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Alberto Moravia: A Romana

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Alberto Moravia A Romana

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Um livro de Alberto Moravia, escrito durante a Segunda Grande Guerra, que se centra na vida simples e aparentemente desinteressante de Adriana, uma jovem habitante de Roma. Traída pelo seu primeiro amor, a romana entrega-se à prostituição como quem se entrega a uma vocação. Numa trajetória de inúmeros amantes, três homens se destacam: um jovem revolucionário, um criminoso foragido e um alto funcionário do governo facista, a romana interliga o destino desses homens, quem têm um final dramático e inesperado. No romance de Moravia o sexo tem um valor sobretudo simbólico.

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Não estava em casa e não voltou nem nessa noite nem no dia seguinte. Fiquei fechada no quarto, presa de um mal-estar tão angustiante que não podia deixar de tremer da cabeça aos pés. Mas não tinha febre. Parecia-me apenas que vivia fora de mim própria, num mundo anormal, excessivo, onde todo o espectáculo, todo o ruído, todo o contacto me feriam e me produziam desfalecimentos de coração. Nada me podia impedir de pensar em Jaime, nem mesmo a descrição em pormenor do novo crime de Sonzogne, que os jornais que minha mãe tinha comprado traziam em grandes letras. O crime tinha a assinatura de Sonzogne; parecia que os dois homens tinham lutado por momentos sobre o patamar em frente da porta de Astárito, depois Sonzogne tinha-o empurrado contra o corrimão, levantara-o e atirara-o pela caixa da escada. Esta crueldade era extraordinariamente expressiva; mais ninguém a não ser Sonzogne poderia matar um homem desta maneira. Mas, como já disse, tinha uma única ideia e nem mesmo cheguei a interessar-me pelos artigos que contavam como mais tarde, durante a noite. Sonzogne fora morto a tiro enquanto fugia pelos telhados como um gato. Experimentava uma espécie de náusea por tudo o que não dissesse respeito a Jaime, e ao mesmo tempo pensar nele enchia-me de uma angústia insuportável. Por duas ou três vezes recordei Astárito; lembrava-me do seu amor por mim e da sua melancolia com um sentimento de piedade tão forte como impotente; se não sentisse esta angústia por causa de Jaime teria com certeza chorado e rezado por esta alma, que nenhuma luz tinha alegrado e que fora separada do corpo de uma forma tão prematura e tão desumana. Foi assim que passei este primeiro dia, a noite, o dia seguinte e a outra noite. Estendida na cama ou sentada numa cadeira, apertava com força entre as mãos um casaco de Jaime, que encontrara pendurado no bengaleiro, e beijava-o de vez em quando com paixão, ou mordia-o para refrear a minha grande inquietação. Mesmo quando minha mãe me obrigava a tomar algum alimento, comia com uma das mãos e com a outra apertava convulsivamente o casaco. A segunda noite minha mãe quis deitar-me; deixei-me despir sem oferecer resistência. Mas quando tentou tirar-me o casaco, dei um grito de tal maneira aflitivo que minha mãe se assustou. Ela nada sabia, mas compreendeu vagamente que me desesperava com a ausência de Jaime.

Ao terceiro dia tive uma ideia e toda a manhã me agarrei a ela com obstinação, se bem que compreendesse que não tinha muito fundamento. Pensava que Jaime se assustara ao saber que eu estava grávida, que quisera fugir às obrigações que lhe impunham o meu estado e que se refugiara em sua casa, na província. Era uma vil suposição: mas preferia imaginar uma cobardia sua a admitir outra hipóteses tão tristes, sugeridas pelas circunstâncias que tinham acompanhado a sua desaparição.

Nesse mesmo dia, à tarde, minha mãe entrou no meu quarto e atirou-me para cima da cama uma carta. Reconheci a letra de Jaime e senti uma grande alegria. Esperei primeiro que minha mãe saísse, depois que me passasse a perturbação que me assaltara. Em seguida abri a carta. Ei-la completa :

“Querida Adriana:

No momento em que receberes esta carta estarei já morto. Quando abri o meu revólver e não encontrei as balas compreendi logo que tinhas sido tu quem o esvaziara e pensei em ti com grande amizade. Pobre Adriana, tu não conheces as armas, não sabias que há uma bala no cano! O facto de não te terás apercebido disso reforçou a minha resolução. Aliás há tantas maneiras de se matar! Como te disse não posso aceitar o que fiz. Senti nestes últimos dias que te amava; mas, se eu fosse lógico, deveria odiar-te, porque tudo o que odeio em mim, e que o meu interrogatório me revelou, existe em ti no mais alto grau.

