Stanislaw Lem - Regresso das estrelas

Здесь есть возможность читать онлайн «Stanislaw Lem - Regresso das estrelas» весь текст электронной книги совершенно бесплатно (целиком полную версию без сокращений). В некоторых случаях можно слушать аудио, скачать через торрент в формате fb2 и присутствует краткое содержание. Год выпуска: 1983, Издательство: Francisco Lyon de Castro, Жанр: Фантастика и фэнтези, на португальском языке. Описание произведения, (предисловие) а так же отзывы посетителей доступны на портале библиотеки ЛибКат.

Regresso das estrelas: краткое содержание, описание и аннотация

Предлагаем к чтению аннотацию, описание, краткое содержание или предисловие (зависит от того, что написал сам автор книги «Regresso das estrelas»). Если вы не нашли необходимую информацию о книге — напишите в комментариях, мы постараемся отыскать её.

Hall Bregg é um homem sem mundo, um astronauta que regressa duma missão no espaço e encontra a Terra Irreconhecível. Apesar de só terem passado dez anos biológicos, na Terra já decorreram cento e vinte e sete. As cidades estão construídas com uma tecnologia que ele desconhece, os hábitos sociais estão completamente alterados; é ministrada aos seres huma| nos, na infância, uma droga que neutraliza os seus impulsos agressivos. Como conseguirá um astronautal — que representa o pioneirismo — adaptar-se a uma civilização onde não se corre o menor risco, onde as pessoas se tornam menos cultivadoras do prazer e da juventude, esquecendo-se der que significa sonhar ou ambicionar? Hall Bregg irá lutar por se adaptar e encontrar um lugar para si próprio.

Regresso das estrelas — читать онлайн бесплатно полную книгу (весь текст) целиком

Ниже представлен текст книги, разбитый по страницам. Система сохранения места последней прочитанной страницы, позволяет с удобством читать онлайн бесплатно книгу «Regresso das estrelas», без необходимости каждый раз заново искать на чём Вы остановились. Поставьте закладку, и сможете в любой момент перейти на страницу, на которой закончили чтение.

Тёмная тема
Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

Avançámos um passo de cada vez. No relvado encontravam-se potes de alcatrão com chamas trémulas, cuja luz revelava íngremes bastiões de tijolo. Atravessámos uma ponte levadiça, por cima de um fosso, e passámos por baixo dos dentes nus de uma porta levadiça. Envolveram-nos a penumbra e o frio de um átrio de pedra; uma escada de caracol subia, cheia de ecos de passos. Mas o corredor arqueado do andar superior continha menos gente. O corredor conduzia a uma galeria com vista para um pátio onde uma turba barulhenta, montada em cavalos ajaezados, perseguia uma monstruosidade negra qualquer. Segui, hesitante, sem saber para onde ir, entre diversas pessoas que começava a reconhecer. A mulher e o companheiro passaram por mim entre colunas. Havia armaduras vazias em recantos das paredes. Mais adiante, uma porta com adornos de cobre — uma porta para gigantes — abriu-se e permitiu-nos a entrada numa câmara forrada de damasco vermelho e iluminada por archotes cujo fumo resinoso irritava o nariz. Em diversas mesas, banqueteava-se uma ruidosa companhia, de piratas ou cavaleiros andantes; enormes metades de animais giravam em espetos, lambidos por chamas; uma luz avermelhada dançava nos rostos suados; ossos estalavam entre os dentes dos farristas de armadura, que de vez em quando se levantavam da mesa e se misturavam connosco. Na sala seguinte, diversos gigantes jogavam boliche, utilizando crânios como bolas. Tudo aquilo me pareceu tremendamente ingénuo, medíocre. Parara ao lado dos jogadores, que eram tão altos como eu, quando alguém chocou comigo, por trás, e gritou de supresa. Voltei-me e deparou-se-me o olhar de um jovem, que tartamudeou uma desculpa e se afastou muito depressa, com uma expressão idiota no rosto. Só o olhar da mulher de cabelo escuro, que era a razão da minha presença naquele palácio de maravilhas baratas, me permitiu compreender o que acontecera: o jovem tentara passar através de mim, tomando-me por um dos farristas irreais de Merlin.

