Victor Hugo - Os Miseráveis

Здесь есть возможность читать онлайн «Victor Hugo - Os Miseráveis» — ознакомительный отрывок электронной книги совершенно бесплатно, а после прочтения отрывка купить полную версию. В некоторых случаях можно слушать аудио, скачать через торрент в формате fb2 и присутствует краткое содержание. Жанр: unrecognised, на португальском языке. Описание произведения, (предисловие) а так же отзывы посетителей доступны на портале библиотеки ЛибКат.

Os Miseráveis: краткое содержание, описание и аннотация

Предлагаем к чтению аннотацию, описание, краткое содержание или предисловие (зависит от того, что написал сам автор книги «Os Miseráveis»). Если вы не нашли необходимую информацию о книге — напишите в комментариях, мы постараемся отыскать её.

Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

Os Miseráveis — читать онлайн ознакомительный отрывок

Ниже представлен текст книги, разбитый по страницам. Система сохранения места последней прочитанной страницы, позволяет с удобством читать онлайн бесплатно книгу «Os Miseráveis», без необходимости каждый раз заново искать на чём Вы остановились. Поставьте закладку, и сможете в любой момент перейти на страницу, на которой закончили чтение.

Тёмная тема
Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

— Magloire — disse o bispo — ponha mais um talher na mesa.

O homem deu três passos e continuou, aproximando-se da mesa em que estava o candeeiro e como se não tivesse percebido bem:

— Perdão, parece que não perceberam. Eu sou um forçado saído há pouco tempo das galés! — E, tirando do bolso uma grande folha de papel, abriu-a e prosseguiu: — Aqui está o meu passaporte. Amarelo como veem, e que serve para me fazer expulsar de toda a parte aonde chego. Quer ler? Eu também sei ler, aprendi na prisão. Há lá uma escola para os que querem aprender. Oiça o que diz o passaporte: «Jean Valjean, forçado, natural de...» isto não interessa. «É posto em liberdade por ter concluído o tempo de galés, onde esteve dezanove anos. Cinco por crime de roubo com arrombamento, catorze por tentar evadir-se quatro vezes. É um homem perigosíssimo». Ora aqui está. Toda a gente me repeliu! O senhor faz-me o favor de me recolher? Se isto é uma estalagem, quer dar-me de comer e deixar-me dormir aí em qualquer canto, na estrebaria, por exemplo?

— Magloire — disse o bispo — ponha lençóis lavados na cama da alcova.

Magloire saiu imediatamente a pôr em execução as ordens do bispo. Este voltou-se para o desconhecido e disse-lhe:

— Sente-se, senhor, e aqueça-se. A ceia não tarda e, enquanto o senhor se demora a comer, a criada faz-lhe a cama.

Desta vez, o homem avaliou a situação em que se encontrava. A expressão do seu rosto, até então sombria e dura, transformou-se em estupefação, dúvida e alegria, principiando a balbuciar como louco:

— Pois quê! O senhor não me põe fora, apesar de eu ser um forçado? Trata-me por senhor quando todos me tratam por tu, quando me tratam pior do que a um cão? Eu pensava que o senhor me expulsaria, por isso disse logo quem era. Oh, abençoada seja a santa mulher que me indicou a sua casa! Vou cear, vou dormir numa cama com colchão e lençóis, como toda a gente! Uma cama! Há dezanove anos que não sei o que é dormir numa cama! Com que então não me manda pôr fora daqui? Abençoados sejam, já que tanta bondade têm com os desgraçados! Mas eu tenho dinheiro, hei de recompensá-los bem. Queira desculpar, senhor estalajadeiro, mas como se chama? Olhe que não ficarei a dever nada. É estalajadeiro, não é?

— Eu sou um padre que mora aqui — disse o bispo.

— Padre! — replicou o homem. — Mas é um bom padre! Então não me leva dinheiro? É o cura desta grande igreja que está aqui ao pé? Que grande bruto eu sou! Ainda não tinha reparado no seu barrete.

Ao mesmo tempo que proferia estas palavras, o homem arrumava a um canto o cajado e a mochila, tornara a meter o passaporte no bolso e sentara-se. Após uma pequena pausa, continuou:

— O senhor cura tem bom coração, não me tratou com desprezo! Então não quer que eu lhe pague?

— Não — disse o bispo — guarde o seu dinheiro. Quanto tem? Parece que disse cento e nove francos?

— E quinze soldos — acrescentou o homem.

— Cento e nove francos e quinze soldos. E quanto tempo lhe levou a ganhar essa quantia?

— Dezanove anos.

— Dezanove anos! — O bispo suspirou profundamente.

O homem prosseguiu:

— Ainda não encetei o meu dinheiro. Em quatro dias só gastei vinte e cinco soldos, que ganhei a descarregar uns carros em Grasse. Uma vez que o senhor é padre, vou então contar-lhe. Lá nas galés tínhamos um capelão. E um dia vi um bispo ou um Monsenhor, como lhe chamam. Era o bispo de Majore, em Marselha. É o abade que governa em todos os abades. Perdão, o senhor é que sabe, eu disso não entendo. Disse missa num altar no meio da prisão, com uma coisa aguçada na cabeça, que parecia de ouro, e que reluzia à luz do sol. A ele mal o víamos. Como estava muito longe de nós, não percebemos o que ele disse. Então é que eu vi o que era um bispo.

