Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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— Tu é que és o senhor maire ?

Em seguida, sem que nada o fizesse prever, cuspiu-lhe na cara, soltando uma gargalhada.

Madelaine limpou o rosto e disse:

— Inspetor Javert, ponha esta mulher em liberdade!

Javert julgou enlouquecer. Naquele instante experimentava umas após outras, e quase de roldão, as emoções mais violentas que em dias da sua vida havia sentido. Ver uma prostituta cuspir no rosto de um maire era uma coisa tão monstruosa que nas suas suposições mais medonhas teria considerado um sacrilégio só o pensar nisso como possível. Por outro lado, no âmago do seu pensamento fazia confusamente medonha aproximação do que era aquela mulher e do que podia ser aquele maire, e entrevia então com horror um não sei quê de muito simples naquele prodigioso atentado. Quando viu, porém, aquele maire, aquele magistrado, limpar tranquilamente o rosto e dizer « Ponha esta mulher em liberdade » sentiu paralisarem-se-lhe todas as faculdades; faltarem-lhe igualmente o pensamento e a palavra. Tinha ultrapassado as raias do espanto possível e ficara mudo.

Estas palavras impressionaram também extraordinariamente Fantine que, levantando o braço nu e segurando-se ao fecho do fogão, como uma pessoa que sente faltarem-lhe as forças, pôs-se a circunvagar a vista em torno dos objetos que a cercavam e a falar em voz baixa, como se falasse consigo própria:

— Que me soltem! Que me deixem ir em liberdade. Que não vá para a cadeia durante seis meses?! Quem disse semelhante coisa? Não é possível, fui eu que percebi mal! Não podia ser o demónio deste maire! Foi o senhor Javert que disse que me pusessem em liberdade? Quando eu lhe contar tudo deixar-me-á ir embora. É este maldito maire, este monstro, que tem a culpa de tudo. Este homem, senhor Javert, expulsou-me por causa dum bando de velhacas que na oficina não se ocupam senão das vidas alheias. Veja se isto não é horroroso! Despedir uma pobre rapariga que vivia honestamente do seu trabalho e cumpria com o seu dever! Desde então não ganhei o suficiente e foi que me sobrevieram todas as minhas desgraças. Em primeiro lugar há um mal que estes senhores da polícia deviam tratar de remediar: é obstar a que os arrematadores das prisões prejudiquem os pobres. Ora escute, que eu vou explicar-lhe isto. Faça o senhor de conta que ganha doze soldos nas camisas, mas eis que de repente desce de doze para nove, assim lá se vai o modo de vida, porque com semelhantes ganhos não se chega a nada. É, pois, preciso remar cada um para onde pode. Eu, que tinha a minha filha, a minha pobre Cosette, não tive outro remédio senão tornar-me uma má mulher. Agora já sabe porque eu digo que foi este maldito maire a causa da minha desgraça. É verdade que pisei o chapéu daquele senhor ao pé do café dos oficiais, mas ele tinha-me estragado o vestido com a neve. Nós, as mulheres que andamos nesta vida, só temos um vestido de seda para sairmos à noite. Nunca fiz mal por minha vontade e por toda a parte vejo mulheres piores do que eu que vivem mais felizes. Mas foi o senhor Javert quem disse que me pusessem em liberdade, não foi? Tire informações, fale com o meu senhorio, a quem agora pago sempre a renda, e verá como todos lhe dizem que eu sou uma mulher bem comportada. Ai, meu Deus! Desculpe-me, senhor Javert, toquei sem querer no fecho do fogão e fiz com que deite fumo.

Madelaine escutava-a com profunda atenção e, enquanto ela esteve a falar, meteu a mão na algibeira do colete, tirou a bolsa e abriu-a, mas achando-a vazia, tornou a guardá-la. Depois, voltando-se para Fantine, perguntou:

— Quanto disse que devia?

