Ursula Le Guin - A Mão Esquerda da Escuridão

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A Mão Esquerda da Escuridão: краткое содержание, описание и аннотация

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Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.

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Obsle pensa, como Yegey, que uma maioria do Con­selho dos Trinta e Três será persuadida a confiar nele. Não sei bem por que eu tenho menos esperanças do que eles; talvez, no fundo, não deseje que Orgoreyn tenha uma ati­tude mais esclarecida que Karhide, enfrentando os riscos e ganhando a parada, deixando Karhide na sombra. Se essa inveja é patriótica, está chegando tarde; logo que vi a inten­ção de Tibe em me expulsar, fiz tudo o que pude para asse­gurar a entrada do Enviado em Orgoreyn, e, aqui no exílio, não medi esforços para conquistá-los para sua causa.

Graças ao dinheiro que ele me trouxe, dado por Ashe, vivo independente agora, como “unidade” e não como “dependente”.

Não vou mais a banquetes. Não sou visto em público com Obsle ou outros membros de apoio do Enviado e não o tenho visto, mesmo, há quase meio mês, desde o seu se­gundo dia em Mishnory. Ele me entregou o dinheiro de Ashe como quem paga uma quantia estipulada a um assas­sino profissional. Nunca estive tão ofendido como então, e insultei-o deliberadamente. Eu sabia que estava zangado, mas não estou certo de que ele tivesse compreendido o insulto — ele pareceu aceitar meu conselho, a despeito da maneira como o dei. Quando a minha indignação esfriou, senti isto, e fiquei preocupado. Seria possível que durante toda a sua estadia em Erhenrang ele buscasse meu conselho, sem saber como dizer-me que ele o queria? Se assim foi, então ele não entendeu nada do que lhe dissera, especialmente no dia da parada, à noite, sentados à lareira do palácio.

Seu orgulho pessoal deve ter base própria; é construído e sustentado, embora de modo diferente do nosso; enquanto eu pensava estar sendo grosseiro e vulgarmente franco com ele, talvez me achasse excessivamente sutil e confuso. Seu desajeitamento é ignorância. Sua arrogância também é ignorância. Ele não sabe quem somos, como nós ignoramos o que ele é. Ele é, na realidade, um completo alienígena, e eu sou um idiota, deixando minha sombra obscurecer a luz da esperança que ele nos trouxe. Tenho que reprimir a minha vaidade humana. Tenho que me afastar do seu caminho, pois está claro que é isto que ele deseja. Ele está certo. Um trai­dor exilado não é um bom defensor de sua causa.

De acordo com a legislação orgota que determina que cada “unidade” deve ter uma ocupação, trabalho numa fá­brica de plástico, da hora oitava até o meio-dia. É um tra­balho fácil: manobro uma máquina que liga peças de plástico para formar pequenas caixas transparentes que não sei para que são usadas.

De tarde, livre de ocupações, retomei as antigas dis­ciplinas físicas e mentais que aprendi em Rotherer. Fiquei contente em ver que não perdi minhas habilidades na con­centração da força de dothe ou em entrar em transe. Mas saio dele sem benefícios reais, assim como no treino de quie­tude e jejum. Parece que nunca os aprendi e tenho que co­meçar tudo de novo, como uma criança. Jejuei um dia, e como minhas entranhas protestaram! Imagino uma semana! Um mês!

As noites estão geladas agora; hoje à noite um vento duro traz chuva gelada. Toda a noitinha fiquei pensando em Estre, pois o som do vento aqui se assemelha ao de lá. Es­crevi para meu filho uma longa carta. Enquanto escrevia, senti, de novo, a presença de Arek, como se estivesse vivo, ao meu lado. Por que, afinal, escrevo estes apontamentos? Para meu filho ler? Não vai lhe fazer nenhum bem. Talvez para estar em contato com minha terra, usando minha pró­pria língua.

Harhahad susmy (9.° dia do segundo mês do outono). Nenhuma notícia do Enviado foi até agora emitida pelo rá­dio, nenhuma palavra. Fico pensando se Genly Ai percebe que em Orgoreyn, a despeito de todo aquele aparato gover­namental, nada é feito visivelmente, nada é dito em voz alta. A máquina governamental esconde as maquinações políticas. Tibe quer ensinar Karhide a mentir. Toma lições com Orgo­reyn; sem dúvida, uma boa escola. Mas creio que teremos dificuldades em aprender a mentir, tendo praticado há tanto tempo a arte de fazer rodeios em torno da verdade sem alcançá-la; contornando-a, mas sem mentir.

Uma grande operação de saque feita pelos orgotas atra­vés do Ey queimou os celeiros de Tekember. Exatamente o que o Sarf quer e o que Tibe deseja. Aonde isto vai nos levar?