Enquanto ele falava, o bispo levantara-se e fora fechar a porta, que tinha ficado aberta de par em par.

Magloire regressou, trazendo um talher que pôs sobre a mesa.

— Magloire — disse o bispo — ponha esse talher perto do lume. — E, voltando-se para o hóspede, acrescentou: — A aragem da noite nestas terras parece que corta. O senhor deve estar com frio?

Cada vez que o bispo pronunciava a palavra «senhor», com a sua voz de suave gravidade e o seu modo atencioso, o rosto do homem iluminava-se. O tratamento de «senhor» a um forçado é como que um copo de água a um náufrago da Medusa. A ignomínia tem sede de consideração.

— Este candeeiro dá tão pouca luz! — disse o bispo.

Magloire compreendeu e foi buscar acima do fogão do quarto do bispo os dois castiçais de prata, que acendeu e colocou em cima da mesa.

— Senhor cura — disse o homem — o senhor é cheio de bondade e por isso não me despreza. Recolhe-me em sua casa, manda acender os seus castiçais por meu respeito. Porém, eu já lhe disse donde venho e contei-lhe a minha desgraça.

O bispo, que se encontrava sentado junto dele, tocou-lhe brandamente na mão e disse:

— O senhor não precisava de dizer-me quem era. Esta casa não é minha, é de Jesus Cristo. Aquela porta não pergunta a quem entra se tem nome, mas sim se tem algum infortúnio. O senhor sofre, tem fome e sede, bem-vindo seja! Não me agradeça por isso, não diga que o recebo em minha casa. O dono desta casa não sou eu, é todo aquele que carece de asilo. Tudo quanto há nesta casa lhe pertence. Que necessidade tenho eu de saber o seu nome? Além disso, antes de mo dizer, já eu sabia o nome que lhe havia de dar.

O homem mostrou-se muito admirado.

— Na verdade? Pois já sabia como me chamava?

— Sabia — respondeu o bispo —; chama-se meu irmão.

— Olhe, senhor cura! — exclamou o homem. — Quando entrei nesta casa, vinha a morrer de fome; porém, o senhor tem tanta bondade, que eu já não sei o que sinto, passou-me tudo!

O bispo encarou-o, dizendo-lhe:

— Tem sofrido muito?

— Ora! A vestimenta vermelha, a grilheta ao pé, uma tábua por cama, calor, frio, trabalho, pancadas, corrente dobrada pela menor falta, calabouço por uma palavra, sempre acorrentado, ainda que estivesse doente e de cama! Os cães, senhor, ainda são mais felizes! Dezanove anos! E tenho quarenta e seis! Por fim, o passaporte amarelo. Aqui tem o que tenho sofrido!

— Sim — replicou o bispo — o senhor saiu de um lugar de tristeza. Mas lembre-se que haverá mais alegria no céu pelo rosto debulhado em lágrimas de um pecador arrependido, do que pela túnica branca de cem justos. Se saiu dessa mansão de dores com pensamentos de ódio e de cólera contra os homens, é digno de compaixão; se saiu com pensamentos de benevolência, de doçura e de paz, vale mais que qualquer de nós.

Entretanto, Magloire tinha posto a ceia na mesa; uma sopa feita de água, azeite, pão e sal, um bocado de toucinho, um pedaço de carne de carneiro, alguns figos, um pouco de queijo fresco e pão de centeio. A criada, de seu motu proprio , acrescentara uma garrafa de vinho velho de Mauves.

O rosto do bispo tomou repentinamente essa expressão jovial peculiar aos génios hospedeiros.

— Vamos para a mesa — disse ele com vivacidade, como tinha por costume quando algum estranho ceava na sua companhia. Fez sentar o homem à sua direita, e Baptistina, de todo tranquilizada e restabelecida do seu receio, tomou lugar à esquerda.

O bispo disse o benedicite e em seguida, como costumava, serviu ele mesmo a sopa. O homem principiou a comer avidamente.

De repente, o bispo exclamou:

— Parece-me que falta qualquer coisa na mesa!

Efetivamente, Magloire só tinha posto os três talheres necessários. Ora, era costume antigo, todas as vezes que o bispo tinha hóspedes, pôr na mesa os seis talheres de prata. Ostentação inocente, graciosa aparência de luxo, naquela casa agradável e severa, que elevava a pobreza até à dignidade, era uma espécie de criancice encantadora.

Читать дальше
Тёмная тема
Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

Похожие книги на «Os Miseráveis»

Представляем Вашему вниманию похожие книги на «Os Miseráveis» списком для выбора. Мы отобрали схожую по названию и смыслу литературу в надежде предоставить читателям больше вариантов отыскать новые, интересные, ещё непрочитанные произведения.


Отзывы о книге «Os Miseráveis»

Обсуждение, отзывы о книге «Os Miseráveis» и просто собственные мнения читателей. Оставьте ваши комментарии, напишите, что Вы думаете о произведении, его смысле или главных героях. Укажите что конкретно понравилось, а что нет, и почему Вы так считаете.

x