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Jorge Amado: Capitães da Areia

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Jorge Amado Capitães da Areia

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"Capitães da Areia" é um romance de autoria do escritor brasileiro Jorge Amado, publicado em 1937. O livro retrata a vida de um grupo de menores abandonados, chamados de "Capitães da Areia", ambientado na cidade de Salvador dos anos 1930.

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A notícia se estendia, narrando diversos outros crimes do cangaceiro de 16 anos. Depois lembrava que entre os Capitães da Areia vivera um menino com o nome de Volta Seca e que era possível que fosse o mesmo. Vinham então várias considerações de ordem moral.

A edição se esgotou.

Meses depois a edição se esgotou novamente porque trazia a notícia da prisão de Volta Seca, enquanto dormia, executada pela coluna volante que percorria o sertão dando caça a Lampião. Anunciava que o cangaceiro chegaria no outro dia à Bahia. Vinham vários clichês onde Volta Seca aparecia com seu rosto sombrio. O Jornal da Tarde dizia que era rosto de criminoso nato.

O que não era verdade, como o próprio Jornal da Tarde noticiou tempos depois, ao relatar em edições extraordinárias e sucessivas o júri que condenou Volta Seca a 30 anos de prisão por 15 mortes conhecidas e provadas. No entanto, seu fuzil tinha 60 marcas. E o jornal lembrava esse fato, repetindo que cada marca era um homem morto. Mas publicava também parte do relatório do médico-legista, cavalheiro de honestidade e cultura reconhecidas, já então um dos grandes sociólogos e etnógrafos do país, relatório que provava que Volta Seca era um tipo absolutamente normal e que se virara cangaceiro e matara tantos homens e com tamanha crueldade não fora por vocação de nascença. Fora o ambiente... e vinham as devidas considerações científicas.

O que aliás não despertou tanta curiosidade entre o público como a descrição de belíssimo, vibrantíssimo e apaixonadíssimo discurso de doutor Promotor Público, que fizera os jurados chorar, e até o próprio juiz tinha limpado as lágrimas, ao descrever o doutor Promotor, com sublime força oratória, o sofrimento das vítimas do feroz cangaceiro-menino.

O público ficou indignado porque Volta Seca não chorou durante o júri. Seu rosto sombrio estava cheio de estranha calma.

Capítulo 25 - Companheiros

Há um movimento novo na cidade. Pedro Bala sai do trapiche com João Grande e Barandão. O cais está deserto, parece que todos o abandonaram. Somente soldados de policia guardam os grandes armazéns. Não há descarga de navios neste dia. Porque os estivadores, com João de Adão à frente, foram prestar solidariedade aos condutores de bonde que estão em greve. Parece que há uma festa na cidade, mas uma festa diferente de todas. Passam grupos de homens que conversam, os automóveis cortam as ruas conduzindo gente para o trabalho, empregados no comércio riem, a ladeira da Montanha está cheia de gente que sobe e desce, pois os elevadores também estão parados.As marinetes vão entupidas, gente sobrando pelas portas. Os grupos de grevistas passam silenciosos para a sede do sindicato, onde vão ouvir a leitura do manifesto dos estivadores, que João de Adão conduz nas suas mãos grandes. Na porta do sindicato grupos conversam, soldados montam guarda.

Pedro Bala anda com João Grande e Barandão pelas ruas. Diz:

- Tá bonito...

João Grande também sorri, o negrinho Barandão fala:

- Hoje vai ter fuzuê.

- Eu é que não queria ser condutor de bonde, nem motorneiro.

Ganha uma porcaria. Eles faz bem... - fala João Grande.

- Vamos espiar? - propõe Pedro Bala.

Vão para a porta do sindicato. Entram homens negros, mulatos, espanhóis e portugueses. Veem quando João de Adão e os outros estivadores saem entre vivas dos operários das linhas de bonde. Eles vivam também. João Grande e Barandão porque gostam do doqueiro João de Adão. Pedro Bala não só por isso como porque acha bonito o espetáculo da greve, é como uma das mais belas aventuras dos Capitães da Areia.

Um grupo de homens bem vestidos entra no sindicato. Da porta eles ouvem uma voz que discursa, uma que interrompe: Vendido, amarelo.

- Tá bonito... - repete Pedro Bala.

Tem vontade de entrar, de se misturar com os grevistas, de gritar e lutar ao lado deles.

