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Жозе Сарамаго: Viagem do Elefante

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Жозе Сарамаго Viagem do Elefante

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ou mil e quinhentos passos que teve entre os romanos e a baixa idade média até aos quilómetros e metros em que hoje dividimos a distância, nada me nos que cinco e cinco mil, respectivamente. encontraríamos casos similares em qualquer área de medição. e para não deixarmos a afirmação sem prova, contemplemos o almude, medida de capacidade que se dividia em doze canadas ou quarenta e oito quartilhos que em lisboa equivalia, números redondos, a dezasseis litros e meio, e, no porto, a vinte e cinco litros. e como se entendiam eles, perguntará o leitor curioso e amante do saber, e como nos entenderemos nós, pergunta, fugindo à resposta, quem à con versação trouxe este assunto de pesos e medidas. o qual, uma vez exposto com esta meridiana clareza, nos permitirá adoptar uma decisão absolutamente crucial, de certa maneira revolucionária, a saber, enquanto o cornaca e os que o acompanham, porque não teriam outra maneira de entender-se, irão conti nuar a falar de distâncias de acordo com os usos e costumes do seu tempo, nós, para que possamos per ceber o que ali se vai passando nesta matéria, usare mos as nossas modernas medidas itinerárias, sem ter de recorrer constantemente a fastidiosas tábuas de conversão. no fundo, será, como se num filme, des conhecido naquele século dezasseis, estivéssemos a colar legendas na nossa língua para suprir a ignorân cia ou um insuficiente conhecimento da língua falada pelos actores. teremos portanto neste relato dois dis cursos paralelos que nunca se encontrarão, um, este, que poderemos seguir sem dificulda-33

de, e outro que, a partir deste momento, entra no si-lêncio. interessan te solução.

todas estas observações, ponderações e cogita-

ções levaram o cornaca a descer finalmente do elefante, escorregando-lhe pela tromba, e a encami nhar-se com voluntarioso passo para o pelotão de cavalaria.

era fácil distinguir onde se encontrava o comandante.

Havia ali uma espécie de toldo que es taria protegendo do castigador sol de agosto uma personagem, logo a conclusão era facílima de tirar, se havia um toldo, havia um comandante debaixo dele, se havia um comandante, teria de haver um toldo para o tapar. o cornaca levava uma ideia que não sabia bem como introduzir na conversação, mas o comandante, sem o saber, faci-litou-lhe o traba lho, então esses bois, aparecem ou não aparecem, perguntou, Saiba vossa senhoria que ainda não os vejo, mas pelo tempo devem estar a chegar, esperemos que assim seja. o cornaca respirou fundo e disse com a voz rouca de emoção, Se vossa senhoria mo permite, tive uma ideia, Se já a tiveste não precisas da minha permissão, vossa senhoria tem razão, mas eu. o português, falo-o mal, diz lá então qual é a idéia, a nossa dificuldade está nos bois, Sim, ainda não apareceram, o que quero dizer a vossa senhoria é que o problema continuará mesmo depois de terem aparecido, Porquê, Porque os bois andam deva-gar por natureza, meu senhor, até aí, sei eu, e não preci sei de nenhum indiano, Se tivéssemos uma outra junta de bois e a engatássemos ao carro à frente da que está, andaríamos com certeza mais depressa e to-34

dos ao mesmo, a ideia parece-me boa, mas onde vamos nós arranjar uma junta de bois, Há por aí al deias, meu comandante. o comandante franziu a testa, não podia negar que haveria por ali aldeias, podia-se comprar uma junta de bois. Comprar, perguntou-se, nada disso, requisitam-se os bois em nome do rei e à volta de valladolid deixamo-los cá, em tão bom estado como espero que estejam agora. ouviu-se um clamor, os bois tinham aparecido final mente, os homens aplaudiam e até o elefante levan tou a tromba e soltou um barrito de satisfação. a má vista não lhe permitia distinguir os fardos de forra gens lá ao longe, mas na imensa caverna do seu estô mago ecoavam os protestos de que eram mais do que horas de comer. isto não significa que os elefantes devam alimentar-se a horas certas como aos seres hu manos se diz que lhes convém pelo bem que faz à saúde. Por assombroso que pareça, um elefante ne cessita diariamente cerca de duzentos litros de água e entre cento e cinquenta e trezentos quilos de vege tais. não podemos portanto imaginá-lo de guardana po ao pescoço, sentado à mesa, fazendo as suas três refeições diárias, um elefante come o que pode, quan to pode e onde pode, e o seu princípio é não deixar nada para trás que possa vir a fazer-lhe falta depois. foi preciso esperar ainda quase meia hora antes que o carro de bois chegasse.

