Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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O homem seguiu-o.

Como acima dissemos, a casa era dividida de tal modo que para se passar para o oratório, em que ficava a alcova, ou sair dele, era necessário atravessar o quarto do bispo.

Na ocasião em que ambos o atravessavam, Magloire guardava os talheres de prata no armário que ficava à cabeceira da cama. Era o último serviço que fazia todas as noites antes de se ir deitar.

O bispo conduziu o hóspede à alcova, onde se via uma cama preparada com toda a limpeza e uma mesinha, sobre a qual o homem pousou o castiçal.

— Ora vamos — disse-lhe o bispo — durma bem e pela manhã não se vá sem primeiro tomar uma chávena de leite quente das nossas vacas.

— Muito obrigado, senhor cura — respondeu o homem.

Mal proferira, porém, estas palavras cheias de serenidade, teve de repente e sem transição um movimento impetuoso, que gelaria de susto as duas boas mulheres, se dele fossem testemunhas. Ainda mesmo hoje é para nós difícil fixar a causa que, naquele momento, operava sobre ele. Seria acaso sua intenção fazer uma advertência ou uma ameaça? Teria obedecido a uma espécie de impulso instintivo e para ele mesmo obscuro? A verdade é que se voltou de repente para o velho, cruzou os braços e, fitando-o com um olhar selvagem, exclamou com voz rouca:

— Então recolhe-me em sua casa e dá-me um quarto assim tão próximo do seu? — E, interrompendo-se, acrescentou com um sorriso em que havia o que quer que fosse de monstruoso: — Já pensou bem? Quem lhe assegura que eu não seja um assassino?

— Isso só pertence a Deus! — respondeu o bispo.

Depois, com a maior gravidade, elevou os dois dedos da mão direita e, mexendo os lábios como quem reza ou fala consigo mesmo, abençoou o homem, que não se inclinou. Em seguida, e sem voltar a cabeça, dirigiu-se para o seu quarto.

Sempre que na alcova ficava alguém, Magloire tinha o cuidado de correr uma cortina que havia no oratório, ocultando assim inteiramente o altar. O bispo, ao passar por diante da cortina, ajoelhou e fez uma breve oração.

Um momento depois, encontrava-se a passear no quintal, meditando, contemplando, com a alma e o pensamento alheados nessas sublimes e misteriosas coisas que Deus mostra de noite aos olhos que velam.

Quanto ao hóspede, estava realmente tão cansado que nem se aproveitou dos lençóis lavados. Apagou a luz com um sopro das ventas, segundo o uso dos forçados e atirou-se vestido para cima da cama, adormecendo logo profundamente.

Batia meia-noite quando o bispo, interrompendo o seu costumado passeio no jardim, entrou no seu quarto.

Decorridos mais alguns minutos, a casa jazia no mais profundo silêncio.

VI—Jean Valjean

O hóspede do bispo acordou alta noite.

Jean Valjean era oriundo de uma pobre família de camponeses de Brie. Na sua infância não aprendera a ler. Depois de homem fizera-se podador em Taverolles. Sua mãe chamava-se Joana Mateus e seu pai Jean Valjean ou Vlajean, alcunha talvez formada pela contração de voilà Jean.

Jean Valjean era dotado de caráter pensativo, sem ser triste, circunstância particular às naturezas afetuosas. No fim de tudo, porém, não passava de uma criatura dorminhoca e destituída de interesse, ao menos aparentemente. Perdera os pais ainda de tenra idade. A mãe morrera vítima de uma febre de leite mal tratada; o pai, que fora também podador, morrera em consequência de uma queda, caindo de uma árvore Não ficara a Jean Valjean senão uma irmã, mais velha do que ele, viúva, com sete filhos, entre rapazes e raparigas. A irmã tomou conta de Valjean, e enquanto o marido foi vivo conservou o irmão na sua companhia e sustentou-o. Mas o marido morreu A mais velha das sete criancinhas tinha oito anos, a mais nova doze meses Jean Valjean tinha completado vinte e cinco anos. Para as criancinhas substituiu o pai que lhes faltara, e por sua vez passou a amparar a irmã que o amparara a ele. Esta mudança operou-se com a maior simplicidade, como se fora um dever, e até com certo orgulho da parte de Jean. Assim consumira a mocidade num trabalho rude e mal retribuído. Nunca lhe tinham conhecido afeição amorosa, nunca tivera tempo para se preocupar com o amor.

A noite recolhia a casa fatigado e comia a sua sopa sem proferir uma só palavra. Às vezes, sua irmã, quando ele estava a comer, tirava-lhe da tigela o melhor da ceia, isto é, o bocado de carne, de toucinho, ou o olho de couve, para dar a algum dos filhos; ele não deixava de comer, curvado sobre a mesa e com a cabeça quase metida na tigela, os compridos cabelos caídos para diante dos olhos, nem opunha resistência, parecendo não dar por coisa alguma.

