Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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As pessoas a quem ela era devedora descompunham-na constantemente, sem lhe deixarem um instante de sossego; encontrava-se com elas na rua, tornava-se a encontrar com elas nas escadas. Passava noites inteiras a chorar, sentindo aumentar-lhe a tosse, sofrendo uma dor fixa no ombro, por cima da omoplata esquerda com os olhos de contínuo a brilharem com um fulgor estranho. Odiava profundamente o senhor Madelaine, mas não soltava nunca uma queixa. Trabalhava dezassete horas por dia, porém um arrematante do trabalho das prisões, que vendia a obra das presas ao desbarato, fez de repente baixar os preços, o que reduziu o salário das costureiras livres a nove soldos. Dezassete horas de trabalho a nove soldos por dia. Os credores mostravam-se mais do que nunca inexoráveis; o adeleiro «que lhe havia tornado a levar quase todos os trastes» não cessava de lhe dizer:

— Quando me pagas tu, descarada?

Que queriam que ela fizesse, santo Deus? A infeliz sentia-se desnorteada, desenvolvendo-se em todo o seu ser o que quer que fosse de animal feroz, sentindo-se assim encurralada. Ao mesmo tempo, recebeu uma carta dos Thenardier, na qual lhe diziam que tinham esperado com demasiada bondade, mas que necessitavam imediatamente de cem francos, senão poriam Cosette no meio da rua, ainda convalescente da sua grave doença, exposta ao rigor do tempo e aos perigos das estradas, ela que se arranjasse como pudesse.

«Cem francos!» pensou Fantine. «Mas onde haverá uma ocupação em que se ganhe cem soldos por dia? Vamos, Vendamos o resto!»

E a desgraçada arrojou o corpo à podridão do prostíbulo.

XI — Christus nos Liberavit

Que vem a ser esta história de Fantine? É a sociedade comprando uma escrava.

A quem? À miséria.

À fome, ao frio, ao isolamento, ao abandono e à nudez. Doloroso contrato. Uma alma por um pedaço de pão. A miséria oferece, a sociedade aceita!

A sagrada lei de Cristo governa a nossa civilização, mas ainda a não penetrou; dizem que a escravidão desapareceu da civilização europeia; é um erro. Existe como dantes, mas não oprime senão a mulher e chama-se prostituição.

A escravidão pesa sobre a mulher, isto é, pesa sobre a sua graça, Sobre a sua fragilidade e beleza, sobre a sua maternidade. Este facto não é decerto uma das menores vergonhas do homem.

No ponto a que chegámos deste drama doloroso, nada resta a Fantine do que outrora foi. Tornou-se mármore, convertendo-se em lama. Quem a toca sente frio. Segue o seu caminho, suporta-vos e ignora quem sois; é a figura severa da desonra, a criatura conspurcada, a quem a sociedade disse a derradeira palavra.

Aconteceu-lhe já tudo o que lhe há de acontecer ainda.

Sentiu tudo, suportou tudo, experimentou tudo, tudo sofreu, perdeu e chorou. Resignou-se, com aquela resignação que se assemelha à indiferença, como o sono se assemelha à morte. Já não teme nada, não evita coisa alguma, cai sobre ela todo o aguaceiro, passa sobre ela todo o oceano. Que lhe importa? É uma esponja embebida.

Assim o julgou pelo menos. Mas é um erro imaginar que se chega ao termo da carreira marcada pelo destino e que se toca o fundo de qualquer coisa.

O que são, porém, estes destinos impelidos em tal confusão? Aonde vão? Porque são eles assim?

Aquele que o sabe, penetra todas as trevas.

É um só. Chama-se Deus.

