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Alberto Moravia: A Romana

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Alberto Moravia A Romana

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Um livro de Alberto Moravia, escrito durante a Segunda Grande Guerra, que se centra na vida simples e aparentemente desinteressante de Adriana, uma jovem habitante de Roma. Traída pelo seu primeiro amor, a romana entrega-se à prostituição como quem se entrega a uma vocação. Numa trajetória de inúmeros amantes, três homens se destacam: um jovem revolucionário, um criminoso foragido e um alto funcionário do governo facista, a romana interliga o destino desses homens, quem têm um final dramático e inesperado. No romance de Moravia o sexo tem um valor sobretudo simbólico.

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Era a primeira vez que vestia esta toilette e sentia-me orgulhosa. Mas quando entrei no quarto da patroa de Gino e vi a grande cama, baixa e fofa, com a cobertura de seda acolchoada, os lençóis de linho bordados e todos aqueles cortinados muito leves que caíam da alto sobre a cabeceira e depois descobri a minha imagem triplamente reflectida no espelho de três faces do toucador ao fundo do quarto dei-me conta de que estava vestida como uma infeliz, que o orgulho que os meus trapos me inspiravam era ridículo e digno de piedade — e também que me seria impossível considerar feliz enquanto não pudesse andar elegantemente vestida e viver numa casa como aquela.

Estava quase a chorar e sentei-me sem dizer palavra na beira da cama, tomada de uma vertigem.

— Que tens? — perguntou Gino sentando-se ao meu lado e pegando-me na mão.

— Nada — respondi. — Estava a olhar uma pobretana que eu conheço.

— Quem? — perguntou-me, admirado.

— Aquela — respondi mostrando-lhe o espelho onde me via sentada ao lado de Gino.

Realmente nós tínhamos o ar — mais eu do que ele — de um par de selvagens hirsutos que o acaso tivesse feito cair numa casa civilizada. Desta vez ele compreendeu o sentimento de fraqueza, inveja e ciúme que me apertava o coração, e beijou-me dizendo:

— Mas tu não precisas de olhar para o espelho!

Ele temia pelos seus planos. Deveria ter compreendido que nada era mais propício para os executar do que o meu estado de humilhação. Beijámo-nos, e o seu beijo fez-me voltar a coragem porque senti que afinal eu era amada e amava.

Contudo, um pouco depois, quando me mostrou a casa de banho, tão grande como as outras salas, com uma banheira metida na parede e torneiras niqueladas, e sobretudo quando abriu um dos armários, deixando ver no interior, apertados uns contra os outros, os vestidos da patroa dele, a inveja voltou com o sentimento de miséria e tornei a desesperar. Um grande desejo de não pensar naquelas coisas tomou-me de repente e, conscientemente, pela primeira vez, desejei tornar-me amante de Gino: um pouco para esquecer a minha condição, um pouco para me dar a ilusão, como reacção à impressão de miséria que me escravizava, de ser também livre e capaz de agir. Não me podia vestir elegantemente, nem possuir uma casa como aquela, mas podia amar como os ricos ou talvez melhor que eles.

— Porque me mostras todos esses vestidos? — perguntei a Gino.

— Que me interessa isso?

— Julguei que te interessasse — respondeu, desconcertado.

— Absolutamente nada me interessa. São muito bonitos, mas não vim cá para ver vestidos.

Com estas palavras os seus olhos iluminaram-se. Acrescentei com negligência:

— Mostra-me antes o teu quarto.

— É na cave — disse, vivamente. — Queres que vamos lá?

Olheio-o um momento em silêncio, e depois perguntei-lhe com uma segurança, nova em mim, que me desagradou:

— Porque finges de imbecil comigo?

— Mas eu… — começou ele, surpreendido e atrapalhado…

— Tu sabes melhor do que eu que não viemos aqui para visitar a casa, nem para admirar os vestidos da tua patroa, mas para irmos para o teu quarto e sermos um do outro… Mais vale ir já e não falarmos mais nisso.

Foi assim que só por ter dado uma olhadela a esta casa eu passei a ser diferente da rapariga ingénua e tímida que aí tinha entrado. Estava admirada comigo mesmo, não me reconhecia.

