Paolo Coelho - A bruxa de Portobello
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— Façam um gesto que signifique “sagrado”.
Cruzei meus braços no peito, como se estivesse abraçando todos os entes queridos. Soube mais tarde que a maior parte abriu os braços em forma de cruz, e uma das meninas abriu as pernas, como se estivesse fazendo amor.
— Voltem a relaxar. Voltem a esquecer tudo, e mantenham os olhos fechados. Não estou criticando nada, mas, pelos gestos que vi, vocês estão dando uma forma ao que consideram sagrado. Eu não quero isso — peço que, na próxima palavra, não tentem defini-la como ela se manifesta neste mundo. Abram seus canais, deixem que esta intoxicação de realidade se afaste. Sejam abstratos; e aí estarão entrando no mundo para onde os estou guiando.
A última frase soou com tal autoridade, que senti a energia do lugar mudando. Agora a voz sabia a que lugar desejava nos conduzir. Uma mestra, em vez de uma conferencista.
— Terra — disse ela.
De repente entendi do que estava falando. Já não era minha imaginação que contava, mas meu corpo em contato com o solo. Eu era a Terra.
— Façam um gesto que represente Terra.
Não me movi; eu era o solo daquele palco.
— Perfeito — disse ela. — Ninguém se mexeu. Todos, pela primeira vez, experimentaram o mesmo sentimento; em vez de descrever algo, se transformaram na idéia.
De novo ficou em silêncio pelo que imaginei serem longos cinco minutos. O silêncio nos deixava perdidos, incapazes de distinguir se ela não sabia como continuar, ou se não conhecia nosso intenso ritmo de trabalho.
— Vou dizer uma terceira palavra.
Deu uma pausa.
— Centro.
Eu senti — e isso foi um movimento inconsciente — que toda a minha energia vital ia para o umbigo, e ali brilhava como se fosse uma luz amarela. Aquilo me deu medo: se alguém o tocasse, eu poderia morrer.
— Gesto de centro!
A frase veio como um comando. Imediatamente coloquei as mãos no ventre, para me proteger.
— Perfeito — disse Athena. — Podem sentar-se.
Abri os olhos e notei as luzes do palco lá em cima, distantes, apagadas. Esfreguei o rosto, levantei-me do chão, notando que meus companheiros estavam surpresos.
— É isso a conferência? — disse o diretor.
— Pode chamar de conferência.
— Obrigado por ter vindo. Agora, se nos der licença, temos que começar os ensaios da próxima peça.
— Mas não terminei ainda.
— Deixamos para outro momento.
Todos pareciam confusos com a reação do diretor. Depois da dúvida inicial, penso que estávamos gostando — era algo diferente, nada de representar coisas ou pessoas, nada de imaginar imagens como maçãs, velas. Nada de sentar-se em círculo de mãos dadas, e fingir que se está praticando um ritual sagrado. Era simplesmente algo absurdo, e queríamos saber onde iria parar.
Athena, sem demonstrar qualquer emoção, abaixou-se para pegar sua bolsa. Neste momento, escutamos uma voz na platéia:
— Que maravilha!
Heron tinha vindo com ela. E o diretor tinha medo dele, porque conhecia os críticos de teatro do jornal onde trabalhava, e tinha excelentes relações na mídia.
— Vocês deixaram de ser indivíduos, e passaram a ser idéias! Que pena que estão ocupados, mas não se preocupe, Athena, encontraremos um outro grupo onde eu possa ver como termina sua conferência. Tenho meus contatos.
Eu ainda me lembrava da luz viajando por todo o meu corpo, e concentrando-se no meu umbigo. Quem era aquela mulher? Será que meus companheiros tinham experimentado a mesma coisa?
— Um momento — disse o diretor, olhando a cara de surpresa de todos os que estavam ali. — Quem sabe podemos adiar os ensaios hoje, e…
— Não devem. Porque eu tenho que voltar ao jornal agora, para escrever sobre esta mulher. Continuem fazendo o que sempre fizeram: acabo de descobrir uma excelente história.
