Alberto Moravia - A Romana

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Um livro de Alberto Moravia, escrito durante a Segunda Grande Guerra, que se centra na vida simples e aparentemente desinteressante de Adriana, uma jovem habitante de Roma. Traída pelo seu primeiro amor, a romana entrega-se à prostituição como quem se entrega a uma vocação. Numa trajetória de inúmeros amantes, três homens se destacam: um jovem revolucionário, um criminoso foragido e um alto funcionário do governo facista, a romana interliga o destino desses homens, quem têm um final dramático e inesperado. No romance de Moravia o sexo tem um valor sobretudo simbólico.

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— É um quarto — respondeu o proprietário. — Se alguém quiser descansar depois do almoço…

— Nós havemos de ir, hem, Gisela?! — disse Ricardo com o seu risinho parvo.

Gisela fingiu não percebeu. Olhou mais uma vez o quarto e puxou a porta com cuidado sem no entanto a tornar a fechar. Ver uma sala de jantar tão pequenina e tão íntima agradou-me e também fingi não reparar pára a porta aberta nem tão-pouco para o olhar de cumplicidade que julguei surpreender entre Gisela e Astárito. Tomámos os nossos lugares à mesa; sentei-me ao lado de Astárito, como lhe tinha prometido, mas ele nem sequer deu por isso: parecia tão preocupado que nem podia falar. Passado um momento, o hoteleiro trouxe os acepipes e o vinho. Eu tinha muita fome, atirei-me ao almoço com tal sofreguidão que todos começaram a rir. Gisela aproveitou a ocasião para me arreliar; como de costume, a propósito do meu casamento.

— Come! Come! — recomendava-me ela. — Não é com o Gino que tu comerás tanto nem tão bem!

— Porquê? — disse eu. — Gino ganha muito bem a sua vida!

— Sim… mas vocês comerão todos os dias feijão.

— Os feijões são tão bons como qualquer outra coisa! — disse Ricardo rindo. — Vou mandar vir um prato deles para nós!

— És uma idiota, Adriana! — continuou Gisela. — Tu precisas de um homem de meios, sério, arrumado, que pense em ti e nada te negue que te permita realçar a tua beleza. E afinal enrolaste-te com o Gino!

Não respondi. De cabeça baixa, continuava a comer. Ricardo observava, rindo:

— Eu, no lugar de Adriana, a nada renunciaria… nem ao Gino, visto que é dele que gosta tanto, nem ao homem sério. Ficaria com os dois… E talvez até que o Gino não achasse mal!

— Ah! Isso não! Se ele soubesse que eu tinha dado hoje este passeio com vocês era o bastante para romper o noivado!

— E porquê? — perguntou Gisela, irritada.

— Porque ele não gosta que eu ande contigo!

— Porco, nojento, ordinário! Reles pobretão! — gritou Gisela com raiva. — Gostaria realmente de experimentar procurá-lo e dizer-lhe: a Adriana continua a dar-se comigo. Hoje passámos todo o dia juntas. Anda, vai romper o noivado!

— Não! Não! — replicava eu, apavorada. — Não farás isso!

— Era uma sorte para ti!

— Seria… mas não o faças! — pedi de novo. — Se és um pouco minha amiga, não o laças!

Durante toda esta conversa, Astárito não disse palavra, nem sequer comeu. Tinha os olhos constantemente fixos em mim e o seu olhar, carregado de intenções, grave e desesperado, incomodava-me mais do que eu queria. Desejaria pedir-lhe que não me olhasse daquela maneira, mas temia a troça de Gisela e de Ricardo. Foi pelo mesmo motivo que não tive coragem de protestar quando Astárito, aproveitando o momento em que pousei a minha mão esquerda sobre o banco, a apertou na sua com força, obrigando-me a comer só com a direita. Fiz mal, porque de repente Gisela gritou, rindo:

— Em palavras és muito fiel ao Gino, mas em acções. Julgas que não vos vejo, a ti e ao Astárito, de mãos dadas debaixo da mesa?

Corei, atrapalhada, e tentei libertar a minha mão. Mas Astárito reteve-a fortemente e Ricardo interveio:

— Deixa-os sossegados! Que mal é que isso tem? Eles estão de mãos dadas, pronto! O que temos a fazer é imitá-los!

— Disse isto por brincadeira! Pelo contrário — declarou Gisela —, estou até bem contente!

