Paolo Coelho - A bruxa de Portobello

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Uma reflexão sobre a espiritualidade, a moral e as relações familiares. Narra 21 anos na vida de Athena, uma jovem originária da Transilvânia adotada por libaneses, que parte em busca de sua verdadeira mãe e de suas raízes. Nessa jornada, ela enfrentará a intolerância religiosa dos tempos da Inquisição.

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— Estamos aqui nesta pequena aldeia, e vocês acham que sou uma estrangeira, por isso se interessam pelo que tenho a contar. Nunca viajaram, não sabem o que se passa além das montanhas, mas eu posso lhes dizer: não há necessidade de louvar a terra. Ela sempre será generosa com esta comunidade. O importante é louvar o ser humano. Vocês dizem que amam viajar? Estão usando a palavra errada — o amor é uma relação entre as pessoas.

“Vocês desejam que a colheita seja fértil e por isso decidiram amar a terra? Outra bobagem: o amor não é desejo, não é conhecimento, não é admiração. É um desafio, um fogo que arde sem que possamos ver. Por isso, se acham que sou uma estranha nesta terra, estão enganados: tudo me é familiar, porque venho com esta força, com esta chama, e quando partir ninguém mais será o mesmo. Trago o amor de verdade, não aquele que ensinaram os livros e os contos de fadas.“

O “marido” de um dos “casais” começou a me olhar. A mulher ficou perdida com sua reação.

Durante o resto do exercício, o diretor — melhor dizendo, o bom homem — fazia o possível para explicar às pessoas a importância de manter as tradições, louvar a terra, pedir que ela fosse generosa este ano como tinha sido no ano passado. Eu apenas falava de amor.

— Ele diz que a terra quer ritos? Pois eu garanto: se vocês tiverem amor suficiente entre vocês, a colheita será farta, porque este é um sentimento que tudo transforma. Mas o que eu vejo? Amizade. A paixão já se extinguiu há muito tempo, porque já se acostumaram uns com os outros. É por isso que a terra dá apenas o que deu no ano anterior, nem mais nem menos. E é por isso que, no escuro de suas almas, vocês reclamam silenciosamente que nada em suas vidas muda. Por quê? Porque tentaram controlar a força que tudo transforma, de modo que suas vidas pudessem continuar sem grandes desafios.

O bom homem explicava:

— Nossa comunidade sempre sobreviveu porque respeitou as leis, e até mesmo o amor é guiado por elas. Aquele que se apaixona sem levar em conta o bem comum, irá sempre viver em constante angústia: de ferir sua companhia, de irritar sua nova paixão, de perder tudo que construiu. Uma estrangeira sem laços e sem história pode dizer o que quiser, mas não sabe as dificuldades que tivemos antes de chegar onde chegamos. Não sabe o sacrifício que fizemos por nossos filhos. Desconhece o fato de que trabalhamos sem descanso para que a terra seja generosa, a paz esteja conosco, as provisões possam ser armazenadas para o dia de amanhã.

Durante uma hora eu defendi a paixão que tudo devora, enquanto o bom homem falava do sentimento que traz paz e tranqüilidade. No final, eu fiquei falando sozinha, enquanto a comunidade inteira se reunia em torno dele.

Havia feito meu papel com um entusiasmo e uma fé que jamais imaginara possuir; apesar de tudo, a estrangeira partia da pequena aldeia sem ter convencido ninguém.

E isso me deixava muito, muito contente.

Heron Ryan, jornalista

Um velho amigo meu costuma dizer: “a gente aprende 25 % com o mestre, 25 % escutando a si mesmo, 25 % com os amigos, e 25 % com o tempo”. No primeiro encontro na casa de Athena, onde ela pretendia terminar a aula interrompida no teatro, todos nós aprendemos com… não sei.

Nos esperava na pequena sala de seu apartamento, junto com o filho. Reparei que o lugar era totalmente branco, vazio, exceto por um móvel com um aparelho de som em cima, e uma pilha de CDs. Estranhei a presença da criança, que devia aborrecer-se com uma conferência; esperava que continuasse no momento onde tinha parado — comandos através de palavras. Mas ela tinha outros planos; explicou que ia colocar uma música vinda da Sibéria, e que todos simplesmente deviam escutar.

