Жозе Сарамаго - Viagem do Elefante
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- Название:Viagem do Elefante
- Автор:
- Издательство:Caminho
- Жанр:
- Год:2008
- ISBN:9789722120173
- Рейтинг книги:3 / 5. Голосов: 1
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surpresa, torna-se rapidamente ridículo, grotesco, e pior ainda irá sen do quanto mais olharmos para ele, a ideia foi minha, disse o arquiduque, mas penso que tens razão, vou mandar a gualdrapa ao bispo de valladolid, ele lhe encontrará destino, provavelmente, se em espanha ficássemos, voltaríamos a ver, bajo pa-lio, um general dos mais bem vistos pela santa madre igreja.
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Havia mesmo quem tivesse prognosticado que a viagem do elefante terminaria aqui, neste mar de rosas. ou porque a prancha de acesso ao convés, in capaz de lhe suportar as quatro toneladas de peso, se rom-pesse, ou porque um balanço mais forte da onda lhe fizesse perder o equilíbrio e o lançasse de cabeça para baixo no pélago, a hora final teria chegado para o antigo e feliz salomão, agora tristemente baptizado com o bárbaro nome de solimão. a maior parte das nobres personagens que tinham vindo a rosas para se despedir do arquiduque nunca haviam visto na vida um elefante, nem pintado. não sabem que um ani mal destes, sobretudo se viajou por mar em qualquer altura da sua vida, tem o que se costuma chamar pé marinheiro. não se lhe peça que ajude à manobra, que suba às vergas para rizar as velas, que maneje o octante ou o sextante, mas ponham-no ali ao leme, firme nas grossas estacas que lhe fazem de pernas, mandem vir uma tempestade das rijas. verão como o elefante se enfrenta com os mais furiosos ventos contrários, navegando à bolina com a elegância e a eficácia de um piloto de primeira classe, como se essa arte estivesse contida nos quatro livros dos vedas que havia aprendido de cor na mais tenra infância e nunca mais esquecidos, mesmo quando os azare da vida determinaram que teria de ganhar o triste pão de cada dia transportando 154
troncos de árvore de um lado para outro ou aturando a curiosidade boçal de certos amadores de espectá-
culos circenses de mau gosto. as pessoas estão muito enganadas a respeito dos elefantes. imaginam que eles se divertem quando são obrigados a equilibrar-se sobre uma pesada esfera metálica, numa reduzida su-perfície curva em que as patas mal conseguem encontrar apoio. o que nos vale é o bom feitio dos elefantes, especialmente dos oriundos da índia. Pensam eles que é preciso ter muita paciência para aturar os seres humanos, inclusive quando nós os perseguimos e ma-tamos para lhes serrarmos ou arrancarmos os dentes por causa do marfim. entre os elefantes recordam-se com frequência as famosas palavras pronunciadas por u dos seus profetas, aquelas que dizem, Perdoai-lhes, senhor, porque eles não sabem o que fazem. eles somos todos nós, e em particular estes que aqui vieram só pela casualidade de o verem morrer e que neste momento iniciaram o caminho de regresso a valladolid, frustrados como aquele espectador que seguia uma companhia de circo para onde quer que ela fosse só para estar presente no dia em que o acrobata caís-se fora da rede. ah, é verdade, um esquecimento que ainda vamos a tempo de corrigir. além da sua indiscutível competência no manejo da roda do leme, em tantos séculos de navegação nunca se encontrou nada melhor que um elefante para trabalhar com o cabres-tante.instalado o solimão num espaço do convés deli-mitado por barrotes, cuja função, não obstante a apa-155
