Victor Hugo - Os Miseráveis

Здесь есть возможность читать онлайн «Victor Hugo - Os Miseráveis» — ознакомительный отрывок электронной книги совершенно бесплатно, а после прочтения отрывка купить полную версию. В некоторых случаях можно слушать аудио, скачать через торрент в формате fb2 и присутствует краткое содержание. Жанр: unrecognised, на португальском языке. Описание произведения, (предисловие) а так же отзывы посетителей доступны на портале библиотеки ЛибКат.

Os Miseráveis: краткое содержание, описание и аннотация

Предлагаем к чтению аннотацию, описание, краткое содержание или предисловие (зависит от того, что написал сам автор книги «Os Miseráveis»). Если вы не нашли необходимую информацию о книге — напишите в комментариях, мы постараемся отыскать её.

Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

Os Miseráveis — читать онлайн ознакомительный отрывок

Ниже представлен текст книги, разбитый по страницам. Система сохранения места последней прочитанной страницы, позволяет с удобством читать онлайн бесплатно книгу «Os Miseráveis», без необходимости каждый раз заново искать на чём Вы остановились. Поставьте закладку, и сможете в любой момент перейти на страницу, на которой закончили чтение.

Тёмная тема
Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

Todos os sentimentos, assim como todas as recordações que se lhe poderiam ter suposto, haviam desaparecido. Naquele rosto, simples e impenetrável como o granito, havia apenas a expressão de uma tristeza profunda. Todo o seu aspeto respirava submissão, firmeza e uma espécie de corajoso esmorecimento.

Finalmente, o maire pousou a pena e voltou-se um pouco:

— Então que é? O que há de novo, Javert?

Javert conservou-se por um instante silencioso, como se estivesse a reunir as ideias, dizendo depois com uma espécie de solenidade triste, que não excluía contudo a simplicidade:

— O que há, senhor maire, é que foi cometido um ato criminoso.

— Que ato?

— Um agente inferior da autoridade faltou ao respeito a um magistrado do modo mais grave. Venho, pois, como é meu dever, dar-lhe notícia do facto.

— Quem é esse agente? — perguntou Madelaine.

— Eu — disse Javert.

— O senhor?

— Eu mesmo.

— E quem é o magistrado que tem motivo para se queixar do agente?

— É o senhor maire.

Madelaine endireitou-se na cadeira e Javert prosseguiu com ar sereno e de olhos baixos como até ali.

— Senhor maire, venho pedir-lhe que solicite a minha exoneração da autoridade competente.

Madelaine, estupefacto, ia para responder, mas Javert interrompeu-o:

— O senhor dirá talvez que posso pedir a minha demissão, mas isso não é suficiente. Dar a demissão não comporta descrédito. Eu, porém, delinquí, devo ser punido. É necessário que seja expulso. — Após breve pausa, acrescentou: — Senhor maire, outro dia foi injustamente severo para comigo; seja-o hoje justamente.

— Mas porquê? — exclamou Madelaine. — Que quer dizer esse aranzel? Qual é a ação culpável que o senhor cometeu contra mim? O que foi que fez? Em que me ofendeu? Acusa-se, quer ser demitido...

— Expulso — disse Javert.

— Ou expulso, como quiser; afianço-lhe que não o percebo.

— Vai já perceber, senhor maire. — Javert soltou um profundo suspiro e continuou, sempre frio e tristemente: — Senhor maire, faz agora seis semanas, ficando furioso depois do que sucedeu por causa daquela rapariga, que o denunciei.

— Denunciou-me!?

— À prefeitura da polícia de Paris.

Madelaine, que não costumava rir-se muito mais do que Javert, desta vez pôs-se a rir.

— Por ter invadido as atribuições da polícia, sendo maire?

— Não, senhor, denunciei-o como antigo forçado das galés.

O maire tornou-se lívido. Javert, que não tinha erguido os olhos, continuou:

— Assim o julgava. Há muito que eu andava com isto na ideia, Uma grande semelhança, as indagações a que o senhor mandou proceder em Faverolles, a sua grande força, o que aconteceu com o velho Fauchelevent, a sua perícia em atirar, o modo como arrasta um pouco uma das pernas, em suma, que sei eu? Tolices! Mas, enfim, tudo isto fizera com que eu o tomasse por um tal Jean Valjean.

— Um tal?... Como foi que lhe chamou?

— Jean Valjean. É um forçado que eu conheci há vinte anos, quando era guarda-ajudante da chusma de Toulon. Esse tal Jean Valjean, segundo consta, depois que saiu das galés, roubou um bispo, depois cometeu outro roubo à mão armada numa estrada, do qual foi vítima um rapazinho saboiano. Havia oito anos que se escondera, escapando, sem se saber como, a todas as diligências empregadas para se dar com ele. A mim afigurou-se-me... Enfim, fiz o que disse. A cólera decidiu-me a denunciá-lo à prefeitura de Paris.

Madelaine, que tornara a pegar no maço de processos havia alguns instantes, retorquiu em tom de indiferença:

— E que lhe responderam?

