Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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Partiu para Toulon, onde chegou ao cabo de uma viagem de vinte e sete dias, num carro e com a corrente de forçado ao pescoço. Em Toulon vestiram-lhe a jaqueta vermelha, que constitui o trajo dos sentenciados às galés. Desde então, tudo o que constituíra a sua existência até aí se desvaneceu, incluindo o nome; deixou de ser Jean Valjean para ser apenas um número, o 24601. E sua irmã? Que destino levou? Que destino levaram aquelas sete criancinhas? Quem se ocupa de semelhantes coisas? Perguntai ao tufão que passa para onde arremessou as folhas secas da pequena árvore serrada pelo pé .

É sempre a mesma história. Aquelas pobres criaturas de Deus, agora sem apoio, sem guia nem asilo, partiram ao acaso, talvez mesmo que cada qual pelo seu lado, e pouco a pouco se foram embrenhando nessa névoa frígida em que se perdem os destinos solitários, trevas espessas no meio das quais sucessivamente desaparecem tantas frontes assinaladas com o estigma do infortúnio, durante a triste peregrinação da humanidade. Abandonaram a terra que os viu nascer; o campanário da sua aldeia esqueceu-os; esqueceu-os o marco do campo que fora seu; no fim de alguns anos passados nas galés, até o próprio Jean Valjean os esqueceu. Naquele coração, onde existira uma ferida, ficara uma cicatriz. Eis tudo. Durante todo o tempo que esteve em Toulon, uma só vez ouviu falar da irmã. Foi pelos fins do seu quarto ano de cativeiro. Alguém que os conhecera na terra tinha visto a irmã. Residia em Paris, onde morava numa rua pobre das proximidades de S. Sulpício, chamada a rua de Geindre. Apenas tinha na sua companhia um filho, o mais novo de todos. Onde estavam os outros seis? Nem ela mesmo o saberia dizer. Todas as manhãs ia trabalhar para uma tipografia na rua do Sabot, n.º 3, onde exercia o mister de encadernadora, e onde tinha de estar às seis horas da manhã, hora que de inverno ainda nem se conhece o dia. No mesmo edifício havia uma escola, para onde ela levava o filho, que tinha sete anos. Como ela, porém, entrava às seis horas, e a escola não se abria senão às sete, a pobre criança, a quem não consentiam entrada na tipografia, tinha de esperar uma hora cá fora, no inverno, ao relento da noite, antes de principiar a aula. Todas as manhãs, os operários que passavam, viam a infeliz criança sentada no chão, pendendo com sono, e muitas vezes a dormir nalgum canto, acocorado e encostado ao seu cestinho.

Quando chovia, a porteira, compadecida do rapazinho, recolhia-o no seu cubículo, onde havia apenas uma enxerga, uma roda de fiar e duas cadeiras de pau; o pequeno deitava-se a um canto e adormecia abraçado ao gato para não ter tanto frio. Às sete horas abria-se a escola e ele lá se apresentava.

Eis o que disseram a Jean Valjean. Contaram-lhe isto um dia, foi um momento, um relâmpago, como uma janela repentinamente aberta sobre os destinos dos entes que ele tanto amava e que logo após se fechou. Depois disto não tornou a ouvir falar deles, foi aquela a última vez. Nada mais soube a seu respeito, nunca os tornou a ver, nem no decurso desta dolorosa história se tornará a fazer menção a eles.

Nos fins do quarto ano, chegou a Jean Valjean a vez de se evadir, no que foi auxiliado pelos seus camaradas, como é costume de tão triste lugar. Evadiu-se e andou dois dias errante pelos campos, usufruindo a liberdade, se é ser livre ver-se perseguido, voltar a cabeça a todo o instante, estremecer ao menor ruído, ter medo de tudo, da chaminé que fumega, do homem que passa, do cão que ladra, do cavalo que galopa, da hora que bate, do dia porque se vê, da noite porque se não vê, da estrada, do atalho, do arvoredo, do sono.

Na noite do segundo dia, Jean Valjean era recapturado. Havia trinta e seis horas que não tinha comido nem bebido.

Em virtude deste novo delito, foi condenado pelo tribunal marítimo a uma prolongação de três anos, o que perfez oito anos.

