Paolo Coelho - A bruxa de Portobello
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— Diga-me que gostou de ser mulher por uma noite.
— Gostei. Não sei se gostaria sempre, mas foi algo que me assustou e me alegrou ao mesmo tempo.
— Diga-me que sempre quis experimentar o que experimentou.
Uma coisa é deixar-se levar pela situação, a outra é comentar friamente o assunto. Eu não disse nada — embora não duvidasse que ela soubesse a resposta.
— Pois bem — continuou Andrea. — Isso tudo estava dentro de mim e eu não sabia. E estava dentro de mim a máscara que caiu hoje quando eu estava no palco: você notou algo diferente?
— Claro. Irradiava uma luz especial.
— Carisma: a força divina que se manifesta no homem e na mulher. O poder sobrenatural que não precisamos mostrar para ninguém, porque todos conseguem enxergar, até os menos sensíveis. Mas só acontece depois que ficamos nus, morremos para o mundo, e renascemos para nós mesmos. Ontem à noite, eu morri. Hoje, quando pisei o palco e vi que fazia exatamente o que havia escolhido, eu renasci de minhas cinzas.
“Porque eu sempre andei tentando ser quem era, mas não conseguia. Tentava sempre impressionar os outros, tinha conversas inteligentes, agradava meus pais e ao mesmo tempo usava todos os artifícios para conseguir fazer as coisas que gostaria. Eu sempre abri meu caminho com sangue, lágrimas, força de vontade — mas ontem entendi que escolhi o processo errado. O meu sonho não requer nada disso, apenas que eu me entregue a ele, e morda os dentes se achar que estou sofrendo, porque o sofrimento passa.
— Por que está me dizendo isso?
— Deixe-me terminar. Neste percurso onde o sofrimento parecia ser a única regra, eu lutei por coisas que não adianta lutar. Como amor, por exemplo: ou a gente sente, ou não há força no mundo que consiga provocá-lo.
“Podemos fingir que amamos. Podemos nos acostumar com o outro. Podemos viver uma vida inteira de amizade, cumplicidade, criar uma família, ter sexo todas as noites, ter orgasmo, e mesmo assim sentir que há um vazio patético em tudo isso, alguma coisa importante está faltando. Em nome do que havia aprendido sobre as relações entre um homem e uma mulher, procurei lutar por coisas que não valiam tanto a pena. E isso inclui você, por exemplo.
“Hoje, enquanto fazíamos amor, enquanto eu dava o máximo, e percebia que você também estava dando o seu melhor, entendi que seu melhor já não me interessa mais. Vou dormir ao seu lado, e amanhã estou indo embora. O teatro é meu ritual, ali eu posso expressar e desenvolver o que quero.”
Comecei a me arrepender de tudo — de ter ido à Transilvânia para cruzar com uma mulher que podia estar destruindo minha vida, provocado o primeiro encontro do “grupo”, confessado meu amor em um restaurante. Naquele momento, odiei Athena.
— Sei o que você está pensando — disse Andrea. — Que sua amiga me fez uma lavagem cerebral; não é nada disso.
— Eu sou um homem, embora hoje tenha me comportado na cama como mulher. Eu sou uma espécie em extinção, porque não vejo muitos homens ao meu redor. Poucas pessoas arriscam o que eu arrisco.
— Tenho certeza, e isso faz com que o admire. Mas será que você não vai me perguntar quem eu sou, o que quero, o que desejo?
Perguntei.
— Quero tudo. Quero a selvageria e a ternura. Quero incomodar os vizinhos e procurar acalmá-los. Não quero mulheres na cama, mas quero homens, verdadeiros homens — como você, por exemplo. Que me amem ou que me usem, isso não tem importância — o meu amor é maior que isso. Quero amar livremente, e quero deixar que as pessoas à minha volta façam a mesma coisa.