A cidade dormiu cedo. A lua ilumina o céu, vem a voz de um negro do mar em frente. Canta a amargura da sua vida desde que a amada se foi. No trapiche as crianças já dormem. Até o negro João Grande ronca estirado na porta, o punhal ao alcance da mão. Somente Pedro Bala vela, estirado na areia, olhando a lua, ouvindo o negro que canta as saudades da sua mulata que partiu. O vento traz trechos soltos da canção e ela faz com que Pedro Bala procure Dora no meio das estrelas do céu. Ela também virou uma estrela, uma estranha estrela de longa cabeleira loira. Os homens valentes têm uma estrela em lugar do coração. Mas nunca se ouviu falar de uma mulher que tivesse no peito, como uma flor, uma estrela. As mulheres mais valentes da terra e do mar da Bahia, quando morriam, viravam santas para os negros, como os malandros que foram também muito valentes. Rosa Palmeirão virou santa num candomblé de caboclo, rezam para ela orações em nagô, Maria Cabaçu é santa nos candomblés de Itabuna, pois foi naquela cidade que ela mostrou sua coragem primeiro. Eram duas mulheres grandes e fortes. De braços musculosos como homens, como grevistas. Rosa Palmeirão era bonita, tinha o andar gingado de marítima, era uma mulher do mar, certa vez teve um saveiro, cortou as ondas da entrada da barra. Os homens do cais a amavam não só pela sua coragem, como pelo seu corpo também. Maria Cabaçu era feia, mulata escura, filha de negro e índia, grossa e zangada. Dava nos homens que a achavam feia. Mas se entregou toda a um cearense amarelo e fraco que a amou como se ela fosse uma mulher bonita, de corpo belo e olhos sensuais. Tinham sido valentes, viraram santas nos candomblés de caboclo, que são candomblés que de quando em vez inventam novos santos, não têm aquela pureza de rito dos candomblés nagôs dos negros. São candomblés dos mulatos. Mas Dora fora mais valente que elas. Era apenas uma menina, vivera igual a um dos Capitães da Areia, e todos sabem que um capitão da areia é igual a um homem valente. Dora vivera com eles, fora mãe para todos eles. Mas fora irmã também, correra com eles pelas ruas, invadira casas, batera carteiras, brigara com o grupo de Ezequiel.Depois, para Pedro Bala, fora noiva e esposa, esposa quando a febre a devorava, quando a morte já a rondava naquela noite de tanta paz. Paz que ia dos olhos dela para a noite em torno. Estivera no orfanato, fugira dele, igual a Pedro Bala fugindo do reformatório. Tivera coragem para morrer, consolando seus filhos, irmãos, noivos e esposo que eram os Capitães da Areia. A mãe de santo Don ' Aninha a enrolara numa toalha branca, bordada como se fora para um santo. O Querido-de-Deus a levara no seu saveiro para junto de Yemanjá. Padre José Pedro rezava. Todos a queriam. Mas só Pedro Bala quis ir com ela. Professor fugiu do trapiche porque não pôde mais suportar o casarão depois que ela partiu. Mas só Pedro Bala se jogou na água para seguir o destino de Dora, ir fazer com ela aquela maravilhosa viagem que os valentes fazem com Yemanjá no fundo verde do mar. Por isso só ele viu quando ela virou estrela e cruzou os céus. Ela veio só para ele, com sua longa cabeleira loira. Brilhou sobre sua cabeça de quase afogado e suicida. Deu-lhe novas forças, o saveiro do Querido-de-Deus que voltava o pôde recolher. Agora olha o céu procurando a estrela de Dora. É uma estrela de longa cabeleira loira, uma estrela como não existe nenhuma outra. Porque nunca existiu nenhuma mulher como Dora, que era uma menina. A noite está cheia de estrelas que se refletem no mar calmo. A voz do negro parece se dirigir às estrelas, como que há pranto na sua voz cheia. Ele também procura a amada que fugiu na noite da Bahia. Pedro Bala pensa que a estrela que é Dora talvez ande agora correndo sobre as ruas, becos e ladeiras da cidade a procurá-lo.Talvez o pense numa aventura nas ladeiras. Mas hoje não são os Capitães da Areia que estão metidos numa bela aventura. São os condutores de bonde, negros fortes, mulatos risonhos, espanhóis e portugueses, que vieram de terras distantes. São eles, que levantam os braços e gritam iguais aos Capitães da Areia. A greve se soltou na cidade. É uma coisa bonita a greve, é a mais bela das aventuras. Pedro Bala tem vontade de entrar na greve, de gritar com toda a força do seu peito, de apartear os discursos. Seu pai fazia discursos numa greve, uma bala o derrubou. Ele tem sangue de grevista. Demais a vida da rua o ensinou a amar a liberdade.A canção daqueles presos dizia que a liberdade é como o sol: o bem maior do mundo. Sabe que os grevistas lutam pela liberdade, por um pouco mais de pão, por um pouco mais de liberdade. É como uma festa aquela luta.

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