Na realidade, naquele momento, foi a personagem que eu deveria ter sido quem baqueou; fui unicamente o homem que sou. Não houve da minha parte nem cobardia, nem traição, mas somente uma misteriosa interrupção da vontade. Não talvez completamente misteriosa, mas o bastante para vir a conduzir-me longe de mais. Basta-me dizer que matando-me, reponho as coisas no seu devido lugar. Não tenhas medo, não te odeio; pelo contrário, amo-te a tal ponto que o simples facto de pensar em ti chega para me reconciliar com a vida. Se isso fosse possível, com certeza que viveria, casaria contigo e seríamos felizes, como tu o dizias tantas vezes. Mas realmente não era possível. Pensei na criança que vai nascer e escrevi nesse sentido duas cartas: uma à minha família e outra a um advogado meu amigo. Apesar de tudo, os meus são boa gente e, se bem que não se possa ter ilusões sobre os sentimentos deles a teu respeito, estou convencido de que cumprirão o seu dever. No caso improvável de se recusarem a fazê-lo, não deves hesitar em servir-te da lei. Este amigo advogado irá procurar-te e podes confiar nele. Pensa algumas vezes em mim.

Beija-te

Teu Jaime

P. S. — O nome do meu amigo advogado é Francisco Laureau. A sua direcção é Rua Cola Rienzo, 3.”

Quando acabei de ler esta carta enfiei-me debaixo da roupa, enrolei a cabeça nos lençóis e chorei lágrimas ardentes. Não saberei dizer por quanto tempo chorei. De cada vez que julgava ter acabado, uma espécie de amarga e violenta derrocada se produzia no meu peito e rompia de novo em soluços. Não gritava, como sentia desejos de o fazer, para não chamar a atenção da minha mãe. Chorava em silêncio, sentindo que era a última vez na minha vida que chorava. Chorava por Jaime, por mim própria, pelo meu passado e pelo meu futuro.

Em seguida, sem deixar de chorar, levantei-me e, atordoada. com a vista nublada de lágrimas, vesti-me à pressa. Lavei os olhos com água fria e pintei ao acaso a cara vermelha e inchada e sai sem que a minha mãe me visse.

Corri ao comissariado do bairro e pedi para ser recebida pelo comissário. Ouviu a minha história e disse-me com ar céptico :

— Para dizer a verdade de nada temos conhecimento. Vai ver que ele deve ter-se arrependido.

Desejava que ele tivesse razão. Mas ao mesmo tempo, sem saber porquê, senti uma grande irritação:

— Se fala assim é porque não o conhecia — disse-lhe com dureza. — Julga que toda a gente é como o senhor!

— Mas em suma — perguntou-me — pensa que ele está vivo ou morto?

— Eu quero que ele viva! Quero que ele viva! Mas receio bem que esteja morto!

Reflectiu por um momento e depois disse-me:

— Acalme-se. No momento em que escreveu essa carta tinha toda a intenção de se matar… Depois é possível que se tenha arrependido… É humano… pode acontecer a toda a gente.

— Sim, é humano — balbuciei.

Não sabia o que dizia.

— Seja como for, volto esta noite — concluiu. — Esta noite já lhe poderei dizer qualquer coisa.

Do comissariado fui direita à igreja. Era a igreja onde eu fora baptizada, onde tinha feito a primeira comunhão e onde fora crismada. Uma velha igreja, comprida e nua, com duas alas de colunas de pedra bruta e o chão de mosaicos poeirentos. Ao fundo abriam-se três capelas muito ricas e muito douradas, como grutas profundas cheias de tesouros. Uma dessas capelas era consagrada à Virgem. Ajoelhei-me na penumbra, sobre o mosaico, em frente da grade de bronze que fechava a capela. A Virgem estava num grande altar, em frente do qual havia muitos vasos cheios de flores. Ela segurava o Menino nos braços; a seus pés um santo com hábito de monge adorava-O de joelhos, com as mãos postas. Prostrei-me e bati com força com a testa no solo de pedra. Cobrindo o chão de beijos em forma de cruz, invoquei a Virgem e pronunciei mentalmente um voto. Prometi que nunca mais na minha vida se aproximaria de mim nenhum homem, nem mesmo Jaime; o amor era a única coisa no mundo que me fazia falta e de que eu gostava: parecia-me que não poderia fazer pela salvação de Jaime um sacrifício maior. Depois, sempre prostrada, a fronte contra a laje, rezei sem palavras, durante muito tempo, apenas com a grande força do meu coração dolorido. Mas quando me levantei tive como que um deslumbramento; pareceu-me que uma brusca claridade envolvia a capela e afastava a espessa sombra em que estava mergulhada; e, nessa claridade, indistintamente a Virgem olhar-me com doçura e bondade, mas ao mesmo tempo fazer-me com a cabeça sinal que não, como para me indicar que não aceitava a minha promessa. Foi coisa de um instante; em seguida encontrei-me de pé junto da grade, em frente do altar. Mais morta que viva, fiz o sinal da cruz e voltei para casa.

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