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Жозе Сарамаго: Viagem do Elefante

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Жозе Сарамаго Viagem do Elefante

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tada por ridículos ciúmes. o êxito dos encontros em wasserburg e em müldhorf algo irá ficar a dever à presença de um animal até agora desconhecido na áustria, como se maximiliano segundo o tivesse feito sair do nada para satisfação dos seus súbditos, dos mais humildes aos principais. esta parte final da viagem do elefante constituirá, toda ela, um clamor de constante júbilo que passará de uma cidade a outra como um rastilho de pólvora, além de que será um motivo de inspiração para que os artistas e os poetas de cada lugar de passagem se esmerem em pinturas e gravuras, em medalhas comemorativas, em inscrições poéticas como as do conhecido humanista caspar bruschius, destinadas à câmara de linz. e, por falar de linz, onde a caravana abandonará barcos, botes e jangadas para fazer por seu pé o que falta de caminho, é natural que alguém queira que lhe digam por que não continuou o arquiduque a utilizar a cómoda via fluvial, uma vez que o mesmo danúbio que os trouxe a linz também poderia tê-los levado a viena. Pensar assim é inge-nuidade, ou, no pior dos casos, desconhecer ou não compreender a importância de uma publicidade bem orientada na vida das nações em geral e na política e outros comércios em particular. imaginemos que o arquiduque maximiliano de áustria cometia o erro de desembarcar no porto fluvial de viena, sim, ouviram bem, no porto fluvial de viena. ora, os portos, sejam eles grandes ou pequenos, de rio ou de mar, nunca se distinguiram pela ordem e pelo asseio, e quando casualmente se nos apresentem sob uma aparência de 229

normalidade organizada convém saber que isso não passa de uma das inúmeras e não raro contraditórias imagens do caos. imaginemos o arquiduque a desembarcar com toda a sua caravana, incluindo um elefante, num cais atulhado de caixotes, sacos de todo o tipo, fardos disto e daquilo, no meio do lixo, com a multidão a atrapalhar, digam-nos como poderia ele abrir caminho para chegar às avenidas novas e aí preparar o desfile. Seria uma triste entrada depois de mais de três anos de ausência. não será assim. em müldhorf o arquiduque dará ordens ao seu intendente para co-meçar a elaborar um programa de recepção em viena à altura do acontecimento, ou dos aconteci-mentos, em primeiro lugar, como é óbvio, a chegada da sua pessoa e da arquiduquesa, em segundo lugar a desse prodígio da natureza que é o elefante solimão, o qual deslumbrará os vienenses tal como já havia deslum-brado quantos lhe puseram os olhos em cima em portugal, espanha e itália, que, para falar com justiça, não são propriamente países bárbaros. Correios a cavalo partiram para viena com instruções para o burgomes-tre e em que se exprimia o desejo do arquiduque de ver retribuído nos corações e nas ruas todo o amor que, ele e a arquiduquesa, dedicavam à cidade. Para bom entendedor até meia palavra sobra. outras instruções foram transmitidas, estas para uso interno, que se referiam à conveniência de aproveitar a navegação pelo inn e pelo danúbio para proceder a uma lavagem geral de pessoas e animais, a qual, não podendo, por razões compreensíveis, incluir banhos nas 230

águas geladas, teria de ser minimamente efectiva. aos arquiduques era fornecida todas as manhãs uma boa quantidade de água quente para as suas abluções, o que levou alguns na caravana, mais preocupados com a sua higiene pessoal, a murmurarem com um suspiro de pesar, Se eu fosse o arquiduque. não queriam o poder que maximiliano segundo detinha nas suas mãos, talvez mesmo não soubessem que fazer com ele, mas queriam a água quente, sobre cuja utilidade não pareciam ter dúvidas.

