Paolo Coelho - A bruxa de Portobello
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Seus olhos cuspiam fogo.
— Podem ir.
Todos saíram, eu podia ver a confusão expressa na maioria dos rostos. Vieram em busca de conforto, e haviam encontrado provocação. Chegaram querendo escutar sobre como o amor pode ser controlado, e ouviram que a chama que tudo devora jamais poderá deixar de incendiar tudo. Queriam ter certeza que suas decisões estavam certas — seus maridos, suas mulheres, seus patrões, estavam satisfeitos —, e a única coisa que encontraram foram palavras de dúvida.
Algumas pessoas, porém, sorriam. Elas haviam entendido a importância da dança, e com certeza iriam deixar que seus corpos e suas almas flutuassem a partir daquela noite — mesmo tendo que pagar um preço, como sempre ocorre.
Na sala, ficaram apenas a criança, Hagia Sofia, eu e Heron.
— Pedi para que você ficasse sozinha.
Sem dizer nada, ele pegou seu sobretudo e foi embora.
Hagia Sofia me olhava. E, pouco a pouco, eu a vi transformar-se em Athena. A única maneira de descrever como se deu esta passagem é tentando compará-la com uma criança; quando é contrariada, podemos ver a irritação em seus olhos, mas logo ela se distrai, e quando a raiva vai embora parece que o menino não é mais aquele que estava chorando. A “entidade”, se é que podemos chamar assim, parecia ter se dissipado no ar quando seu instrumento perdeu a concentração.
Eu agora estava diante de uma mulher que parecia exausta.
— Prepare-me um chá.
Ela estava me dando uma ordem! E não era mais a sabedoria universal, mas alguém pela qual meu homem estava interessado, ou apaixonado. Até onde iríamos com esta relação?
Mas um chá não iria destruir meu amor-próprio: fui até a cozinha, esquentei a água, coloquei folhas de camomila dentro, e voltei para a sala. O menino estava dormindo em seu colo.
— Você não gosta de mim.
Não respondi.
— Tampouco gosto de você — continuou. — É bonita, elegante, uma excelente atriz, dona de uma cultura e uma educação que eu jamais tive, embora minha família tivesse insistido muito. Mas é insegura, arrogante, desconfiada. Como disse Hagia Sofia, você é duas, quando podia ser apenas uma.
— Não sabia que se lembrava do que diz durante o transe, porque neste caso você também é duas: Athena e Hagia Sofia.
— Posso ter dois nomes, mas sou uma só — ou sou todas as pessoas do mundo. E é justamente aí que quero chegar: porque sou uma e todas, a centelha que surge quando entro em transe me dá instruções precisas. Claro que estou semiconsciente o tempo inteiro, mas falando coisas que vêm de um ponto desconhecido dentro de mim mesmo; como se estivesse alimentando-me no seio da Mãe, deste leite que corre por todas as nossas almas, e transporta o conhecimento pela Terra.
“Desde a semana passada, na primeira vez que entrei em contato com esta nova forma, a primeira coisa que me dita me pareceu um absurdo: eu devia ensiná-la.”
Fez uma pausa.
— Evidente que achei que estava delirando, já que não sinto a menor simpatia por você.
Fez outra pausa, maior que a primeira.
— Mas hoje a fonte insistiu nisso. E estou lhe dando esta escolha.
— Por que a chama de Hagia Sofia?
— Fui eu quem a batizou; é o nome de uma mesquita que vi em um livro, e achei muito bonita.
“Você, se quiser, poderá ser minha discípula. Foi isso que a trouxe aqui no primeiro dia. Todo este novo momento em minha vida, inclusive a descoberta de Hagia Sofia dentro de mim, foi provocado porque um dia você entrou por esta porta, e disse: ‘faço teatro e iremos montar uma peça sobre o rosto feminino de Deus. Soube que esteve no deserto e nas montanhas dos Bálcãs, junto com os ciganos, e tem informações a respeito’.”
— Vai me ensinar tudo que sabe?
— Tudo o que não sei. Vou aprender à medida que estiver em contato com você, como disse na primeira vez que nos vimos, e estou repetindo agora. Depois que aprender o que preciso, seguiremos separadas nossos caminhos.
