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Alberto Moravia: A Romana

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Alberto Moravia A Romana

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Um livro de Alberto Moravia, escrito durante a Segunda Grande Guerra, que se centra na vida simples e aparentemente desinteressante de Adriana, uma jovem habitante de Roma. Traída pelo seu primeiro amor, a romana entrega-se à prostituição como quem se entrega a uma vocação. Numa trajetória de inúmeros amantes, três homens se destacam: um jovem revolucionário, um criminoso foragido e um alto funcionário do governo facista, a romana interliga o destino desses homens, quem têm um final dramático e inesperado. No romance de Moravia o sexo tem um valor sobretudo simbólico.

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Olhou-me e disse:

— Continua a cantar.

— Gostas que eu cante?

— Sim.

— Mas não canto bem.

— Não faz mal.

Recomecei a coser e a cantar para ele. Como todas as raparigas, eu sabia um grande número de canções; tinha boa memória e lembrava-me do que aprendera em criança. Cantei-lhe um pouco de tudo. A uma canção seguia-se outra. Comecei por cantar em surdina, mas depois tomei-lhe o gosto e cantei em voz alta com o maior sentimento que podia. As cantigas sucediam-se; enquanto cantava uma pensava já noutra. Ele ouviu-me com uma certa seriedade no rosto e eu sentia-me feliz por poder distrair o seu espírito. Mas ao mesmo tempo pensava que quando era pequena tinha perdido não sei que brinquedo de que gostava muito; como não deixasse de chorar a sua perda, minha mãe, para me consolar, sentara-se na minha cama e começara a cantar as três únicas canções que sabia. Cantava mal, tinha voz de falsete, mas apesar de tudo acabara por me distrair: ouvia-a exactamente como Jaime me ouvia agora. Passado um momento. a ideia do brinquedo perdido começou a infiltrar-se como gotas de amargura no breve esquecimento que minha mãe me oferecera e acabou por apagá-lo totalmente e torná-lo, por contraste, insuportável, tanto assim que eu tinha recomeçado a chorar e que minha mãe, impaciente, me tinha apagado a luz deixando-me a chorar às escuras. Tinha a certeza de que apenas tivesse passado a apaziguadora doçura do meu canto, era impossível que ele não voltasse a sentir a sua mágoa, mais forte e mais aguda ainda, pelo contraste do superficial sentimentalismo das minhas canções. Não me enganava. Havia quase uma hora que eu cantava quando de repente me interrompeu:

— Agora chega! Aborreces-me com as tuas canções!

Enroscou-se como para dormir e voltou-me as costas. Esperava esta indelicadeza, por isso não me afligiu. De resto agora só esperava coisas desagradáveis e só o contrário me faria admirar. Levantei-me e fui guardar a minha roupa já passajada. Depois despi-me sem dizer palavra e enfiei-me na cama no lado que Jaime deixara livre. Ficamos assim muito tempo, em silêncio, de costas um para o outro. Sabia que ele não dormia e que continuava possuído da sua ideia dominante; esta certeza, aliada ao agudo sentido da minha impotência, provocava no meu espírito um turbilhão de pensamentos confusos e desesperados. Estava deitada de lado e, reflectindo, fixava os olhos num canto do quarto. Via uma das duas malas que Jaime trouxera de casa da viúva Medolaghi; uma velha mala de couro amarelo, recamada de etiquetas de hotéis. Havia uma, com um rectângulo de mar azul, uma grande rocha vermelha e a inscrição: “Capri”. Na sombra, pelo meio do mobiliário pálido e pobre do meu quarto, esta mancha azul parecia-me luminosa; dir-se-ia, mais que uma mancha, um buraco através do qual eu podia ver um bocado deste mar longínquo. Assaltou-me uma grande nostalgia do mar, tão alegre, tão vivo, onde todos os objectos, mesmo os mais corruptos e os mais disformes, se purificam, se alisam, se arredondam, até se tornarem puros e belos. Sempre gostei do mar, até do mar entulhado de óstia. Ao ver o mar sinto sempre uma impressão de liberdade que embriaga os meus ouvidos mais do que os meus olhos, como se as notas de uma música mágica eterna andassem sobre as vagas. Pus-me a pensar no mar com um desejo agudo da sua espuma transparente, que parece lavar ao mesmo tempo os corpos e as almas, tornando-as leves pelo seu líquido contacto. Disse a mim mesma que se pudesse levar Jaime para o mar talvez que esta imensidade, este marulhar perpétuo obtivessem o efeito que o meu amor só por si não podia provocar. Perguntei-lhe de repente:

— Estiveste em Capri?

— Sim — respondeu sem se voltar.

— É bonito?

— Sim… muito bonito.

