• Пожаловаться

Жозе Сарамаго: Viagem do Elefante

Здесь есть возможность читать онлайн «Жозе Сарамаго: Viagem do Elefante» весь текст электронной книги совершенно бесплатно (целиком полную версию). В некоторых случаях присутствует краткое содержание. год выпуска: 2008, ISBN: 9789722120173, издательство: Caminho, категория: Старинная литература / на португальском языке. Описание произведения, (предисловие) а так же отзывы посетителей доступны на портале. Библиотека «Либ Кат» — LibCat.ru создана для любителей полистать хорошую книжку и предлагает широкий выбор жанров:

любовные романы фантастика и фэнтези приключения детективы и триллеры эротика документальные научные юмористические анекдоты о бизнесе проза детские сказки о религиии новинки православные старинные про компьютеры программирование на английском домоводство поэзия

Выбрав категорию по душе Вы сможете найти действительно стоящие книги и насладиться погружением в мир воображения, прочувствовать переживания героев или узнать для себя что-то новое, совершить внутреннее открытие. Подробная информация для ознакомления по текущему запросу представлена ниже:

Жозе Сарамаго Viagem do Elefante

Viagem do Elefante: краткое содержание, описание и аннотация

Предлагаем к чтению аннотацию, описание, краткое содержание или предисловие (зависит от того, что написал сам автор книги «Viagem do Elefante»). Если вы не нашли необходимую информацию о книге — напишите в комментариях, мы постараемся отыскать её.

Жозе Сарамаго: другие книги автора


Кто написал Viagem do Elefante? Узнайте фамилию, как зовут автора книги и список всех его произведений по сериям.

Viagem do Elefante — читать онлайн бесплатно полную книгу (весь текст) целиком

Ниже представлен текст книги, разбитый по страницам. Система сохранения места последней прочитанной страницы, позволяет с удобством читать онлайн бесплатно книгу «Viagem do Elefante», без необходимости каждый раз заново искать на чём Вы остановились. Поставьте закладку, и сможете в любой момент перейти на страницу, на которой закончили чтение.

Тёмная тема

Шрифт:

Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

vens que não sabem aon de vão, elas são a pátria, vês o sol que umas vezes está, outras não, ele é a pátria, vês aquele renque de árvores donde, com as calças na mão, avistei a aldeia nesta madrugada, elas são a pá-

tria, portanto não po des negar-te nem opor dificuldades à minha missão, Se vossa senhoria o diz, dou-te a minha palavra de oficial de cavalaria, e agora basta de conversa, va mos à abegoaria ver os bois que lá tens. o feitor cofiou o bigode pingão como se estivesse a con-sultá-lo, e finalmente decidiu-se, a pátria acima de tudo, mas, ainda temeroso dos efeitos da sua cedência, perguntou ao oficial se lhe deixava uma garantia, ao que o comandante respondeu, deixo-te um papel escrito de meu punho e letra no qual assegurarei que a junta de bois será por mim próprio devolvida à procedência tão cedo o elefante fique entregue ao arquiduque de áustria, não esperareis mais que o tempo de ir de aqui a valladolid e de valladolid aqui, vamos en-tão à abegoaria, onde estão os bois de trabalho, disse o feitor, este aqui é o meu boieiro, entrará comigo, eu entendo mais de cavalos e guerra, quando a há, disse o comandante. na abegoaria havia oito bois. temos mais quatro, disse o feitor, mas estão no campo. a um sinal do comandante, o boieiro aproximou-se dos animais, examinou-os atenta mente, um por um, fez levantar dois que estavam deitados, examinou-os também, e por fim declarou, este e este, Boa escolha, são os melhores, disse o feitor. o comandante sentiu uma onda de orgulho subir-lhe do plexo solar à garganta.

