Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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Chegando à esquina da rua de Poichevert, tomou à esquerda e principiou a caminhar em direção à mairie, para onde entrou. Um quarto de hora depois, tornou a sair. À porta estava sentado um gendarme , no mesmo banco de pedra a que o general Dronot subira no dia 4 de março, para ler à multidão assustada de Digne a proclamação datada do golfo Juan. O desconhecido tirou o boné e cumprimentou humildemente o gendarme .

Em vez de corresponder ao cumprimento, o soldado examinou-o com atenção e, depois de o seguir algum tempo com a vista, entrou na mairie.

Havia então em Digne uma excelente estalagem, intitulada A Cruz de Coíbas, cujo proprietário era um tal Jacquin Labarre, homem de muita consideração na cidade, devido ao seu parentesco com outro Labarre, antigo soldado do regimento dos Guias e dono da estalagem dos Três Delfins, em Grenoble, a respeito da qual, por ocasião do desembarque do imperador, tinham corrido na terra numerosos boatos. Contava-se que, em janeiro desse ano, o general Bertrand, disfarçado em carreteiro, fora ali repetidas vezes, distribuindo, por essa ocasião, a soldados e civis, a uns a condecoração da Legião de Honra, a outros dinheiro às mãos cheias. A realidade é que, na sua chegada a Grenoble, o imperador recusara ir para o palácio da prefeitura e agradecera ao maire , dizendo:

— Vou para casa de um honrado camarada meu conhecido.

E foi hospedar-se na estalagem dos Três Delfins. Esta glória do Labarre dos Três Delfins refletia-se a vinte e cinco léguas de distância sobre o Labarre da Cruz de Coíbas. Costumavam dizer na cidade, quando falavam dele:

— O primo do de Grenoble.

O desconhecido dirigiu-se, pois, para a estalagem que era a melhor da localidade, e entrou na cozinha, que dava imediatamente para a rua. Os fogões estavam todos acesos. No meio da cozinha, destacava-se a figura do estalajadeiro, que, exercendo conjuntamente as funções de cozinheiro, corria de um lado para o outro, atarefado nos aprestos de excelente jantar destinado aos carreteiros, que se ouviam conversar e rir com grande estrépito na sala próxima. Além dos coelhos e perdizes, cozinhados de diferentes maneiras, estavam também a ser preparadas duas grandes carpas da lagoa de Lauzet e uma truta da lagoa de Alloz.

O dono da estalagem sentindo abrir a porta e entrar mais um freguês, perguntou, sem tirar os olhos do que estava a fazer:

— Que deseja o senhor?

— Comer e dormir — respondeu o desconhecido.

— Nada mais fácil — tornou o estalajadeiro. E, voltando-se para o recém-chegado, examinou-o dos pés à cabeça e acrescentou: — Pagando!

O homem tirou da algibeira da blusa uma bolsa e respondeu:

— Eu tenho dinheiro.

— Nesse caso, estou às suas ordens.

O homem tornou a guardar a bolsa, tirou a mochila, encostou-a à porta e foi sentar-se num mocho, junto ao lume, sem largar da mão o cajado. As noites de outubro em Digne são muito frias.

Entretanto, o estalajadeiro, andando de um lado para o outro, não deixava de observar o recém-chegado.

— A que horas se janta?

— Daqui a pouco — respondeu o estalajadeiro.

Enquanto o desconhecido se aquecia, de costas voltadas para o digno estalajadeiro Jacquin Labarre, este tirou um lápis da algibeira, rasgou um bocado de um jornal, já antigo, que estava em cima de uma mesa ao pé da janela, escreveu uma ou duas linhas, dobrou-o e, sem o fechar, entregou-o a um rapazinho, que parecia servir-lhe, ao mesmo tempo, de ajudante de cozinha e moço de recados, disse-lhe algumas palavras ao ouvido e o rapaz partiu a correr em direção à mairie.

O desconhecido, que não reparara em nada disto, tornou a perguntar:

— O jantar ainda levará muito tempo?

— Não tarda — respondeu o estalajadeiro.

Decorridos alguns minutos, voltou o rapazito. O estalajadeiro desdobrou rapidamente um papel que ele lhe trouxe, como quem esperava uma resposta, pareceu ler com atenção, em seguida abanou a cabeça e ficou um momento pensativo. Por fim, encaminhou-se para o viajante, que parecia embrenhado em fundas reflexões e disse-lhe:

— Senhor, não posso recolhê-lo.

