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Жозе Сарамаго: Viagem do Elefante

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Жозе Сарамаго Viagem do Elefante

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a pensar que el-rei nosso senhor tivesse mandado despejar os caminhos, não és assim tão importante, cornaca, eu, não, mas salomão, sim. o comandante preferiu não responder ao que parecia o princípio de uma nova dis cussão e disse, antes que te vás quero fazer-te uma pergunta, Sou todo ouvidos, lembras-te de teres invo cado há bocado todos os santos da corte do céu, Sim, meu comandante, Quer isso dizer que és cristão, pen sa bem antes de responderes, mais ou menos, meu comandante, mais ou menos.

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lua cheia, luar de agosto. Com excepção das duas sentinelas que, montadas nos seus cavalos, sem outro ruído que o ranger dos arreios, fazem a ronda do acampamento, toda a caravana dorme. gozam de um descanso mais que merecido. depois de terem dado, durante a primeira parte do dia, a má impres são de um bando de vadios e preguiçosos, os homens alista-dos para empurrar o carro de bois tinham-se metido em brios e dado uma autêntica lição de profissionalis-mo. É certo que o terreno plano havia ajudado muito, mas podia-se apostar, com a certeza de ganhar, que na venerável história daquele carro de bois nunca hou-vera outra jornada assim. nas três horas e meia que a corrida durou, e apesar de alguns breves descansos, andaram mais de dezassete quiló metros. este foi o número finalmente apontado pelo comandante do pelotão depois de uma viva troca de palavras com o cornaca subhro, que achava que não tinham sido tantos e que não valia a pena esta rem a enganar-se a si mesmos. o comandante achava que sim, que era esti-mulante para os homens, Que importância tem que ti-véssemos andado só catorze, os três que faltam andá-

los-emos amanhã e no final vais ver que tudo baterá certo. o cornaca desistiu de convencê-lo, foi o melhor que eu podia fazer, se as contas falsas dele prevale-cerem, isso não alterará a realidade dos quilómetros 44

que realmente tivermos percorrido, não discutas com quem manda, subhro, aprende a viver.

Havia acabado de acordar, ainda com a impres são de ter tido uma dor aguda no ventre enquanto dormia, mas não lhe parecia que ela se fosse repetir, po-rém sentia o interior suspeitosamente alvoroçado, uns borborigmos surdos nos intestinos, e, de repente, a dor regressou como uma punhalada. levantou-se como pôde, fez sinal à sentinela mais próxima de que ia ali e já vinha, e começou a subir, em direcção a um renque basto de árvores, a pendente suave em que tinham acampado, tão suave que era como se estivessem estendidos numa cama com a parte da ca beceira ligeiramente levantada. Chegou no último segundo.

desviemos a vista enquanto ele se livra da roupa, que, milagrosamente, ainda não sujou, e espe remos que levante a cabeça para ver o que nós já vi mos, aquela aldeia banhada pelo maravilhoso luar de agosto que modelava todos os relevos, amaciava as próprias sombras que havia criado, e ao mesmo tempo fazia resplandecer as zonas que iluminava. a voz que estávamos aguardando manifestou-se finalmente. Uma aldeia, uma aldeia. Provavelmente por virem cansados, ninguém tivera a lembrança de subir a pendente para ver o que haveria do outro lado. É certo que é sempre tempo de ver uma aldeia, se não for uma é outra, mas é duvidoso que logo à primeira que se encontra tenhamos à nossa espera uma potente junta de bois, capaz de endireitar a torre de pisa com um só puxão. aliviado da maior, o cornaca limpou-se o melhor que pôde 45

