Paolo Coelho - A bruxa de Portobello
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“Na verdade, esta bruxa de Portobello, esta mestra do charlatanismo, tem contatos com altas esferas do governo, daí a passividade de uma polícia paga com o dinheiro do contribuinte para manter a ordem e a decência. Vivemos em um momento em que tudo é permitido; a democracia está sendo engolida e destruída por causa de sua liberdade ilimitada.”
O pastor afirma que logo no início desconfiou do grupo; haviam alugado um imóvel caindo aos pedaços, e passavam dias inteiros tentando recuperá-lo, “numa clara demonstração de que pertenciam a uma seita, e tinham sido submetidos à lavagem cerebral, porque ninguém trabalha de graça neste mundo”. Ao ser perguntado se os seus fiéis também não se dedicavam a trabalhos caritativos ou de apoio à comunidade, Buck alegou que “o que fazemos é em nome de Jesus”.
Ontem à noite, ao chegar ao armazém onde seus seguidores a aguardavam do lado de fora, Sherine Khalil, seu filho, e alguns de seus amigos foram impedidos de entrar pelos paroquianos do Reverendo Buck, que carregavam cartazes e utilizavam megafones conclamando a vizinhança a juntar-se a eles. O bate-boca logo degenerou em agressões físicas, e em pouco tempo era impossível controlar ambos os lados.
“Dizem que lutam em nome de Jesus; mas na verdade o que desejam é fazer com que continuemos a não escutar as palavras de Cristo, que dizia ‘todos nós somos deuses’” — afirmou a conhecida atriz Andrea McCain, uma das seguidoras de Sherine Khalil, a Athena. A senhorita McCain recebeu um corte no supercílio direito, foi imediatamente medicada, e deixou o local antes que a reportagem pudesse descobrir mais alguma coisa sobre a sua relação com o culto.
Para a Sra. Khalil, que procurava acalmar seu filho de oito anos logo que a ordem foi restabelecida, tudo que acontece no antigo armazém é uma dança coletiva, seguida da invocação a uma entidade conhecida como Hagia Sofia, a quem são feitas perguntas. A celebração termina com uma espécie de sermão e uma oração coletiva em homenagem à Grande Mãe. O oficial que foi encarregado de apurar as primeiras denúncias confirmou suas palavras.
Pelo que apuramos, a comunidade não possui nome ou registro como sociedade beneficente. Mas, para o advogado Sheldon Williams, isso não é necessário: “estamos em um país livre, as pessoas podem se reunir em recintos fechados para eventos sem fins lucrativos, desde que isso não incentive a quebra de qualquer lei de nosso código civil, como seria a incitação ao racismo, ou consumo de entorpecentes”.
A Sra. Khalil rejeitou enfaticamente qualquer possibilidade de interromper os seus cultos por causa dos distúrbios.
“Formamos um grupo para nos encorajar mutuamente, já que é muito difícil enfrentar sozinhos as pressões da sociedade”, comentou. “Exijo que o seu jornal denuncie esta pressão religiosa que viemos sofrendo ao longo de todos estes séculos. Sempre que não fazemos as coisas de acordo com as religiões instituídas e aprovadas pelo Estado, somos reprimidos — como tentaram fazer hoje. Acontece que antes caminhávamos para o calvário, para as prisões, para as fogueiras, para o exílio. Mas agora temos condições de reagir, e a força será respondida com a força, da mesma maneira que a compaixão também será paga com compaixão.”
Ao ser confrontada com as acusações do Reverendo Buck, ela acusou-o de “manipular seus fiéis, usando a intolerância como pretexto, e a mentira como arma para ações violentas”.
Segundo o sociólogo Arthaud Lenox, fenômenos como este tendem a se repetir nos próximos anos, possivelmente envolvendo confrontações mais sérias entre religiões estabelecidas. “No momento em que a utopia marxista provou sua total incompetência para canalizar os ideais da sociedade, o mundo agora se volta para um despertar religioso, fruto do pavor natural da civilização pelas datas redondas. Entretanto, acredito que, quando o ano 2000 chegar e o mundo continuar existindo, o bom senso prevalecerá, e as religiões voltarão a ser apenas um refúgio para gente mais fraca, que está sempre em busca de guias.”
