Paolo Coelho - A bruxa de Portobello

Здесь есть возможность читать онлайн «Paolo Coelho - A bruxa de Portobello» весь текст электронной книги совершенно бесплатно (целиком полную версию без сокращений). В некоторых случаях можно слушать аудио, скачать через торрент в формате fb2 и присутствует краткое содержание. Жанр: Современная проза, на португальском языке. Описание произведения, (предисловие) а так же отзывы посетителей доступны на портале библиотеки ЛибКат.

A bruxa de Portobello: краткое содержание, описание и аннотация

Предлагаем к чтению аннотацию, описание, краткое содержание или предисловие (зависит от того, что написал сам автор книги «A bruxa de Portobello»). Если вы не нашли необходимую информацию о книге — напишите в комментариях, мы постараемся отыскать её.

Uma reflexão sobre a espiritualidade, a moral e as relações familiares. Narra 21 anos na vida de Athena, uma jovem originária da Transilvânia adotada por libaneses, que parte em busca de sua verdadeira mãe e de suas raízes. Nessa jornada, ela enfrentará a intolerância religiosa dos tempos da Inquisição.

A bruxa de Portobello — читать онлайн бесплатно полную книгу (весь текст) целиком

Ниже представлен текст книги, разбитый по страницам. Система сохранения места последней прочитанной страницы, позволяет с удобством читать онлайн бесплатно книгу «A bruxa de Portobello», без необходимости каждый раз заново искать на чём Вы остановились. Поставьте закладку, и сможете в любой момент перейти на страницу, на которой закончили чтение.

Тёмная тема
Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

— Você sempre está de olhos abertos; acho que faz parte de sua profissão. E vai falar dos momentos em que todos se comportaram da mesma maneira. Conversamos muito sobre isso no bar, depois que saímos dos ensaios.

— Um historiador me disse que, no templo da Grécia onde se profetizava o futuro ( N.R.: Delfos, dedicado a Apolo ) havia uma pedra em mármore, justamente chamada “umbigo”. Relatos da época contam que ali estava o centro do planeta. Fui para os arquivos do jornal fazer algumas pesquisas: em Petra, na Jordânia, existe outro “umbigo cônico”, simbolizando não apenas o centro do planeta, mas do universo inteiro. Tanto o de Delfos como o de Petra procuram mostrar o eixo por onde transita a energia do mundo, marcando de modo visível algo que se manifesta apenas no plano, digamos, “invisível”. Jerusalém é chamada também de umbigo do mundo, como uma ilha no oceano Pacífico, e outro lugar que esqueci — porque jamais associei uma coisa com outra.

— A dança!

— O que você está dizendo?

— Nada.

— Eu sei o que você está dizendo: as danças orientais do ventre, as mais antigas que se tem notícia, e onde tudo gira em torno do umbigo. Quis evitar o assunto, porque eu lhe contei que na Transilvânia tinha visto Athena dançar. Ela estava vestida, embora…

— … embora o movimento começasse no umbigo, para só então espalhar-se pelo resto do corpo.

Tinha razão.

Melhor mudar de assunto de novo, conversar sobre teatro, sobre as coisas aborrecidas do jornalismo, beber um pouco, terminar na cama fazendo amor enquanto começava a chover lá fora. Percebi que, no momento do orgasmo, o corpo de Andrea girava em torno do umbigo — eu já tinha visto isso centenas de vezes, e nunca prestara atenção.

Antoine Locadour, historiador

Heron começou a gastar uma fortuna em telefonemas para a França, pedindo que conseguisse todo o material até aquele final de semana, insistindo nesta história de umbigo — que me parecia a coisa mais desinteressante e menos romântica do mundo. Mas, enfim, ingleses não costumam ver as mesmas coisas que os franceses vêem; e, em vez de fazer perguntas, procurei pesquisar o que a ciência dizia a respeito.

Logo percebi que conhecimentos históricos não eram suficientes — eu podia localizar um monumento aqui, um dólmen ali, mas o curioso é que as culturas antigas pareciam concordar em torno do mesmo tema, e usar a mesma palavra para definir os lugares que considerava sagrados. Nunca tinha prestado atenção nisso, e o assunto passou a me interessar. Quando vi o excesso de coincidências, fui em busca de algo complementar: o comportamento humano e suas crenças.

A primeira explicação, mais lógica, logo foi descartada: através do cordão umbilical somos alimentados, ele é o centro da vida. Um psicólogo logo me disse que esta teoria não fazia o menor sentido: a idéia central do homem é sempre “cortar” o cordão, e a partir daí o cérebro ou o coração tornam-se símbolos mais importantes.

Quando estamos interessados em um assunto, tudo a nossa volta parece referir-se a ele (os místicos chamam de “sinais”, os céticos de “coincidência”, e os psicólogos de “foco concentrado”, embora eu ainda precise definir como os historiadores devem referir-se ao tema). Certa noite, minha filha adolescente apareceu em casa com um piercing no umbigo.

— Por que fez isso?

— Porque me deu vontade.

