Alberto Moravia - A Romana

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Um livro de Alberto Moravia, escrito durante a Segunda Grande Guerra, que se centra na vida simples e aparentemente desinteressante de Adriana, uma jovem habitante de Roma. Traída pelo seu primeiro amor, a romana entrega-se à prostituição como quem se entrega a uma vocação. Numa trajetória de inúmeros amantes, três homens se destacam: um jovem revolucionário, um criminoso foragido e um alto funcionário do governo facista, a romana interliga o destino desses homens, quem têm um final dramático e inesperado. No romance de Moravia o sexo tem um valor sobretudo simbólico.

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Estas palavras faziam-me pena e tornavam-me furiosa. Mas, num certo sentido, eu já me tinha vingado na minha mãe. E depois, se eu tivesse dito o que pensava, teria que cortar relações com Gisela, e eu não o queria fazer, porque apesar de tudo era a minha única amiga. Ter-lhe-ia respondido que ela não queria que eu me casasse porque sabia que Ricardo nunca casaria com ela. Esta era a verdade, mas uma verdade muito dura de ouvir, e não me parecia justo ferir Gisela unicamente porque, logo que ela me falava de Gino, se deixava levar — talvez com sentido de defesa — por um vil sentimento de inveja e ciúme. Limitei-me pois a retorquir-lhe :

— Queres que nunca mais falemos disto? A ti, no fundo, que te importa que eu me case ou não? E a mim não me dá prazer voltar ao assunto.

Gisela levantou-se bruscamente do toucador e veio sentar-se na cama, ao meu lado:

— Que me importa a mim, dizes tu? — protestou com vivacidade.

Depois, passando-me o braço em volta da cintura:

— A mim, pelo contrário, faz-me raiva que te pretendam prejudicar!

— Mas isso não é verdade! — disse eu em voz baixa.

— Queria ver-te feliz — prosseguiu.

Calou-se um momento, depois perguntou, como que por acaso:

— A propósito… Astárito atormenta-me constantemente para te tornar a ver… Diz que não pode viver sem ti… Está realmente preso… Queres marcar-lhe um encontro?

— Não me fales de Astárito! — respondi-lhe.

— Reconheceu que se portou mal contigo, naquele dia, em Viterbo — continuou — mas no fundo ama-te e está pronto e reparar a sua falta de correcção.

— A única maneira que ele tem de a reparar é nunca mais me aparecer!

— Vamos! Vamos! Além disso, é um homem sério e que te ama muito… Ele quer absolutamente ver-te, falar-te… Porque não se encontram vocês num café, por exemplo, na minha presença?

— Não! — disse eu com decisão. — Não o quero tornar a ver.

— Vais arrepender-te.

— Vai tu com ele… com o Astárito!

— Eu? Ia já, minha filha! É um homem generoso, que não olha ao dinheiro… Mas é a ti que ele quer… realmente uma ideia fixa.

— Está bem! Mas eu nada quero dele.

Insistiu ainda muito a favor de Astárito, mas não me deixei convencer. No cúmulo do meu desejo desesperado de me casar e de ter família, estava firmemente decidida a não me deixar seduzir, nem pela razão, nem pelo dinheiro. Tinha esquecido até o frémito de prazer que Astárito me tinha provocado quando me introduzira à força aquele dinheiro na mão quando regressávamos de Viterbo. Como aconteceu frequentemente, era justamente porque receava que Gisela e minha mãe tivessem razão e que, por um motivo ou por outro, o meu casamento não se realizasse, que eu me agarrava à ideia desse casamento com uma esperança ainda mais forte e encarniçada.

