Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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Fantine ficou aterrada. Como podia ela abandonar a cidade, se devia a renda da casa e o custo dos trastes com que a mobilara? Cinquenta francos não chegavam para pagar essa dívida. Balbuciou algumas palavras suplicantes, mas a superintendente fez-lhe ver que devia sair imediatamente da oficina. Além disso, Fantine não passava de uma operária medíocre. Acabrunhada mais pela vergonha do que dominada pelo desespero, não se sentiu com força de dizer uma só palavra e, cabisbaixa, abandonou a oficina. Não havia dúvida, a sua falta era já conhecida de toda a gente.

Aconselharam-na a que fosse falar com o maire, mas não teve ânimo de o fazer. O maire dera-lhe cinquenta francos porque era bondoso, expulsava-a porque era justo. A pobre rapariga curvou-se, pois, ao peso daquela sentença.

IX — Bom êxito da senhora Victurnien

Madelaine tinha por costume não entrar quase nunca na oficina das mulheres. Colocara à testa dela uma mulher já idosa, que o cura lhe recomendara, e em quem depositava inteira confiança, por ser uma pessoa na verdade respeitável, firme, justiceira, íntegra, cheia do espírito da caridade que consiste em dar, mas não possuindo em igual grau esse outro espírito da caridade, que consiste em compreender e perdoar. Madelaine delegara-lhe toda a responsabilidade da gerência dos negócios da sua fábrica, e foi no uso dos seus plenos poderes, convicta de que fazia bem, que a superintendente instaurara o processo, julgara, condenara e executara Fantine.

Quanto aos cinquenta francos, dera-os, tirando-os de uma quantia que Madelaine lhe confiara, para ser aplicada em esmolas e socorros e de cuja aplicação não tinha que dar contas.

Fantine ofereceu-se como criada a algumas pessoas da terra, mas andou de casa em casa, sem deparar com ninguém que se quisesse utilizar do seu préstimo. A pobre rapariga não pudera sair da cidade, porque o adeleiro, a quem comprara os móveis da casa, mas que móveis, lhe dissera:

— Se se ausentar daqui sem me pagar, faço com que a prendam como ladra!

E o senhorio, a quem estava em dívida com a renda, tinha-lhe dito também:

— Você é jovem e bonita, portanto pode pagar.

Em vista disto, ela dividiu os cinquenta francos pelo senhorio e pelo adeleiro, restituiu a este três quartas partes da mobília, ficando apenas com o estritamente necessário, e achou-se sem trabalho, não possuindo mais do que uma pobre cama e devendo ainda quase cem francos.

Pôs-se então a trabalhar de costureira, fazendo camisas grosseiras para os soldados da guarnição, com que conseguia ganhar doze soldos por dia, dos quais tinha de tirar dez para as despesas que lhe custava a filha. Foi por esta ocasião que ela começou a atrasar-se com o pagamento aos Thenardier, de quem a inocente criança estava a cargo.

Entretanto, uma velha que lhe acendia a vela quando ela voltava à noite para casa, ensinou-lhe a arte de viver na miséria. Para além do viver de pouco, está ainda o viver de nada. São dois compartimentos: o primeiro é sombrio, o segundo é todo trevas.

Fantine aprendeu como de inverno se pode passar sem lume, como se renuncia a um passarinho, que consome a quarta parte de um soldo de dois em dois dias, como de uma saia se faz um cobertor, e como se poupa a vela, comendo à luz que vem da janela fronteira. Ninguém sabe o que certos entes frágeis, envelhecidos na nudez da miséria, sem se desviarem do caminho da honradez, são capazes de tirar de um soldo. Afinal de contas, isto é uma habilidade, e foi essa habilidade, que em verdade se pode chamar sublime, a que Fantine aprendeu, adquirindo assim um pouco de ânimo.

Um dia, disse a uma vizinha:

— Às vezes digo para comigo que, dormindo só cinco horas e empregando o resto do tempo na costura, sempre chegaria a ganhar quase para comer. E demais, quando se está triste, come-se menos. Por isso, com sofrimentos e inquietações, com um bocado de pão de um lado e cuidados de outro, a gente vai vivendo.

