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Жозе Сарамаго: Viagem do Elefante

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Жозе Сарамаго Viagem do Elefante

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encontrar-nos. es queci-me do significado do nome do cornaca, como era ele, estava perguntando o rei, Branco, meu se nhor, subhro significa branco, ainda que não o pare ça. numa câmara do palácio, na meia escuridão do dossel, a rainha dorme e tem um pesadelo.

Sonha que levaram o salomão de belém, sonha que pergun ta a todas as pessoas, Por que não me haveis avisado, mas, quando se decidir a acordar, a meio da manhã, não repetirá a pergunta nem saberá dizer se, por sua iniciativa, a fará alguma vez. Pode acontecer que dentro de dois ou três anos alguém, casualmente, pronuncie diante de si a palavra elefante, e então, sim, então a rainha de portugal, catarina de áustria, perguntará, Já que se fala de elefante, que é feito do salomão, ainda está em belém ou já o despacharam para viena, e quando lhe responderem que, embora estando em viena, o que sim está é numa espécie de jardim zoológico com outros animais selvagens, dirá, fazendo-se desentendida, Que sorte acabou por ter esse animal, a gozar a vida na cidade mais bela do mundo, e eu aqui, entalada entre hoje e o futuro, e sem esperança em nenhum dos dois. o rei, se estiver presente, fará de conta que não ouviu, e o secretário de estado, o mesmo pêro de alcáçova carneiro que já conhecemos, embora não seja pessoa de rezos, baste recordar o que disse da inquisição e sobretudo o que achou prudente calar, lançará uma súplica muda aos cens para que cubram o elefante com um espesso manto de olvido que lhe modifique as formas e o confunda, nas imaginações preguiçosas, com um dromedário qual-28

quer, bicho também de raro aspecto, ou com um qualquer camelo, a quem a fatalidade de carregar com duas bossas realmente não favorece, e muito menos lisonjeia a memória de quem se inte resse por estas insignificantes histórias. o passado é um imenso pedregal que muitos gostariam de per correr como se de uma auto-estrada se tratasse, en quanto outros, pa-cientemente, vão de pedra em pe dra, e as levantam, porque precisam de saber o que há por baixo delas. Às vezes saem-lhes lacraus ou escolopendras, grossas roscas brancas ou crisálidas a ponto, mas não é impossível que, ao menos uma vez, apareça um elefante, e que esse elefante traga sobre os ombros um cornaca chamado subhro, nome que significa branco, palavra esta totalmente desajustada em relação à figura que, à vista do rei de portugal e do seu secretário de estado, se apresentou no cercado de belém, imunda como o elefante que deveria cui dar. Há razões para compreender aquele ditado que sabiamente nos avisa de que no melhor pano pode cair a nódoa, e isso foi o que sucedeu ao cornaca e ao seu elefante. Quando foram para ali lançados, a cu riosidade popular subiu ao ru-bro e a própria corte chegou a organizar selectas excursões a belém de fi dalgos e fidalgas, de damas e ca-valheiros para verem o paquiderme, mas em pouco tempo o interesse come çou a decair, e o resultado viu-se, as roupas india nas do cornaca transformaram-se em farrapos e os pêlos e as pintas do elefante quase vieram a desapa recer sob a crosta de sujidade acumu-lada durante dois anos. não é, porém, a situação de 29

agora. tiran do a infalível poeira dos caminhos que já lhe vem sujando as patas até metade, salomão avança airoso e limpo como uma patena, e o cornaca, embora sem as coloridas roupas indianas, reluz no seu novo fato de trabalho que, ainda por cima, fosse por esquecimento, fosse por generosidade, não teve de pagar. escarranchado sobre o encaixe do pescoço com o tronco maciço de salomão, manejando o bastão com que conduz a montada, quer por meio de leves to ques quer com castigadoras pontoadas que fazem mossa na pele dura, o cornaca subhro, ou branco, prepara-se para ser a segunda ou terceira figura des ta história, sendo a primeira, por natural primazia e obrigado protagonismo, o elefante salomão, e vindo depois, disputando em valias, ora este, ora aquele, ora por isto, ora por aquilo, o dito subhro e o arquidu que. Porém, quem neste momento leva a voz cantan te é o cornaca. olhando a um lado e a outro a caravana, percebeu nela um certo desalinho, compreensível se levarmos em conta a diversidade de animais que a compõem, isto é, elefante, homens, cavalos, mulas e bois, cada um com a sua andadura própria, tanto natural como forçada, pois está claro que nesta viagem ninguém poderá ir mais depressa que o mais vagaro so, e esse, já se sabe, é o boi. os bois, disse subhro, subitamente alarmado, onde estão os bois. não se via sombra deles nem da pesada carga que arrastavam, a dorna cheia de água, os fardos de forragens. ficaram para trás, pensou, tranquilizando-se, não há outro remédio que esperar.

