Alberto Moravia - A Romana

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Um livro de Alberto Moravia, escrito durante a Segunda Grande Guerra, que se centra na vida simples e aparentemente desinteressante de Adriana, uma jovem habitante de Roma. Traída pelo seu primeiro amor, a romana entrega-se à prostituição como quem se entrega a uma vocação. Numa trajetória de inúmeros amantes, três homens se destacam: um jovem revolucionário, um criminoso foragido e um alto funcionário do governo facista, a romana interliga o destino desses homens, quem têm um final dramático e inesperado. No romance de Moravia o sexo tem um valor sobretudo simbólico.

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— Não… amanhã também não… nunca mais!

— Ah! Nunca mais! — repetia ele afectando assombro. — Nunca! Então penso que ao menos me irás dar uma explicação…

Tinha uma expressão desconfiada e ciumenta.

— Gino — disse-lhe muito depressa… — Amo-te… muito… Nunca te amei tanto como neste momento… Mas é justamente por te amar… que acho melhor que até ao dia do nosso casamento nada haja entre nós, e nada… quero dizer… que não tenhamos relações.

— Ah! Agora está tudo explicado! — declarou maldosamente. — Tens medo que eu já não queira casar contigo, hem?

— Não, estou certa de que casarás. Se eu tivesse essa desconfiança não fazia todos estes preparativos… Não teria gasto o dinheiro que a minha mãe levou toda a sua vida a pôr de lado.

— Oh! Como tu pões nos píncaros esse dinheiro da tua mãe! — disse-me.

Depois, tornando-se tão desagradável que nem o reconhecia:

— Então, porquê?

— Fui-me confessar e o meu confessor proibiu-me de ter relações contigo até que estejamos casados.

Ele fez um gesto de desapontamento e soltou uma exclamação de teve em mim o efeito de uma praga.

— Mas com que direito é que esse padre vem meter o nariz nas nossas coisas?

Preferi não lhe responder. Ele insistiu:

— Então, porque não respondes?

— Nada mais tenho para dizer.

Sem dúvida que eu lhe devia ter parecido inflexível, porque de repente, mudando de ideias, declarou:

— Está bem, está! Então queres que te leve outra vez para a cidade?

— Como quiseres.

Devo dizer que foi esta a única vez que ele foi pouco gentil e desagradável para mim. No dia seguinte parecia resignado e mostrou-se como sempre tinha sido: afectuoso, cortês e amável.

Continuámos a ver-nos todos os dias, como de costume; somente não nos possuíamos e limitávamo-nos a conversar. De tempo a tempo, dava-lhe um beijo, coisa que ele tinha resolvido nunca mais me pedir. Parecia-me que beijá-lo não era pecado, porque, no fim de contas, éramos noivos e casaríamos em breve.

Quando me recordo desses dias imagino que se Gino se resignou tão depressa a esse papel de noivo respeitador foi com a esperança de que as nossas relações arrefecessem gradualmente e lhe fosse possível levar as coisas a um rompimento definitivo. Depois de longos e extenuantes dias de noivado, acontece a muitas raparigas encontrarem-se livres sem outra perda que a da sua juventude evaporada. Com esta ordem do meu confessor, ofereci-lhe sem o saber o pretexto que ele procurava para relaxar as nossas relações. Como ele tinha um carácter egoísta e fraco, e como o prazer que lhe davam as nossas intimidades era mais forte do que a vontade de me abandonar, por ele nunca teria tido coragem para o fazer. Mas a intervenção do confessor permitiu-lhe adoptar uma solução hipócrita e aparentemente desinteressada.

Ao fim de algum tempo, começou a encontrar-se comigo menos frequentemente; não todos os dias, mas dia sim dia não. Percebi que o trajecto dos nossos passeios de automóvel encurtava gradualmente e que ele cada vez dava menos atenção às minhas conversas sobre o casamento. Mas, mesmo dando-me conta, embora obscuramente, de todas estas mudanças de atitude, de nada suspeitava, não só porque estas mudanças se iam processando quase insensivelmente, mas também porque ele continuava a portar-se comigo da forma habitual: afectuoso e gentil. Um dia, por fim, tomou um ar contrito e anunciou-me que, por razões de família, a data do nosso casamento tinha de ser adiada.

— Isso contraria-te muito? — acrescentou, ao verificar que eu não comentara a novidade e me limitava a olhar em frente, com um ar amargo e sonhador.