Explicação absolutamente natural e verdadeira, mesmo para um historiador que precisa achar um motivo para tudo. Quando entrei em seu quarto, vi um pôster de sua cantora favorita: o ventre estava de fora, e o umbigo, também naquela foto na parede, parecia ser o centro do mundo.

Telefonei para Heron, e perguntei por que estava tão interessado. Pela primeira vez me contou sobre o que se passara no teatro, como as pessoas haviam reagido de maneira espontânea, mas inesperada, a um comando. Impossível arrancar mais informações de minha filha, de modo que resolvi consultar especialistas.

Ninguém parecia dar muita atenção ao assunto, até que encontrei François Shepka, um psicólogo indiano ( N.R.: nome e nacionalidade trocados por expresso desejo do cientista ) que estava começando a revolucionar as terapias atualmente em uso: segundo ele, esta história de voltar à infância para resolver os traumas nunca tinha levado o ser humano a lugar nenhum — muitos problemas que já haviam sido superados pela vida terminavam retornando, e as pessoas adultas recomeçavam a culpar seus pais pelos fracassos e derrotas. Shepka estava em plena guerra com as sociedades psicanalíticas francesas, e uma conversa sobre temas absurdos — como o umbigo — pareceu relaxá-lo.

Ficou entusiasmado com o tema, mas não o abordou imediatamente. Disse que para um dos mais respeitados psicanalistas da história, o suíço Carl Gustav Jung, nós todos bebemos em uma mesma fonte. Chama-se “alma do mundo”; embora sempre tentemos ser indivíduos independentes, uma parte de nossa memória é a mesma. Todos buscam o ideal da beleza, da dança, da divindade, da música.

A sociedade, entretanto, se encarrega de definir como estes ideais vão se manifestar no plano real. Assim, por exemplo, hoje em dia o ideal de beleza é ser magra, enquanto há milhares de anos as imagens das deusas eram gordas. O mesmo acontece com a felicidade: existe uma série de regras que, se você não seguir, seu consciente não aceitará a idéia de que é feliz.

Jung costumava classificar o progresso individual em quatro etapas: a primeira era a Persona — máscara que usamos todos os dias, fingindo quem somos. Acreditamos que o mundo depende de nós, que somos ótimos pais e nossos filhos não nos compreendem, que os patrões são injustos, que o sonho do ser humano é não trabalhar nunca e passar a vida inteira viajando. Muitas pessoas se dão conta que algo está errado nesta história: mas, como não querem mudar nada, terminam afastando rapidamente o assunto de suas cabeças. Algumas poucas procuram entender o que está errado, e terminam encontrando a Sombra.

A Sombra é o nosso lado negro, que dita como devemos agir e nos comportar. Quando tentamos nos livrar da Persona, acendemos uma luz dentro de nós, e vemos as teias de aranha, a covardia, a mesquinhez. A Sombra está ali para impedir nosso progresso — e geralmente consegue, voltamos correndo para ser quem éramos antes de duvidar. Entretanto, alguns sobrevivem a este embate com suas teias de aranha, dizendo: “sim, tenho uma série de defeitos, mas sou digno, e quero ir adiante”.

Neste momento, a Sombra desaparece, e entramos em contato com a Alma.

Por Alma, Jung não está definindo nada religioso; fala de uma volta à tal Alma do Mundo, fonte do conhecimento. Os instintos começam a se tornar mais aguçados, as emoções são radicais, os sinais da vida são mais importantes que a lógica, a percepção da realidade já não é tão rígida. Começamos a lidar com coisas com as quais não estamos acostumados, passamos a reagir de maneira inesperada para nós mesmos.

E descobrimos que, se conseguirmos canalizar todo este jorro de energia contínua, vamos organizá-lo em um centro muito sólido, que Jung chama de O Velho Sábio para os homens, ou a Grande Mãe para as mulheres.

Permitir esta manifestação é algo perigoso. Geralmente, quem chega ali, tem a tendência a considerar-se santo, domador de espíritos, profeta. É preciso muita maturidade para entrar em contato com a energia do Velho Sábio ou da Grande Mãe.

— Jung enlouqueceu — disse meu amigo, depois de me explicar as quatro etapas descritas pelo psicanalista suíço. — Quando entrou em contato com seu Velho Sábio, começou a dizer que era guiado por um espírito, chamado Philemon.

Читать дальше
Тёмная тема
Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

Похожие книги на «A bruxa de Portobello»

Представляем Вашему вниманию похожие книги на «A bruxa de Portobello» списком для выбора. Мы отобрали схожую по названию и смыслу литературу в надежде предоставить читателям больше вариантов отыскать новые, интересные, ещё непрочитанные произведения.


Отзывы о книге «A bruxa de Portobello»

Обсуждение, отзывы о книге «A bruxa de Portobello» и просто собственные мнения читателей. Оставьте ваши комментарии, напишите, что Вы думаете о произведении, его смысле или главных героях. Укажите что конкретно понравилось, а что нет, и почему Вы так считаете.

x