Preparava-se para se dei xar escorregar do elefante, 30

mas desistiu. Podia ter necessidade de voltar a subir, e não o conseguir. em princípio, era o próprio elefante que o levantava com a tromba e praticamente o depu-nha no assento. Contudo, a prudência mandava prever aquelas situações em que o animal, por má disposição, por irritação, ou só para contrariar, se negasse a prestar serviço de ascensor, e aí é que a escada entraria em acção, em bora fosse difícil de crer que um elefante enfadado aceitasse tornar-se num simples ponto de apoio e permitir, sem qualquer tipo de resistência, a subida do cornaca ou de quem quer que fosse. o valor da escada era meramente simbólico, como um relicário ao peito ou uma medalhinha com a figura de uma santa qualquer. neste caso, de toda a maneira, a es cada não podia valer-lhe, vinha no carro dos atrasados. Subhro chamou um dos seus ajudantes para que fosse avisar o comandante do pelotão de cavalaria de que teriam de esperar pelo carro de bois. o descanso faria bem aos cavalos, que, verdade se diga, também não haviam tido que esforçar-se muito, nem um só galope, nem um só trote, tudo em passinho curto desde lisboa. nada que se parecesse à expedição do estribeiro-mor a valladolid, ainda na memória de al guns dos que ali iam, veteranos dessa heróica cavalgada. os cavaleiros desmontaram, os homens de a pé sentaram-se ou deitaram-se no chão, não poucos aproveitaram para dormir. empoleirado no elefante, o cornaca dei-tou contas à viagem e não ficou satisfeito. a julgar pela altura do sol, deviam ter andado umas três horas, maneira de dizer demasiado conci liatória porque uma 31

parte não pequena desse tempo tinha-a gasto salomão a tomar banhos no tejo, alternando-os com vo-luptuosas chafurdices na lama, o que, por sua vez, era motivo, segundo a lógica ele fantina, para novos e mais prolongados banhos. era evidente que salomão estava excitado, nervoso, lidar com ele ia necessitar muita paciência, sobretudo não o tomar demasiado a sério.

devemos ter perdido uma hora com as traquinices do salomão, pensou o corna ca, e depois, passando duma reflexão sobre o tempo a uma meditação sobre o espa-

ço, Quanto caminho teremos feito, uma légua, duas, perguntou-se. Cruel dúvida, transcendente questão.

Se estivéssemos ain da entre os antigos gregos e romanos, diríamos, com a tranquilidade que sempre confe-rem os saberes ad quiridos na vida prática, que as grandes medidas itinerárias eram, nessa época, o es-tádio, a milha e a légua. deixando em paz o estádio e a milha, com a sua divisão cm pés e passos, fixemo-nos na légua, que foi a palavra que subhro empregou, distância que também se compunha de passos e pés, mas que tem a enorme vantagem de nos colocar em terra conhecida. ora, ora, léguas toda a gente sabe o que são, dirão com o inevitável sorriso de ironia fácil os contemporâneos que nos couberam em sorte. a melhor resposta que podemos dar-lhes é a seguinte, Sim, também toda a gente o sabia na época em que viveu, mas só e unicamente na época em que viveu. a velha palavra légua, ou leuga, que, dir-se-ia, parecia igual para todos e por todos os tempos, por exemplo, fez uma longa viagem desde os sete mil e quinhentos pés 32

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