Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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Magloire, compreendendo a observação, saiu sem dizer palavra e ao cabo de um momento, o s três talheres reclamados pelo bispo brilhavam sobre a toalha, simetricamente colocados diante de cada um dos três convivas.

IV—Pormenores sobre as queijeiras de Pontarlier

Chegados a este ponto, não podemos dar melhor ideia do que se passou naquela noite à mesa do bispo do que transcrevendo aqui a passagem de uma carta de Baptistina à condessa de Boischevron, na qual a conversa entre o forçado e o bispo é relatada com ingénua minuciosidade:

Este homem não prestava atenção a ninguém. Comia com voracidade de esfaimado. No fim da ceia, porém, disse a meu irmão:

— Senhor cura, isto é tudo bom de mais para mim, mas sempre lhe digo que os carreteiros que não quiseram deixar-me comer com eles, passam melhor do que o senhor!

Aqui para nós, a observação do homem quase me escandalizou. Meu irmão respondeu:

— Não admira, trabalham mais do que eu.

— Não é por isso — replicou o homem — é porque têm mais dinheiro. O senhor é pobre, bem vejo; talvez nem mesmo seja cura. Pois olhe, se Deus fosse justo, devia fazê-lo mais do que cura!

— Deus é mais do que justo! — disse meu irmão. E, passado um instante, acrescentou: — Então o senhor Jean Valjean vai para Pontarlier?

— Com itinerário obrigado.

Creio que foi assim que o homem disse. Em seguida continuou:

— Amanhã de madrugada, infalivelmente, tenho de pôr-me a caminho. Mal se pode andar agora. Se as noites estão frias, de dia não se para com calor.

— Pois vai para uma excelente terra — prosseguiu meu irmão. — No tempo da revolução, ficando a minha família arruinada, refugiei-me primeiro em Franche-Conté, onde vivi algum tempo do meu trabalho. Tinha boa vontade, por isso achei sem dificuldade em que me ocupar. Há ali por onde escolher: fábricas de papel, de destilação, lagares de azeite, relojoarias, fábricas de aço, de cobre, e não menos de vinte oficinas de ferreiro, quatro das quais, as de Lods, Châttilon, Audincourt e Buere, são muito consideráveis.

Parece-me não me enganar e que são estes os nomes que meu irmão citou. Depois, interrompendo-se, dirigiu-me a palavra:

— Ó irmã, não temos lá ainda alguns parentes?

— Tínhamos — respondi eu. — Entre outros, o senhor Lucenet, que era capitão dos guardas barreiras, no tempo do antigo regime.

— É verdade — continuou meu irmão — mas em 93 não havia parentes; ninguém podia contar senão com os seus braços, portanto lancei-me ao trabalho. Há em Pontarlier, para onde o senhor Valjean vai, uma indústria especial e muito agradável para quem a exerce. São as fábricas de queijos, a que lá chamam queijeiras.

Então meu irmão, sem deixar de instar com o homem para que comesse, passou a explicar-lhe minuciosamente o que são as queijeiras de Pontarlier, que se dividem em duas espécies: as grandes granjas, que pertencem a pessoas abastadas, e onde há quarenta ou cinquenta vacas, as quais produzem sete ou oito mil queijos cada verão e as queijeiras de associação, que pertencem a montanheses pobres, que sustentam as suas vacas em comum e dividem depois os produtos. Estes últimos têm assoldadado um queijeiro, ao qual chamam grurin, que recebe o leite das vacas dos associados três vezes ao dia, tomando nota exata da porção que pertence a cada um dos sócios. Por fins de abril principia o trabalho das queijeiras e em meados de junho é que os queijeiros conduzem as vacas à montanha.

O homem ia-se reanimando, à proporção que comia. Meu irmão fazia-lhe beber o excelente vinho de Mauves, que ele mesmo não bebe, porque diz que é vinho caro. Explicava-lhe estes pormenores com aquele ar prazenteiro que a minha amiga lhe conhece, entremeando as suas palavras de graciosas atenções para comigo. Quando falou no bom ofício de grurin, como se desejasse que o seu hóspede entendesse, sem que lho aconselhasse diretamente, que seria bom recurso para ele.

