Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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— Dou-te é um tiro — disse o camponês.

E em seguida fechou violentamente a porta. O desconhecido ouviu correr os ferrolhos e, decorrido um momento, fechou-se também a janela e ouviu ainda o ruído de uma tranca de ferro, com que a segurava.

A noite continuava a descer e a aragem fria dos Alpes aumentava de força. Ao clarão do dia expirante, o desconhecido avistou, num dos jardins que orlam a rua, uma espécie de cabana que lhe pareceu ser feita de feixes de feno. Saltou resolutamente uma grade de madeira e achou-se no jardim. Aproximou-se da cabana, que tinha por porta uma abertura estreita e pouco elevada, assemelhando-se aos abrigos que os cantoneiros constroem na beira das estradas. Supôs ser, efetivamente, a cabana de um cantoneiro; tinha frio e fome; não poderia matar a fome, mas ao menos tinha ali um abrigo contra o frio. De ordinário, estas cabanas não são ocupadas de noite.

Deitou-se de bruços e entrou para a cabana, onde encontrou calor e uma cama de palha. Conservou-se algum tempo deitado, sem poder fazer o menor movimento, tão fatigado ele estava, e em seguida, como a mochila que trazia às costas o incomodava, e era, além disso, um ótimo travesseiro, principiou a desatar uma das correias. Neste momento ouviu um rosnar feroz. Olhou. À entrada da cabana desenhava-se, no meio das trevas, a cabeça dum enorme mastim.

Abrigara-se na casinhota de um cão.

Dotado de prodigiosa força, o homem lançou mão do cajado, fez da mochila escudo contra a sanha do cão e saiu da casinhota como pôde, não sem ver aumentar os rasgões dos seus andrajos.

Saiu igualmente do jardim, mas recuando e obrigado, para conservar o mastim em respeito, a empregar o manejo do cajado que os mestres deste género de esgrima chamam «sarilho».

Quando conseguiu, não sem custo, sair do jardim e se encontrou outra vez na rua, só, sem abrigo, expulso até da miserável cabana, deixou-se cair sobre uma pedra, exclamando:

— Sou ainda menos que um cão!

Decorridos instantes, levantou-se e pôs-se de novo a caminho para fora da cidade, esperando encontrar nos campos alguma árvore ou algum moinho abandonado onde se abrigasse.

Caminhou assim durante algum tempo, com a cabeça pendida para o peito. Quando se viu longe de toda a espécie de habitação humana, ergueu a vista e olhou em torno de si. Estava no meio duma planície e diante dele erguia-se uma dessas pequenas colinas cobertas de palha cortada rente, as quais, depois da ceifa, parecem cabeças rapadas.

O horizonte estava escuro; não o escureciam somente as sombras da noite, mas as nuvens muito baixas, que pareciam apoiar-se na própria colina e que se elevavam vagarosamente, cobrindo o céu em toda a sua extensão. Todavia, como nesse momento a Lua estava quase a surgir do horizonte e no zénite flutuava ainda um resto de clarão crepuscular, essas nuvens formavam, no meio da atmosfera, uma espécie de abóbada esbranquiçada, da qual descia sobre a terra uma tal ou qual claridade.

A terra, por conseguinte, achava-se mais clara do que o céu, fenómeno essencialmente sinistro; e a colina, de acanhadas dimensões, desenhava-se vaga e esbranquiçada no tenebroso horizonte. Todo este conjunto era medonho, mesquinho, lúgubre e limitado. Quer na planície, quer na colina, não se via mais do que uma corpulenta árvore, agitando-se e ramalhando a pequena distância do viajante.

Este homem estava, evidentemente, muito longe de possuir os delicados hábitos de inteligência e espírito que nos tornam sensíveis aos aspetos misteriosos das coisas que nos cercam; todavia, aquele céu, aquela colina, aquela planície e aquela árvore respiravam tão profunda tristeza que, após um momento de imobilidade e meditação, o homem partiu subitamente pelo caminho que tinha trazido. Há ocasiões em que a natureza parece hostil.

Voltou para a cidade.