— Ouve — disse-lhe voltando-me e passando-lhe o braço pelo pescoço — porque não vamos a Capri ou a qualquer outro sítio junto do mar? Ficando aqui, em Roma, nada mais farás do que pensar nessas coisas desagradáveis… Se mudares de ares e de meio, tenho a convicção de que verás tudo por outro prisma. Há tantas coisas que agora não vês… Estou certa de que te faria bem!

Não respondeu imediatamente e parecia reflectir. Depois disse-me:

— Não preciso de ir para o mar. Também aqui podia, como tu dizes, ver as coisas de outra maneira… Seria suficiente aceitar o que fiz, como me aconselhas; gozaria logo a existência do céu, da terra, de ti, de tudo… Julgas que não sei que o mundo é belo?

— Então aceita — disse eu com voz ansiosa… — Que te pode isso fazer?

Começou a rir.

— Seria preciso pensar nisso antes — respondeu-me. — Aceitar desde o início. Mesmo os mendigos que se aquecem ao sol aceitaram-no desde o princípio. Para mim é demasiado tarde.

— Mas porque?

— Há os que aceitam e os que não aceitam. É evidente que eu pertenço à segunda categoria.

Calei-me sem saber que dizer. Acrescentou, passado um momento:

— Agora apaga a luz; dispo-me às escuras… Creio que são horas de dormir.

Obedeci. Despiu-se às escuras e deitou-se ao meu lado. Voltei-me para ele e tentei beijá-lo. Repeliu-me sem uma palavra, enrolou-se e voltou-me as costas. Este gesto encheu-me de amargura e aconcheguei-me, por minha vez, a alma viúva, esperando o sono. Tornei a pensar no mar: desejei ardentemente morrer afogada. Pensava que não sofreria mais do que um momento. Depois o meu corpo inanimado flutuaria muito tempo sob o céu, de vaga em vaga. Os pássaros marinhos debicariam os meus olhos, o sol queimar-me-ia o peito e o ventre; os peixes morder-me-iam as costas. Por fim mergulharia puxada por alguma corrente azul e fria que me faria viajar no fundo do mar durante meses e anos, pelo meio de recifes submarinos, peixes e algas; e muita, muita água límpida e salgada, passaria sobre a minha testa, o meu peito, o meu ventre, as minhas pernas, levando lentamente a minha carne, polindo-me, gastando-me cada vez mais. Por fim qualquer vaga, num dia qualquer, me atiraria com fragor para uma praia distante, reduzida a alguns ossos frágeis e brancos. Gostava da ideia de ser arrastada pelos cabelos para o fundo do mar; gostava da ideia de um dia ou outro ser reduzida a uma ossada sem identificação, no meio dos brancos calhaus de uma praia. Talvez alguém, sem que o sentisse, caminhasse sobre os meus ossos e os reduzisse a poeira branca. Acabei por adormecer com estes pensamentos voluptuosos e tristes.

11

No dia seguinte verifiquei que o sono e o repouso não haviam modificado de forma alguma os sentimentos de Jaime. Pelo contrário, julguei notar que se tinham agravado. Como na véspera, passava muito tempo em longos silêncios obstinados e lúgubres ou falava com sarcasmo sobre coisas indiferentes, mas nas quais, no entanto, transparecia sempre o mesmo pensamento dominante. O agravamento que julguei observar consistia numa inércia, numa apatia e numa negligência quase voluntárias que nele, sempre tão activo e enérgico, era qualquer coisa nova e parecia indicar um desprendimento progressivo de tudo o que fizera até então. Abri-lhe as malas e arrumei-lhe as roupas e os fatos. Mas quando se tratou dos livros dos seus estudos, e que eu sugeri os alinhasse provisoriamente sobre o mármore da cômoda, em frente do espelho, respondeu-me:

— Podes deixá-los na mala… já não servirão mais.

— Porquê? — perguntei-lhe. — Tu não tens que fazer o teu doutoramento?

— Não farei o doutoramento.

— Não queres continuar a estudar?

— Não.

Não insisti, receosa que voltasse a falar da sua habitual angústia e deixei os livros na mala. Também não se lavava nem pensava em fazer a barba, ele que fora sempre asseado e muito cuidadoso com a sua pessoa. Este segundo dia passou-o no quarto fumando, estendido na cama, ou passeando para trás e para diante, com ar pensativo e as mãos nos bolsos. Mas ao almoço, como me prometera, não falou com minha mãe. Veio a noite, declarou-me que jantaria fora e saiu sozinho; não ousei propor-lhe a minha companhia. Não sei onde foi; estava já para ir deitar-me quando entrou; era patente que tinha bebido. Beijou-me com grandes e cômicos gestos e quis possuir-me. Anui, embora notasse que amar era para ele, de fato, como beber, um acto desagradável, cumprido por força, com o único fim de se fatigar e aturdir.

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