Alberto Moravia - A Romana

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Um livro de Alberto Moravia, escrito durante a Segunda Grande Guerra, que se centra na vida simples e aparentemente desinteressante de Adriana, uma jovem habitante de Roma. Traída pelo seu primeiro amor, a romana entrega-se à prostituição como quem se entrega a uma vocação. Numa trajetória de inúmeros amantes, três homens se destacam: um jovem revolucionário, um criminoso foragido e um alto funcionário do governo facista, a romana interliga o destino desses homens, quem têm um final dramático e inesperado. No romance de Moravia o sexo tem um valor sobretudo simbólico.

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A minha ameaça de chamar gente nada respondeu, mas pegou no chapéu e dirigiu-se para a porta. Quando chegou perto, baixou a cabeça e pareceu recolher-se um momento, para falar. Levantou os olhos para mim remexendo os lábios, mas toda a coragem pareceu abandoná-lo; olhou-me fixamente e ficou mudo.

Este segundo olhar pareceu-me muito longo. Acabou por esboçar com a cabeça um cumprimento e saiu fechando a porta.

Fui depois, furiosa, à cozinha e perguntei a minha mãe:

— Que disseste a esse homem?

— Eu? Nada! — respondeu ela, assustada. — perguntou-me a que género de trabalho nos entregávamos e disse-me que queria mandar fazer umas camisas.

— Se vais a casa dele, mato-te — gritei-lhe.

Olhou-me com olhar apavorado e respondeu:

— Não é preciso lá ir! Pode muito bem mandar fazer as suas camisas a outra pessoa!

— Não te falou de mim?

— Perguntou-me quando te casavas.

— E tu, que lhe respondeste?

— Que te casavas em Outubro.

— Não te deu dinheiro?

— Não. Porquê? — perguntou fingindo admiração. — Devia dar-mo?

Pelo tom da sua voz adquiri a convicção de que Astárito lhe dera dinheiro. Cai sobre ela e segurei-lhe violentamente o braço.

— Diz a verdade! Ele deu-te dinheiro! — gritei-lhe.

— Não. Não me deu.

Ela conservava a mão no bolso do avental. Apertei-lhe o pulso com uma violência terrível e vi saltar do bolso ao mesmo tempo que a mão uma nota de banco dobrada em duas. Assim que a deixei, ela curvou-se para a apanhar com uma tal avidez, uma tal cobiça, que a minha fúria cessou. Lembrei-me da emoção e da felicidade que me invadira a alma quando recebera as notas de Astárito em Viterbo. Senti que não tinha o direito de condenar minha mãe por ela experimentar os mesmos sentimentos que eu e ceder às mesmas tentações. Naquela altura teria preferido nada ter perguntado, nem ter visto aquela nota.

Limitei-me a observar com voz normal:

— Afinal, sempre to tinha dado!

E sem esperar mais explicações saí da cozinha. Ao jantar, algumas suas alusões fizeram-me compreender que desejava tornar a falar de Astárito e do dinheiro. Mas eu desviei a conversa e ela não insistiu.

No dia seguinte, Gisela veio sem Ricardo à pastelaria onde habitualmente nos encontrávamos. Ainda não se tinha sentado e já me dizia sem mais preâmbulos:

— Hoje tenho de falar-te de uma coisa muito importante.

Uma espécie de pressentimento obrigou-me a olhá-la exangue.

— Se é uma má notícia — supliquei-lhe com voz branda — peço-te que não ma dês.

— Não é boa, nem é má — respondeu vivamente. — É uma notícia… eis tudo. Já te disse que Astárito…

— Não quero ouvir falar mais de Astárito.

— Mas ouve… não sejas criança. Pois, como te disse, o Astárito é um homem importante… um graúdo da polícia e da política.

Senti-me um pouco reconfortada. Nunca me ocupara de política.

Declarei sem esforço:

— Mesmo que esse Astárito fosse ministro, para mim era a mesma coisa!

— Uff! Como tu és… Ouve em vez de me interromperes! — declarou Gisela. — Astárito disse-me que era absolutamente necessário que fosses ter com ele ao ministério… precisa de falar-te… mas não de amor — acrescentou rapidamente. — Precisa de falar-te de uma coisa muito importante… De uma coisa que te diz respeito.

— Que me diz respeito?

— Sim… é para teu bem… pelo menos foi o que ele me disse.