O próprio Merlin nos recebeu numa ala distante do palácio, rodeado por um séquito de homens mascarados que o ajudavam passivamente nos seus actos mágicos. Mas eu já vira o suficiente e observei com indiferença as demonstrações da arte negra. O espectáculo não tardou a terminar e a assistência começara a sair quando Merlin, grisalho e majestoso, nos barrou a passagem e apontou silenciosamente a porta oposta, coberta por um lençol.

Convidou a entrar apenas a nós três. Ele não entrou. Encontrámo-nos numa sala relativamente pequena, muito alta, uma das paredes da qual era um espelho desde o tecto ao chão preto e branco. A impressão que dava era a de uma sala com o dobro do tamanho e seis pessoas de pé num tabuleiro de xadrez de pedra.

Não havia móveis, nada além de um jarrão alto de alabastro com um ramo de flores que pareciam orquídeas, mas tinham grandes cálices. Era cada uma de sua cor. Nós estávamos voltados para o espelho.

Depois a minha imagem olhou para mim. O movimento não foi uma reflexão de mim próprio. Eu fiquei imóvel, mas a imagem, alta e de ombros largos, olhou primeiro, lentamente, para a mulher de cabelo escuro e depois para o seu companheiro. Nenhum de nós se mexia, só as nossas imagens, que misteriosamente se tinham tomado independentes de nós, pareciam ter adquirido vida e desempenhavam entre elas uma cena silenciosa.

No espelho, o jovem aproximou-se da mulher e fitou-a nos olhos. Ela abanou a cabeça, numa recusa, e depois tirou as flores do vaso branco e escolheu três: uma branca, uma amarela e um preta. Deu a branca ao jovem e dirigiu-se-me com as outras duas. A mim, no espelho, ofereceu ambas as flores. Eu aceitei a preta. Depois ela voltou para o seu lugar e todos três — ali, na sala do espelho — assumimos exactamente as posições que na realidade ocupávamos. Quando isso aconteceu, as flores desapareceram das mãos dos nossos duplos, que voltaram a ser apenas simples reflexos, a repetir fielmente cada movimento nosso.

Abriu-se uma porta na parede mais distante e descemos uma escada de caracol. Colunas, alcovas, abóbadas, assumiam imperceptivelmente o prateado e o branco dos corredores de plástico. Continuámos a caminhar em silêncio, nem separados nem juntos. A situação estava a tomar-se intolerável, mas que havia eu de fazer? Dar um passo em frente e apresentar-me à moda antiga, com um antiquado savoir-vivre?

O som abafado de uma orquestra. Era como se estivéssemos nos bastidores, atrás de um palco invisível. Havia algumas mesas vazias, com as cadeiras puxadas para trás. A mulher parou e perguntou ao companheiro:

— Não danças?

— Não quero — respondeu ele.

Ouvi a sua voz pela primeira vez. Era um jovem atraente, mas cheio de inércia, de uma inexplicável passividade, como se nada no mundo lhe importasse. Tinha belos lábios, quase de rapariga. Olhou para mim e depois para ela, mas não disse nada.

— Bem, então vai-te embora, se queres — disse ela.

Ele afastou uma cortina que formava uma das paredes e foi-se embora. Comecei a segui-lo.

— Por favor?… — ouvi a voz dela chamar.

Parei. De trás da cortina chegou o som de aplausos.

— Não se senta?

Sentei-me, sem uma palavra. Ela tinha um perfil magnífico. Pequenos escudos de pérola cobriam-lhe as orelhas.

— Sou Aen Aenis.

— Hal Bregg.

