Alberto Moravia - A Romana

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Um livro de Alberto Moravia, escrito durante a Segunda Grande Guerra, que se centra na vida simples e aparentemente desinteressante de Adriana, uma jovem habitante de Roma. Traída pelo seu primeiro amor, a romana entrega-se à prostituição como quem se entrega a uma vocação. Numa trajetória de inúmeros amantes, três homens se destacam: um jovem revolucionário, um criminoso foragido e um alto funcionário do governo facista, a romana interliga o destino desses homens, quem têm um final dramático e inesperado. No romance de Moravia o sexo tem um valor sobretudo simbólico.

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— Isso dependerá de nós.

— Viveremos juntos? — perguntei pela segunda vez, incapaz de sair do círculo da minha ansiedade.

— Uf! Já me perguntaste e eu já te respondi.

— Desculpa — disse-lhe —, mas às vezes isso parece-me impossível. — E, não podendo conter-me por mais tempo, desatei a chorar.

Nessa mesma tarde, depois de o deixar, entrei numa igreja para me confessar. Havia quase um ano que não o fazia; durante todo esse tempo pensava que podia fazê-lo e isso bastava-me.

Deixara de me confessar logo que dei o primeiro beijo a Gino.

Dei-me conta de que as minhas relações com Gino eram um pecado segundo a religião, mas, como eu sabia que nos casaríamos, não sentia remorsos e contava ser absolvida de tudo. antes do casamento.

Entrei numa pequena igreja do centro cuja porta fica entre a entrada de um cinema e a montra de uma loja de meias. Estava quase mergulhada na escuridão, à parte o altar-mor e uma capela lateral consagrada à Virgem. Era uma igreja muito suja e muito velha: as cadeiras de palha, todas desarrumadas, tinham ficado na mesma confusão em que os fiéis as tinham deixado ao sair. Fazia lembrar que tivessem abandonado com alívio, bem mais do que uma missa, uma macadora reunião.

Uma fraca luz bruxuleante que tombava da lanterna da cúpula revelava a poeira das pedras e as esfoladelas brancas do reboco amarelo das colunas a fingir de mármore. Numerosas promessas de prata em forma de coração chamejavam suspensas nas paredes umas contra as outras, provocando uma impressão melancólica. No entanto, o ar estava impregnado de um velho cheiro a incenso que me encorajou. Rapariguinha, tinha a sorvido muitas vezes este cheiro, e as recordações que ele me suscitava eram agradáveis e inocentes. Tive, por isso, a impressão de me encontrar num sítio familiar, e, se bem que entrasse pela primeira vez naquela igreja, pareceu-me que sempre a frequentara.

Mas antes de me confessar quis ir à capelinha lateral onde tinha entrevisto uma imagem da Virgem. Eu tinha sido desde o meu nascimento votada à Virgem Santa; minha mãe dizia que eu era parecida com Ela, com os meus olhos negros e doces. Sempre amei a Nossa Senhora porque Ela tinha o Seu filho nos braços e porque este filho feito homem Ih'O tinham morto; e Ela, que O pôs no mundo e O amou como se ama um filho, muito deve ter sofrido vendo pregarem-lh'O na cruz. Muitas vezes pensava que a Virgem, que tinha sofrido tanto, era a única capaz de compreender os meus pesares; e, quando era pequena, só a Ela queria rezar, porque só Ela estava à altura de me ouvir.

Depois, a Virgem agradava-me porque me parecia extremamente diferente de minha mãe, serena, tranquila como era, ricamente vestida, com olhos que se fixavam em mim afectuosamente.

Parecia-me que era Ela a minha verdadeira mãe, e não a minha, sempre ríspida e mal vestida.

Ajoelhei-me, pois, tomei a cara entre as mãos, e de cabeça baixa fiz uma longa oração à Virgem, pessoalmente para lhe pedir perdão pelo que tinha feito e para invocar a sua protecção para mim, para minha mãe e para Gino. Em seguida lembrei-me de que a ninguém devia guardar rancor e pedi a Sua protecção também para Gisela, que me traíra, para Ricardo, que por estupidez tinha ajudado Gisela, e mesmo até para Astárito.