Mais nada.

— Eu não consigo chegar a lugar nenhum através da meditação — disse. — Vejo estas pessoas sentadas de olhos fechados, um sorriso nos lábios, suas caras sérias, a postura arrogante, concentradíssimas em absolutamente nada, convencidas que estão em contato com Deus ou com a Deusa. Pelo menos, escutaremos música juntos.

De novo, aquela sensação de mal-estar, como se Athena não soubesse exatamente o que fazia. Mas quase todos os atores de teatro estavam ali, inclusive o diretor — que segundo Andrea fora espionar o campo inimigo.

A música terminou.

— Desta vez, dancem em um ritmo que não tenha nada, absolutamente nada a ver com a melodia.

Athena colocou-a de novo, com o volume bem mais alto, e começou a mover seu corpo sem qualquer harmonia. Apenas um senhor mais velho, que na peça representava um rei bêbado, fez o que tinha sido mandado. Ninguém se mexeu; as pessoas pareciam um pouco constrangidas. Uma delas olhou o relógio — haviam se passado apenas dez minutos.

Athena parou e olhou em volta:

— Por que estão parados?

— Me parece… um pouco ridículo fazer isso — escutou-se a voz tímida de uma atriz. — Aprendemos a harmonia, não o oposto.

— Pois façam o que digo. Precisam de uma explicação intelectual? Eu dou: as mudanças só acontecem quando fazemos algo que vai contra, totalmente contra tudo que estamos acostumados.

E virando-se para o “rei bêbado”:

— Por que você aceitou seguir a música fora do ritmo?

— Nada mais fácil: nunca aprendi a dançar.

Todos riram, e a nuvem escura que estava pairando no lugar pareceu ir embora.

— Muito bem, vou começar de novo, e vocês podem seguir o que sugiro, ou podem ir embora — desta vez sou eu quem decide a hora de terminar a conferência. Uma das coisas mais agressivas no ser humano é ir contra o que acha bonito, e faremos isso hoje. Vamos dançar mal. Todo mundo.

Era apenas uma experiência a mais, e para não deixar constrangida a dona da casa, todo mundo dançou mal. Eu lutava contra mim mesmo, porque a tendência era seguir aquela percussão maravilhosa, misteriosa. Sentia-me como se estivesse agredindo os músicos que a tocavam, o compositor que a imaginou. Volta e meia meu corpo queria lutar contra a falta de harmonia, e eu o obrigava a comportar-se como estava mandando. O garoto também dançava, rindo o tempo inteiro, mas em determinado momento parou e sentou-se no sofá, talvez exausto pelo esforço que estava fazendo. O CD foi desligado no meio de um acorde.

— Esperem.

Todos esperaram.

— Vou fazer algo que nunca fiz.

Ela fechou os olhos, e colocou a cabeça entre as mãos.

— Nunca dancei fora do ritmo…

Então, a prova parecia ter sido pior para ela que para qualquer um de nós.

— Estou mal…

Tanto o diretor como eu nos levantamos. Andrea me olhou com certa fúria, mesmo assim fui até Athena. Antes que a tocasse, ela pediu que voltássemos aos nossos lugares.

— Alguém quer dizer algo? — sua voz parecia frágil, trêmula, e ela não tirava o rosto das mãos.

— Eu quero.

Era Andrea.

— Antes, pegue meu filho e diga-lhe que está tudo bem com sua mãe. Mas preciso continuar assim, enquanto for necessário.

Viorel parecia assustado; Andrea sentou-o em seu colo e acariciou-o.

— O que você quer dizer?

— Nada. Mudei de idéia.

— A criança fez você mudar de idéia. Mas continue.

Lentamente, Athena foi descobrindo o rosto, levantando a cabeça, e sua fisionomia era de uma estranha.

— Não vou falar.

— Está bem. Então você — apontou para o velho ator — vá ao médico amanhã. Isso de não conseguir dormir, ir ao banheiro a noite inteira, é sério. É um câncer na próstata.

O homem ficou lívido.

— E você — apontou para o diretor — assuma sua identidade sexual. Não tenha medo. Aceite que detesta mulheres, e que ama os homens.

— O que você está…

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