— Pode ensinar a alguém que não gosta?
— Posso amar e respeitar alguém que não gosto. Nas duas vezes em que estive em transe, enxerguei sua aura — era a mais evoluída que vi em toda a minha vida. Você pode fazer uma diferença neste mundo, se aceitar minha proposta.
— Irá me ensinar a ver auras?
— Eu mesma não sabia que era capaz disso, até que vi pela primeira vez. Se estiver no seu caminho, terminará aprendendo também esta parte.
Entendi que também podia amar alguém que não gostava. Disse que sim.
— Então vamos transformar esta aceitação em um ritual. Um rito nos joga em um mundo desconhecido, mas sabemos que com as coisas que estão ali não podemos brincar. Não basta dizer sim; precisa colocar sua vida em jogo. E sem pensar muito. Se for a mulher que imagino que seja, não irá dizer: “preciso refletir um pouco”. Irá dizer…
— Estou preparada. Vamos ao ritual. Onde aprendeu este ritual?
— Vou aprender agora. Já não preciso mais sair do meu ritmo para entrar em contato com a centelha da Mãe, porque, uma vez que ela se instala, é fácil tornar a encontrar-se com ela. Já sei a porta que preciso abrir, embora estivesse escondida no meio de muitas entradas e saídas. Tudo que preciso é de um pouco de silêncio.
Silêncio de novo!
Ficamos ali, os olhos bem abertos, fixos, como se fôssemos começar um duelo mortal. Rituais! Antes mesmo de tocar a campainha da casa de Athena pela primeira vez, já havia participado de alguns. Tudo aquilo para no final sentir-me usada, diminuída, diante de uma porta que sempre estava ao alcance de meus olhos, mas que eu não conseguia abrir. Rituais!
Tudo que Athena fez foi tomar um pouco do chá que eu havia preparado.
— O ritual está feito. Pedi que fizesse algo para mim, e você fez. Eu o aceitei. Agora é sua vez de pedir-me algo.
Pensei imediatamente em Heron. Mas não era o momento.
— Tire a roupa.
Ela não perguntou a razão. Olhou para o menino, certificou-se que dormia, e logo começou a retirar o suéter.
— Não precisa — eu interrompi. — Não sei por que pedi isso.
Mas ela continuou a despir-se. A blusa, a calça jeans , o sutiã — reparei em seus seios, os mais belos que tinha visto até então. Finalmente tirou a calcinha. E ali estava, oferecendo-me sua nudez.
— Abençoe-me — disse Athena.
Abençoar minha “mestra”? Mas eu havia dado o primeiro passo, não podia parar no meio — e, molhando minhas mãos na xícara de chá, aspergi um pouco a bebida em seu corpo.
— Da mesma maneira que esta planta foi transformada em bebida, da mesma maneira que esta água misturou-se com a planta, eu te abençôo, e peço à Grande Mãe que a fonte de onde veio esta água jamais pare de jorrar, e a terra de onde veio esta planta seja sempre fértil e generosa.
Surpreendi-me com minhas palavras; não tinham saído nem de dentro, nem de fora de mim. Era como se as conhecesse sempre, e tivesse feito isso uma infinidade de vezes.
— Está abençoada, pode vestir-se.
Mas ela continuou nua, com um sorriso nos lábios. O que desejava? Se Hagia Sofia era capaz de ver auras, sabia que eu não tinha o menor desejo de ter relações com uma mulher.
— Um momento.
Ela pegou o menino no colo, levou-o para o seu quarto, e voltou em seguida.
— Tire também sua roupa.
Quem estava pedindo? Hagia Sofia, que me dizia do meu potencial e de quem era a discípula perfeita? Ou Athena, que eu pouco conhecia, parecia capaz de qualquer coisa, uma mulher que a vida tinha educado para ir além de seus limites, saciar qualquer curiosidade?
Havíamos entrado em um tipo de confrontação que não permitia recuos. Despi-me com a mesma desenvoltura, o mesmo sorriso, e o mesmo olhar.
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