Жозе Сарамаго - Viagem do Elefante

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nou com o deus cortando com o seu tridente a cabeça ao ad versário. Quando parvati saiu e viu o corpo sem vida do filho, os seus gritos de dor depressa se transfor maram em uivos de fúria. ordenou a siva que devol vesse imediatamente a vida a ganeixa, mas, por des graça, o golpe que o tinha degolado havia sido tão poderoso que a cabeça foi atirada para muito longe e nunca mais a viram. então, como último recurso, siva foi pedir auxílio a brama, que lhe sugeriu que substituísse a cabeça de ganeixa pela do primeiro ser vivo que encontrasse no caminho, desde que estives se na direcção norte. Siva mandou então o seu exér cito ce-lestial para que tomasse a cabeça de qualquer criatura que encontrassem dormindo com a cabeça na direcção norte. encontraram um elefante mori bundo que dormia desta maneira e, após a sua morte, cortaram-lhe a cabeça. Regressaram aonde estavam siva e parvati e entregaram-lhes a cabeça do elefan te, a qual foi colocada no corpo de ganeixa, trazendo-o de novo à vida. e foi assim que nasceu ganeixa depois de ter vivido e morrido. Histórias da carochi nha, resmungou um soldado, Como a daquele que, tendo morrido, ressuscitou ao terceiro dia, respon deu subhro, Cuidado, cornaca, estás a ir longe de mais, repreendeu o comandante, eu também não acredito no conto do menino de sabão que veio a tomar-se deus com um corpo de homem barrigudo e cabeça de elefante, mas foi-me pedido que explicas se quem era ganeixa, e eu não fiz mais que obedecer, Sim, mas fizeste considerações pouco amáveis sobre jesus cristo e a virgem que não 65

caíram nada bem no espírito das pessoas aqui presentes, Peço desculpa a quem se sentiu ofendido, foi sem intenção, respon deu o cornaca. ouviu-se um murmú-

rio de apazigua mento, a verdade é que àqueles homens, tanto soldados como paisanos, pouco lhes im-portavam as disputas religiosas, o que os inquietava era que se tocasse em assuntos tão retorcidos debaixo da própria cúpu la celeste. Costuma-se dizer que as paredes têm ou vidos, imagine-se o tamanho que terão as orelhas das estrelas. fosse como fosse, eram horas de ir para a cama, os lençóis e as mantas dela as roupas que tinham vestidas, o importante era que não lhes cho vesse em cima, e isso tinha-o conseguido o coman dante indo de casa em casa a pedir que dessem abri go, por esta noite, a dois ou três dos seus homens, dormiriam em cozinhas, em estábulos, em palheiros, mas desta vez com a barriga cheia, o que compensa ria esses e outros inconvenientes. Com eles dispersa ram uns quantos habitantes da aldeia, quase todos homens, que por ali tinham andado, atraídos pela novidade do elefante, do qual, por medo, não conse guiriam aproximar-se a menos de vinte passos. en rolando com a tromba uma porção de forragem que bastaria para satisfazer o primeiro apetite de um es quadrão de vacas, salomão, apesar da sua vista curta, lançou-lhes um olhar severo, dando claramente a en tender que não era um animal de concurso, mas sim um trabalha-dor honrado a quem certos infortúnios, que seria demasiado longo relatar aqui, haviam dei xado sem trabalho e, por assim dizer, entregue à ca ridade pública.

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ao princípio, um dos homens da al deia, por bravata, ainda deu uns quantos passos para além da linha invisível que logo iria tomar-se em fronteira cerrada, mas salomão despachou-lhe um coice de aviso que, embora não atingindo o alvo, deu lugar a um interessante debate entre eles sobre famí lias ou clãs de animais.