neste meio-tempo, o comandante deu ordem de bivacar, mas foi necessário procurar para tal um sítio menos castigado pelo sol, antes que militares e paisanos se vissem transforma dos em torresmos. Havia a uns 35

quinhentos metros uma pequena mata de choupos e foi para lá que se encaminhou a companhia. as sombras eram ralas, mas melhor esse pouco que permanecer a assar sob a in clemente chapa do astro-rei. os homens que tinham vindo para trabalhar, e a quem até agora não se lhes tinha ordenado grande coisa, para não dizer nada de nada, traziam a sua comida nos alforges ou nos bar retes, o mesmo de sempre, um grosso pedaço de pão, umas sardinhas secas, umas passas de figo, um naco de queijo de cabra, daquele que quando endurece fica como uma pedra, e que, em rigor, não se deixa mastigar, vamo-lo roendo paciente-mente, com a van tagem de desfrutar por mais tempo do sabor do man jar. Quanto aos militares, lá tinham o seu arranjo. Um soldado de cavalaria que, de espada desembainhada ou lança em riste, galopa à carga contra o inimigo, ou que simplesmente vai levar um elefante a valladolid, não tem que se preocupar com os assuntos de intendência. não lhe interessa perguntar donde veio a comida nem quem a preparou, o que conta é que a malga venha cheia e o caldo não seja de todo intragável. dispersos, em grupos, já toda a gente está ocupada nas suas actividades masticatorias e deglu tivas, só falta salomão. Subhro, o cornaca, mandou levar dois fardos de forragens para onde ele está es perando a vez, desatá-los e deixá-lo tranquilo, Se for necessário, leva-se-lhe outro fardo, disse. esta descrição, que a muitos parecerá despicienda pela excessiva pormenorização a que deliberadamente recorremos, tem um fim útil, o de activar a mente de 36

subhro para que chegue a uma conclusão optimista sobre o futuro da viagem, Uma vez que, pensou ele finalmente, salomão terá de comer pelo menos três ou quatro fardos por dia, o peso da carga ir-se-á alivian-do, e se, ainda por cima, conseguirmos a tal junta de bois, então, por muitas montanhas que nos sal tem ao caminho não vai haver quem nos apanhe. Com as boas ideias, e às vezes também com as más, passa-se o mesmo que se passava com os átomos de demócrito ou com as cerejas da cesta, vêm engan chadas umas nas outras. ao imaginar os bois a pu xar o carro por uma ladeira empinada, subhro perce beu que tinha sido cometido um erro na composição original da caravana e que esse erro não havia sido corrigido durante todo o tempo que a caminhada ha via durado, falta de que se considerava responsável. os trinta homens que tinham vindo como ajudas, subhro deu-se ao trabalho de os contar um por um, não tinham feito nada desde a saída de lisboa, salvo aproveitar a manhã para um passeio ao campo. Para desatar e arrastar os fardos de forragens seriam mais que suficientes os auxiliares directos, e, em caso de necessidade, ele próprio poderia dar uma mão. Que fazer então, mandá-los para trás, livrar-me deste peso, perguntou-se subhro. a ideia seria boa se não houvesse outra melhor. o pensamento abriu um sor riso resplandecente na cara do cornaca. deu um grito a chamar os homens, reuniu-os diante de si, alguns ainda vinham a mastigar o último figo seco, e disse-lhes, a partir de agora, divididos em dois grupos, vocês aí e vocês aí, passam a dar ajuda ao 37

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