Жозе Сарамаго - Viagem do Elefante
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- Название:Viagem do Elefante
- Автор:
- Издательство:Caminho
- Жанр:
- Год:2008
- ISBN:9789722120173
- Рейтинг книги:3 / 5. Голосов: 1
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estavam de sentinela para quando o meu coman dante despeitasse, nenhum soldado falou comigo, mas o meu comandante pode falar com ele, eu digo-lhe qual foi. o comandante reagiu mal à proposta, Se eu não precisasse de ti para conduzir o elefante, des pachava-te já para lisboa, imagina só a situação em que te ias colocar, seria a tua palavra contra a minha, tira daí o sentido, a não ser que queiras que te depor tem para a índia. Resolvida a questão de saber quem havia sido, oficialmente, o primeiro a descobrir a al deia, o comandante dispunha-se a virar as costas ao cornaca, quando este disse, o principal não é isso, o principal é saber se haverá ali uma junta de bois ca paz, não tardaremos a sabê-lo, tu cuida dos teus as suntos, que eu cá me encarrego do resto, vossa se nhoria não quer que eu vá à aldeia, perguntou subhro, não, não quero, bastam-me o sargento, para acabar de compor o grupo, e o boieiro. Subhro pensou que, ao menos por uma vez, o comandante tinha razão. Se alguém, por direito natural, tinha ali lugar, era o boieiro. o comandante já lá ia, dando instruções a um lado e a outro, ao sargento, ao pessoal da inten dência, que era sua intenção pôr a trabalhar para abastecer de comida suficiente aos homens das forças, que em nada de tempo as per-deriam se conti nuassem a alimentar-se de figos secos e pão boloren to, Quem desenhou a estratégia para esta viagem bem pode limpar as mãos à parede, os manda-mais da corte devem pensar que a gente pode viver só do ar que respira, murmurou entredentes. o acam pamento já estava levantado, enrolavam-se man-49
tas, ordenavam-se ferramentas, que as havia em quanti dade, a maior parte delas provavelmente nunca te riam uso, salvo se o elefante viesse a cair por um barranco e fosse preciso tirá-lo de lá com um cabres-tante. a ideia do comandante era pôr-se em marcha quando, com junta de bois ou sem junta de bois, re-gressasse da aldeia. o sol já se tinha despegado da linha do horizonte, era dia claro, apenas umas pou cas nuvens boiando no céu, oxalá não venha a aque cer demasiado, derretem-se os músculos, às vezes ale parece que o suor se vai pôr a ferver na pele. o comandante chamou o boieiro, explicou-lhe ao que iam e reco-mendou-lhe que observasse bem os animais, se os houvesse, porque deles dependeria a rapidez da expedição e um breve regresso a lisboa. o boieiro disse que sim senhor duas vezes, embora a ele pouco lhe impor-tasse, não vivia em lisboa, mas numa aldeia não longe chamada mem martins, ou algo deste jeito. Como o boieiro não sabia cavalgar, um caso flagrante, como se vê, das consequências negativas de uma excessiva especialização profissio nal, içou-se com dificuldade para a garupa do cavalo do sargento e lá foi, rezando, numa voz que ele pró prio mal conseguia ouvir, um interminável padre-nosso, oração da sua especial estima por aquilo que nela se diz de perdoar as nossas dívidas. o mal, que em tudo está, e às vezes até deixa o rabo de fora para que não tenhamos ilusões sobre a natureza do bicho, vem logo na frase seguinte, quando se diz que é obri gação nossa de cristãos perdoar aos nossos devedo res. o pé não joga com a chinela, ou 50
uma coisa ou outra, resmungava o boieiro, se uns per-doam e ou tros não pagam o que devem onde está o benefício do negócio, perguntava-se. entraram na primeira rua da aldeia que encontraram, embora fosse sinal de es pírito delirante chamar àquilo rua, um caminho que era o mais parecido que havia no tempo com uma montanha-russa, e à primeira pessoa que encontra ram o comandante perguntou como se chamava e onde morava o principal lavrador do lugar. o ho mem, um velho labrego com a enxada às costas, conhecia as respostas, o principal é o senhor conde, mas não está cá, o senhor conde, repetiu o coman dante, ligeiramente inquieto, Sim, saiba vossa se nhoria que três quartas partes destas terras, ou mais, lhe perten-cem, mas disseste que ele não está em ca sa, fale vossa senhoria com o feitor, o feitor é quem governa o barco, andaste no mar, Saiba vossa sehoria que sim, mas aquilo, entre afogados e afligidos de scorbutos e outras misérias, era uma tal mortan dade que resolvi vir morrer em terra, e onde posso encontrar o feitor, Se não está já no campo, encontra-o na quinta do palácio, Há um palácio, perguntou o comandante, olhando em redor, não é um palácio daqueles altos e com torres, tem só o térreo e um andar, mas dizem que há lá mais riquezas que em todos os palácios e palacetes de lisboa, Podes guiar-nos até lá, perguntou o comandante, Para isso me trouxeram aqui os meus passos, o conde é conde de quê. o velho disse-lho, e o comandante deu um assobio de admiração, Conheço-o, disse, o que não sabia era que tinha terras para estes lados, e dizem 51
que não é só aqui.
