OS MISERÁVEIS Victor Hugo OS MISERÁVEIS Enquanto existir nas leis e nos costumes uma organização social que cria infernos artificiais no seio da civilização, juntando ao destino, divino por natureza, um fatalismo que provém dos homens; enquanto não forem resolvidos os três problemas fundamentais a degradação do homem pela pobreza, o aviltamento da mulher pela fome, a atrofia da criança pelas trevas; enquanto, em certas classes, continuar a asfixia social ou, por outras palavras e sob um ponto de vista mais claro, enquanto houver no mundo ignorância e miséria, não serão de todo inúteis os livros desta natureza. Hauteville House, 1862
PRIMEIRA PARTE — FANTINE PRIMEIRA PARTE — FANTINE
LIVRO PRIMEIRO — UM JUSTO LIVRO PRIMEIRO — UM JUSTO
I — O abade Myriel
II — O abade Myriel torna-se Monsenhor Bemvindo
III — A bom bispo, mau bispado
IV — As palavras semelhantes às obras
V—Como Monsenhor Bemvindo poupava as suas batinas
VI—Quem guardava a casa do prelado
VII—Gravatte, o salteador
VIII—Filosofia de sobremesa
IX—O caráter do irmão descrito pela irmã
X — O bispo em presença de uma luz desconhecida
XI—Restrição
XII—Solidão de Monsenhor Bemvindo
XIII—Quais eram as crenças do bispo
XIV—O modo de pensar de Monsenhor Bemvindo
LIVRO SEGUNDO—A QUEDA
I—No fim de um dia de marcha
II—A prudência aconselha a sabedoria
III—Heroísmo da obediência passiva
IV—Pormenores sobre as queijeiras de Pontarlier
V—Tranquilidade
VI—Jean Valjean
VII—O interior do desespero
VIII—A onda e a sombra
IX—Novos agravos
X—O hóspede acordado
XI—O que ele faz
XII—O bispo trabalha
XIII—O pequeno Gervásio
LIVRO TERCEIRO—EM 1817
I—O ano de 1817
II — Quatro pares
III—A quatro e quatro
IV—A alegria de Tholomyés é tão grande que até canta uma canção espanhola
V—Em casa de Bombarda
VI—Capítulo consagrado ao amor
VII—Prudência de Tholomyés
VIII—Morte dum cavalo
IX—Alegre fim de festa
LIVRO QUARTO—CONFIAR É POR VEZES ABANDONAR
I—Encontro de duas mães
II — Primeiro esboço de duas figuras suspeitas
III — A Cotovia
LIVRO QUINTO — A DESCIDA
I — História de um melhoramento no fabrico dos vidrilhos pretos
II — Madelaine
III — Somas depositadas na casa Laffite
IV — O senhor Madelaine de luto
V — Vários clarões no horizonte
VI —Fauchelevent
VII — Fauchelevent torna-se jardineiro em Paris
VIII — A senhora Victurnien dispende trinta e cinco francos em favor da moral
IX — Bom êxito da senhora Victurnien
X — Continuação do bom êxito
XI — Christus nos Liberavit
XII — A ociosidade do senhor Barmatabois
XIII — Solução de algumas questões de polícia municipal
LIVRO SEXTO — JAVERT
I — Princípio de repouso
II — Como Jean se pode tornar Champ
LIVRO SÉTIMO — O PROCESSO DE CHAMPMATHIEU
I — A Irmã Simplícia
II — Perspicácia de mestre Scaufflaire
III — Tempestade num crânio
IV — Formas de sofrimento durante o sono
V—Concerto nas rodas
VI — A irmã Simplícia em provação
VII — Depois de chegar ao seu destino, o viajante predispõe-se para tornar a partir
VIII — Entrada de favor
IX — Um lugar onde se vão formar convicções
X — O sistema da negativa
XI — Champmathieu cada vez mais admirado
LIVRO OITAVO — DESFORRA
I — Em que espelho Madelaine contempla os cabelos
II — Fantine feliz
III — Javert satisfeito
IV — A autoridade readquire os seus direitos
V — Sepultura apropriada
SEGUNDA PARTE — COSETTE
LIVRO PRIMEIRO — WATERLOO
I — O que encontra quem vem de Wivelíes
II — Hougomont
III — O 18 de julho de 1815
IV — A
V — «O quid obscurum» das batalhas
VI — Quatro horas da tarde
VII — Napoleão de bom humor
VIII — O imperador faz uma pergunta ao guia Lacoste
IX — O imprevisto
X — A planura do Mont-Saint-Jean
XI—Mau guia para Napoleão, bom guia para Bulow
XII—A guarda
XIII—A catástrofe
XIV—O último quadrado
XVI — Quot libras in duce?