rente robustez da estrutura, seria mais simbólica que real, uma vez que sempre ficaria dependente dos humores do animal, frequentemente erráticos, fritz foi à procura de novidades. a primeira, e a mais óbvia de todas, deveria atender à pergunta, a que porto vai i barco, perguntou a um marinheiro já idoso, com cara de boa gente, e dele recebeu a mais pronta, sintética e elucidativa das respostas, a génova, e isso, onde é, perguntou o cornaca. o homem pareceu ter dificuldade em entender como era possível que alguém neste mundo ignorasse onde se encontrava génova, pelo que se contentou com apontar na direcção do levante e dizer, Para aquele lado, em itália, portanto, adiantou fritz, cujos reduzidos conhecimentos geográficos lhe permitiam, ainda assim, correr certos riscos. Sim, em itália, confirmou o marinheiro, e viena, onde está, insistiu fritz, muito mais para cima, para além dos alpes, Que são os alpes, os alpes são umas montanhas grandes, enormes, muito trabalhosas de atravessar, principalmente no inverno, não, nunca lá fui, mas tenho ouvido dizer a viajantes que por lá andaram, Se é assim, o pobre salomão vai passar um mau bocado, veio da índia, que é terra quente, nunca conheceu o que são os grandes frios, nisso somos iguais, ele e eu, que também de lá vim, Quem é esse salomão, perguntou o marinheiro, Salomão era o nome que o elefante tinha antes de passar a chamar-se solimão, tal como sucedeu comigo que, tendo sido subhro desde que vim a este mundo, agora sou fritz, Quem vos mudou os nomes, Quem para isso tinha poder, sua alteza o arqui-156
duque que vai neste barco, É ele o dono do elefante, tornou a perguntar o marinheiro, Sim, e eu sou o tratador, o cuidador, ou o cornaca, que é a palavra certa, o salomão e eu passámos dois anos em portugal, que não é o pior dos sítios para viver, e agora vamos a caminho de viena, que dizem ser o melhor, Pelo menos, essa fama tem-na, oxalá o proveito seja de idêntica qualidade, e que dêem finalmente descanso ao pobre salomão, que não nasceu para tais andanças, para viagem já devia bastar a que tivemos de fazer entre goa e lisboa, o salomão pertencia ao rei de portugal, dom joão terceiro, que o ofereceu ao arquiduque, a mim ca-lhou-me acompanhá-lo, primeiro na navegação para portugal e agora nesta caminhada para viena, a isso chama-se ver mundo, disse o marinheiro, não tanto como andar de porto em porto, respondeu o cornaca, que não chegaria a terminar a frase porque se aproximava o arquiduque trazendo atrás de si o inevitável séquito, mas desta vez sem a arquiduquesa, a quem, pelos vistos, solimão tinha deixado de ser simpático.
Subhro arredou-se do caminho, como se imaginasse que assim passaria despercebido, mas o arquiduque viu-o, fritz, acompanha-me, vou ver o elefante, disse. o cornaca chegou-se para a frente sem saber bem onde poderia meter-se, mas o arquiduque tirou-o de dúvidas, vai adiante e vê se tudo está em ordem, mandou. foi uma sorte porque, na ausência do cornaca, solimão havia decidido que as tábuas do convés eram o melhor que podia haver para que ali mesmo fossem depositadas as suas urgências fisiológicas, e, 157
em consequência, patinhava, literalmente, num tapete pastoso de excrementos e urina. ao lado, para satisfazer, sem tardança, uma sede repentina, encontrava-se, ainda quase cheia, a dorna da água, além de alguns fardos de forragens, somente alguns, já que os restantes haviam sido descidos ao porão. Subhro raciocinou rapidamente. Pediu ajuda a uns marinheiros e, todos juntos, uns cinco ou seis homens, todos razoavelmente forçudos, levantaram de um lado a dorna e fizeram sair a água pelo outro lado, em cascata, direita ao mar.
o efeito foi quase instantâneo. Sob o impulso da água, e graças também às suas qualidades dissolventes, o malcheiroso caldo de excrementos foi lançado pela borda fora, com excepção do que permanecera agar-rado à parte inferior das patas do elefante, mas que um segundo jorro, menos abundante, se encarregou de deixar em estado mais ou menos aceitável, assim se demonstrando, uma vez mais, não só que o óptimo é inimigo do bom, mas também que o bom, por muito que se esforce, nunca chegará aos calcanhares do óptimo. o arquiduque já pode aparecer. Porém, enquanto chega e não chega, tranquilizemos os leitores, que tão preocupados têm andado pela falta de informações sobre o carro de bois que, ao longo das cento e quarenta léguas que separam valladolid de rosas, carregou com a dorna da água e os fardos de forragem. Costumam dizer os franceses, e já neste tempo principiavam a dizê-lo, que pas de nouvelles, bonnes nouvelles, logo, os leitores que desafoguem a preocupação em que têm estado a viver, o carro de bois vai 158
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