mulas, mulos, burros, burras, cavalos, éguas, são quadrúpedes que, como toda a gente sabe, e alguns por dolorosa experiência, dão coices, o que bem se compreende, uma vez que não dispõem de outras armas, quer ofensivas quer defen sivas, mas um elefante, com aquela tromba e aqueles dentes, com aquelas patorras enormes que lembram martelos-pilões, ainda por cima, como se fosse pou co o que já tem, é capaz de escoicear. Sugere a mansidão em figura quando se olha para ele, porém, caso seja necessário, poderá tornar-se numa fera. de estranhar é que, pertencendo à família dos animais aci ma mencionados, isto é, à famí-

lia dos que dão coices, não leve ferraduras. afinal, disse um dos campone ses, um elefante não tem muito que ver, dá-se-lhe uma volta e já está. os outros con-cordaram, dá-se-lhe uma volta e fica tudo visto. Podiam ter-se retira do para as suas casas, para o conforto dos seus lares, mas um deles disse que ainda ficava um bocado por ali, que queria ouvir o que se estava dizendo ao redor daquela fogueira. foram todos. ao princípio não compreenderam de que se estava tra-tando, não entendiam os nomes, tinham acentuações estranhas, até que tudo se lhes tornou claro quando chegaram à conclusão de que se estava a falar do ele-67

fante e que o elefante era deus. agora caminhavam para as suas casas, para o conforto dos lares, levando cada um consigo dois ou três hóspedes entre militares e ho mens de forças. Com o elefante ficaram de sentinela dois soldados de cavalaria, o que mais reforçou neles a ideia de que era urgente ir falar ao cura. as portas fecharam-se e a aldeia encolheu-se toda no meio da escuridão. Pouco depois algumas tornaram a abrir-se sigilosamente e os cinco homens que delas saíram encaminharam-se para a praça do poço, ponto de reu nião que haviam combinado. a ideia deles era ir falar com o padre, que a esta hora já estaria na cama e provavelmente a dormir. o reverendo era conhecido pelo seu péssimo humor quando o despertavam a horas inconvenientes, que para ele eram todas em que estivesse nos braços de morfeu. Um dos homens ainda aventurou uma alternativa, e se viéssemos de ma-nhã, perguntou, mas outro, mais determinado, ou simplesmente mais propenso à lógica das previsões, objectou, Se eles tiverem decidido sair ao alvorecer, arriscamo-nos a não encontrar ninguém, com boa cara de parvos ficaríamos então. estavam diante da porta do passal e parecia que nenhum dos nocturnos visitantes se ia atrever a levantar a aldraba. aldraba tinha-a também a porta da residência, mas essa era demasiado pequena para conseguir acordar o inqui-lino. Por fim, como um tiro de canhão no silêncio pé-

treo da aldeia, a aldraba do passal deu sinal de vida.

ainda teve de disparar mais duas vezes antes que de dentro se ouvisse a voz rouca e irritada do cura, Quem 68

é. obviamente, não era prudente nem cómodo falar de deus em plena rua, tendo por meio algumas paredes e um portão de madeira grossa. não tardaria muito que os vizinhos pusessem o ouvido à escuta das altas vozes com que seriam obrigadas a comuni-car-se as partes dialogantes, transformando assim uma gravíssima questão teológica na fábula da tem-porada. a porta da residência abriu-se enfim e a cabe-

ça redonda do cura apareceu, Que querem vocês a estas horas da noite. os homens deixaram o portão do passal e avançaram, arrastando os pés, para a outra porta. está alguém a morrer, perguntou o cura. todos disseram que não senhor. então, insistiu o ser vo de deus, aconchegando-se melhor com a manta que tinha lançado sobre os ombros, na rua não pode mos falar, disse um homem. o cura resmungou, Pois se não podem falar na rua, vão amanhã à igreja, te mos de falar agora, senhor padre, amanhã poderá ser tarde, o assunto que aqui nos trouxe é muito sério, é um assunto de igreja, de igreja, repetiu o cura, subitamente inquieto, pensando que o apodrecido trave-jamento do tecto tinha vindo abaixo, Sim senhor, de igreja, então entrem, entrem. empurrou-os para a cozinha em cuja lareira esbraseavam ainda uns restos de lenha queimada, acendeu uma candeia, sentou-se num mocho e disse, falem. os homens olharam uns para os outros, duvidando sobre quem deveria ser o porta-voz, mas estava claro que só tinha realmente legitimidade aquele que havia dito que ia ouvir o que se estava dizendo no grupo onde se encontravam o 69

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