Alberto Moravia - A Romana

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Um livro de Alberto Moravia, escrito durante a Segunda Grande Guerra, que se centra na vida simples e aparentemente desinteressante de Adriana, uma jovem habitante de Roma. Traída pelo seu primeiro amor, a romana entrega-se à prostituição como quem se entrega a uma vocação. Numa trajetória de inúmeros amantes, três homens se destacam: um jovem revolucionário, um criminoso foragido e um alto funcionário do governo facista, a romana interliga o destino desses homens, quem têm um final dramático e inesperado. No romance de Moravia o sexo tem um valor sobretudo simbólico.

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Acabei por pronunciar as primeiras palavras desde que tínhamos entrado no quarto.

— São horas de sairmos.

E ele respondeu imediatamente em voz baixa:

— Estás zangada comigo?

— Não.

— Odeias-me?

— Não.

— Gosto tanto de ti! — murmurou ele.

Voltou a cobrir-me o rosto de beijos furiosos. Passados momentos, disse-lhe:

— Está bem, mas temos de voltar para a sala.

— Tens razão — concordou ele.

E levantou-se de cima do meu corpo, começou, pareceu-me, a vestir-se no escuro. Tornei a vestir a minha roupa, levantei-me e acendi o candeeiro da mesinha-de-cabeceira. A sua luz amarelada, o quarto apareceu-me tal como o seu cheiro a fechado e a alfazema mo tinham feito imaginar: um tecto baixo caiado, papel pintado nas paredes e móveis maciços. Num canto havia um lavatório com tampo de mármore, duas bacias e dois jarros de água com flores cor-de-rosa e verdes, debaixo de um espelho com moldura dourada. Fui ao lavatório, deitei um pouco de água na bacia, molhei uma ponta da toalha e lavei os lábios de onde Astárito tinha tirado todo o bâton com os seus beijos, depois os olhos, ainda vermelhos de chorar. De um fundo manchado cor de ferrugem o espelho devolvia-me uma imagem dolorosa de mim própria que me aturdiu por momentos a alma entorpecida e cheia de compaixão. Depois voltei a mim, ajeitei o melhor que me foi possível o cabelo e voltei-me para Astárito. Ele esperava-me ao pé da porta; assim que me viu pronta, abriu o batente, evitando olhar-me e voltando-me as costas. Apaguei a luz e segui-o.

Fomos alegremente recebidos por Gisela e por Ricardo, sempre com o mesmo humor amalucado e indiferente. Como antes, eles não tinham compreendido a minha dor, nem entendiam a minha serenidade de agora. Gisela gritou:

— Tu és uma boa sonsa! Não querias, não querias, mas parece que aceitaste bem depressa e de muito bom grado!… Fizeste bem se isso te deu prazer, mas não valia a pena teres-te feito tão rogada.

Olhei-a. Parecia-me estranhamente injusto que ela, que me obrigara a ceder a ponto de me segurar os braços para que Astárito me beijasse mais a seu jeito, censurasse agora a minha complacência. Ricardo, com o seu bom senso, fez-lhe notar:

— Estás a ser pouco lógica, Gisela… Tu, que de começo insististe tanto, agora quase a censuras por ela o ter feito.

— Pois decerto! — insistiu duramente Gisela. — Se ela não queria, fez mal… Eu, por exemplo, se não quisesse, não me deixaria convencer nem pela força. Mas ela… ela queria — acrescentou, considerando-me com um ar descontente. — Ela queria e muito! Eu bem a vi no carro antes de chegarmos a Viterbo. É por isso que ela não precisava de se fazer tão rogada.

Calei-me, quase admirando a perfeição de uma crueza ao mesmo tempo impiedosa e inconsciente. Astárito aproximou-se de mim e tentou agarrar-me a mão. Repeli-o e fui sentar-me ao fundo da mesa.

— Mas olhem para Astárito! — gritou Ricardo desatando a rir. — Parece que vem de um enterro!

Verdadeiramente, à sua maneira, com uma gravidade lúgubre e o seu ar mortificado, Astárito parecia compreender-me melhor do que os outros.

— Vocês estão sempre a brincar! — disse ele.

— Talvez quisesses que começássemos a chorar, não? — gritou Gisela. — Agora vocês vão ter paciência e esperar por nós como nós esperámos por vocês… Cada um por sua vez! Anda, querido, vamos!

— Tenham cuidado, hem! — recomendou Ricardo levantando-se depois dela.

Estava visivelmente embriagado e nem ele sabia bem porque dissera para termos cuidado.