Uma circunstância se deu que me fez impressão. O homem era o que já lhe disse. Pois meu irmão, não só durante a ceia, mas em todo o tempo que estiveram juntos antes de se recolherem, excetuando algumas palavras a respeito de Jesus, quando ele entrou, não proferiu uma única palavra que pudesse recordar ao homem o que tinha sido, nem o que ele próprio era. Fora, na aparência, excelente ocasião de pregar um pouco e de fazer sentir ao forçado o predomínio do bispo, imprimindo-lhe assim a marca da passagem pela sua sede. Para qualquer outro que assim tivesse na mão aquele desgraçado, era bem cabida a ocasião de lhe dar, ao mesmo tempo, o alimento do corpo e do espírito, fazendo-lhe alguma admoestação com grande cabedal de moral e bons conselhos, ou de mostrar comiseração, exortando-o a comportar-se melhor para o futuro. Meu irmão nem sequer lhe perguntou de que terra era, nem a história da sua vida, pois nela se dera uma falta e meu irmão parecia que evitava quanto pudesse recordar-lha. A tal extremo levava isto, que uma vez, falando dos montanheses de Pontarlier que têm um suave trabalho perto do céu e que, acrescentava ele, são felizes porque são inocentes, calou-se de repente, receando que estapalavra, a seu pesar proferida, ofendesse o homem em alguma coisa.

À força de reflexão, parece-me ter compreendido o que se passava no coração de meu irmão. Ele entendia, sem dúvida, que o homem chamado Jean Valjean tinha em demasia presente no espírito a sua miséria, que o melhor seria distraí-lo dela e fazê-lo persuadir, embora por um só instante, que era uma pessoa como outra qualquer, tratando-o a ele como tratava a toda a gente.

Não acha, minha amiga, um não sei quê de evangélico nesta delicadeza que se abstém de práticas, de moral, de alusões, e não lhe parece que a melhor compaixão para com o homem que tem uma ferida é não lhe tocar nela? Pareceu-me ser este o motivo secreto por que meu irmão assim procedia.

Em todo o caso, o que posso assegurar, é que se ele teve todas estas ideias, nem a mim as deu a conhecer; conservou-se desde o princípio ao fim, segundo o seu costume, ceando com o tal Jean Valjean com o mesmo ar e as mesmas atenções que teria, se se achasse presente o senhor Gedeão Preboste ou o prior da freguesia.

No fim, quando já estávamos na sobremesa, bateram à porta. Era a tia Gerbaud com o filhinho nos braços. Meu irmão beijou a criancinha na testa e pediu-me quinze soldos para os dar à tia Gerbaud. O homem quase não dava atenção ao que se passava. Não proferia uma só palavra e dava indícios de estar muito cansado. Apenas a pobre Gerbaud saiu, meu irmão deu graças e voltou-se depois para o homem, dizendo-lhe:

— Agora trate de descansar, que lhe há de ser necessário.

Magloire levantou a mesa num instante e, entendendo que devíamos retirar-nos para deixar o hóspede à sua vontade, subimos ambas para os nossos quartos. Todavia, um instante depois, mandei Magloire ir deitar sobre a cama do pobre homem uma pele de cabrito montês da Floresta Negra, que eu tinha no meu quarto. As noites vão frias e a pele aquece muito. Pena é que ela esteja tão velha, tem-lhe caído o pelo quase todo. Foi comprada por meu irmão no tempo em que ele esteve na Alemanha, em Tottlingen, próximo à nascente do Danúbio, assim como a faquinha de cabo de marfim de que me sirvo à mesa.

Magloire voltou logo a seguir e fomos ambas rezar na sala onde estendemos a roupa e depois recolhemo-nos aos nossos quartos sem proferir mais uma palavra.

V—Tranquilidade

Monsenhor Bemvindo, depois de se ter despedido da irmã, pegou num dos castiçais de prata que estavam em cima da mesa e entregou o outro ao seu hóspede, dizendo-lhe ao mesmo tempo:

— Vou conduzi-lo ao seu quarto.

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