• Пожаловаться

Alberto Moravia: A Romana

Здесь есть возможность читать онлайн «Alberto Moravia: A Romana» весь текст электронной книги совершенно бесплатно (целиком полную версию). В некоторых случаях присутствует краткое содержание. Город: São Paulo, год выпуска: 1972, категория: Классическая проза / на португальском языке. Описание произведения, (предисловие) а так же отзывы посетителей доступны на портале. Библиотека «Либ Кат» — LibCat.ru создана для любителей полистать хорошую книжку и предлагает широкий выбор жанров:

любовные романы фантастика и фэнтези приключения детективы и триллеры эротика документальные научные юмористические анекдоты о бизнесе проза детские сказки о религиии новинки православные старинные про компьютеры программирование на английском домоводство поэзия

Выбрав категорию по душе Вы сможете найти действительно стоящие книги и насладиться погружением в мир воображения, прочувствовать переживания героев или узнать для себя что-то новое, совершить внутреннее открытие. Подробная информация для ознакомления по текущему запросу представлена ниже:

Alberto Moravia A Romana

A Romana: краткое содержание, описание и аннотация

Предлагаем к чтению аннотацию, описание, краткое содержание или предисловие (зависит от того, что написал сам автор книги «A Romana»). Если вы не нашли необходимую информацию о книге — напишите в комментариях, мы постараемся отыскать её.

Um livro de Alberto Moravia, escrito durante a Segunda Grande Guerra, que se centra na vida simples e aparentemente desinteressante de Adriana, uma jovem habitante de Roma. Traída pelo seu primeiro amor, a romana entrega-se à prostituição como quem se entrega a uma vocação. Numa trajetória de inúmeros amantes, três homens se destacam: um jovem revolucionário, um criminoso foragido e um alto funcionário do governo facista, a romana interliga o destino desses homens, quem têm um final dramático e inesperado. No romance de Moravia o sexo tem um valor sobretudo simbólico.

Alberto Moravia: другие книги автора


Кто написал A Romana? Узнайте фамилию, как зовут автора книги и список всех его произведений по сериям.

A Romana — читать онлайн бесплатно полную книгу (весь текст) целиком

Ниже представлен текст книги, разбитый по страницам. Система сохранения места последней прочитанной страницы, позволяет с удобством читать онлайн бесплатно книгу «A Romana», без необходимости каждый раз заново искать на чём Вы остановились. Поставьте закладку, и сможете в любой момент перейти на страницу, на которой закончили чтение.

Тёмная тема

Шрифт:

Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

Subi lentamente a minha escada pensando no fardo vivo que de futuro traria no ventre. Quando entrei no vestíbulo ouvi falar na sala grande. Espreitei e vi com surpresa Jaime, sentado à mesa, conversando calmamente com minha mãe, sentada a coser ao pé dele. Só o candeeiro central estava iluminado: um candeeiro de suspensão. Uma grande parte da sala estava às escuras.

— Boas-noites — disse, molemente, aproximando-me.

— Boas-noites, boas-noites — disse-me Jaime com voz hesitante e desagradável.

Olhei-o de frente, vi-lhe os olhos brilhantes e tive a certeza de que estava embriagado. Num canto da mesa havia dois guardanapos e dois pratos. Como minha mãe comia sempre na cozinha, percebi que o outro era para Jaime.

— Boas-noites — repetiu. — Trouxe as minhas malas. Estão no teu quarto. Já conversei amigavelmente com tua mãe… Não é verdade, minha senhora, que nos entendemos às mil maravilhas?

Senti no coração um enorme desalento ao ouvir esta voz sarcástica e lugubremente chocarreira. Caí sobre uma cadeira e fechei os olhos. Ouvi minha mãe responder-lhe:

— Disse que nos entendíamos… se diz mal de Adriana nunca nos entenderemos.

— Mas que disse eu? — gritou Jaime, falsamente admirado. — Que Adriana é feita para a vida que leva. Que Adriana se sente bem nesta vida… Que mal há nisso?

— Não é verdade — retorquiu a minha mãe. — Pelo contrário, a Adriana não é feita para a vida que leva. Com a sua beleza ela merecia melhor, muito melhor. Não sabe que a Adriana é uma das mais bonitas raparigas do bairro, para não dizer de Roma? Vejo outras raparigas muito mais feias do que ela fazerem fortuna, enquanto a Adriana, que é bela como uma rainha, nada possui. Mas eu sei porque é.

— Porque é?