com as ervas que cresciam ao redor, muita sorte teve de não haver por ali sempre-noivas, também chamadas sanguinárias, que essas o fariam saltar como se sofresse da dança de são vito, tais seriam os ardores e os picores que lhe atacariam a delicada mucosa inferior. Uma nuvem grossa ta pou a lua, e a aldeia tornou-se de súbito negra, su miu-se como um sonho na obs-curidade circundante. não importava, o sol romperia à sua hora e mostraria o caminho para o estábulo, onde os bois, agora ruminando, tinham pressenti-mentos de mudança de vida. Subhro atravessou o espesso renque de árvores e re gressou ao seu lugar na camarata comum. em caminho, pensou que se o comandante estivesse acordado lhe daria, para falar em termos planetários, a maior satisfação do mundo. e a glória de ter descoberto a aldeia seria minha, murmurou. Porque não valia a pena alimentar ilusões. durante o que ainda faltava passar da noite outros homens podiam ter necessida de de dar de corpo e o único sítio onde o poderiam fazer com discrição era no meio daquelas árvores, mas, supondo que tal não viesse a suceder, então será só esperar que amanheça para assis-tirmos ao desfile de quantos tiveram que obedecer aos imperativos dos intestinos e da bexiga. isto, no fundo, são ani mais, não há que estranhar. mal conformado, o cor naca resolveu fazer um desvio para o lado onde o comandante dormia, quem sabe, as pessoas às vezes têm insónias, despertam angustiadas porque no seu sonho acreditavam que estavam mortas, ou então é um percevejo, dos tantos que se escondem nas bai-46

nhas das mantas, que veio sugar o sangue do ador-mecido. fica a informação de que o percevejo foi o in-consciente inventor das transfusões. Baldada esperança, o comandante dormia, e não só dormia, como roncava. Uma sentinela veio perguntar ao cornaca o que é que queria dali e subhro respondeu que tinha um recado para dar ao comandante, mas, visto ele estar a dormir, ia voltar para a sua cama, a estas ho ras não se dão recados a ninguém, espera-se que amanhe-

ça, era importante, respondeu o cornaca, mas, como diz a filosofia do elefante, se não pode ser, não pode ser, Se quiseres dar-me o recado a mim, eu informo-o assim que ele acordar. o cornaca dei tou contas às probabilidades favoráveis e achou que valia a pena apostar nesta única carta, a de que o comandante já tivesse sido informado pela sentinela da existência da aldeia, quando, na primeira luz da manhã, se ouvisse o grito, alvíssaras, alvíssaras, há aqui uma aldeia. a dura experiência da vida tem-nos mostrado que não é aconselhável confiar demasiado na natureza humana, em geral. a partir de agora, fi cámos a saber que, pelo menos para guardar segre dos, também não nos devemos fiar da arma de cava laria. foi o caso que antes que o cornaca tivesse regressado ao sono, já a outra sentinela estava a par da notícia, e logo os soldados que dor-miam mais perto. a excitação foi enorme, um deles chegou a propor que fizessem um reconhecimento à aldeia a fim de colher informações presenciais que robuste cessem, pela autenticidade da respectiva fonte, a estratégia a definir na manhã seguinte. o temor 47

de que o comandante despertasse, se levantasse do catre e não visse nenhum dos soldados, ou, pior ainda, se visse algum e não os outros, fê-los desistir da prome tedora aventura. as horas passaram, uma páli-da cla ridade a oriente começou a desenhar a curva da porta por onde o sol haveria de entrar, ao mesmo tempo que no lado oposto a lua se deixava cair suavemen-te nos braços de outra noite. estávamos nós nisto, atra sando o momento da revelação, duvidando ainda se não haveria modo de encontrar uma solução mais dramática ou, o que seria ouro sobre azul, com mais potência simbólica, quando se ouviu o fatal grito, Há aqui uma aldeia. absortos nas nossas lucubrações, não tínhamos dado por que um homem se havia levantado e subido a pendente, mas agora, sim, víamo-lo aparecer entre as árvores, ouvíamo-lo repetir o triunfal anúncio, embora sem pedir alvíssaras, como havíamos imaginado, Há aqui uma aldeia. era o comandante. o destino, quando lhe dá para aí, é capaz de escrever por linhas tortas e torcidas tão bem como deus, ou melhor ainda. Sentado na sua manta, subhro pensou, antes assim que pior, a ele sempre poderia dizer que se tinha levantado de noite e havia sido o primeiro a ver a aldeia. arriscar-se-á a que o comandante lhe pergunte com voz sorna, como sabemos que haverá de perguntar, e testemunhas, tens, ao que ele apenas poderá responder, metendo, metaforica mente falando, o rabo entre as pernas, negativo, meu comandante, estava sozinho, deves ter sonhado, tan to não sonhei que dei a informação a um dos soldados que 48

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