Fantine, que não tirava os olhos de Javert, voltou-se para o maire:

— Quem foi que falou contigo? — E dirigindo-se em seguida aos guardas: — Vocês não viram como eu lhe cuspi na cara? Viestes aqui para me meteres medo, grande celerado, mas eu é que não tenho medo de ti. Quem eu receio é o senhor Javert, só o senhor inspetor é que me mete medo! — E, dizendo isto, voltou-se para Javert. — Eu bem sei que o senhor inspetor tem de fazer justiça. Bem vejo que é justo. A falar a verdade, é coisa simples que um homem se divirta a deitar neve nas costas de uma mulher, o que fazia rir os oficiais, porque eles têm de divertir-se com alguma coisa e nós não servimos para mais nada. E depois, o senhor que é obrigado a manter a ordem, prende a mulher que procedeu mal; mas pensando melhor, como tem bom coração, manda-me pôr em liberdade, por causa da pequenita, porque se eu estivesse seis meses presa não a poderia sustentar. Apenas me diz: «Não te metas noutra, desavergonhada!» Não tornará a suceder, senhor Javert! Daqui em diante podem fazer de mim o que quiserem que não me queixarei. Hoje, sim, é verdade que gritei, porque a neve me deu um grande choque e me fazia mal; não esperava semelhante coisa e, como lhe disse já, estou doente, tenho muita tosse, parece que sinto lume no estômago e o médico disse-me que precisava de me tratar. Apalpe com a sua mão, não tenha medo, é aqui.

Fantine já não chorava, a sua voz tornara-se acariciadora. A pobre rapariga apoiava no seu branco e delicado pescoço, a mão grosseira e rude de Javert, olhando ao mesmo tempo para ele e sorrindo. De repente, compôs com vivacidade o desalinho do vestuário, fez cair as dobras do vestido, que o esforço de andar de rojo lhe fizera erguer até ao joelho e caminhou para a porta, dizendo a meia voz aos guardas e fazendo-lhes com a cabeça um sinal amigável:

— Vou-me embora porque o senhor inspetor mandou que me soltassem.

E pôs a mão no fecho da porta. Mais um passo e estaria na rua. Até este momento, Javert conservara-se de pé, imóvel, com os olhos fitos no chão, deslocado no meio desta cena, como uma estátua apeada que espera que a coloquem em qualquer parte.

Despertou-o, porém, o ruído que fez Fantine tocando no fecho. Ergueu então a cabeça com expressão de suprema autoridade, expressão tanto mais assustadora quanto mais baixo se acha colocado o poder, feroz no animal bravio, atroz no homem insignificante.

— Sargento! — gritou ele. — Não vê que essa mulher vai a sair? Quem lhe disse que a soltasse?

— Fui eu — respondeu Madelaine.

Fantine, ouvindo a voz de Javert, estremecera e largara o fecho da porta, como um ladrão surpreendido larga o objeto que tentava roubar. A voz de Madelaine voltou-se, e desde esse momento, sem pronunciar uma só palavra, sem mesmo ousar dar livre saída à respiração, o seu olhar ia alternadamente de Madelaine para Javert e de Javert para Madelaine, consoante falava um ou outro.

Era evidente que para Javert apostrofar o sargento de modo como o fizera, depois do maire ter dado ordem de pôr Fantine em liberdade, era necessário que ele, como vulgarmente se diz, «estivesse fora de si». Teria ele chegado a esquecer-se da presença do maire? Teria concluído consigo próprio ser impossível que «uma autoridade» desse semelhante ordem, e que decerto o senhor maire dissera, sem querer, uma coisa por outra? Ou seria então porque, na presença das coisas extraordinárias que havia duas horas presenciava, teria julgado ser indispensável recorrer às resoluções extremas, ser preciso que o pequeno se fizesse grande, que o espião se transformasse em magistrado, que o agente de polícia se tornasse homem de justiça e nessa prodigiosa extremidade, a ordem, a lei, a moral, o governo, a sociedade inteira, se achavam personificadas nele, Javert? Fosse como fosse, quando o senhor Madelaine pronunciou aquele fui eu , o inspetor de polícia voltou-se para o maire , pálido, frio, com os lábios azulados, o olhar desesperado, todo o corpo agitado de um impercetível tremor, e, coisa inaudita, disse-lhe, com os olhos no chão, mas com voz fria:

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