— Porque ela é boa de mais, aí está! É tão bonita como boa. Se ela fosse bonita e má, veria como as coisas seriam diferentes.

— Então! Então! — disse eu aborrecida com a discussão, e sobretudo com o tom de Jaime, que parecia troçar de minha mãe. — Tenho uma destas fomes! O jantar ainda não está pronto?

— Está quase pronto — disse minha mãe pousando a costura sobre a mesa e saindo rapidamente.

Levantei-me e segui-a até à cozinha.

— Então isto agora é uma pensão? — resmungou ela quando me aproximei. — Veio armado em patrão… meteu as malas no teu quarto, deu-me dinheiro para as despesas…

— Então não estás contente?

— Preferia como dantes.

— Bem. Faz de conta que estamos noivos. E depois é provisório; é uma questão de dias; ele não vai ficar sempre aqui.

Disse-lhe outras coisas do mesmo gênero para a apaziguar, beijei-a e voltei para a sala grande.

Recordarei por muito tempo este primeiro jantar com Jaime lá em casa, comigo e com minha mãe. Ele esteve sempre a brincar enquanto comia com apetite. Mas a mim as suas brincadeiras pareciam-me mais frias do que gelo e amargas como o fel. Via-se bem que não tinha senão uma ideia, que esta ideia estava enterrada na consciência como um espinho na carne e que estas brincadeiras não faziam senão mergulhar mais profundamente este espinho e reavivar-lhe a dor. Era a ideia do que dissera a Astárito. Nunca na minha vida vi alguém arrepender-se tão sinceramente de uma falta cometida. Somente, ao contrário do que os padres me tinham ensinado quando eu era garota, que o arrependimento lava a falta — este arrependimento parecia não ter fim, nem consequência, nem o mínimo resultado benéfico. Compreendi que Jaime sofria horrivelmente e eu tanto como ele ou talvez ainda mais, porque não sofria somente a sua dor, mas a minha impotência para lha tirar, ou pelo menos aliviar.

Comemos em silêncio o primeiro prato. Depois minha mãe, de pé, disse não sei o quê sobre o preço da carne e então Jaime levantou a cabeça e respondeu-lhe:

— Não tenha medo, minha senhora. De ora em diante serei eu quem pensará em tudo; vou ter um bom emprego.

A esta notícia senti um pouco de esperança.

— Que lugar? — perguntou a minha mãe.

— Um lugar na polícia — respondeu-lhe Jaime, com uma gravidade contrita —, foi um amigo da Adriana quem mo propôs… o Sr. Astárito.

Pousei o garfo e a faca e olhei-o intensamente.

— Descobriu-se — continuou — que eu possuía excelentes qualidades para fazer parte da organização.

— É possível — respondeu minha mãe —, mas eu nunca gostei de polícias… O filho da lavadeira que mora cá em cima também se fez policia. Sabe o que disseram os rapazes que trabalham no depósito de cimento, aqui ao lado? “Podes pôr-te ao largo porque já não te conhecemos!” Além disso, eles ganham mal.

Fez uma careta, mudou-lhe o prato e apresentou-lhe a carne.

— Mas não se trata disso — replicou Jaime servindo-se. — Trata-se de um lugar importante, delicado, secreto… Que diabo! Eu para alguma coisa andei a estudar! Estou quase doutorado, falo várias línguas. Só os pobres-diabos se tornam agentes, não pessoas como eu.

— É possível — repetiu minha mãe. — Toma! — acrescentou pondo no meu prato o bocado maior da carne.

— Não é possível — disse Jaime — é certo!

Calou-se por um instante, depois repetiu:

— O governo sabe que há mal-intencionados por toda a parte… Não só nas classes pobres, mas também nas ricas… Para vigiar os ricos são precisas pessoas bem educadas, que falem como eles, se vistam como eles, tenham os mesmos modos… que lhes inspirem confiança, em suma… É o que farei… frequentarei os hotéis de primeira categoria, viajarei no wagon-lit, comerei nos melhores restaurantes, vestirei dos melhores alfaiates, frequentarei as praias de luxo, os desportos de Inverno mais famosos… Que diabo! Por quem me tomam vocês?

Minha mãe agora olhava-o pasmada. Todos estes esplendores a maravilharam.

— Nesse caso — declarou — já nada mais tenho a dizer.

E eu, tendo acabado de comer, de repente tornara-se-me impossível continuar a assistir a esta lúgubre troca de palavras.

— Estou cansada — disse bruscamente. — Vou para o meu quarto.