Quando acabámos de comer o primeiro prato, fizeram-nos esperar muito tempo pelo segundo. Gisela e Ricardo não paravam de rir e de brincar, bebendo e fazendo-me beber. O vinho era tinto; era bom mas muito forte e subia depressa à cabeça. Eu gostava deste gosto do vinho, quente e picante; estava embriagada, mas tinha a impressão de não o estar e de poder beber indefinidamente. Astárito apertava-me a mão, grave e sombrio, e eu já não me revoltava. Dizia a mim mesma que afinal de contas não havia mal em lhe dar um aperto de mão! Por cima da porta havia uma estampa com uma varanda florida de rosas e um homem e uma mulher vestidos com fatos de há cinquenta anos que se beijavam de uma maneira complicada. Gisela reparou na estampa e confessou que não compreendia como aqueles dois conseguiam beijar-se naquela posição.

— Vamos a ver se os conseguimos imitar? — propôs a Ricardo. — Tentemos!

Ricardo levantou-se rindo e pôs-se a imitar o homem do cromo, enquanto Gisela, também a rir, se debruçava sobre a mesa como a mulher da litografia sobre a florida varanda. Conseguiram unir as bocas ao fim de grandes esforços, mas pouco faltou para perderem o equilíbrio e tombarem os dois em cima da mesa. Gisela, excitada com a brincadeira, gritava:

— Agora é a vossa vez!

— Porquê? — perguntei, alarmada. — A que propósito?

— Sim, sim. Experimentem!

Senti que Astárito me passava o braço em torno da cintura e tentei desembaraçar-me declarando:

— Mas eu não quero!

— Oh! Como tu és aborrecida! — gritava-me Gisela. É uma brincadeira! Uma simples brincadeira!

— Mas eu não quero — repeti.

Ricardo ria e ajudava-a excitando Astárito.

— Astárito, se não a beijas, não és homem!

Mas Astárito estava sério. Quase me fazia medo. Era bem claro que para ele isto não era apenas uma brincadeira.

— Vocês vão deixar-me em paz — disse eu, voltando-me para ele.

Astárito olhava para mim e depois para Gisela com ar interrogativo, como se esperasse um encorajamento.

— Coragem, Astárito — gritou-lhe Gisela.

Ela parecia mais encarniçada do que ele de uma maneira que eu sentia obscuramente cruel e impiedosa.

Astárito apertou-me com mais força pela cintura e puxou-me para ele; agora já não era a brincadeira que o excitava: queria beijar-me a todo o custo. Sem dizer nada, eu procurava livrar-me, mas ele era mais forte; por mais força que eu fizesse com os cotovelos de encontro ao seu peito, sentia pouco a pouco o seu rosto aproximar-se do meu. No entanto, não teria conseguido beijar-me se Gisela não o tivesse ajudado.

Bruscamente, com um grito de alegria, ela levantou-se, veio por detrás de mim, segurou-me os braços e puxou-os para trás. Eu não a via, mas sentia a sua fúria nas unhas que me enterrava na carne e na sua voz, que repetia, entrecortada de riso e com um tom de excitada crueldade:

— Depressa! Depressa! Astárito, agora!

Astárito estava sobre mim. Eu procurava o mais possível virar a cara, porque era a única coisa que podia fazer, mas ele segurou-me o queixo com a mão e voltou-me para ele, beijando-me depois demoradamente na boca.

— Até que enfim! — disse Gisela, triunfante. E voltou alegremente para o seu lugar.

Astárito deixou-me, e eu, irritada e dorida, declarei:

— Nunca mais venho com vocês!

— Ora, ora, Adriana — gritava Ricardo com ar de troça. — Só por causa de um beijo!

— Astárito está todo cheio de bâton! — gritava Gisela, exultante. — Se o Gino entrasse agora, sempre queria saber o que diria!

Era verdade. O meu bâton tinha pintado completamente a boca de Astárito, o traço vermelho sobre a sua cara amarelenta e triste também me dava vontade de rir.

— Vá lá! — disse Gisela. — Façam as pazes… Limpa-lhe o bâton com o teu lenço, senão quando o criado entrar vai pensar sabe Deus o quê!

Eu, contra vontade, tinha de concordar e, com uma ponta do meu lenço molhada de saliva, limpei pouco a pouco o meu bâton da cara imóvel de Astárito. Fiquei arrependida mais uma vez de me mostrar amável, porque logo que guardei o lenço na mala ele tornou a passar-me o braço em torno da cintura:

— Deixe-me — disse-lhe.

— Ora, ora, Adriana!

— Que mal é que isto pode fazer? — disse Gisela. — A ele dá-lhe prazer e a ti não te prejudica… E depois já o deixaste beijar-te… deixa-o lá continuar.

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