Quando desembarcou em linz, o arquiduque já levava ideias muito claras sobre a nova maneira de organizar a caravana em ordem a colher os melhores proveitos possíveis, em particular no que se referia aos efeitos psicológicos do seu regresso no ânimo da população de viena, cabeça do reino e, portanto, sede da mais aguda sensibilidade política. os couraceiros, até então divididos em vanguarda e retaguarda, passaram a constituir uma formação única, abrindo passo à caravana. logo depois vinha o elefante, o que, temos de reconhecê-lo, era uma jogada estratégica digna de um alekhine, mormente quando não tardaremos a saber que o coche do arquiduque só ocupará o terceiro lugar nesta sequência. o objectivo era claro, dar o máximo protagonismo a solimão, o que tinha todo o sentido do mundo, pois arquiduques de áustria tinha-os conhecido antes viena, ao passo que em matéria de elefantes era este o primeiro. de linz a viena vão trinta e duas léguas, estando previstas duas paragens intermédias, uma em melke e outra na cidade de ams-231

tetten, onde dormirão, pequenas etapas com as quais se pretende que a caravana possa entrar em viena em razoável estado de frescura física. o tempo não está de rosas, a neve continua a cair e o vento não perdeu aquele fio que corta, mas, comparando com os passos do isarco e de brenner, esta estrada bem poderia ser a do paraíso, ainda que seja duvidoso que naquele celeste lugar existam estradas, uma vez que as almas, mal cumprem as formalidades de acesso, são acto contí-

nuo dotadas de um par de asas, único meio de loco-moção ali autorizado. depois de amstetten não haverá outro descanso. a gente das aldeias desceu toda ao caminho para ver o arquiduque e encontrou-se com um animal de que ouvira falar vagamente e que provocava as curiosidades mais justificadas e as mais absurdas explicações como aconteceu àquele rapazinho que, tendo perguntado ao avô por que se chamava elefante ao elefante, recebeu como resposta que era por ter tromba. Um austríaco, mesmo que pertença às classes baixas, não é uma pessoa como qualquer outra, sempre há-de saber tudo do que haja para saber. outra ideia que nasceu entre esta boa gente, assim com este ar de protecção costumamos dizer, foi que no país de onde o elefante viera todas as pessoas possuíam um, como aqui um cavalo, uma mula ou mais frequentemente um burro, e que todas elas eram bastante ricas para poderem alimentar um animal daquele tamanho.

a prova de que assim era tiveram-na quando foi preciso parar no meio da estrada para dar de comer a solimão que, por uma razão desconhecida, torcera o nariz 232

ao pequeno-almoço. Juntou-se ao redor uma pequena multidão assombrada com a rapidez com que o elefante, com a ajuda da tromba, metia pela boca abaixo e engolia os feixes de palha depois de lhes ter dado duas voltas entre uns poderosos molares que, não podendo ser vistos de fora, facilmente se imaginavam. a medida que se aproximavam de viena ia-se notando, aos poucos, uma certa melhoria no estado do tempo.

nada de extraordinário, as nuvens continuavam baixas, mas havia deixado de nevar. alguém disse, Se isto continua, iremos ter em viena céu descoberto e um sol a brilhar. não seria exactamente assim, porém, outro galo teria cantado nesta viagem se a meteorologia geral tivesse seguido o exemplo desta que será conhecida um dia por cidade das valsas. de vez em quando a caravana era obrigada a parar porque os aldeãos e as aldeãs das redondezas queriam mostrar as suas habilidades de canto e dança, as quais agradavam especialmente à arquiduquesa cuja satisfação o arquiduque partilhava de uma maneira benevolente, quase paternal, que correspondia a um pensamento muito comum, então e sempre, Que se lhes há-de fazer, as mulheres são assim. as torres e as cúpulas de viena já estavam no horizonte, as portas da cidade abertas de par em par, e o povo nas ruas e nas praças, envergan-do as suas melhores galas em honra dos arquiduques.

tinha sido assim em valladolid quando da chegada do elefante, mas os povos ibéricos por qualquer coisa se põem contentes, são como crianças. aqui, em viena de áustria, cultiva-se a disciplina e a ordem, há algo 233

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