— Que eu tinha endoidecido.

— E então?

— Tinham toda a razão para o supor.

— Ainda bem que o reconhece!

— Não podia deixar de ser, pois o verdadeiro Jean Valjean foi encontrado.

A folha de papel que Madelaine segurava escapou-se-lhe da mão e ele, levantando a cabeça, olhou fixamente para Javert, exclamando com inexprimível acento:

— Ah!

Javert prosseguiu:

— Aqui está o que sucedeu. Parece que havia para os lados de Ailly-le-Haut-Clacher um pobre homem, chamado Champmathieu, que vivia em extrema miséria. A gente dessa classe ninguém sabe de que ela vive. Ultimamente, neste outono, Champmathieu foi preso por um roubo de umas maçãs, feito a um tal... pouco importa o nome! Houve roubo, escalamento e ramos de árvores quebrados. O caso é que prenderam Champmathieu, que ainda tinha na mão um ramo da fruteira, e ferram-me com o maroto na cadeia. Até aqui a coisa pouco passa de um processo correcional. Mas o que é a Providência! Como o cárcere estava em mau estado, o senhor juiz julgou acertado mandar transferir Champmathieu para Arras, onde é a prisão distrital. Ora, encontra-se ali um antigo forçado, chamado Brevet, que está preso não sei porquê, e a quem, por ter bom comportamento, fizeram porteiro. Ainda bem, senhor maire, o Champmathieu não tinha posto o pé dentro da prisão, Brevet exclamou: «Olá! Eu conheço este homem! Também é cá da malta! Olhe cá para mim, você é o Jean Valjean!» Champmathieu, mostrando-se muito admirado, exclamou também: «Jean Valjean! Quem é Jean Valjean?». «Não te faças pacóvio», tornou Brevet, «tu és o Jean Valjean, estiveste nas galés de Toulon, há uns vinte anos; estivemos lá ambos». Champmathieu negou. Depois disto, o senhor maire bem compreende, aprofundou-se o assunto, e eis o que veio a saber-se. Há coisa de trinta anos, era este tal Champmathieu podador de árvores em diferentes terras, mas principalmente em Faverolles, onde se lhe perdeu o rasto. Passado muito tempo tornou a ser visto em Auvergne, depois em Paris, onde ele diz ter sido carpinteiro de carros e ter estado com uma rapariga lavadeira, mas isso parece não estar bem provado. Ora, o que era Jean Valjean antes de ter ido para as galés pelo crime de roubo qualificado? Podador. Aonde? Em Faverolles. Ainda outra prova: o nome de batismo desse tal Valjean era Jean e o apelido da mãe, Mathieu. Não há nada mais natural do que julgar-se que ao sair da prisão tivesse adotado o nome de sua mãe, para se esquivar a indagações, e passasse a chamar-se Jean Mathieu. Depois foi para Auvergne, de Jean a pronúncia da terra faz chan, e começam a tratá-lo por Champmathieu. O homem não se importou com esta mudança, e ei-lo transformado em Champmathieu. O senhor maire tem seguido o meu raciocínio, não é verdade? Bem. Fizeram-se indagações em Tiverolles. A família de Jean Valjean tinha desaparecido, sem que ninguém desse notícias dela. Como o senhor maire bem sabe , nesta classe há frequentes vezes destes desaparecimentos completos de famílias. Procura por aqui, procura por ali, mas nada. A gente desta qualidade quando não é lama , é poeira. E depois, como o princípio desta história data de há trinta anos, já não há ninguém em Faverolles que se lembre de Jean Valjean. Indaga-se em Toulon. Além de Brevet, há apenas mais dois forçados que conheceram Jean Valjean. São os condenados a prisão perpétua, Cochepaille e Chenildieu. Mandaram-nos buscar para os confrontar com o suposto Champmathieu. Para eles, como para Brevet, é Jean Valjean. A mesma idade, cinquenta e quatro anos, a mesma estatura, o mesmo modo de andar, o mesmo homem, enfim, era ele. Foi nesta ocasião que eu mandei a minha denúncia à prefeitura de Paris. Responderam-me que tinha perdido o juízo e que Jean Valjean estava em Arras em poder da justiça. Avalia decerto a admiração que isto me causou, quando julgava ter aqui o próprio Jean Valjean! Escrevi logo ao senhor juiz, que me mandou ir a Arras, fazendo conduzir Champmathieu à minha presença.

Читать дальше
Тёмная тема
Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

Похожие книги на «Os Miseráveis»

Представляем Вашему вниманию похожие книги на «Os Miseráveis» списком для выбора. Мы отобрали схожую по названию и смыслу литературу в надежде предоставить читателям больше вариантов отыскать новые, интересные, ещё непрочитанные произведения.


Отзывы о книге «Os Miseráveis»

Обсуждение, отзывы о книге «Os Miseráveis» и просто собственные мнения читателей. Оставьте ваши комментарии, напишите, что Вы думаете о произведении, его смысле или главных героях. Укажите что конкретно понравилось, а что нет, и почему Вы так считаете.

x