Slose cabalizou todo o seu misticismo yomesh para as afirmações do Enviado e interpreta a vinda dos ecúmenos como a vinda do reino de Meshe entre nós; com isto se afasta da realidade.

“Devemos parar essa rivalidade com Karhide antes de o Novo Homem aparecer”, diz ele, “devemos limpar nos­sos espíritos e prepará-los para sua vinda. Temos que nos livrar do orgulho, proibir todos os atos de vingança e nos unirmos, sem inveja, como irmãos de um mesmo lar.”

Mas como? Como quebrar esse círculo vicioso?

Guyrny susmy (10.° dia do segundo mês do outono). Slose chefia um comitê que propõe suprimir as peças obsce­nas representadas nas casas públicas de kemmer. Elas devem ser semelhantes às huhuth karhideanas. Slose se opõe a elas porque são vulgares, baixas e blasfemas. Mas opor-se a algo é mantê-lo.

Dizem que “todos os caminhos levam a Mishnory”. Certo, se você volta as costas a Mishnory e se afasta de lá, ainda está no seu caminho. Opor-se à vulgaridade é, inevita­velmente, ser vulgar. Você deve procurar outro caminho, ter outro objetivo, assim você pode trilhar outra estrada.

Hoje, Yegey falou na reunião dos Trinta e Três:

“Eu me oponho terminantemente ao bloqueio da ex­portação de cereais a Karhide e ao espírito de competição que o motiva”.

Correto, mas ele não vai se libertar da estrada de Mish­nory indo por este caminho. Tem que apresentar a outra alternativa. Orgoreyn e Karhide têm que mudar o rumo que ambos estão tomando — devem procurar outra direção e quebrar esse círculo maléfico. Yegey, assim penso, deveria falar apenas do Enviado e nada mais. Ser um ateísta é man­ter Deus presente. Sua existência ou não-existência leva à mesma coisa no plano da prova. Assim, “prova” não é uma palavra que se use bastante entre os handdaratas, que esco­lheram não encarar Deus como um fato, sujeito tanto à prova quanto à fé, e eles quebraram o círculo que os prendia e saíram livres.

Saber quais as perguntas que são irrespondíveis e não responder a elas — esta qualidade é muito útil em tempos de tensão e de trevas.

Tormenbod susmy (13.° dia do segundo mês do ou­tono). Meu mal-estar aumenta. Nenhuma palavra sobre o Enviado foi proferida ainda no rádio pela Emissora Central. Nenhuma das notícias que costumávamos irradiar em Erhenrang foi jamais liberada aqui e os boatos sobre recepções ilegais de emissões radiofônicas nas fronteiras e as histórias de viajantes e comerciantes nunca se espalharam muito por aqui. O Sarf tem um completo controle sobre as comunica­ções, mais do que eu imaginava ser possível. Isso é assus­tador.

O rei e a Kyorremy de Karhide têm bastante controle sobre o povo, mas muito pouco sobre o que ouvem e ne­nhum sobre o que dizem. Aqui o governo pode controlar não só os atos como também o pensamento. É óbvio que ninguém deveria ter tal poder sobre os outros.

Shusgis e os outros andam abertamente com Genly Ai pela cidade. Fico pensando se ele percebe que esta abertura esconde o fato de que ele é, na realidade, um desconhecido. Ninguém sabe que está aqui. Perguntei aos meus companheiros na fábrica e não sabem de nada. Pensam que estou fa­lando de algum fanático e louco sectário de Yomesh. Não há nenhuma informação, nenhum interesse, nada que possa ajudar sua causa ou proteger sua vida. É uma pena que ele se pareça tanto conosco. Em Erhenrang, o povo o apontava na rua porque sabiam algo dele, falavam dele e sabiam que ele lá estava. Aqui, onde sua presença é mantida em segredo, ele passa sem ser notado. Eles o olham do modo como o fiz pela primeira vez: um jovem forte e moreno, um pouco fora do comum quanto à altura e com aparência de estar entrando em kemmer. Estudei os dados fornecidos pelos médicos, no ano passado, e nele as diferenças são marcantes. Não são superficiais. Deve-se conhecê-lo para saber o quanto ele é alie­nígena. Por que, então, eles o escondem? Por que um dos comensais não força a mão e fala dele em público ou pelo rádio? Mesmo Obsle, por que está silencioso? Por medo, é claro. Meu rei temia o Enviado; esses camaradas daqui te­mem uns aos outros. Creio que eu seja a única pessoa em quem Obsle confia, porque sou um estrangeiro. Ele sente prazer na minha companhia e eu na dele; muitas vezes pe­diu-me conselhos, com toda a franqueza. Mas quando eu o pressiono para falar, para despertar o interesse público como uma defesa contra as intrigas entre facções, ele não me atende.

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