Ursula Le Guin - A Mão Esquerda da Escuridão

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A Mão Esquerda da Escuridão: краткое содержание, описание и аннотация

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Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.

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Estava frio do lado de fora e aquele ofuscante brilho luminoso da luz solar sobre a neve alvíssima foi como um choque sobre nós, que acabáramos de emergir daquele fétido caixão. Muitos começaram a chorar.

Ficamos em pé, agrupados ao lado do grande veículo, todos nus, fedorentos, com a nossa nudez exposta à cruel luz do dia. Eles nos enfileiraram e nos conduziram a um prédio, a algumas jardas de distância. As paredes metálicas, o telhado recoberto de neve, o terreno em torno, deserto naquela amplidão branca, a cordilheira alvíssima ao longe, quase invisível pela cintilação do sol, o céú infinito, tudo, tudo parecia flutuar e tremeluzir, cintilando com o excesso de luz.

Dentro de uma cabana de madeira fomos alinhados para nos lavarmos numa imensa tina coletiva, e todos, ávidos, começamos a beber a água do banho. Em seguida, fomos conduzidos ao edifício central, onde nos deram roupas de baixo, camisas cinzentas, calções, meias e botas de feltro. Um guar­da conferiu nossos nomes numa lista, já no refeitório, junto a aproximadamente uma centena de outros homens de cinza. Sentamo-nos a mesas aferrolhadas no chão e lá nos serviram o desjejum: mingau de cereais e cerveja. Ao término da refeição, os prisioneiros antigos e os novos foram divididos em pelotões de doze. Meu pelotão foi conduzido a uma serraria, a uma certa distância do edifício principal, dentro da área cercada. Fora dela e não muito distante, a floresta revestia as colinas, em direção ao norte, tão longe quanto a vista podia alcançar. Sob o comando de um guarda, começamos a carregar sacos de serragem da serraria para um de­pósito de madeira, onde ela era armazenada para o inverno. Não era fácil andar, curvar-se ou levantar pesos após aqueles dias passados no caminhão. Não nos deixavam ficar ociosos, mas também não forçavam nosso ritmo de trabalho.

Ao meio-dia nos serviam uma caneca cheia de orsb, uma bebida feita de cereal não-fermentado. Antes do cair da noite, éramos conduzidos de volta aos alojamentos e nos ser­viam um jantar, uma espécie de sopa de vegetais e cerveja. Ao escurecer, éramos trancafiados nos dormitórios, que permaneciam com as luzes acesas durante toda a noite. Dormía­mos em prateleiras fundas, pregadas ao longo das paredes do quarto, em duas fileiras. Os prisioneiros antigos ocupa­vam a prateleira superior, as mais disputadas, pois o calor emitido pelos corpos tende a subir no ar. Como colchão, cada um recebia, na porta, um saco de dormir. Eram grosseiros, fedorentos, com o cheiro dos outros, devido ao uso, mas conservavam o calor do corpo e aqueciam. O inconveniente para mim era seu tamanho pequeno. Um getheniano de porte médio poderia penetrar nele até a cabeça, inclusive, mas eu não conseguia, assim como não conseguia espichar-me com­pletamente no meu beliche.

Aquele lugar era chamado 3. aFazenda Voluntária da Comensalidade de Pulefen, 30.° Distrito, na extremidade noroeste da zona habitável de Orgoreyn, limitada pelas montanhas Sembensyens, o rio Esagel e o litoral. É uma área esparsamente povoada, sem nenhuma cidade de importância. A cidade mais próxima é um lugarejo chamado Turuf, a muitas milhas na direção sudeste; eu nunca a vira.

A fazenda está situada no começo de uma vasta região florestal inabitada — Tarrenpeth. Muito ao norte — para as árvores de grande porte como o hemmen, o serem ou o vate negro — a floresta era de uma só espécie de arbusto, uma conífera retorcida e raquítica, com uma altura de dez a doze pés, cheia de agulhas acinzentadas, o conhecido thore. O número de espécimes de plantas ou animais no planeta Inverno é relativamente pequeno. Mas cada espécie existe em grande abundância. Havia milhares e milhares de thores e nada mais naquela região, numa imensa floresta. Mesmo o deserto é cuidadosamente poupado aqui, e apesar de aquela floresta estar sendo devastada há séculos não há espaços desertos nela, nenhuma desolação, nenhuma área reduzida a tocos, nem encostas com erosão. Cada árvore era aproveitada, assim parecia, e não se desperdiçava nada, nem um punhado de serragem.