A opinião é contestada por D. Evaristo Piazza, bispo auxiliar do Vaticano no Reino Unido: “o que vemos surgir não é um despertar espiritual que todos nós ansiamos, mas uma onda daquilo que os americanos chamam de Nova Era, espécie de caldo de cultura onde tudo é permitido, os dogmas não são respeitados, e as idéias mais absurdas do passado voltam a assolar a mente humana. Pessoas inescrupulosas como esta senhora estão tentando infundir suas idéias falsas em mentes fracas e sugestionáveis, com o único objetivo de lucro financeiro e poder pessoal”.
O historiador alemão Franz Herbert, atualmente fazendo estágio no Instituto Goethe de Londres, tem uma idéia diferente. “As religiões estabelecidas deixaram de responder as questões fundamentais do homem — como sua identidade e sua razão de viver. Em vez disso, se concentraram apenas em uma série de dogmas e normas voltadas para uma organização social e política. Desta maneira, as pessoas em busca de uma espiritualidade autêntica estão partindo em direção a novos rumos; isso significa, sem dúvida nenhuma, uma volta ao passado e aos cultos primitivos, antes destes cultos serem contagiados pelas estruturas de poder.”
No posto policial onde a ocorrência foi registrada, o Sargento William Morton informou que caso o grupo de Sherine Khalil resolva realizar sua reunião na próxima segunda-feira e achar que está sendo ameaçada, deve solicitar por escrito proteção policial, evitando que os incidentes se repitam.
( Colaborou na reportagem Andrew Fish; fotos de Mark Guillhem. )Heron Ryan, jornalista
Li a reportagem no avião quando voltava da Ucrânia cheio de dúvidas. Não tinha ainda conseguido saber se a tragédia de Chernobyl sido realmente grande, ou fora usada pelos grandes produtores de petróleo para inibir o uso de outras fontes de energia.
Fiquei assustado com o artigo que tinha em mãos. As fotos mostravam algumas vitrines quebradas, um Reverendo Buck colérico, e — ali estava o perigo — uma bela mulher, com olhos de fogo, abraçada ao seu filho. Entendi imediatamente o que poderia acontecer de bom e de ruim. Fui direto do aeroporto para Portobello, convencido de que ambas as minhas previsões se transformariam em realidade.
No lado positivo, a reunião da segunda-feira seguinte foi um dos eventos de maior sucesso na história do bairro: veio gente de todo o bairro, algumas curiosas para encontrar a tal entidade mencionada na matéria, outras com cartazes defendendo a liberdade de culto e de expressão. Como o lugar não comportava mais de duzentas pessoas, a multidão ficou espremida na calçada, esperando ao menos um olhar daquela que parecia ser a sacerdotisa dos oprimidos.
Quando ela chegou, foi recebida com palmas, bilhetes, pedidos de socorro; algumas pessoas lhe atiraram flores, e uma senhora, de idade indefinida, pediu que continuasse a lutar pela liberdade das mulheres, pelo direito de adoração da Mãe.
Os paroquianos da semana anterior devem ter ficado intimidados com a multidão e não compareceram, apesar das ameaças que fizeram espalhar nos dias anteriores. Nenhuma agressão foi ouvida, e a cerimônia transcorreu como sempre — dança, Hagia Sofia se manifestando (a esta altura eu já sabia que era apenas um lado da própria Athena), celebração no final (que havia sido acrescentada recentemente, quando o grupo mudou-se para o armazém cedido por um dos primeiros freqüentadores), e ponto final.
Notei que durante o sermão Athena parecia possuída:
— Todos nós temos um dever com o amor: permitir que ele se manifeste da maneira que julgar melhor. Não podemos e não devemos nos assustar quando as forças das trevas, aquelas que instituíram a palavra “pecado” apenas para controlar nossos corações e mentes, querem se fazer ouvir. O que é pecado? Jesus Cristo, que todos nós conhecemos, virou-se para a mulher adúltera, e disse: “ninguém te condenou? Pois eu também não te condeno”. Curou aos sábados, permitiu que uma prostituta lavasse seus pés, convidou um criminoso que estava sendo crucificado com ele para gozar as delícias do Paraíso, comeu alimentos proibidos, disse que nos preocupássemos apenas com o dia de hoje, porque os lírios do campo não tecem nem fiam, mas se vestem com glória.
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