Saímos do quarto e descemos a escada. Gino tinha passado o braço em torno da minha cintura e beijávamo-nos em cada degrau. Creio bem que nunca uma escada foi descida tão devagar. No rés-do-chão, Gino abriu uma porta disfarçada na parede, e estreitando-me e beijando-me sempre conduziu-me à cave. Já era noite: estava tudo às escuras. Sem acender a luz, ao longo do corredor, muito abraçados e de bocas unidas, chegámos ao quarto de Gino. Ele abriu, entrámos, e ouvi-o fechar a porta atrás de nós. Durante muito tempo ficámos de pé, beijando-nos no escuro. Eram beijos que nunca mais acabavam: se eu queria interromper ele recomeçava, e quando ele parava era eu quem continuava. Depois Gino empurrou-me para a cama e eu deixei-me cair de costas. Gino não cessava de me murmurar ao ouvido, um pouco ofegante, palavras doces e frases convincentes, com a intenção clara de me aturdir, para não me aperceber de que ao mesmo tempo as suas mãos me iam despindo. Mas não era preciso; primeiro porque eu decidira entregar-me, e depois porque eu odiava estes trapos que tanto me tinham agradado antes, e que desprezava agora profundamente.

“Uma vez nua — pensava eu — serei tão bela, senão mais, do que a patroa de Gino e que todas as mulheres ricas do mundo.” Aliás, havia meses que o meu corpo esperava este momento; sentia-o, mau grado meu, fremir de impaciéncia e de desejo reprimido, como uma fera esfomeada e presa, à qual, depois de um longo jejum, se cortam as prisões e se oferece com que matar a fome. Foi por isso que o acto de amor me pareceu natural, e a sensação de fazer um gesto desusado de modo nenhum se misturava ao prazer físico. Pelo contrário, como acontece por vezes diante de uma certa paisagem que se tem a impressão de já ter visto, quando na realidade é a primeira vez que se oferece ao nosso olhar, eu tinha a sensação de fazer coisas que já tinha feito, não sabia onde nem quando, talvez numa outra vida. Isto não me impedia de amar Gino com paixão, para não dizer com fúria, de o beijar, de o morder, de o apertar nos meus braços até o sufocar. Ele parecia possuído da mesma raiva. Assim, durante um tempo que me pareceu muito longo, neste quartinho escuro, enterrado debaixo de dois andares de uma casa vazia e silenciosa, nós beijámo-nos e possuímo-nos como dois inimigos lutando pela própria vida e procurando ferir-se o mais possível.

Mas quando os nossos desejos se saciaram, enquanto estávamos estendidos lado a lado, enlanguescidos e extenuados, tive medo de que Gino, depois de me ter possuído, já não quisesse casar. Comecei então a falar da casa para onde iríamos morar quando nos casássemos. A casa da patroa de Gino tinha-me impressionado profundamente.

Agora parecia-me que só se poderia ser feliz no meio de coisas bonitas e asseadas. Reconheci que nós nunca estaríamos em estado de possuir não somente uma casa como esta, mas até uma sala como as desta casa. No entanto, para vencer esta dificuldade, expliquei-lhe que uma casa mesmo pobre podia parecer rica se brilhasse como um espelho. Porque além do luxo, e talvez ainda mais do que o luxo, o deslumbrante asseio desta moradia provocava no meu espírito um formigueiro de reflexões. Procurei convencer Gino de que o asseio podia fazer parecer bonitos mesmo os objectos feios. Na realidade, desesperada pela idéia que eu tinha agora da minha pobreza e consciente de que o meu casamento com Gino seria o único meio de poder livrar-me dela, queria sobretudo convencer-me a mim própria.

— Mesmo dois quartos, se estiverem verdadeiramente limpos, com o chão passado todos os dias, os móveis limpos do pó, a louça lavada e tudo arrumado: os pratos, os esfregões e os fatos e os sapatos no seu lugar, também podem ser bem bonitos! O que é preciso é limpar e lavar tudo muito bem todos os dias… Não me deves julgar pela casa onde moramos, eu e minha mãe; minha mãe é desordenada e depois não tem tempo de a arrumar, coitada, mas a nossa cozinha será um espelho, prometo-te!

— Isso! Isso! — disse Gino. — O asseio acima de tudo! Sabes o que faz a senhora quando descobre um grão de poeira num canto? Chama a criada de quarto, obriga-a a ajoelhar-se e a tirar a poeira com as mãos como se faz aos cães quando fazem porcarias… E tem razão!

— Pois eu — declarei — tenho a certeza de que a minha casa há-de estar ainda mais limpa e mais arrumada que esta… verás!

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