Realmente, cada gesto seu, cada passo que dava, cada 54

decisão que to mava, revelavam um estratego de primeiríssima água, merecedor dos mais altos reconhecimentos, uma pronta promoção a coronel, para co-meçar. o feitor, que havia saído, regressava com papel e pena, e ali mesmo foi exarado o compromisso. Quando o feitor recebeu o documento, as mãos tremiam-lhe de emoção, mas recuperou a serenidade ao ouvir dizer ao boieiro, faltam os apeiros, estão além, apontou o feitor. não têm falhado neste relato considera-

ções mais ou menos certeiras sobre a natureza humana, e a todas fomos fielmente consignando e comen-tando segundo a respectiva pertinência e o humor do momento. o que não esperávamos, francamente, era vir um dia a registar um pensamento tão generoso, tão excelso, tão sublime, como aquele que passou pela mente do comandante com o fulgor de um relâmpago, isto é, que ao escudo de armas do conde proprietário daqueles animais, em memória deste sucesso, deveriam ser apostos dois jugos, ou cangas, como também se lhes chama. oxalá este voto se cumpra. os bois já estavam jungidos, o boieiro já os levava para fora da abegoaria, quando o feitor perguntou, e o elefante.

formulada desta maneira, tão rústica quanto directa, a pergunta podia ser simplesmente ignorada, mas o comandante pensou que devia a este homem um favor e portanto foi um sentimento parente da gratidão que o fez dizer, está atrás daquelas árvores, onde passámos a noite, nunca vi um elefan te na minha vida, disse o feitor com voz triste, como se de ver um elefante dependesse a sua felicidade e a dos seus, Ho-55

mem, isso tem bom remédio, vem convosco, vá vossa senhoria andando, que eu aparelho a mula e já o alcanço. o comandante saiu para a praça, onde o esperava o sargento, e disse, Já temos bois, Sim senhor, passaram por aqui, o boieiro parecia ter engolido um pau, de tão vaidoso que ia à cabeça deles, vamos, disse o comandante montando, Sim se nhor, disse o sargento montando também. alcança ram a vanguarda em pouco tempo, e aí se apresentou ao comandante um sério dilema, ou galopar para o acampamento e anunciar a vitória às hostes reuni das, ou acompanhar a junta e receber os aplausos em presença do prémio vivo do seu engenho. Precisou de cem metros de in-tensa reflexão para encontrar a resposta ao problema, um recurso a que, antecipando cinco séculos, poderí-

amos chamar terceira via, isto é, mandar o sargento à frente com a notícia a fim de predispor os ânimos à mais entusiástica das recepções. assim se faria. não tinham andado muita quando ouviram o tosco trope-ar da mula, a quem nunca se pedira um trote, e muito menos um galope. o comandante parou por cortesia, o mesmo fez o sargento sem saber porquê, só o boieiro e os bois,| como se pertencessem a outro mundo e se regulassem por diferentes leis, continuaram com o passo de sempre, isto é, a passo. o comandante deu ordem para que o sargento se adiantasse, mas não tardou a arrepender-se de o ter feito. a sua impaciência crescia a cada minuto. tinha sido um erro crasso mandar o sargento à frente. a esta hora já ele recebera os primeiros aplausos, os mais calorosos, aqueles que 56

acolhem uma boa notícia dada em primeira mão, e se alguns, ou mesmo muitos, se vierem a manifestai depois, sempre hão-de ter um sabor a caldo requentado.

enganava-se. Quando o comandante chegou ao acampamento, haveria que discutir se acompanhado por ou acompanhando o boieiro e os bois, estavam os homens formados em duas linhas, os braçais de um lado, os militares do outro, e ao centro o elefante com o seu cornaca sentado, todos aplaudindo com entusiasmo, dando vozes de alegria, se isto aqui fosse um barco de piratas seria a altura de dizer, Um num duplo para todos. Seja como seja, talvez se apresente ocasião mais adiante para mandar servir um quartilho de vinho tinto a toda a companhia. acalmadas expansões, prin-cipiou a caravana a organizar-se. o boieiro atrelou ao carro os bois do conde, mas fortes e mais frescos, e à frente deles, para repousarem, os que tinham vindo de lisboa. o feitor talvez tosse de opinião contrária, mas, montado na sua mula. não fazia mais que benzer-se e tornar a benzer-se, mal acreditando no que os seus olhos viam, Um elefante, aquilo é que é o tal elefante, murmurava, não tem menos de quatro côvados de altura, e a tromba, e os dentes, e as patas, que grossas são as patas. Quando a caravana se pôs em marcha, seguiu-a até a estrada. despediu-se do comandante, a quem desejou boa viagem e melhor regresso, e ficou a olhá-los enquanto se afastavam. fazia grandes gestos de adeus. não é todos os dias que aparece nas nossas vidas um elefante.