a aldeia era uma aldeia como já não se vêem nos dias de hoje, se estivéssemos no inverno seria como uma pocilga escorrendo água e salpicando lama por todos os lados, agora sugere outra coisa, os restos pe-trificados de uma civilização antiga, cobertos de pó, como mais cedo ou mais tarde acontece aos mu seus ao ar livre. desembocaram numa praça e ali es tava o palácio. o velho foi tocar a sineta de uma por ta de serviço, ao cabo de um minuto apareceu alguém a abrir e o velho entrou. as coisas não estavam a passar-se como o comandante havia imaginado, mas talvez fosse melhor assim. encarregava-se o velho do primeiro parlamento e depois ele se encarregaria do miolo do assunto. Passados uns bons quinze mi nutos apareceu à porta um homem gordo, de grandes bigodes, que lhe pendiam como o lambaz de um barco. o comandante guiou o cavalo ao encontro dele e foi ainda de cima do cavalo, para que ficassem bem claras as diferenças sociais, que disse as primeiras palavras, És o feitor do senhor conde, Para servir a vossa senhoria. o comandante desmontou e, dando prova de uma astúcia pouco comum, aproveitou o que vinha na bandeja, neste caso, servir-me a mim será o mesmo que servir ao senhor conde e a sua alteza o rei, vossa senhoria fará o favor de me explicar o que deseja, em tudo que não vá contra a salvação da minha alma e contra os interesses do meu amo que me comprometi a defender, sou o seu homem, Por mim não serão ofendidos os interesses do teu amo nem se perderá a tua alma, e agora 52
vamos ao caso que aqui me trouxe. fez uma pausa, um rápido sinal ao boieiro para se aproximar, e começou, Sou oficial de cavalaria de sua alteza, que me confiou o encargo de levar a valladolid, espanha, um elefante para ser entregue ao arquiduque maximiliano de áustria que ali está aposentado, no palácio do imperador carlos quinto, seu sogro. ao feitor esbugalharam-selhe os olhos, o queixo caiu-lhe sobre a papada, efei tos animadores que o comandante registou mental mente.
e continuou, trago na caravana um carro de bois que transporta os fardos de forragens de que o elefante se alimenta e a dorna de água em que mata a sede, o carro é puxado por uma junta de bois que até agora têm dado boa conta do recado, mas que eu muito me temo não serem suficientes quando tiverem de se enfrentar com as grandes ladeiras das montanhas. o feitor assentiu com a cabeça, mas não proferiu palavra. o comandante respirou fundo, sal tou umas quantas frases de adorno que havia estado alinhavando na cabeça e foi direito ao fim, Preciso de outra junta de bois para a atrelar ao carro e pensei que poderia vir encontrá-la aqui, o senhor conde não está, só ele é que. o comandante cortou-lhe a frase, Parece que não ouviste que estou aqui em nome do rei. não sou eu quem te está a pedir o empréstimo de uma junta de bois por uns dias, mas sua alteza o rei de portugal, ouvi, meu senhor, ouvi, mas o meu amo, não está, já sei, mas está o seu feitor que conhece os seus deveres para com a pátria, a pátria, senhor, nun ca a viste, perguntou o comandante lançando-se num rapto lírico, vês aquelas nu-53
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