Levantei-me e saí da sala. Uma vez no quarto, sentei-me na cama, e toda enrolada comecei a chorar em silêncio com o rosto entre as mãos. Pensava no desgosto de Jaime e na criança que ia nascer e tinha a impressão de que as duas coisas, a mágoa e a criança, aumentavam por uma força estranha que não dependia de mim e que eu não podia dominar; elas estavam vivas, nada havia a fazer. Passado um momento ele entrou; levantei-me e errei um pouco pelo quarto para que ele não visse os meus olhos com lágrimas e dar tempo a secá-los. Acendeu um cigarro, atirou-se para cima da cama e ficou deitado de costas. Sentei-me ao seu lado e pedi-lhe:

— Suplico-te, Jaime… não fales assim à minha mãe.

— Porque?

— Porque ela não compreende; eu, pelo contrário, compreendo e cada uma das tuas palavras é como uma agulha que me enterrassem no coração.

Não respondeu e continuou a fumar em silêncio. Tirei da gaveta uma das minhas camisas, agulha e linha, sentei-me na cama ao lado da lâmpada e, calada, comecei a coser. Não queria falar porque tinha medo de que ele voltasse ao mesmo assunto; esperava, pelo contrário, que se guardássemos silêncio ele acabaria por desanuviar o espírito e pensar noutra coisa. A costura requer muita atenção visual, mas deixa o espírito livre; as mulheres batidas nesse trabalho sabem-no bem. Enquanto cosia, os pensamentos fervilhavam e giravam-me na cabeça, ou, melhor, assim como o fio passava e repassava através do tecido, assim eles pareciam coser no meu espírito não sei que bainha ou rasgão. Também eu tinha agora a mesma obsessão e não conseguia deixar de pensar no que ele dissera a Astárito e nas consequências que se seguiriam. Mas queria libertar o espírito destes pensamentos, até porque receava que alguma misteriosa influência o poderia obrigar a pensar a ele também, levando-o a aumentar a sua dor. Queria, pois, pensar nalguma coisa clara, alegre e leve, e com todas as forças da minha alma concentrava toda a minha imaginação sobre o filho que iria nascer; era, com efeito, o único aspecto alegre da minha vida entre tantas coisas terrivelmente tristes. Imaginava-o tal como seria quando tivesse dois ou três anos, a melhor idade, em que as crianças são sempre mais bonitas e mais engraçadas; e, cogitando em tudo o que ele faria e diria e na maneira como o criaria, senti voltar-me a alegria, como esperava; esqueci por momentos Jaime e a sua mágoa. Acabara de coser a camisa; peguei noutra peça de roupa para passajar, e lembrei-me de que poderia aliviar a tensão das longas horas que passaria com Jaime fazendo o enxovalinho do meu filho. Somente, seria preciso fazê-lo às escondidas ou arranjar um pretexto. Diria a Jaime que o destinava a uma das nossas vizinhas que também, por acaso, com efeito esperava um bebé; a ideia pareceu-me óptima, até porque já falara nesta mulher a Jaime e aludira à sua pobreza. Estes pensamentos distraíram-me de tal maneira que comecei, quase sem dar por isso, a cantar em voz baixa. Tenho a voz fraca, mas afinada, com uma grande doçura de timbre, que se nota mesmo quando falo. Comecei uma canção muito em voga naquele tempo que se chamava Cidade Triste. Como levantasse os olhos para partir a linha com os dentes, vi que Jaime me olhava. Então, pensando que me poderia censurar por cantar num momento tão grave, calei-me:

Читать дальше
Тёмная тема

Шрифт:

Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

Похожие книги на «A Romana»

Представляем Вашему вниманию похожие книги на «A Romana» списком для выбора. Мы отобрали схожую по названию и смыслу литературу в надежде предоставить читателям больше вариантов отыскать новые, интересные, ещё не прочитанные произведения.


Альберто Моравиа: Крокодил
Крокодил
Альберто Моравиа
Alberto Moravia: Rzymianka
Rzymianka
Alberto Moravia
Alberto Moravia: La romana
La romana
Alberto Moravia
Alberto Moravia: Agostino
Agostino
Alberto Moravia
Alberto Moravia: Conjugal Love
Conjugal Love
Alberto Moravia
Alberto Moravia: Two Friends
Two Friends
Alberto Moravia
Отзывы о книге «A Romana»

Обсуждение, отзывы о книге «A Romana» и просто собственные мнения читателей. Оставьте ваши комментарии, напишите, что Вы думаете о произведении, его смысле или главных героях. Укажите что конкретно понравилось, а что нет, и почему Вы так считаете.