As portas de Digne estavam fechadas. Digne, que no tempo das guerras da religião resistiu a vários cercos, em 1815 era cercada por velhas muralhas flanqueadas de bastiões, que depois foram demolidas.

Passou por uma brecha e entrou na cidade.

Seriam oito horas, pouco mais ou menos. Como não conhecia as ruas, principiou outra vez a vaguear ao acaso.

Chegou assim à prefeitura, depois ao seminário. Ao passar pelo largo da catedral, ameaçou a igreja com o punho cerrado.

A esquina do largo fica a oficina de tipografia onde foram impressas as proclamações do imperador e da guarda imperial ao exército, trazidas da ilha de Elba e ditadas pelo próprio imperador.

Exausto de fadiga e perdida já a esperança de encontrar pousada, deitou-se no banco de pedra que fica à porta da tipografia.

Neste momento, uma senhora já idosa que vinha a sair da igreja, ao ver aquele homem deitado ali, perguntou-lhe:

— Que faz você aí, pobre homem?

— Bem vê que estou deitado — respondeu ele secamente.

A bondosa senhora, por certo bem digna de tal nome, era a marquesa de R.

— Neste banco? — tornou ela.

— Quem dezanove anos teve por cama uma tábua — disse o homem — pode muito bem passar a noite num colchão de pedra!

— Então foi soldado?

— É verdade, minha senhora, fui soldado.

— Porque não vai para a estalagem?

— Porque não tenho dinheiro.

— Valha-me Deus. Também não tenho comigo senão quatro soldos!

— Então dê-mos, sempre é alguma coisa!

O homem pegou no dinheiro e a marquesa continuou:

— Isso não chega para ir para a estalagem. Já lá foi pedir hospedagem? É impossível que possa ficar aqui toda a noite. Você por força há de estar com frio e vontade de comer. Pode ser que o recolham por caridade.

— Já bati a todas as portas!

— E então?

— De toda a parte me repeliram.

A marquesa tocou-lhe então no braço e indicou-lhe do outro lado do largo, uma casinha branca pegada ao paço.

— Já bateu a todas as portas? — perguntou ela.

— A todas — respondeu o homem.

— E àquela também?

— Àquela não.

— Pois então vá lá.

II—A prudência aconselha a sabedoria

Nessa mesma noite, o bispo de Digne, depois do seu passeio pela cidade, recolhera-se e conservara-se fechado no seu quarto até muito tarde, ocupado com um grande estudo sobre os Deveres, que, infelizmente, ficou incompleto. Neste trabalho estudava ele quanto os santos padres e os doutores da igreja têm dito sobre tão importante matéria. O seu livro dividia-se em duas partes: a primeira tratava dos deveres de todos, a segunda dos deveres de cada um, segundo a classe a que pertence. Os deveres de todos são os principais. Há quatro que são os indicados por S. Mateus: deveres para com Deus (Mt VI), deveres para consigo próprio (Mt V, 29-30), deveres para com o próximo (Mt VII, 12), deveres para com as criaturas (Mt VI, 20-25). Quanto aos outros deveres, achara-os o bispo indicados e prescritos em diversas partes; aos soberanos e aos súbditos, na Epístola aos Romanos; aos magistrados, às esposas, às mães e aos mancebos, em S. Pedro; aos maridos, aos pais, aos filhos e aos criados, na Epístola aos Efésios; aos fiéis, na Epístola aos Hebreus; às virgens, na Epístola aos Coríntios. De todas estas prescrições formavam, à força de trabalho, um todo harmónico, que tencionava oferecer às almas.

Às oito horas estava ainda a trabalhar, escrevendo incòmodamente em quartos de papel, com um volumoso livro aberto sobre os joelhos, quando Magloire entrou, segundo o costume, para tirar a prata do armário junto do leito.

Um momento depois, calculando que a mesa estaria posta e que talvez a irmã estivesse à espera dele, fechou o livro, levantou-se e encaminhou-se para a sala de jantar.

A sala de jantar era uma sala oblonga, com fogão, uma porta para a rua, como já dissemos, e uma janela para o jardim.

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