Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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— Isso não pode ser, senhor maire.

— Porquê? — retorquiu Madelaine.

— Esta desgraçada insultou um burguês.

— Inspetor Javert — tornou Madelaine com serenidade e acento conciliador —, escute-me. O senhor é homem de bem, portanto não tenho a mínima dificuldade em lhe dar uma explicação. Eis a verdade. Quando prendeu esta mulher, ia eu a passar pelo local; informei-me do ocorrido em alguns grupos que se encontravam ainda ali e soube como o caso realmente se passara. O culpado foi o burguês e era ele, em boa justiça, que deveria ter sido preso.

Javert replicou:

— Mas esta desgraçada ainda há pouco insultou o senhor maire.

— Isso é comigo — continuou Madelaine. — A injúria que recebi só a mim diz respeito. Posso, portanto, proceder como entender.

— Peço perdão ao senhor maire , mas essa injúria ofendeu também a justiça.

— Inspetor Javert — retorquiu Madelaine —, a primeira justiça é a consciência. Ouvi o que esta mulher disse e sei muito bem o que faço.

— E eu, senhor maire, não sei o que vejo!

— Se assim é, contente-se em obedecer.

— Obedeço ao meu dever. O meu dever ordena-me que esta mulher cumpra seis meses de prisão.

Madelaine respondeu com doçura:

— Oiça bem o que lhe digo: não há de cumprir nem um só dia.

A estas palavras decisivas, Javert ousou fitar os olhos do maire, e disse-lhe, porém em tom de voz ainda profundamente respeitoso:

— Sinto-me desesperado por ter de resistir ao senhor maire , é a primeira vez na minha vida que tal me sucede. Mas permita-me observar-lhe que me acho dentro dos limites das minhas atribuições, e, visto que assim o determina, não tomarei em consideração senão o facto do burguês. Eu estava presente e vi como a coisas se passaram. Foi esta mulher quem se lançou sobre o senhor Bamatabois, que é eleitor e dono do magnífico prédio de três andares, todo de cantaria, que faz esquina para a esplanada. Enfim, são coisas deste mundo! Fosse como fosse, senhor maire, isto pertence à polícia das ruas, que é da minha alçada, e por isso conservarei a mulher presa.

Madelaine olhou fixamente para Javert, em seguida, com uma inflexão de voz severa que ninguém ainda na cidade tinha ouvido, exclamou:

— O facto a que o senhor se refere diz respeito à polícia municipal. Nos termos dos artigos 9.º, 11.º, 15.º e 17.ºdo código criminal, sou eu o juiz destas causas: por conseguinte, ordeno que esta mulher seja posta em liberdade.

Javert tentou um último esforço:

— Mas, senhor maire...

— E ao senhor, recordo-lhe o artigo 81.º da lei de 13 de dezembro de 1799, sobre a detenção arbitrária.

— Senhor maire, permita-me...

— Nem mais uma palavra.

— Todavia...

— Retire-se! — ordenou Madelaine.

Javert recebeu o golpe de frente, firme e em cheio no peito, como um soldado russo. Cumprimentou respeitosamente o maire e saiu.

Fantine afastou-se da porta e, no auge do espanto, viu-o passar na sua frente. A infeliz sentia-se estranhamente abalada. Acabava de se ver de certo modo disputada por duas potências opostas; observara ali, na sua presença, a luta de dois homens que então dispunham da sua liberdade, da sua vida, da sua alma, da sua filha; um arrastava-a para as trevas, outro para a luz. Nesta luta presenciada através de um espanto progressivo, aqueles dois homens tinham-lhe parecido dois gigantes; um falava como o seu demónio perseguidor, o outro como o seu anjo da guarda. O anjo vencera o demónio, mas, o que fazia estremecer dos pés à cabeça, era esse libertador ser precisamente o homem que ela aborrecia, esse maire que por tanto tempo considerara como autor de todas as suas desgraças; era Madelaine quem a salvava no mesmo momento em que ela o insultara de um modo tão repugnante! Ter-se-ia ela enganado? Deveria, pois, modificar, transformar inteiramente a sua alma?... Tremia, não sabia o que pensar. Ouvia, espantada, o que eles diziam e olhava-os desorientada, sentindo a cada palavra que Madelaine proferia, fundir-se-lhe e desmoronar-se-lhe as medonhas trevas do ódio que lhe ensombravam a alma, sendo substituídas pelo que quer que era de agasalhador e inefável, que tinha em si a alegria, a confiança e o amor.