Havia na fazenda uma pequena fábrica, e quando o mau tempo impedia a saída dos prisioneiros para a floresta, trabalhávamos na serraria ou na fábrica, aproveitando lascas, cascas e serragem, fazendo compensados em formatos diferentes e extraindo do thore uma resina usada para plásticos. O trabalho era uma atividade autêntica e não éramos sobre­carregados. Se nos dessem um pouco mais de alimentação e melhor vestuário seria até agradável, mas como vivíamos eternamente esfomeados e com frio era impossível sentir qualquer prazer.

Os guardas raramente eram ásperos e nunca cruéis. Eram apáticos, desleixados, pesadões e, sob meu ponto de vista, algo efeminados — não no sentido de delicadeza, mas exatamente no sentido oposto: tinham uma bovina aparência carnal, branda e tosca, sem arestas ou pontas aguçadas.

Entre meus companheiros de prisão eu tive pela pri­meira vez em Inverno a sensação de ser um homem no meio de mulheres, ou eunucos. Os prisioneiros tinham a mesma flacidez e vulgaridade. Era difícil diferenciá-los, todos com o mesmo tom emocional baixo, a mesma conversação trivial. A princípio tomei esta falta de vivacidade, esse nivelamento, como efeito da privação de alimentos, calor e liberdade; mas em breve percebi que era algo mais específico: era o resultado das drogas ministradas aos prisioneiros para supri­mir-lhes o ciclo de kemmer. Sabia que existiam drogas que podiam reduzir ou praticamente eliminar a fase de potência do ciclo sexual; eram usadas quando a necessidade, saúde ou moralidade exigiam abstinência. Um ou mais períodos de kemmer poderiam ser eliminados sem efeitos nocivos maiores. O uso voluntário de tais drogas era comum e tolerado. Não me ocorrera que poderiam ser administradas a pessoas sem a menor vontade de submeter-se a isto. Mas havia for­tes razões para tal prática: um prisioneiro em kemmer seria um elemento perturbador no seu grupo de trabalho. Se fi­casse sem trabalho, o que seria feito com ele? — sobretudo se nenhum outro prisioneiro estivesse em kemmer, na mes­ma ocasião, o que seria possível, pois éramos apenas cento e cinqüenta. Atravessar o período de kemmer sem um par­ceiro é um bocado duro para um getheniano; melhor mesmo era simplesmente suprimir essa miséria e a perda de tempo no trabalho e não passar pelo período de kemmer de forma alguma. Assim, eles o evitavam. Prisioneiros que tinham lá vivido muitos anos já estavam psicológica e fisicamente, creio, adaptados a esta castração química. Eram tão assexua­dos quanto um boi. Não sentiam vergonha e não tinham desejos, como os anjos. Mas não é próprio do ser humano viver sem estas duas emoções. Sendo tão definida e limitada pela natureza, a necessidade sexual do getheniano não é realmente muito perturbada pela sociedade. Há menos sexo reprimido, canalizado, codificado que em qualquer sociedade bissexuada que eu conheça. A abstinência era nitidamente voluntária; indulgência aceitável. Medo e frustração sexual são, ambos, extremamente raros. Era o primeiro caso que eu já vira de um propósito social se opor a um impulso sexual. Sendo uma supressão e não apenas uma repressão, não causava frustração, mas algo mais sinistro, afinal de contas: passividade.

Não há insetos vivendo em comunidades no planeta Inverno. Os gethenianos não partilham suas terras, como os terráqueos o fazem, com essas velhas formas de sociedade animal, essas inúmeras colônias de pequenos bichos sem sexo, trabalhando somente sob o comando do instinto de obediência ao grupo, à comunidade. Se houvesse formigas ali, os gethenianos já as teriam imitado há muito tempo.

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