Havia em Taverolles, próximo da habitação dos Valjeans, do outro lado do lugar, uma caseira chamada Maria Cláudia; às vezes, os filhos de Joana, quase sempre esfaimados, iam pedir em nome da mãe, uma porção de leite a Maria Cláudia e bebiam-no atrás de

algum valado ou na volta de qualquer caminho, arrancando-se tão sofregamente a bilha uns aos outros, que às vezes as rapariguinhas entornavam-no pelas roupas que traziam. Se a mãe tivesse conhecimento destes pequenos abusos de confiança, castigaria severamente os delinquentes. Jean Valjean, apesar dos seus modos bruscos, pagava o leite a Maria Cláudia às escondidas da mãe e as criancinhas não eram castigadas.

No tempo das podas, ganhava vinte e quatro soldos por dia; terminadas elas, ajustava-se como ceifeiro, como cavador, como moço de gado, como jornaleiro, enfim, fazia tudo o que podia. A irmã, pela sua parte, também não ficava ociosa. Mas que valia o trabalho de dois para sustentar um rancho de sete criancinhas? Era um triste grupo, que a miséria pouco a pouco foi abraçando e apertando no seu círculo de ferro. Chegou um inverno muito rigoroso, em que Jean Valjean não encontrou que fazer. Ficou sem trabalho e a família sem pão. Sete criancinhas sem pão!

Num domingo à noite, preparava-se Maubert Isabeau, padeiro com estabelecimento no largo da igreja, em Taverolles, para se deitar, quando ouviu uma violenta pancada na vidraça gradeada da sua loja. Correu imediatamente para ali e chegou a tempo de ver um braço passando por uma abertura feita no vidro com um murro, pegar num pão e levá-lo. Isabeau saiu apressadamente e correu atrás do ladrão, que fugia como lhe permitiam as pernas, conseguindo alcançá-lo.

O ladrão largara o pão no caminho durante a corrida, mas tinha ainda o braço ensanguentado. Era Jean Valjean.

Passava-se isto em 1795.

Jean Valjean foi levado aos tribunais daquele tempo «pelo crime de roubo noturno com arrombamento, praticado numa casa habitada». Possuía uma espingarda de que se servia como o melhor atirador e exercia às vezes o mister de caçador furtivo. Tudo isto lhe foi prejudicial. Há contra os caçadores furtivos um preconceito legítimo. O caçador furtivo e o contrabandista vizinham paredes meias com o salteador. Contudo, seja dito de passagem, entre estas raças de homens e o medonho assassino das cidades há ainda um profundo abismo.

O caçador furtivo vive na floresta, o contrabandista na montanha ou no mar. As cidades produzem homens ferozes, porque produzem homens corruptos. A montanha, o mar e a floresta, produzem homens selvagens: desenvolvem a parte feroz, porém muitas vezes sem destruir a parte humana.

Jean Valjean foi considerado criminoso. Os termos do código eram formais. Existem na nossa civilização momentos terríveis: os momentos em que a penalidade é descarregada sobre um culpado. Que lúgubre momento aquele em que a sociedade se desvia e consuma o irreparável desamparo de uma criatura racional! Jean Valjean foi condenado a cinco anos de galés.

A 22 de abril de 1796, proclamava-se em Paris a vitória de Montennotte, alcançada pelo general em chefe do exército de Itália, que a mensagem do Diretório de Quinhentos, chama Bonaparte, e nesse mesmo dia saía de Bicêtre uma numerosa leva de forçados. Jean Valjean fazia parte dessa leva. Um antigo carcereiro daquela prisão, que conta hoje perto de oitenta anos, lembra-se ainda perfeitamente desse infeliz que foi acorrentado na extremidade do quarto cordão, no ângulo norte do pátio. Jazia sentado no chão como todos os outros e parecia não compreender mais nada além do horror da sua situação. É provável que por entre as vagas ideias da sua lamentável ignorância se lhe afigurasse excessivo o tormento que os homens lhe infligiam. Todo o tempo que lhe estiveram a soldar a argola da gotilha, pelo lado de trás, o que se fazia descarregando sobre o ferro grandes marteladas, o infeliz chorou sempre e, sufocado pelas lágrimas que lhe embargavam a voz, apenas de quando em quando se lhe ouvia dizer: «Eu era um pobre podador em Taverolles!» Ao dizer isto, no meio de contínuos soluços, levantava e baixava gradualmente a mão direita sete vezes, como se tocasse sucessivamente em sete cabeças desiguais, e por este gesto depreendia-se que o crime que cometera, fora para alimentar sete crianças.

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