Ao fim do sexto ano, chegou-lhe novamente ocasião de se evadir; aproveitou-se dela, mas não chegou a consumar a fuga. Apenas deram pela sua falta na ocasião da chamada, dispararam o tiro de peça do costume, e, apesar da escuridão da noite, deram com ele escondido debaixo da quilha de um navio em construção. Resistiu aos guardas que o prenderam.

Crime de evasão e rebelião.

Este novo delito, previsto pelo código especial, foi punido com um agravo de cinco anos, sendo dois de dupla grilheta. Treze anos.

No décimo ano, tentou a fuga novamente, porém, não foi mais feliz do que das outras vezes. Mais três anos por esta nova tentativa. Dezasseis anos.

Finalmente, no décimo terceiro ano, tentou mais uma vez evadir-se e foi novamente preso depois de quatro horas de liberdade. Três anos por estas quatro horas.

Em outubro de 1815 foi posto em liberdade, tendo entrado em 1796, por ter quebrado um vidro e furtado um pão.

Permitam-nos aqui um parêntesis. É a segunda vez, nos seus estudos sobre a penalidade e sobre a condenação pela lei, que o autor deste livro encontra o roubo de um pão, como origem da catástrofe de um destino Cláudio Gueux roubara um pão; Jean Valjean tinha roubado um pão; segundo uma estatística inglesa, está provado que em Londres de cinco roubos quatro têm por causa imediata a fome.

Jean Valjean entrara para as galés soluçante e trémulo; saiu de lá impassível. Entrara angustiado, saiu sombrio.

Que se passara naquela alma?

VII—O interior do desespero

Vamos tentar descrevê-lo.

É indispensável que a sociedade olhe para estas coisas visto serem obra sua.

Jean Valjean era ignorante, mas não imbecil. Ardia ainda naquele homem a luz natural. O infortúnio, que traz consigo um tal ou qual clarão, aumentou a pouca claridade que havia naquele espírito. Não obstante o azorrague, a grilheta, o calaboiço, o trabalho incessante, o sol ardente das galés, a tarimba dos forçados, Jean Valjean concentrou-se na sua consciência e refletiu.

Constituíra-se em tribunal e principiou por julgar-se a si próprio.

Reconheceu então que não era um inocente injustamente punido. Confessou a sós consigo que cometera uma ação violenta e repreensível; que talvez lhe não recusassem aquele pão, se o tivesse pedido; que, em todo o caso, sempre lhe fora melhor esperá-lo, ou da compaixão ou do trabalho; que não era, em suma, razão definitiva e sem réplica dizer-se: não é possível a espera quando se morre de fome. Primeiro, porque é raríssimo que alguém morra literalmente à fome; segundo, porque, feliz ou infelizmente, o homem é conformado de tal modo, que pode padecer muito e por espaço de muito tempo, sem morrer, quer física, quer moralmente; que devia, portanto, ter sofrido com resignação, o que mesmo teria sido melhor para aquelas pobres criancinhas; que fora por certo um ato de loucura nele, mesquinha criatura impotente, querer arcar com a sociedade a peito descoberto e imaginar que o roubo o podia tirar da miséria; que, finalmente, era má porta para sair da miséria aquela por onde se entra na infâmia e concluiu que procedera mal.

Depois fez a si próprio as seguintes perguntas:

Fora ele o único que procedera mal na sua fatal história? Antes de tudo, não era uma coisa grave que um trabalhador como ele não tivesse em que se ocupar; que um homem laborioso como ele não tivesse que comer? Em segundo lugar, confessada a culpa cometida, não fora bárbaro e desmesurado o castigo infligido? Não houvera maior abuso da parte da lei na pena do que da parte do criminoso na culpa? Não houvera excesso de peso no prato da balança que contém a expiação? O excesso do castigo não seria a aniquilação do delito e não daria em resultado inverter as situações, substituindo a culpa do delinquente pela culpa da repressão, fazendo do criminoso a vítima e do devedor credor e pondo definitivamente o direito da parte daquele mesmo que o violara? Aquele castigo, complicado com sucessivos agravos por tentativas de evasão, não viria a ser, por último, um atentado do mais forte contra o mais fraco, um crime da sociedade contra o indivíduo, crime que recomeçara todos os dias, crime que durara dezanove anos?

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