— Não, não! — disse contendo-me. — Não tem importáncia… paciência… assim terei tempo de acabar o meu enxoval.

— É absolutamente falso! Contraria-te e muito! Ele tinha curiosidade em saber até que ponto o atraso do casamento me desgostava.

— Já te disse que não.

— Então se isso não te contraria, quer dizer que não me amas sinceramente e que no fundo talvez até não te contrariasse se não nos casássemos?

— Não digas isso! — proferi com pavor. — Para mim seria uma coisa terrível! Nem quero pensar!

Nesse mesmo momento não compreendi a expressão que o seu rosto tomou. Com efeito, ele quis ver até que ponto eu ainda estava interessada nele e percebeu com grande desapontamento que o meu sentimento por ele era ainda muito forte.

Se o adiamento do meu casamento não levantou suspeitas no meu espírito confirmou a impressão de minha mãe e de Gisela. Minha mãe não fez comentários imediatos; isso acontecia-lhe às vezes, e esta atitude era estranha, atendendo ao seu carácter impulsivo e violento. Mas uma noite, depois de me servir o jantar, como habitualmente, de pé, em silêncio, eu fiz já não sei bem que alusão ao meu casamento. Então ela declarou:

— Tu sabes como chamavam no meu tempo às raparigas, como tu, que estão sempre à espera de se casar e nunca o conseguem?

Empalideci e o meu coração deixou de bater.

— Como? — perguntei-lhe.

— A rapariga da despensa! — disse calmamente minha mãe. — Ele guarda-te na despensa como um resto de carne assada… Em determinada altura, à força de estar guardada na despensa, a carne estraga-se. Então, deita-se fora!

Tive um acesso de raiva e gritei:

— Não é verdade! Apesar de tudo, é a primeira vez que nós adiamos… e apenas por alguns meses… A verdade é que tu detestas o Gino por ele não ter dinheiro e ser chauffeur.

— Eu não detesto ninguém.

— Sim, tu detesta-o… e também te arrependeste de teres dado o teu dinheiro para o nosso quarto. Mas não tenhas medo…

— Minha filha, o amor torna-te idiota!

— Não tenhas medo — disse eu. — Todas as coisas que faltam ele as pagará… e serás reembolsada das que comprámos com o teu dinheiro. Olha!

E, levada pela minha exaltação, abri a mala e mostrei as notas que Astárito me tinha dado.

— É dinheiro dele! — continuei.

Estava tão doida por ele que ao dizer estas mentiras quase tinha a impressão de que era verdade.

— Foi ele quem me deu estas notas, e ainda tem mais! O seu olhar caiu sobre o dinheiro; o seu rosto tomou uma expressão tão arrependida e vexada que me encheu de remorsos. Havia já muito tempo que não a tratava tão mal e ao mesmo tempo apercebia-me de que acabara de dizer uma mentira e que no fim de contas este dinheiro não tinha sido o Gino quem mo havia dado. Sem dizer uma palavra, levantou a mesa, levou os pratos e saiu. Vi-a de costas, de pé, em frente do lava-louça, passando os pratos por água e pondo-os um a um sobre o mármore, para que secassem. Com a cabeça baixa e os ombros ligeiramente curvados, inspirou-me uma violenta piedade.

Impetuosamente, deitei-lhe os braços à roda do pescoço e desculpei-me :

— Perdoa ter-me excedido nas coisas que te disse. Não as pensei… Mas quando começas a falar de Gino fazes-me perder a cabeça.

— Então! Então! Deixa-me! — dizia fingindo esforçar-se por se desembaraçar de mim.

— É preciso que compreendas — acrescentei com paixão. — Se Gino não casa comigo… mato-me ou “vou fazer a vida”!

Gisela acolheu a noticia do adiamento do meu casamento pouco mais ou menos como minha mãe. Estávamos no seu quarto mobilado: eu, toda vestida, sentada na borda da cama, ela, em camisa, sentada diante do toucador, a pentear-se. Deixou-me falar até ao fim, sem fazer comentários, depois disse-me, triunfante e calma:

— Verás que eu tinha razão!

— Porquê?

— Ele não quer casar contigo, nem casará… Por agora não é na Páscoa, é no Dia de Todos-os-Santos. Do Dia de Todos-os-Santos passará para o Natal… Um belo dia, acabarás tu própria por compreender, e serás tu a deixá-lo.

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