57

não é verdade que o céu seja indiferente às nossas preocupações e anseios. o céu está Constantemente a enviar-nos sinais, avisos, e se não dizemos bons conselhos é porque a experiência de um lado e do outro, isto é, a dele e a nossa, já demonstrou que não vale a pena esforçar a memória, que todos a temos mais ou menos fraca. Sinais e avisos são fáceis de interpretar se estivermos de olho atento, como foi o caso do comandante quando sobre a caravana, em certa altura do caminho, caiu um rápido mas abundante aguaceiro. Para os homens da força, empenha-dos no penoso trabalho de empurrar o carro de bois, aquela chuva foi uma bênção, um acto de caridade pelo sofrimento em que têm vivido sujeitas as clas ses baixas. o elefante salomão e o seu cornaca subhro desfrutaram do súbito refresco, o que não impediu o guia de pensar no arranjo que lhe faria futuramente um guarda-chuva em situações como estas, principalmente no caminho para viena, de poleiro e protegido da água que caísse das nuvens. Quem não apre ciou nada o líquido meteoro foram os soldados da cavalaria, habitualmente presumidos nas suas fardas coloridas, agora manchadas e pingonas, como se estivessem a regressar vencidos de uma batalha. Quanto ao comandante, esse, com a sua já provada agili dade de es-pírito, havia compreendido imediatamente que tinha 58

ali um problema muito sério. Uma vez mais se de-monstrava que a estratégia para esta missão fora de-senhada por pessoal incompetente, inca paz de prever os acontecimentos mais correntios, como este de chover em agosto, quando a sabedoria popular já vinha avisando desde a noite dos tempos que o inverno, precisamente, é em agosto que come ça. a não ser que o aguaceiro tivesse sido uma coisa de ocasião e que o bom tempo voltasse para ficar, tinham-se acabado as noites dormidas ao ar livre sob a lua ou o arco estrela-do do caminho de santiago. e não só isso. tendo de pernoitar em lugares habita dos, era preciso que neles houvesse um espaço cober to para abrigar os cavalos e o elefante, os quatro bois, e umas boas dezenas de homens, e isso, como se pode calcular, era algo custoso de encontrar no portugal do século dezasseis, onde ainda não se tinha aprendido a construir naves indus-triais nem estala gens de turismo. e se a chuva nos apanha na estrada, não um aguaceiro como este, mas uma chuva contí nua, daquelas que não param durante horas e horas, perguntou-se o comandante, e concluiu, não teremos outro remédio que apará-la toda nas costas. levantou a cabeça, perscrutou o espaço e disse, Por agora parece ter escampado, oxalá tenha sido só um ameaço. infelizmente não tinha sido só um ameaço. Por duas vezes, antes de chegarem a porto salvo, se tal se podia chamar a duas dezenas de case-bres afas tados uns dos outros, com uma igreja descabeçada, isto é, só com meia torre, sem nave industrial à vista, ainda lhes caíram em cima duas bátegas, que o 59

Читать дальше
Тёмная тема

Шрифт:

Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

Похожие книги на «Viagem do Elefante»

Представляем Вашему вниманию похожие книги на «Viagem do Elefante» списком для выбора. Мы отобрали схожую по названию и смыслу литературу в надежде предоставить читателям больше вариантов отыскать новые, интересные, ещё не прочитанные произведения.


Жозе Сарамаго: Двойник
Двойник
Жозе Сарамаго
Жозе Сарамаго: Каин
Каин
Жозе Сарамаго
Жозе Сарамаго: Книга имен
Книга имен
Жозе Сарамаго
Жозе Сарамаго: [Про]зрение
[Про]зрение
Жозе Сарамаго
libcat.ru: книга без обложки
libcat.ru: книга без обложки
Жозе Сарамаго
Отзывы о книге «Viagem do Elefante»

Обсуждение, отзывы о книге «Viagem do Elefante» и просто собственные мнения читателей. Оставьте ваши комментарии, напишите, что Вы думаете о произведении, его смысле или главных героях. Укажите что конкретно понравилось, а что нет, и почему Вы так считаете.