XVII — Deve achar-se que Waterloo foi bom?
XVIII — Recrudescência do direito divino
XIX — O campo de batalha durante a noite
LIVRO SEGUNDO — A NAU «ORION»
I — O número 24.601 torna-se o 9.430
II — Onde se leem dois versos cujo autor é talvez o diabo
III — De como era preciso que a grilheta tivesse passado por alguma operação preparatória para assim se quebrar com uma só martelada
LIVRO TERCEIRO — CUMPRIMENTO DA PROMESSA FEITA À MORIBUNDA
I — A falta de água em Montfermeil
II — Dois retratos completos
III — Vinho para os homens e água para os cavalos
IV — Entra em cena uma boneca
V — A pequena sozinha
VI — O que prova talvez a inteligência de Boulatruelle
VII — Cosette no meio da escuridão ao lado dum desconhecido
VIII — Desgosto de recolher em casa um pobre que é talvez rico
IX — Thenardier em exercício
X — Quem procura o melhor, às vezes encontra o pior
XI — Reaparece o número 9.430 e como Cosette o ganha na lotaria
LIVRO QUARTO — O CASEBRE DE GORBEAU
I — Mestre Gorbeau
II — Ninho de um mocho e de uma cotovia
III — Duas desgraças juntas fazem uma ventura
IV — No que repara a principal inquilina
V — Barulho que faz uma moeda de cinco francos caindo no chão
LIVRO QUINTO — PARA CAÇADA TENEBROSA MATILHA SILENCIOSA
I — Ziguezagues estratégicos
II — É uma felicidade passarem veículos pela ponte de Austerlitz
III — Veja-se a planta de Paris em 1827
IV — Evasão às apalpadelas
V — O que seria impossível com a iluminação a gás
VI — Princípio de um enigma
VII — Continuação do enigma
VIII — Complica-se o enigma
IX — O homem do guizo
X — Onde se explica como Javert bateu o monte e não encontrou caça
I — Rua Picpus, número 62
II — A obediência de Martin Verga
III — Severidades
IV — Alegrias
V — Distrações
VI — O pequeno convento
VII — Vários contornos desta sombra
IX — Um século sob um hábito
X — Origem de adoração perpétua
XI — O fim do Petit-Picpus
LIVRO SÉTIMO — PARÊNTESIS
I — O convento considerado como ideia abstrata
II — O convento considerado como facto histórico
III — Sob que condição se pode respeitar o passado
IV — O convento à luz dos princípios
V — A oração
VI — Bondade absoluta da oração
VII — Precauções que devem adotar-se na censura
VIII — Fé a lei
LIVRO OITAVO — OS CEMITÉRIOS ACEITAM O QUE LHES DÃO
I — Onde se trata do modo de entrar no convento
II — Fauchelevent na presença da dificuldade
III — Madre Inocência
IV — Onde Jean Valjean faz acreditar que leu Austin Castillejo
V — Não basta a embriaguez para se ser imortal
VI — Entre quatro tábuas
VII — Onde se encontra a origem da frase: «não perder a carta»
VIII — Interrogatório bem sucedido
IX — Clausura
TERCEIRA PARTE — MÁRIO
LIVRO PRIMEIRO — PARIS ESTUDADO NA SUA MAIS TÉNUE PARCELA
I — Parvulus
II — Alguns dos seus sinais particulares
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