Arthur Clarke - Encontro com Rama
Здесь есть возможность читать онлайн «Arthur Clarke - Encontro com Rama» весь текст электронной книги совершенно бесплатно (целиком полную версию без сокращений). В некоторых случаях можно слушать аудио, скачать через торрент в формате fb2 и присутствует краткое содержание. Издательство: EDITORA NOVA FRONTEIRA, Жанр: Фантастика и фэнтези, на португальском языке. Описание произведения, (предисловие) а так же отзывы посетителей доступны на портале библиотеки ЛибКат.
- Название:Encontro com Rama
- Автор:
- Издательство:EDITORA NOVA FRONTEIRA
- Жанр:
- Год:неизвестен
- ISBN:нет данных
- Рейтинг книги:4 / 5. Голосов: 1
-
Избранное:Добавить в избранное
- Отзывы:
-
Ваша оценка:
- 80
- 1
- 2
- 3
- 4
- 5
Encontro com Rama: краткое содержание, описание и аннотация
Предлагаем к чтению аннотацию, описание, краткое содержание или предисловие (зависит от того, что написал сам автор книги «Encontro com Rama»). Если вы не нашли необходимую информацию о книге — напишите в комментариях, мы постараемся отыскать её.
Encontro com Rama — читать онлайн бесплатно полную книгу (весь текст) целиком
Ниже представлен текст книги, разбитый по страницам. Система сохранения места последней прочитанной страницы, позволяет с удобством читать онлайн бесплатно книгу «Encontro com Rama», без необходимости каждый раз заново искать на чём Вы остановились. Поставьте закладку, и сможете в любой момент перейти на страницу, на которой закончили чтение.
Интервал:
Закладка:
Os olhos, que poderiam ter resolvido a questão, deixavam-na ainda mais ambígua. Estavam tão profundamente engastados nos seus capuchos protetores que não se podia saber se os cristalinos eram feitos de cristal ou de gelatina. Totalmente destituídos de expressão, tinham uma cor azul surpreendentemente viva. Embora se tivessem dirigido várias vezes para Jimmy, não mostraram o menor sinal, de interesse. Na opinião dele, talvez preconceituosa, isso decidia o nível de inteligência da criatura. Uma entidade — robô ou animal — capaz de desdenhar um ser humano não podia ser muito perspicaz.
Havia parado de dar voltas e ficou imóvel durante alguns momentos, como se escutasse alguma mensagem inaudível. Depois partiu, com uma curiosa andadura bamboleante, na direção do Mar. Andava em linha perfeitamente reta, a cinco ou seis quilômetros por hora, e já tinha percorrido uns duzentos metros quanto a mente de Jimmy, ainda não de todo refeita do choque, registrou o fato de que as relíquias da sua bem-amada Libélula lhe estavam sendo arrebatadas. Lançou-se, indignado, em perseguição do raptor.
Seu ato não foi de todo ilógico. O caranguejo ia em direção ao Mar — e, se havia socorro possível, só poderia vir de lá. Além disso, queria descobrir o que a criatura faria com o seu troféu; isso devia revelar alguma coisa no tocante à sua motivação e inteligência.
Por estar ainda machucado e rengo, Jimmy levou vários minutos a alcançar o caranguejo, que avançava resolutamente. Quando lhe chegou perto, seguiu-o a uma distância respeitosa, até certificar-se de que ele não se ressentia da sua presença. Foi então que notou entre os destroços da Libélula o seu cantil de água e a sua ração de emergência, e imediatamente sentiu fome e sede.
Ali, fugindo dele implacavelmente a cinco quilômetros por hora, iam o único alimento e a única bebida que havia naquela metade do mundo. Era preciso apoderar-se deles a todo custo.
Cautelosamente, foi se chegando ao caranguejo pela traseira direita. Enquanto marcava passo com ele, estudou-lhe o complicado ritmo das patas até poder prever qual delas se adiantaria em qualquer momento. Quando se sentiu pronto, murmurou um rápido «Com licença» e avançou lesto para deitar a mão aos seus bens. Nunca sonhara que um dia teria de exercer as habilidades de um escrunchador, e estava encantado com o seu sucesso. Em menos de um segundo tornou a pôr pé em terra e o caranguejo nem sequer diminuiu a sua marcha regular.
Deixou-se ficar uns doze metros para trás, molhou os lábios no cantil e começou a mastigar uma barra de concentrado de carne. A pequena vitória o fazia sentir-se muito mais feliz. Agora podia até aventurar-se a pensar no seu futuro sombrio.
Enquanto há vida, há esperança; e contudo, ele não podia imaginar um meio de ser salvo. Mesmo que seus colegas atravessassem o Mar, como alcançá-los meio quilômetro lá embaixo? «Havemos de encontrar um meio de descer», prometera o Controle Central. «Essa escarpa não pode dar volta ao mundo inteiro sem uma interrupção em alguma parte.» Jimmy fora tentado a perguntar «Por quê?», mas preferira calar.