Porque teria eu decidido naquele momento aceitar o convite de Astárito, apesar de todas as minha resoluções contrárias? Nem eu mesma sei. Respondi, mais morta que viva:

— Está bem. Irei.

Gisela ficou um pouco desconcertada com a minha passividade.

Foi então que se apercebeu da minha palidez e do meu ar assustado:

— Que tens? — disse-me. — Porque é da polícia? Mas nada tem contra ti! Nenhuma intenção tem de te prender.

Levantei-me, embora me sentisse vacilante.

— Está bem — repeti. — Irei; qual é o ministério?

— O Ministério do Interior. Mesmo em frente do Supercinema. Mas ouve…

— A que horas?

— Por toda a manhã… Mas ouve…

— Até logo.

Nessa noite dormi muito pouco. Fora a sua paixão, não atingia o que Astárito me podia querer, mas um pressentimento que me parecia infalível dizia-me que nada podia ser de bom. O lugar onde me tinha chamado fez-me supor que o assunto devia ter alguma ligação com a polícia. Por outro lado, eu sabia, como sabem todos os pobres, que logo que a polícia se mete nalguma coisa nunca é por bem. Depois de examinar minuciosamente a minha conduta, acabei por concluir que Astárito queria exercer sobre mim outra chantagem utilizando qualquer informação que obtivera sobre a vida de Gino. Eu não conhecia a vida de Gino; era possível que ele se tivesse comprometido politicamente.

Nunca me ocupara de política, mas não era parva a ponto de ignorar que havia muita gente que não suportava o regime fascista e que homens da profissão de Astárito eram precisamente encarregados de dar caça a esses inimigos do governo. A minha imaginação pintava de cores negras o dilema diante do qual Astárito me iria colocar: ou cedia de novo ou prendia Gino. A minha angústia baseava-se no facto de eu não querer de modo algum ceder a Astárito, mas tão-pouco permitir que metessem Gino na prisão. Quando fazia estas reflexões não experimentava qualquer compaixão por Astárito; odiava-o, simplesmente. Parecia-me um homem desprezível e baixo, indigno de viver, que era preciso punir impiedosamente! Entre outras soluções, a ideia de matar Astárito vinha-me com facilidade ao espírito. Mas, mais do que uma solução, era uma divagação mórbida da insónia; e de facto, como estas ideias loucas que nunca se traduzem em decisões objectivas e firmes, acompanhou-me até ao romper do dia. Via-me a pôr na minha mala a faca bem afiada e pontiaguda com que minha mãe descascava as batatas; procurar Astárito; ouvia-o dizer-me o que eu imaginara e com toda a força do meu braço forte cravava-lhe a minha faca no pescoço, entre a orelha e o seu alto colarinho de goma. Imaginava-me a sair da sala, fingindo a maior calma e correr a refugiar-me em casa de Gisela, ou de qualquer outra pessoa amiga. Mas, mesmo ardendo nestas visões sanguinárias, sabia que nunca seria capaz de fazer uma coisa semelhante; tenho horror ao sangue; tive sempre horror em fazer mal aos outros, e o meu carácter leva-me mais a submeter-me à violência que a cometê-la.

De madrugada dormitei um pouco. O dia nasceu; levantei-me e dirigi-me ao meu encontro habitual com Gino. Logo que nos encontrámos na nossa avenida dos arredores, depois de algumas palavras de conversa, esforcei-me por dar à minha voz uma entoação banal e perguntei:

— É verdade… nunca te interessaste por política?

— Por política? Que queres dizer?

— No sentido de ter feito qualquer coisa contra o governo?

Olhou-me com um ar de entendimento e perguntou por sua vez:

— Mas diz-me lá, achas que eu tenho ar de cobarde?

— Não, mas…

— Responde primeiro. Tenho ar de cobarde?

— Não — respondi-lhe —, nada disso me pareces. Somente…

— Então por que diabo queres tu que me ocupe de política?

— Não sei. É que muitas vezes…

— Não comigo. A esses que te insinuaram isso podes dizer-lhes que Gino Molinari não é um cobarde.

Próximo das onze horas, depois de ter rondado mais de uma hora em volta do Ministério sem me decidir a entrar. apresentei-me ao contínuo e perguntei por Astárito. Primeiro subi uma comprida escada de mármore, depois outra escada mais pequena, mas também comprida, depois, por largos corredores, acompanhou-me a uma antecâmara para onde davam três portas.

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