Alberto Moravia - A Romana

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Um livro de Alberto Moravia, escrito durante a Segunda Grande Guerra, que se centra na vida simples e aparentemente desinteressante de Adriana, uma jovem habitante de Roma. Traída pelo seu primeiro amor, a romana entrega-se à prostituição como quem se entrega a uma vocação. Numa trajetória de inúmeros amantes, três homens se destacam: um jovem revolucionário, um criminoso foragido e um alto funcionário do governo facista, a romana interliga o destino desses homens, quem têm um final dramático e inesperado. No romance de Moravia o sexo tem um valor sobretudo simbólico.

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— Isso é verdade! — afirmou ela com ênfase. — E continuo a pensá-lo!? Mas tu, pelo contrário… Tenho medo de que nunca me perdoes.

Mostrava-se ansiosa, e eu, por um curioso contágio, estava ainda mais ansiosa do que ela, porque temia que adivinhasse os meus verdadeiros sentimentos.

— Isso só prova que não me conheces bem — respondi com simplicidade. — Bem sei que é só por amizade para comigo que queres que eu deixe o Gino, porque estar com ele é contra os meus interesses. E é muito possível que tenhas razão! — terminei, mentindo novamente.

Tranquilizada, agarrou-me por um braço e disse-me, num tom de serena confidência:

— Queria que me compreendesses… Astárito ou outro qualquer, tanto faz, contanto que não seja o Gino. Se soubesses a pena que me faz ver uma rapariga bonita como tu prejudicar-se dessa maneira… Pergunta ao Ricardo: passo o dia a falar-lhe de ti…

Exprimia-se, como era seu hábito, sem meias palavras: e eu tinha o cuidado de aprovar tudo o que ela dizia, quer concordasse quer não. Chegados ao carro, ocupámos os mesmos lugares da vinda e partimos.

Durante a viagem de regresso conservámo-nos os quatro em siléncio. A expressão de Astárito ao olhar para mim exprimia mais um sentimento de mortificação do que de desejo; mas agora os seus olhares não me incomodavam, nem eu sentia, como à vinda, a necessidade de lhe falar e de ser amável com ele.

Absorvia com prazer o vento que me batia na cara e entretinha-me a verificar, por meio dos marcos quilométricos, a progressiva diminuição da distáncia que nos separava de Roma. A certa altura senti a mão de Astárito tocar na minha e percebi que tentava obrigar-me a pegar em qualquer coisa como um bocado de papel. Admirada, pensei que, não ousando falar-me, recorrera ao expediente de escrever para comunicar comigo. Mas, baixando os olhos, vi que se tratava de uma nota de banco dobrada em quatro.

Ele olhava fixamente para mim, ao mesmo tempo que tentava fazer com que os meus dedos se fechassem sobre a nota. Por momentos apeteceu-me atirar-lhe com ela à cara, mas ao mesmo tempo compreendi que isso não passaria de um gesto puramente exterior, ditado mais por um preconceito do que por um profundo impulso da alma. O sentimento que nesse momento tomou conta de mim causou-me extraordinário espanto: depois disso, nas numerosas vezes que recebi dinheiro de homens, nunca mais o tive tão claro e tão intenso; era um sentimento de cumplicidade e de acordo sensual, que nenhuma das suas carícias, no quarto do restaurante, tinha podido inspirar-me. Este sentimento de inevitável sujeição revelou-me de repente um aspecto do meu carácter até aí completamente desconhecido para mim. Eu sabia, com absoluta certeza, que devia recusar esse dinheiro, mas ao mesmo tempo sentia que o desejava aceitar. E isto não tanto por avidez como pelo raro e novo prazer que o facto dava à minha alma.

Apesar de firmemente resolvida a aceitar a nota, fingi recusá-la, num gesto de puro instinto. Astárito insistiu, sem deixar de me fitar nos olhos. Então passei a nota da mão esquerda para a direita. Sentia-me tomada por uma estranha excitação que me fazia corar e me dificultava a respiração.

Se nesse momento Astárito tivesse podido adivinhar o que se passava em mim, talvez tivesse pensado que o amava. Ora nada era menos verdadeiro; era somente o dinheiro, o modo como me tinha sido dado e o motivo dessa dádiva que actuavam sobre o meu espírito. Senti Astárito pegar-me na mão e levá-la aos lábios. Deixei-o beijá-la e depois retirei-a. Não voltámos a olhar um para o outro até à nossa chegada a Roma.