Rezei por Astárito mais tempo que pelos outros, porque experimentava um ressentimento à sua recordação e queria anular esse mau sentimento, gostando dele como gostava dos outros, perdoando-lhe e esquecendo todo o mal que me havia feito. Acabei por me sentir tão comovida que as lágrimas me vieram aos olhos. Levantei os olhos para a imagem da Virgem sobre o altar; as lágrimas faziam como um pequeno véu e a imagem parecia-me vacilante e bruxuleante como se a visse debaixo de água; os círios que brilhavam à sua volta faziam uma poeira dourada, doce à vista mas amarga também, como por vezes as estrelas que se deseja tocar e se sabe que estão muito longe. Fiquei muito tempo olhando a Virgem quase sem A ver; em seguida, as lágrimas rolaram pela minha cara com um formigueiro amarbo; então vi a Virgem com o Seu Menino nos braços, que me olhava, o rosto iluminado pela chamazinha dos círios. Tive a impressão de que era com simpatia e compaixão que Ela me olhava; agradeci-Lhe com todo o meu coração, e depois. levantando-me e já serena, fui-me confessar.

O confessionário estava vazio; mas enquanto tomava alento procurando com os olhos um padre, vi alguém sair por uma pequena porta à esquerda do altar-mor, passar em frente do altar fazendo uma genuflexão e, persignando-se, dirigir-se para o outro lado. Era um frade, não percebi bem de que ordem. Enchi-me de coragem e chamei-o em voz baixa. Ele voltou-se e veio logo ao meu encontro. Quando se aproximou vi que era um homem ainda novo, alto e forte, com um rosto fresco, rosado e viril, enquadrado por uma ligeira barba loura, olhos azuis e uma testa alta e branca. Pensei quase involuntariamente que era um homem magnífico, como é raro encontrar-se, não só numa igreja mas até cá fora, e senti-me feliz por me ir confessar a ele. Disse-lhe o que desejava em voz baixa; ele, com um ligeiro sinal de assentimento, acompanhou-me até ao confessionário.

Entrou e eu ajoelhei-me em frente da grade. Uma placazinha pregada sobre o confessionário indicava o nome do padre: Élie; este nome ainda me inspirou mais confiança; entrou, ajoelhou-se, fez uma breve oração e perguntou:

— Há muito tempo que não se confessa?

— Há quase um ano — respondi.

— É muito tempo… muito tempo… Porquê?

Notei que falava mal o italiano, carregando muito os erres como fazem os franceses. Dois ou três erros que cometeu pronunciando à italiana palavras estrangeiras fizeram-me compreender que era efectivamente francés. O facto de ser estrangeiro agradou-me também, sem eu saber verdadeiramente porquê. Talvez porque quando se faz qualquer coisa a que se dá importância tudo o que nos parece insólito apresenta-se-nos como um bom agoiro.

Disse-lhe que a longa história que lhe iria contar lhe explicaria o motivo das interrupções das minhas confissões.

Após um curto silêncio, perguntou-me o que tinha para lhe dizer. Então, com muito entusiasmo e confiança, contei-lhe as minhas relações com Gino, a minha amizade com Gisela, o passeio a Viterbo e a chantagem de Astárito. Enquanto falava não me podia impedir de pensar no efeito que lhe fariam as minhas confidências. Este não era um padre como os outros; o seu aspecto altivo, com ar de homem do mundo, levava-me a perguntar quais as razões que o teriam levado a tornar-se frade. Pode parecer estranho que depois da extraordinária emoção que a minha prece à Virgem me provocara, eu me pudesse distrair ao ponto de me interessar pelo meu confessor; mas não vejo contradição entre esta curiosidade e esta emoção. Elas vinham do fundo da minha alma, onde a devoção e a coquetterie, a aflição e a sensualidade, faziam uma indissolúvel mistura.

Embora pensasse nele como acabo de dizer, experimentava uma doce consolação e uma avidez reconfortante por contar tudo. Tinha a impressão de me afastar cada vez mais da pesada angústia que me tomara, como uma flor ressequida que recebe enfim as primeiras gotas de chuva. Comecei por me exprimir penosamente, com hesitações, depois falei correntemente, e por fim a minha sinceridade era veemente e cheia de esperança.

Nada omiti, nem mesmo o dinheiro que recebera de Astárito, os sentimentos que essa oferta me tinham inspirado e o uso que tencionava fazer ele. Ouviu-me sem fazer nenhum comentário. Quando acabei declarou :

— Para evitar uma coisa que lhe parecia um prejuízo, quer dizer, o rompimento do seu noivado, acedeu a praticar uma acção mil vezes mais grave para si própria…

— É verdade — disse-lhe, palpitante e contente por os seus dedos delicados me abrirem a alma.

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