“Finalmente: tudo que conversei com Athena foi sobre as coisas simples que despertam a energia reprimida. Como fazer amor, por exemplo. Ou andar na rua repetindo ‘eu estou aqui e agora’. Nada de especial, nenhum ritual secreto; a única coisa que fazia de nosso encontro algo relativamente incomum, é que as duas estavam nuas. A partir de agora, ela e eu nos veremos sempre nas segundas-feiras, e se eu tiver qualquer coisa a comentar, farei isso depois da sessão — não tenho a menor vontade de ser sua amiga.
“Da mesma maneira, quando ela sente vontade de dividir algo, vai até a Escócia conversar com esta tal de Edda, que pelo visto você também conhece, e nunca me contou.”
— Mas eu não me lembro!
Senti que Andrea estava se acalmando aos poucos. Preparou duas taças de café, e bebemos juntos. Ela voltou a sorrir, perguntou de novo sobre minha promoção, disse que estava preocupada com as reuniões de segunda-feira, porque naquela manhã soubera que os amigos dos amigos estavam convidando outras pessoas, e o local era pequeno. Eu fazia um esforço incomum para fingir que tudo não tinha passado de um ataque de nervos, uma tensão pré-menstrual, uma crise de ciúmes.
Abracei-a, ela encolheu-se no meu ombro; esperei que dormisse, embora estivesse exausto. Naquela noite, não sonhei com absolutamente nada, não tive qualquer pressentimento.
E na manhã seguinte, quando acordei, vi que as roupas dela não estavam mais lá; a chave de casa estava sobre a mesa, sem nenhum bilhete de despedida.
Deidre O’Neill, conhecida como Edda
As pessoas lêem muitas histórias de bruxas, de fadas, de paranormais, de meninos possuídos por espíritos malignos. Assistem a muitos filmes com rituais em que pentagramas, espadas, e invocações são feitas. Tudo bem, é preciso deixar que a imaginação funcione, que estas etapas sejam vividas; e quem passa por elas sem se deixar enganar, termina entrando em contato com a Tradição.
A verdadeira Tradição é isso: o mestre jamais diz ao discípulo o que deve fazer. São apenas companheiros de viagem, dividindo a mesma e difícil sensação de “estranhamento” diante das percepções que mudam sem parar, dos horizontes que se abrem, das portas que se fecham, dos rios que às vezes parecem atrapalhar o caminho — e que na verdade não devem ser atravessados, mas percorridos.
A diferença entre mestre e discípulo é apenas uma: o primeiro tem um pouco menos de medo que o segundo. Então, quando se sentam ao redor de uma mesa ou de uma fogueira para conversar, o mais experiente sugere: “por que não faz isso?”. Nunca diz: “ande por aqui, e irá chegar onde eu cheguei”, já que cada caminho é único, e cada destino é pessoal.
O verdadeiro mestre provoca no discípulo a coragem de desequilibrar seu mundo, embora também ele esteja com receio das coisas que tem encontrado, e mais receio ainda do que lhe reserva a próxima curva.
Eu era uma médica jovem e entusiasmada, que foi para o interior da Romênia em um programa de intercâmbio do governo inglês, procurando ajudar o meu próximo. Parti carregando medicamentos na bagagem, e conceitos na cabeça: tinha idéias claras a respeito de como as pessoas devem se comportar, do que é necessário para ser feliz, dos sonhos que devemos manter acesos dentro de nós, de como as relações humanas precisam ser desenvolvidas. Desembarquei em Bucareste durante aquela sangrenta e delirante ditadura, fui para a Transilvânia como parte de um programa de vacinação em massa dos habitantes do lugar.
Não entendia que estava sendo apenas uma peça a mais em um complicado tabuleiro de xadrez, onde mãos invisíveis manipulavam meu ideal, e tudo aquilo que pensava estar fazendo pela humanidade tinha segundas intenções: estabilizar o governo do filho do ditador, permitir que a Inglaterra vendesse armas em um mercado que era dominado pelos soviéticos.
Minhas boas intenções logo caíram por terra quando comecei a ver que as vacinas apenas não bastavam, existiam outras doenças grassando na região, eu escrevia sem parar pedindo recursos e não os conseguia — diziam que não me preocupasse além daquilo que me haviam pedido.
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