— Porquê? — perguntou o homem, levantando-se. — Tem receio de que eu não pague? Se quer, pago adiantado. Já viu que tenho dinheiro.

— Não se trata disso.

— Mas então de que se trata?

— O senhor tem dinheiro.

— Tenho, bem viu.

— E eu não tenho quarto para lhe dar.

— Vou para a cavalariça — replicou tranquilamente o desconhecido.

— Não pode ser.

— Porquê?

— Porque é pequena para os cavalos que lá estão.

— Então dê-me qualquer canto do palheiro; basta-me um feixe de palha. Veremos isso depois de jantar.

— Mas eu não lhe posso dar de jantar.

Esta declaração, feita em tom comedido, mas com firmeza, pareceu muito grave ao desconhecido, que exclamou:

— Então não quer dar-me de comer? Caminhei desde o nascer do sol, estou morto de fome e de cansaço, depois de uma jornada de doze léguas; prontifico-me a pagar e não hei de comer?

— Não tenho nada para lhe dar — respondeu o estalajadeiro.

O homem soltou uma gargalhada e, voltando-se para o lado dos fogões, exclamou:

— Não tem nada? E aquilo que ali está?

— Está tudo reservado.

— Para quem?

— Para os senhores carreteiros.

— Quantos são eles?

— Doze.

— Mas a comida que ali está chega para vinte.

— Eles querem tudo e já o pagaram adiantadamente.

O desconhecido tornou a sentar-se e disse, sem erguer a voz:

— Estou numa estalagem e tenho fome, portanto não saio daqui!

O estalajadeiro aproximou-se dele e disse-lhe num tom de voz que o fez estremecer:

— O melhor que tem a fazer é ir-se embora!

O forasteiro, que estava inclinado para o lume a aconchegar as brasas com a ponta do cajado, voltou-se de repente; porém, o estalajadeiro, sem lhe dar tempo a falar, olhou-o fixamente e disse-lhe em voz baixa:

— Vamos, nada de gastar palavras sem necessidade. Quer que lhe diga quem é? Chama-se Jean Valjean. Quando o vi entrar, desconfiei e mandei perguntar à mairie quem era você. Aqui está a resposta que me deram. Sabe ler?

Ao mesmo tempo que dizia isto, o estalajadeiro apresentou ao desconhecido o papel que o rapaz lhe trouxera. O homem percorreu-o rapidamente com a vista e o estalajadeiro, após uma pausa, continuou:

— Eu tenho por costume ser delicado para toda a gente. Por isso, peço-lhe novamente que se vá embora!

O forasteiro curvou a cabeça, pegou na mochila que tinha posto no chão e saiu da estalagem.

Encontrando-se na rua, caminhou ao acaso, cosendo-se com as casas, como um homem humilhado e triste. Não olhou para trás uma só vez. Se o tivesse feito, teria visto o estalajadeiro da Cruz de Coíbas no limiar da porta, rodeado por todos os hóspedes que se encontravam na estalagem e das pessoas que passavam na rua naquele momento, falando com vivacidade e apontando-o com o dedo; e, pelos olhares de desconfiança e susto daquele grupo, adivinharia que dentro de pouco tempo a sua chegada seria o assunto de todas as conversas na cidade.

Porém, ele não viu nada disto. Quem vai profundamente alheado na sua dor, não olha para trás, porque tem a certeza de ser acompanhado pela má sorte que o persegue. Caminhou assim durante algum tempo, embrenhando-se em ruas que não conhecia, esquecendo a própria fadiga, como sucede sempre àqueles a quem a tristeza domina.

De repente, sentiu o aguilhão da fome. Como a noite se aproximasse, circunvagou a vista em torno de si a ver se descobria um albergue onde encontrasse pousada. A melhor estalagem estava-lhe vedada; o que procurava agora era uma humilde taberna ou algum pobre casebre. Divisou então uma luz ao fim da rua, e à claridade incerta do crepúsculo, notou vagamente um ramo de pinheiro pendurado de uma vara de ferro. Encaminhou-se para lá. Era, com efeito, uma taberna, na rua de Chaffaut.

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