Depois de Javert sair, Madelaine voltou-se para ela e disse-lhe com voz pausada, custando-lhe a falar, como um homem sisudo quando quer evitar as lágrimas.

— Ouvi tudo o que disse, mas não tive conhecimento de coisa alguma. Creio, porém, e sinto que é verdade. Ignorava até que tivesse deixado de trabalhar na minha fábrica. Mas porque não se dirigiu a mim? Aqui estou, porém: ficarão a meu cargo as suas dívidas e mandarei buscar a sua filha, ou, se o desejar, irá ter com ela e viverá aqui, em Paris, ou onde quiser. Tomá-las-ei ambas à minha conta, dar-lhe-ei todo o dinheiro que necessitar. Sentindo-se feliz tornar-se-á honesta. E repare no que desde já lhe afirmo: se é verdade tudo quanto disse, o que não duvido, nunca deixou de ser virtuosa aos olhos de Deus. Pobre mulher!

Isto era mais do que a infeliz Fantine podia suportar. Ter Cosette na sua companhia, libertar-se daquela vida infame, viver livre, rica, feliz e honesta com sua filha! Ver surgir de repente do meio da extrema miséria todas as realidades do paraíso!

Olhou com expressão incrédula para o homem que lhe falava, e só pôde aliviar o peito do peso de tamanhas venturas no arquejar de dois ou três soluços. Os joelhos vergaram-se-lhe e, antes de Madelaine ter tempo de impedi-la, sentiu-a agarrar-lhe as mãos e depor nelas os lábios ardentes.

Em seguida caiu desmaiada.

LIVRO SEXTO — JAVERT

I — Princípio de repouso

Madelaine mandou transportar Fantine para a enfermaria que estabelecera na sua própria casa e confiou-a aos cuidados das duas irmãs de caridade, que trataram imediatamente de a deitar. Sobreviera-lhe uma febre ardente, de modo que passou parte da noite a delirar e a falar em voz alta. Por fim, adormeceu.

Quando no dia seguinte, por volta do meio-dia acordou, ouviu o sussurro de uma respiração muito próximo do leito, desviou o cortinado e deu com os olhos em Madelaine, de pé e olhando para o que quer que fosse que lhe ficava em frente Naquele olhar lia-se a piedade, a aflição e a súplica; Fantine seguiu lhe a direção e viu que se dirigia para um crucifixo pregado na parede.

Madelaine estava transfigurado aos olhos de Fantine. Afigurava-se-lhe vê-lo rodeado de luz e absorvido numa oração. Contemplou-o durante muito tempo sem o interromper, até que por fim disse-lhe timidamente:

— Que está aí a fazer?

Havia uma hora que Madelaine ali estava, esperando que Fantine acordasse. Pegou-lhe na mão, tomou-lhe o pulso e respondeu:

— Como está?

— Muito bem, dormi bastante e creio que estou melhor. Isto não há de ser nada.

Madelaine continuou, respondendo à pergunta que ela primeiro lhe fizera, como se ainda a ouvisse:

— Eu orava ao mártir que está no céu.

E acrescentou no seu pensamento: «Pela mártir que está na terra».

Madelaine, que levara a noite e a manhã a colher informações, já sabia tudo, conhecia a história de Fantine nos seus mais pungentes pormenores. Continuou, pois:

— Pobre mãe, o que tem sofrido! Mas não se lastime agora, porque tem o dote dos escolhidos da mão de Deus. É assim que os homens fazem anjos. Mas não é por culpa deles; não sabem consegui-lo de outro modo. Esse inferno de que saiu é a primeira forma do céu. Era indispensável começar assim.

E suspirou profundamente. Fantine, porém, sorria-lhe, com esse sorriso sublime a que faltavam dois dentes.

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