No meio desta penúria, a presença da filha ter-lhe-ia sido um anjo de consolação, um raio de felicidade nas trevas daquela miséria. Lembrou-se, pois, de a mandar vir Mas quê! Obrigar a inocente a provar tão cedo o amargor do fel da miséria!? E demais, como havia de pagar o que devia aos Thenardier? Como arranjar o dinheiro para a jornada da filha?

A velha, que lhe dera o que se poderia chamar lições de vida indigente, era uma bondosa mulher chamada Margarida, devota, mas de uma devoção em termos, pobre e caridosa com os pobres, e até mesmo com os ricos, sabendo apenas o necessário para escrever o seu nome, e crendo em Deus, que é no que consiste a verdadeira sabedoria.

Existem muitas virtudes assim na terra, atascadas no lodaçal da miséria; um dia, porém, virá em que da terra subirão muito mais alto. Sim, porque a esta vida ergue-se outra.

Tal fora a vergonha que se apossara de Fantine nos primeiros tempos, que a pobre rapariga não ousava sair de casa. Quando ia por uma rua, adivinhava que todos se voltavam para a olhar e que a apontavam a dedo; toda a gente olhava para ela e ninguém a cumprimentava. Este desprezo mordaz e frio dos transeuntes penetrava-lhe na alma e na carne com a aspereza de uma rajada do nordeste.

Uma infeliz, nas terras pequenas, parece que anda nua diante do sarcasmo e da curiosidade de todos. Em Paris, ao menos, ninguém a conhece, e essa mesma obscuridade serve-lhe de vestuário. Como desejava voltar para Paris! Impossível, porém!

Fora-lhe indispensável habituar-se à desconsideração, do mesmo modo que se afizera à indigência. A pouco e pouco foi-se tornando mais resoluta e decorridos dois ou três meses expeliu de si toda a vergonha, começando a sair como se lhe fosse a coisa mais natural.

«Ora, que me importa!», dizia ela. Andava já de um para outro lado, de cabeça erguida, com um sorriso amargo nos lábios e conhecendo que se tornava descarada.

A senhora Victurnien, da sua janela, via-a às vezes passar e, notando a miséria da pobre rapariga, felicitava-se por ver «aquela criatura» ocupando o lugar que lhe competia, graças aos seus piedosos esforços. Os maus têm bem negras satisfações.

O excesso de trabalho veio a fatigar Fantine, de modo que aquela tossezinha seca, que ela tinha, aumentou. Às vezes, ela dizia à sua vizinha Margarida: «Olhe, veja como tenho as mãos quentes».

Todavia, quando pela manhã se punha a pentear, com um pente quebrado, os seus belos cabelos, que ondulavam qual seda aveludada, tinha um momento de feliz garridice.

X — Continuação do bom êxito

Fantine havia sido despedida da fábrica pelos fins do inverno; o verão (passou, mas o inverno tornou a voltar. Nos dias pequenos trabalha-se menos. No inverno não há calor, não há luz, não há sol, a manhã parece tocar com a noite, o nevoeiro é contínuo, o crepúsculo interminável, os dias pardos, quase não se vê. O céu é uma fresta. Durante o dia parece estar-se num subterrâneo. O sol tem o aspeto de um pobre. Medonha estação! O inverno transforma em pedra a água do céu e o coração do homem.

Os credores não deixavam Fantine nem um só instante. Era demasiado pouco o que ganhava e as dívidas tinham aumentado Os Thenardier, mal pagos, escreviam-lhe sucessivas cartas, cujo conteúdo a enchia de aflição, e o porte do correio lhe aumentava a miséria Um dia escreveram-lhe, dizendo que a sua Cosette andava nua de todo, numa quadra em que fazia tanto frio, que precisava de uma saia de lã e para isso era necessário que ela lhes mandasse dez francos. Fantine recebeu a carta e consumiu todo o dia em amarrotá-la nas mãos. No dia seguinte, entrando na loja de um barbeiro que morava à esquina da rua, soltou os admiráveis cabelos louros que lhe caíram pelas costas abaixo.

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