Pareceu surpreendida. Não pelo meu nome — que não significava nada para ela —, mas sim pelo facto de eu ter recebido o seu tão indiferentemente. Pude olhá-la melhor. A sua beleza era perfeita e implacável, assim como a indiferença calma e controlada dos seus movimentos. Usava um vestido cinzento-rosado, mais cinzento do que rosado, que lhe realçava a brancura do rosto e dos braços.

— Não gosta de mim? — perguntou calmamente.

— Não a conheço.

— Sou Ammai, em Os Sinceros.

— Que é isso?

Olhou-me com curiosidade.

— Não viu Os Sinceros?

— Nem sequer sei o que é.

— De onde veio?

— Vim do meu hotel.

— Realmente? Do seu hotel… — Havia um franco tom trocista na sua voz. — E posso perguntar-lhe onde esteve antes de chegar ao seu hotel?

— Em Fomalhaut.

— Que é isso?

— Uma constelação.

— Que quer dizer?

— Um sistema de estrelas a vinte e três anos-luz daqui.

As pálpebras palpitaram-lhe. Entreabriu os lábios. Era muito bonita.

— Astronauta?

— Sim.

— Compreendo. Eu sou uma realist… muito famosa. Não disse nada. Ficámos silenciosos. A música tocava.

— Dança? Quase ri alto.

— O que dançam agora, não.

— É uma pena. Mas pode aprender. Porque fez aquilo?

— O quê?

— Lá na ponte.

Não respondi imediatamente.

— Foi… um reflexo.

— Estava familiarizado com aquilo?

— Com aquela viagem de faz de conta? Não.

— Não?

— Não.

Um momento de silêncio. Os seus olhos, por instantes verdes, tornaram-se quase pretos.

— Só em impressões muito antigas se encontra esse género de coisa — observou, como que involuntariamente. — Ninguém representaria… Não é possível. Quando vi aquilo, pensei que… que você… Fiquei à espera.

— … que talvez fosse capaz. Porque tomou o caso a sério. Não tomou?

— Não sei. Talvez.

— Não se preocupe. Eu sei. Estaria interessado? Sou amiga de Frenet. Mas não sabe quem ele é, pois não? Hei-de dizer-lhe… É o principal produtor do real. Se está interessado…

Desatei a rir e ela estremeceu.

— Desculpe. Mas, meu Deus, pensou arranjar-me emprego como…

— Pensei.

Não pareceu ofendida. Pelo contrário.

— Obrigado, mas não. Acho realmente que não.

— É capaz de me dizer como o fez? É segredo?

— Como? Que quer dizer? Não viu?… Calei-me.

Читать дальше
Тёмная тема
Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

Похожие книги на «Regresso das estrelas»

Представляем Вашему вниманию похожие книги на «Regresso das estrelas» списком для выбора. Мы отобрали схожую по названию и смыслу литературу в надежде предоставить читателям больше вариантов отыскать новые, интересные, ещё непрочитанные произведения.


Станислав Лем - Regresso das estrelas
Станислав Лем
Stanislaw Lem - Peace on Earth
Stanislaw Lem
libcat.ru: книга без обложки
Stanislaw Lem
Stanislaw Lem - Az Úr Hangja
Stanislaw Lem
Stanislaw Lem - Frieden auf Erden
Stanislaw Lem
Stanislaw Lem - Fiasko
Stanislaw Lem
Stanislaw Lem - The Albatross
Stanislaw Lem
Stanislaw Lem - Nenugalimasis
Stanislaw Lem
Stanislaw Lem - Kyberiade
Stanislaw Lem
Stanislaw Lem - Ciberiada
Stanislaw Lem
Отзывы о книге «Regresso das estrelas»

Обсуждение, отзывы о книге «Regresso das estrelas» и просто собственные мнения читателей. Оставьте ваши комментарии, напишите, что Вы думаете о произведении, его смысле или главных героях. Укажите что конкретно понравилось, а что нет, и почему Вы так считаете.

x