Stanislaw Lem - Regresso das estrelas

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Hall Bregg é um homem sem mundo, um astronauta que regressa duma missão no espaço e encontra a Terra Irreconhecível. Apesar de só terem passado dez anos biológicos, na Terra já decorreram cento e vinte e sete. As cidades estão construídas com uma tecnologia que ele desconhece, os hábitos sociais estão completamente alterados; é ministrada aos seres huma| nos, na infância, uma droga que neutraliza os seus impulsos agressivos. Como conseguirá um astronautal — que representa o pioneirismo — adaptar-se a uma civilização onde não se corre o menor risco, onde as pessoas se tornam menos cultivadoras do prazer e da juventude, esquecendo-se der que significa sonhar ou ambicionar? Hall Bregg irá lutar por se adaptar e encontrar um lugar para si próprio.

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A vista era invulgar, pois apesar de a escuridão, entrecortada pelas luzes das ruas, envolver toda a área, os níveis superiores do Terminal ainda brilhavam como picos alpinos cobertos de neve.

Estava muita gente no parque. Havia muitas novas espécies de árvores, especialmente palmeiras, e cactos em flor e sem espinhos. A um canto, afastado dos passeios principais, encontrei um castanheiro que devia ter duzentos anos. Três homens do meu tamanho não lhe poderiam ter abarcado o tronco. Sentei-me num pequeno banco e durante algum tempo olhei para o céu. Como as estrelas pareciam inofensivas e amigas, a piscar e a brilhar nas invisíveis correntes atmosféricas que delas protegiam a Terra! Pela primeira vez em anos pensei nelas como «estrelinhas». Lá em cima, ninguém teria falado de tal maneira, pois se o fizesse julgá-lo-íamos doido. Estrelinhas, sim, famintas estrelinhas. Por cima das árvores, já completamente escuras, explodia fogo de vista, ao longe, e de súbito, e com espantosa realidade, vi Arcturus, as montanhas de fogo sobre as quais voara a bater os dentes com frio, enquanto a geada do equipamento arrefecido se fundia e escorria, vermelha de ferrugem, pelo meu fato abaixo. Andava a recolher amostras com um sifão corona e tinha um ouvido atento ao silvo dos compressores, no caso de alguma perda de rotação, porque uma paragem de um simples segundo, o seu emperramento. bastaria para transformar a minha blindagem, o meu equipamento e eu próprio num puf! invisível de vapor. Uma gota de água a cair numa chapa ao rubro não desaparece tão depressa como um homem, lá em cima.

O castanheiro estava quase no fim da floração. Nunca me interessara pelo cheiro das flores, mas agora recordava-me coisas de havia muito tempo. Por cima das sebes, o clarão do fogo de vista acendia-se e apagava-se, em ondas. Um ruído aumentava, orquestras misturavam-se e com intervalos de poucos segundos, transportado pelo vento, voltava ao grito coral de participantes nalgum espectáculo, talvez de passageiros de um carro. Mas o meu cantinho permanecia imperturbado.-

Nisto, um vulto alto e escuro emergiu de um carreiro lateral. A verdura ainda nào estava completamente cinzenta e eu só vi o rosto da pessoa que se aproximava muitíssimo devagar, passo a passo e mal levantando os pés do chão, só vi, dizia, quando ele parou a alguns metros de distância. Tinha as mãos enfiadas numa espécie de funis dosquais saíam duas hastes delgadas que terminavam numa bola preta. Ele apoiava-se nelas não como um paralítico, mas sim como alguém num estado de extremo enfraquecimento. Não olhou para mim nem fosse para o que fosse — o riso, os gritos, a miisica e o fogo de vista pareciam não existir para ele. Ficou parado talvez um minuto, a respirar com grande esforço, e eu vi-lhe intermitentemente o rosto nos clarões de luz de fogo de vista, um rosto tão velho que os anos lhe tinham apagado toda a expressão e deixado apenas a pele e o osso. Quando ele se preparava para recomeçar a andar, avançando com aquelas esquisitas muletas ou membros artificiais, uma delas escorregou. Saltei do banco para o amparar, mas ele já recuperara o equilíbrio. Era uma cabeça mais baixo do que eu. mas mesmo assim alto para um homem da época. Ólhou-me com olhos brilhantes.

— Desculpe-me… — murmurei.

Queria afastar-me, mas fiquei: nos seus olhos havia um não-sei-quê de autoritário, que me retinha.

— Já o vi em qualquer lado… Mas onde? — disse, em voz surpreendentemente forte.

— Duvido — respondi, a abanar a cabeça. — Regressei ontem, apenas… de uma viagem muito longa.

— De…?

— De Fomalhaut.

Os seus olhos iluminaram-se.

— Arder! Tom Arder!