Logo que chegámos à cidade separámo-nos rapidamente uns dos outros, como se cada um de nós tivesse a consciência de ter cometido um crime e quisesse esconder-se. A verdade é que nesse dia todos nós tínhamos cometido qualquer coisa que podia considerar-se um crime: Ricardo, por estupidez, Gisela, por inveja, Astárito, por luxúria, e eu, por inexperiência.

Ricardo desejou-me boas-noites. Astárito, grave e comovido, não teve coragem senão para me apertar silenciosamente a mão.

Tinham-me levado a casa, e, apesar da minha fadiga e dos meus remorsos, lembro-me de que não me foi possível evitar um sentimento de vaidosa satisfação ao descer deste belo carro diante da porta, perante os olhares da família do ferroviário que ocupava a casa do lado e que nos espreitava por uma janela.

Corri para o meu quarto e a primeira coisa que fiz foi olhar para o dinheiro. Descobri que não era apenas uma, mas sim três notas de mil, e durante momentos, sentada na borda da minha cama, senti-me feliz. Este dinheiro, além de chegar para pagar o que eu ainda devia dos móveis, permitia-me comprar outras coisas de que precisava. Como nunca tinha tido em meu poder uma tal importância, não me fartava de olhar para o dinheiro.

A minha pobreza fazia com que a sua existência fosse não só agradável mas inacreditável. Tive de olhar longamente para as notas, como já sucedera com os móveis, para conseguir acreditar que me pertenciam.

O meu longo e profundo sono dessa noite pareceu-me ter desvanecido a recordação da minha aventura de Viterbo. No dia seguinte, acordei tranquila, decidida a prosseguir com a mesma perseverança nas minhas aspirações de possuir uma vida e uma família normais. Gisela, que vi nessa mesma manhã, quer fosse por remorsos quer, como era mais provável, por discrição, bem compreensível, não me fez a menor alusão ao nosso passeio e eu fiquei-lhe reconhecida por isso. A ideia de tornar a encontrar-me com Gino angustiava-me e enchia-me de ansiedade.

5

Embora estivesse convencida da minha total inocência, pensava que seria necessário mentir-lhe, o que receava, e não estava certa de o poder fazer, porque seria a primeira vez, visto que eu até agora tinha sido inteiramente sincera para ele. verdade que lhe escondera os meus encontros com Gisela, mas esta dissimulação tinha um motivo tão inocente que nunca a tinha considerado como uma mentira; era apenas um expediente, com o qual condenava a sua injusta antipatia por Gisela.

A minha angústia era tal quando o encontrei nesse dia que por pouco não rompi a chorar e não lhe contei tudo, pedindo-lhe que me perdoasse. Este passeio a Viterbo pesava-me na consciência e sentia um violento desejo de aliviar a minha alma confessando-lho. Se Gino fosse diferente e se eu não soubesse que era tão ciumento, tenho a certeza de que lho teria dito; depois de o fazer, parecia-me, nós amar-nos-íamos mais ainda que anteriormente, e eu sentir-me-ia protegida e ligada a ele por um laço mais forte que o nosso próprio amor. Era de manhã, estávamos no carro. como de costume, parados na nossa avenida dos arrabaldes. Ele notou o meu embaraço e perguntou-me:

— Que tens?

“Vou contar-lhe tudo mesmo com o risco de ele me pôr fora do carro e de eu ter de voltar para Roma a pé.” Mas não tive coragem e perguntei-lhe, por minha vez:

— Amas-me?

— É um interrogatório? — respondeu-me.

— Vais amar-me sempre? — repeti. com os olhos cheios de lágrimas.

— Sempre.

— E vamos casar-nos depressa?

Ele mostrou-se contrariado com a minha insistência.

— Palavra de honra! — protestou. — Tu acabarás por me convencer de que não tens confiança em mim! Não decidimos casar na Páscoa?

— Sim, é verdade!

— Não te dei dinheiro para começarmos a montar casa?

— Deste.

— Então? Sou ou não homem de palavra? Quando digo que faço alguma coisa, faço mesmo. Está a parecer-me que é a tua mãe que te excita contra mim.

— Não, não. A minha mãe nada tem a ver com isto — respondi, alarmada. — Diz-me… Então viveremos juntos?

— Bem entendido!

— E seremos felizes?

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