia de Belmonte devolve o vigarista gato

Que a polícia de Belmonte, havia recebido da policia de Ilhéus um verdadeiro presente de grego. Um conhecido e jovem vigarista que atuava em Ilhéus com o nome de °Gato ", após ter abiscoitado bons cobres de muitos fazendeiros e comerciantes, fora remetido para Belmonte. Lá continuava a passar contos do vigário, em que era mestre. Conseguira vender uma imensidade de terras, ótimas para o cultivo do cacau, a muitos fazendeiros. Quando estes foram ver as terras, não eram mais que o leito sobre o qual corre o rio Cachoeira. A polícia de Belmonte tinha conseguido deitar mão no temível vigarista e o remetia de volta para Ilhéus. Os ilheenses são mais ricos que nós, terminava com certa ironia o correspondente que assinava a notícia, podem sustentar com mais conforto o elegante Gato que os filhos da bela Belmonte, a Princesa do Sul. Porque se Belmonte é a Princesa, Ilhéus é muito justamente chamada a Rainha do Sul.

Entre fatos policiais sem importância o Jornal da Tarde noticiou um dia que um malandro conhecido pelo nome de Boa-Vida armara um fuzuê tremendo numa festa na Cidade de Palha, abrira a cabeça do dono da casa com uma garrafa de cerveja e estava sendo procurado pela polícia.

Perto de um Natal o Jornal da Tarde apareceu com manchetes em tipos enormes. Uma notícia de tanta sensação como aquela que fizera conhecida a história da mulher que acompanhava o bando de Lampião, a amante do cangaceiro. Porque a população dos cinco estados, de Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba e Pernambuco, vive com os olhos fitos em Lampião. Com ódio ou com amor, nunca com indiferença. A manchete dizia em letras garrafais:

Uma criança de 16 anos no grupo de lampião

Os tipos das letras dos títulos que encabeçavam a reportagem eram também enormes:

É um dos mais temíveis cangaceiros - Trinta e cinco traços no seu fuzil - pertenceu aos "Capitães da Areia" - A morte de Machadão devida a volta seca

A reportagem era extensa. Contava como as vilas saqueadas há algum tempo vinham notando entre o bando de Lampião uma criança de uns dezesseis anos, que levava o nome de Volta Seca. Apesar da sua idade, o jovem cangaceiro se fizera temido em todo o sertão como um dos mais cruéis do grupo. Constava que seu fuzil tinha trinta e cinco marcas. E cada marca num fuzil de cangaceiro representa um homem morto. Depois vinha a história da morte de Machadão, um dos mais antigos do grupo de Lampião.

Aconteceu que o grupo tinha pegado na estrada um velho sargento de polícia. E Lampião o entregara a Volta Seca para que o despachasse. Volta Seca o despachara devagarinho, à ponta de punhal, cortando os pedacinhos com visível satisfação. Fora tanta a crueldade, que Machadão, horrorizado, levantou o fuzil para acabar com Volta Seca. Mas antes que disparasse, Lampião, que tinha um grande orgulho de Volta Seca, atirou em Machadão. Volta Seca continuara sua tarefa.

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