— Vamos! Vamos!

Saíram por sua vez da sala de jantar, deixando-nos sós, a mim e a Astárito. Eu estava sentada a uma ponta da mesa e Astárito na outra. Um raio de sol entrava pela janela, iluminando violentamente os pratos em desordem, os copos ainda meio cheios e os guardanapos sujos — e batia em cheio na cara de Astárito, que conservava a sua expressão triste e sombria.

Satisfizera o seu desejo, mas o olhar que me deitava conservava a mesma intensidade dolorosa dos primeiros momentos do nosso encontro. Apesar do mal que me fizera, senti-me cheia de piedade por ele. Compreendia como ele tinha sido infeliz antes de me possuir, e como, apesar de ter conseguido o seu fim, não tinha deixado de o ser. Primeiro sofrera porque me desejava; agora sofria porque eu não retribuía o seu amor. Mas é precisamente na piedade que o amor tem a sua inimiga; se o odiasse, talvez um dia viesse a amá-lo. Mas não o odiava.

Nutrindo por ele, como já disse, apenas compaixão, a única coisa que eu poderia sentir por ele era antipatia, frieza e repulsa.

Ficámos longamente silenciosos na sala cheia de sol, esperando o regresso de Gisela e de Ricardo. Astárito fumava sem descanso, acendendo uns cigarros nos outros. E, através das nuvens de fumo de que se rodeava raivosamente, lançava-me os olhares eloquentes de um homem que tem muito que dizer, mas a quem falta a coragem de falar. Eu estava sentada junto da mesa, com as pernas cruzadas, e todos os meus sentidos se condensavam num único desejo: ir-me embora. Não sentia fadiga, nem vergonha; mas gostaria de estar só para poder reflectir à minha vontade no que me tinha acontecido. Absorvido por este grande desejo de partir, o meu espírito vazio divagava continuamente e observava futilidades: a pérola que Astárito usava na gravata, o desenho do tapete, uma pequena nódoa de molho de tomate na minha blusa, uma mosca que passeava tranquilamente na borda de um copo; irritava-me comigo própria por não ser capaz de pensar em coisas mais sérias. Mas esta futilidade veio em meu auxílio quando Astárito, vencendo a sua timidez, me perguntou, a custo:

— Que estás a pensar?

Reflecti durante um momento, e depois respondi, com tranquilidade:

— Parti uma unha e não sei como foi.

Isto era verdade. Mas o seu rosto tomou uma expressão de incrédula amargura e renunciou definitivamente a conversar comigo.

Pouco depois, felizmente, Gisela e Ricardo saíram do quarto, um pouco ofegantes, mas tão alegres e despreocupados como antes. Ficaram admirados do nosso silêncio e da nossa gravidade, mas fazia-se tarde e o amor tinha tido neles um efeito oposto ao que tivera sobre Astárito: tinha-os tranquilizado e acalmado. Gisela voltava até a mostrar-se afectuosa para comigo, pondo por completo de parte a excitação e a crueldade de que dera provas antes e durante a chantagem de Astárito. Pensei que essa chantagem tinha sido para ela uma espécie de novo tempero sensual para a insipidez da sua ligação com Ricardo. Na escada passou o braço em volta da minha cintura e murmurou:

— Porque estás com essa cara? Se estás preocupada por causa do Gino, podes ficar descansada. Nem eu nem o Ricardo falaremos nisto a alguém.

— Estou fatigada — menti.

O meu temperamento impede-me de guardar rancor seja a quem for; bastava aquele gesto de amizade de Gisela para dissipar por completo o meu ressentimento.

— Eu também me sinto cansada — disse ela. — Deve ser do vento que apanhei na cara.

Daí a momentos, parada à porta do restaurante, enquanto os dois homens caminhavam na direcção do carro, acrescentou:

— Não ficaste zangada comigo pelo que se passou?

— Que ideia! — respondi. — Que culpa tiveste disso? Assim, depois de ter tirado todas as satisfações que a sua intriga podia proporcionar-lhe, queria ainda ter a certeza de que não lhe guardava rancor. Tive a impressão de ter lido com clareza no seu espírito, e foi precisamente porque não queria que ela compreendesse isso, o que decerto a humilharia, que tentei por todos os meios ao meu alcance dissipar os seus temores e mostrar-me afectuosa. Dei-lhe um beijo e disse-lhe:

— Porque havia de me zangar agora contigo? Tu sempre pensaste que devia deixar o Gino e juntar-me com o Astárito.

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