Uma das coisas mais estranhas, para quem caminhava no interior de Rama, era que sempre podia ver o seu ponto de destino. Aqui, a curva do mundo não escondia, revelava. Havia já algum tempo que Jimmy sabia qual o objetivo do caranguejo; além, naquela terra que parecia subir diante dele, havia uma cova de meio quilômetro de largo. Fazia parte de um grupo de três, no continente meridional; fora impossível, do Cubo, ver-lhes a profundidade. Todas haviam recebido os nomes de grandes crateras lunares, e aquela de que se aproximava agora era a de Copérnico. A denominação era pouco apropriada, pois faltavam as colinas circundantes e os picos centrais. Esta não passava de um poço profundo, com paredes perfeitamente verticais.
Quando se aproximou o suficiente para poder olhar o fundo, Jimmy viu uma água parada, de um ominoso verde plúmbeo, pelo menos meio quilômetro mais abaixo. Isto a colocava aproximadamente ao nível do Mar, e Jimmy perguntou-se se haveria alguma comunicação entre ambos.
Pelo interior do poço descia uma rampa em espiral, completamente escavada na parede vertical, de modo que o efeito se parecia bastante com o estriamento de uma imensa alma de canhão. Impressionava o número de voltas; só depois de acompanhá-las através de várias revoluções, embaralhando-as cada vez mais, foi que Jimmy compreendeu que não se tratava de uma rampa, mas de três, completamente independentes e separadas umas das outras por uma distância angular de cento e vinte graus. Em qualquer ambiente que não fosse Rama, esse conceito teria sido um surpreendente tour de force arquitetônico. As três rampas conduziam diretamente para a água e mergulhavam na sua superfície opaca. Próximo à linha d'água Jimmy pôde distinguir um grupo de túneis ou cavernas negras; tinham um ar bastante sinistro, e ele perguntou a si mesmo se seriam habitadas. Talvez os ramaianos fossem anfíbios…
O caranguejo aproximou-se da beira do poço e Jimmy presumiu que ele fosse descer uma das rampas — talvez levando os destroços da Libélula a alguma entidade que fosse capaz de avaliá-la. Ao invés disso, a criatura caminhou direto até a beira, estendeu quase metade do corpo sobre o abismo sem a menor hesitação, se bem que um erro de alguns centímetros poderia ser desastroso — e sacudiu vigorosamente os ombros. Os fragmentos da Libélula desceram, esvoaçantes, para as profundezas; foi com lágrimas nos olhos que Jimmy os viu desaparecer. Eis em que redundava, pensou amargamente, a inteligência daquela criatura.
Depois de jogar fora o cisco, o caranguejo deu meia volta e começou a caminhar na direção de Jimmy, de quem não o separavam mais de dez metros. Irei receber o mesmo tratamento? perguntava-se este. Enquanto exibia ao Controle Central o monstro que se aproximava rapidamente, esperou que a câmara não estivesse tremendo muito.
— Que conselho me dão? — perguntou, ansioso, sem muita esperança de receber uma resposta útil. Era um pequeno console pensar que estava fazendo história, e viu desfilar diante dos seus olhos, como um relâmpago, os padrões aceitos para um tal encontro.
Até agora, todos esses padrões tinham sido puramente teóricos. Ele seria o primeiro homem a testá-los na prática.
— Não corra enquanto não tiver certeza de que ele é hostil — respondeu o Controle Central, também cochichando. Mas correr para onde? Ele pensava que podia vencer aquela coisa numa corrida de cem metros, mas em longa distância — e sentia um frio nas entranhas ao imaginar isso — seria certamente derrotado pelo cansaço.
Lentamente, Jimmy ergueu as mãos abertas com as palmas para a frente.
Havia duzentos anos que se discutia sobre esse gesto: qualquer criatura, em qualquer parte do universo, o interpretaria como «Está vendo? Não tenho armas»? Mas ninguém tinha algo melhor a sugerir.
O caranguejo não mostrou nenhuma reação, e tampouco afrouxou a sua marcha. Sem fazer o menor caso de Jimmy, passou por ele caminhando resolutamente para o sul. O representante do Homo sapiens, que se sentia perfeitamente ridículo, viu o seu Primeiro Contato dirigir-se para a planície ramaiana, numa total insensibilidade à sua presença.
Raramente fora tão humilhado em sua vida. Então veio-lhe em socorro o senso de humor. Afinal de contas, que importância tinha o sofrer uma desfeita de um caminhão de lixo animado? Seria pior se ele corresse a abraçá-lo como a um irmão desaparecido há muitos anos…
Voltou à orla de Copérnico e pôs-se a olhar as águas opacas lá no fundo. Pela primeira vez notou a presença de formas vagas, algumas delas bem grandes, a mover-se de um lado para outro sob a superfície. Momentos depois, uma dessas formas dirigiu-se para a mais próxima espiral, e alguma coisa que parecia um tanque centípede deu início à longa subida. Na marcha em que ia, calculou Jimmy, levaria quase uma hora para chegar lá em cima; se era uma ameaça, era uma ameaça a muito longo prazo.
Читать дальшеИнтервал:
Закладка:
Похожие книги на «Encontro com Rama»
Представляем Вашему вниманию похожие книги на «Encontro com Rama» списком для выбора. Мы отобрали схожую по названию и смыслу литературу в надежде предоставить читателям больше вариантов отыскать новые, интересные, ещё непрочитанные произведения.
Обсуждение, отзывы о книге «Encontro com Rama» и просто собственные мнения читателей. Оставьте ваши комментарии, напишите, что Вы думаете о произведении, его смысле или главных героях. Укажите что конкретно понравилось, а что нет, и почему Вы так считаете.