6

Enquanto esperava, tinha pago todas as prestações dos meus móveis e pusera-me a trabalhar mais que nunca para ganhar mais dinheiro para pagar o meu enxoval. De manhã posava no atelier e à tarde fechava-me no grande quarto com minha mãe para trabalhar até à noite. Ela cosia à máquina junto da janela, e eu, sentada à mesa, ao pé dela, cosia à mão. Minha mãe tinha-me ensinado a trabalhar em roupa interior, no que eu desde o princípio me mostrara muito jeitosa e rápida. Havia sempre uma quantidade de casas para fazer e uma letra a bordar em cada camisa; eu fazia as letras particularmente bem, duras e tão em relevo que pareciam sair do tecido. A roupa interior para homem era a nossa especialidade, mas às vezes acontecia ter de confeccionar qualquer camisa ou combinação ou cuecas de mulher, sempre coisas vulgares, não só porque minha mãe não seria capaz de fazer coisas delicadas, mas também porque não conhecia senhoras que lhe fizessem encomendas. Quando cosia, o meu espírito perdia-se em divagações sobre Gino, o casamento, o meu passeio a Viterbo, minha mãe — a minha vida, em suma —, e o tempo passava depressa. O que pensava minha mãe nunca o soube, mas era bem certo que o seu cérebro estava ocupado, porque, enquanto trabalhava à máquina, tinha de tempo a tempo uma expressão furiosa, e se eu lhe falava nessa altura respondia-me mal. Para a noite, quando começava a escurecer, eu limpava o vestido de linhas e, pondo o meu fato mais bonito, ia ter com Gisela ou Gino, quando estava livre. Hoje pergunto a mim própria se seria feliz nesse tempo. Num certo sentido era, porque desejava ardentemente qualquer coisa que considerava próxima e possível. Aprendi depois que a verdadeira infelicidade vem quando, já não há esperança; torna-se então inútil passar bem ou mal e de nada se precisa.

Mais de uma vez, no decurso deste período, apercebi-me de que Astárito me seguia na rua. Ia para o atelier de manhã muito cedo. Habitualmente Astárito, imóvel, num vão de escada, no outro lado da rua, esperava que eu saísse. Nunca atravessava e enquanto eu me encaminhava rapidamente para a praça. junto das casas, ele limitava-se a seguir-me do outro lado, mais devagar, junto das muralhas. Julgo que me observava e isso bastava-lhe: era bem a imagem de um homem perdidamente apaixonado. Quando eu chegava à praça, ele ia postar-se na paragem do eléctrico fronteira àquela em que eu estava.

Continuava a observar-me, mas se eu deitava uma olhadela para o seu lado isso bastava para que disfarçasse e olhasse para a frente, fingindo interessar-se pela chegada do meu eléctrico.

Nenhuma mulher teria ficado indiferente perante um amor como aquele; embora firmemente decidida a não lhe tornar a falar, experimentava por vezes uma espécie de compaixão lisonjeada. Depois Gino chegava no carro, ou às vezes no eléctrico. E quando eu subia, fosse para o automóvel, fosse para o eléctrico, Astárito ficava no seu refúgio a ver afastar-me.

Uma dessas tardes, quando vinha jantar, entrei na sala grande e encontrei Astárito, de pé, o chapéu na mão, apoiado à mesa e conversando com minha mãe. Quando o vi em minha casa, à ideia de tudo o que ele poderia ter dito à minha mãe para a persuadir a intervir a seu favor, esqueci toda a compaixão e fui tomada de raiva.

— Que faz o senhor aqui? — perguntei.

Olhou-me e vi na sua cara a mesma expressão convulsa e trémula que tivera no carro quando íamos a caminho de Viterbo e me dissera que eu lhe agradava. Mas desta vez ele nem conseguia falar.

— Este senhor diz que te conheceu e que queria cumprimentar-te — começou minha mãe em ar confidencial.

Pelo seu tom compreendi que Astárito lhe falara exactamente no sentido que eu pensava e que talvez até mesmo lhe tivesse dado dinheiro.

— Tu — declarei a minha mãe — vais fazer o favor de te retirares!

A minha voz, quase selvagem, assustou-a: saiu, sem dizer palavra, para o lado da cozinha.

— Que faz o senhor aqui? — disse de novo a Astárito. Vá-se embora!

Olhou-me, pareceu mover os lábios, mas nada disse. Tinha os olhos revirados sobre as pálpebras, vendo-se quase o branco; cheguei a pensar que fosse desmaiar.

— Vá-se embora! — repeti, batendo com o pé no chão. Ou então chamo gente… Chamo um dos meus amigos que mora cá em baixo.

Muitas vezes depois perguntei a mim mesmo porque não fizera Astárito chantagem pela segunda vez: porque não me teria ele ameaçado, se eu não cedesse, de contar a Gino o que se tinha passado em Viterbo. Esta chantagem seria doravante muito mais bem sucedida, pois que me tinha de facto possuído, e havia testemunhas que não me permitiriam negar. Concluí que da primeira vez me tinha apenas desejado, mas que da segunda era realmente impelido pelo amor. O amor quer ser retribuído, e se Astárito me amava devia sentir quanto era insuficiente para ele possuir-me como naquele dia em Viterbo, muda, inerte, como morta. Por outro lado, daquela vez eu estava bem decidida a declarar a verdade; depois de tudo, se Gino me amava, devia compreender e perdoar-me. A minha atitude resoluta convenceu certamente Astárito da inutilidade de segunda chantagem.

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