XII — A ociosidade do senhor Barmatabois

Há em todas as terras pequenas e havia-a particularmente em Montreuil-sur-mer, uma classe de rapazes que na província dissipam anil e quinhentos francos de rendimento anual, com o mesmo ar com que em Paris outros que tais devoram duzentos mil francos. Pertencem estes entes à grande espécie neutra: parasitas, nulidades, que possuem alguns palmos de terra, alguma coisa de parvos e um pouco de inteligência, que fariam figura de rústicos num salão e que se julgam fidalgos numa taberna, que falam das suas terras, do seu gado, dos seus servos; que no teatro pateiam as atrizes, para demonstrarem o seu bom gosto; que se intrometem com os oficiais da guarnição, para bazofiar de destemidos e valentes; que vão à caça, fumam, bocejam, bebem, jogam o bilhar, observam os viajantes que descem da diligência, passam a vida nos cafés, jantam nas estalagens, têm um cão que come os ossos debaixo da mesa e uma amante que lhes come os olhos da cara; que exageram as modas, admiram a tragédia, olham para as mulheres com desprezo, copiam Londres através de Paris e Paris através de Pont-à-Mousson, envelhecem patetas, não trabalham, nem servem para nada, mas também não fazem grande mal a coisa alguma

Se Félix Tholomyés tivesse permanecido na província sem nunca ter ido a Paris, teria sido um destes homens,

Se eles fossem ricos, chamar-lhes-iam elegantes; se fossem pobres, denominá-los-ia vadios. Pois não são nem mais nem menos do que ociosos. Entre estes ociosos, encontram-se enfadonhos, enfadados, distraídos e alguns velhacos.

Naquele tempo um elegante constava de uns grandes colarinhos, uma grande gravata, um relógio com muitos berloques, de três coletes sobrepostos de cores diferentes, o azul e o vermelho pela parte de dentro, uma casaca curta cor de azeitona, de abas de tesoura, com duas ordens de botões de pirata, apertados uns contra os outros e subindo até acima do ombro, e de umas calças também cor de azeitona, mas mais clara, com pregas em número indeterminado, mas sempre ímpar, variando de uma a onze, limite que não era nunca ultrapassado. Acrescente-se a isso, sapatos abotinados com chapinhas de ferro nos saltos, chapéu de copa alta e abas estreitas, grande cabeleira, enorme bengala e uma conversação radicada de frases com pretensões a chistosas. E ainda além de todas estas coisas, esporas e bigode. Naquela época bigode queria dizer burguês e esporas significavam peão

O elegante da província usava esporas mais compridas e bigode mais retorcido.

Era no tempo da luta das repúblicas da América meridional Contra o rei de Espanha, de Bolívar contra Murillo. Os chapéus de abas estreitas eram realistas e chamavam-se murillos ; os liberais usavam chapéus de abas largas e denominavam-se bolívares .

Oito ou dez meses depois do que foi narrado nas páginas precedentes, nos primeiros dias de janeiro de 1823, numa noite em que nevara, um desses elegantes ociosos, mas dos bem «pensantes» porque usava murillo e mais ainda porque estava aconchegadamente agasalhado num dos amplos capotes que, no tempo frio, completavam o vestuário da moda, divertia-se em provocar e atormentar uma mulher trajada com vestido de baile muito decotado, que girava em frente do café dos oficiais. Este elegante fumava, porque era decididamente essa a moda.

De todas as vezes que a mulher passava por diante dele, o elegante lançava-lhe, juntamente com uma baforada de fumo do charuto, uma apóstrofe que julgava espirituosa e engraçada, como por exemplo: «Sempre és muito feia!» «Trata de te esconder!» «Que diabo fizeste aos dentes?», etc., etc.

Este senhor chamava-se Bamatabois.

A mulher, triste espectro paramentado, que divagava de um para outro lado por cima da neve, não lhe respondia, nem mesmo olhava para ele, sem deixar por isso de completar, em silêncio, e com uma regularidade sombria, os seus giros, que a levavam de cinco em cinco minutos para debaixo daquela chuva de sarcasmos, como o soldado condenado que foge e volta logo a receber nas costas os vergões da chibata. O pouco ou nenhum efeito que produzia, indispôs sem dúvida o ocioso, o qual, aproveitando um momento em que ela se voltava, a seguiu nos bicos dos pés e, sufocando o riso, baixou-se, pegou num punhado de neve do chão e meteu-lha rapidamente nas costas, entre os dois ombros nus A infeliz soltou um rugido, voltou-se, deu um salto de pantera e arremeteu contra o homem, cravando-lhe as unhas no rosto, acompanhando os movimentos com as mais medonhas palavras que podem sair da boca de uma regateira. Estas injúrias, vomitadas com voz roufenha pelo abuso da aguardente, saíam hediondas de uma boca a que com efeito faltavam os dois dentes da frente. Era Fantine.

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