— Não — corrigi. — Mas estive com ele.

— E ele?

— Morreu.

O desconhecido começou a respirar com dificuldade.

— Ajude-me… a sentar.

Peguei-lhe no braço. Sob o tecido preto e escorregadio só havia ossos. Sentei-o devagarinho no banco e fiquei a olhá-lo, de pé.

— Sente-se…

Sentei-me. Ele continuava a ofegar, de olhos semicerrados.

— Não é nada… foi a excitação… — murmurou e, passados momentos, descerrou as pálpebras. — Sou Roemer — disse, simplesmente.

Mas bastou para me deixar sem respiração, — O quê?! Será possível… o senhor… o senhor…? Que idade…

— Cento e trinta e quatro — respondeu, secamente. — Então tinha… sete.

Lembrei-me dele. Visitara-nos com o pai, o brilhante matemático que trabalhava como assistente de Geonides, o criador da teoria ligada ao nosso voo. Arder mostrara ao garoto a enorme sala de experiências e as centrifugadoras. Era assim que permanecia na minha memória, vivo como uma chama, com sete anos e os olhos escuros do pai. Arder erguera-o no ar, para que o pequeno pudesse ver de perto o interior da câmara de gravitação onde eu me encontrava.

Ficámos ambos silenciosos. Havia algo de estranho naquele encontro. Qlhei através da escuridão, com uma espécie de avidez dolorosa, para aquele rosto terrivelmente velho, e senti um aperto na garganta. Apeteceu-me tirar um cigarro da algibeira mas os dedos tremiam-me tanto que não fui capaz.

— Que aconteceu a Arder? — perguntou-me.

Contei-lhe.

— Não recuperaram… nada?

— Sabe que nunca se recupera nada.

— Confundi-o com ele…

— Compreendo. A minha altura e tudo o mais.

— Sim… Que idade tem agora, biologicamente?

— Quarenta anos.

— Eu podia… — murmurou.

Compreendi em que estava a pensar.

— Não o lamente — disse-lhe, em tom firme. — Não o deve lamentar. Não deve lamentar nada, compreende?

Ergueu pela primeira vez o olhar para o meu rosto.

— Pprquê?

— Porque não há nada para eu fazer aqui. Ninguém precisa de mim. E eu… de ninguém.

Não pareceu ouvir-me.

— Como se chama?

— Bregg. Ha! Bregg.

— Bregg — repetiu. — Bregg… Não, não me lembro. Estava lá?

— Estava. Em Apprenous, quando o seu pai foi levar as correcções que Geonides fez no último mês antes da partida… Tinha-se verificado que os coeficientes de refracção das poeiras escuras eram muito baixos… Isso diz-Ihe alguma coisa? — Calei-me, hesitante.

— Diz. Claro — respondeu, com certa ênfase. — O meu pai. Claro. Em Apprenous? Mas que fazia lá você? Onde estava?

— Na câmara de gravitação, em casa de Janssen. O senhor estava lá nessa altura, o Arder levou-o. Ergueu-se na plataforma e observou enquanto eles me aplicavam quarenta gs. Quando sai, sangrava do nariz e o senhor deu-me o seu lenço.

— Ah! Era você?

— Era.

— Mas a pessoa que estava na câmara tinha cabelo escuro. Pareceu-me, pelo menos.

— Pois tinha. O meu cabelo não é claro: é grisalho. O senhor é que não vê bem agora.

Seguiu-se outro silêncio, mais longo.

— É professor, suponho? — perguntei, para dizer alguma coisa.

— Fui. Agora… nada. Há vinte e três anos. Nada. — E repetiu ainda, serenamente: — Nada.

— Hoje comprei alguns livros e, entre eles, a topologia de Roemer. E seu ou do seu pai?

— É meu. É matemático?

Fitou-me, como que com interesse renovado.

— Não, mas dispus de muito tempo… lá. Cada um de nós fazia o que queria. Eu achei a matemática útil.

— Como a compreendeu?

— Dispúnhamos de um número enorme de microfilmes: ficção, romances o que quiséssemos. Sabia que tinhamos trezentos mil títulos? O seu pai ajudou Arder a compilar a parte matemática.

— Estou ao corrente disso.

— Ao princípio, encarámo-lo como… uma diversão. Para matar o tempo. Mas depois, após alguns meses, quando perdêramos por completo o contacto com a Terra e pairávamos lá em cima, aparentemente imóveis em relação às estrelas… então, compreende, ler que um Peter qualquer fumava nervosamente sem saber se a Lucy viria ou não, e que ela entrava nervosamente a torcer as luvas… bem, primeiro começámos por rir como idiotas, mas depois ficámos simplesmente furiosos. Por outras palavras, ninguém tocava nessas leituras.

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