Se Athena parecia perdida no meio da discussão dos dois homens, não demonstrou nada. Desceu do palco, e acompanhou Heron. Nos viramos para o diretor, perguntando por que havia reagido assim.
— Com todo o respeito por Andrea, acho que nossa conversa sobre sexo no restaurante foi muito mais rica do que estas bobagens que acabamos de fazer. Repararam como ela ficava em silêncio? Não tinha idéia de como continuar!
— Mas eu senti uma coisa estranha — disse um dos atores mais velhos. — Na hora que ela disse “centro”, pareceu que toda a minha força vital se concentrava em meu umbigo. Nunca havia experimentado isso.
— Você… tem certeza? — era uma atriz que, pelo tom de suas palavras, havia sentido a mesma coisa.
— Essa mulher parece uma bruxa — disse o diretor, interrompendo a conversa. — Vamos voltar ao trabalho.
Começamos com alongamento, aquecimento, meditação, tudo conforme o manual. Em seguida, algumas improvisações, e logo partimos para a leitura do novo texto. Aos poucos, a presença de Athena parecia estar se dissolvendo, tudo voltava a ser o que era — um teatro, um ritual criado pelos gregos há milênios, onde costumávamos fingir que éramos gente diferente.
Mas era apenas representação. Athena era diferente, e eu estava disposta a tornar a vê-la, principalmente depois do que o diretor dissera a seu respeito.
Heron Ryan, jornalista
Sem que soubesse, eu havia seguido os mesmos passos que sugerira aos atores, obedecido a tudo que mandara — sendo que a única diferença é que mantinha os olhos abertos para acompanhar o que acontecia no palco. No momento em que dissera “gesto de centro”, eu colocara a mão no meu umbigo, e, para minha surpresa, vi que todos, inclusive o diretor, tinham feito a mesma coisa. O que era aquilo?
Naquela tarde precisava escrever um artigo aborrecidíssimo sobre a visita de um chefe de Estado à Inglaterra, uma verdadeira prova de paciência. No intervalo dos telefonemas, para distrair-me, resolvi perguntar a colegas de redação que gesto fariam se eu pedisse para designar “centro”. A maior parte brincou, comentando sobre partidos políticos. Um apontou para o centro do planeta. Outro colocou a mão no coração. Ninguém, mas absolutamente ninguém mesmo, entendia o umbigo como o centro de qualquer coisa.
Finalmente, uma das pessoas com quem consegui conversar naquela tarde, me explicou algo interessante. Ao voltar para casa, Andrea já estava de banho tomado, tinha colocado a mesa, e me esperava para jantar. Abriu uma garrafa de vinho caríssimo, encheu duas taças, e me estendeu uma.
— Então, como foi o jantar ontem à noite?
Por quanto tempo um homem pode conviver com uma mentira? Não queria perder a mulher que estava diante de mim, que me fazia companhia nas horas difíceis, que sempre estava ao meu lado quando me sentia incapaz de encontrar um sentido para minha vida. Eu a amava, mas, no mundo louco em que estava mergulhando sem saber, meu coração estava distante, procurando adaptar-se a algo que talvez conhecesse, mas que não podia aceitar: ser grande o suficiente para duas pessoas.
Como eu jamais arriscaria deixar o certo pela dúvida, procurei minimizar o que se passara no restaurante. Principalmente porque não acontecera absolutamente nada, além de trocas de versos de um poeta que havia sofrido muito por amor.
— Athena é uma pessoa difícil de se conviver.
Andrea riu.
— E justamente por isso deve ser interessantíssima para os homens; desperta este instinto de proteção que vocês têm, e que cada vez usam menos.
Melhor mudar de assunto. Sempre tive a certeza que as mulheres têm uma capacidade sobrenatural para saber o que se passa na alma de um homem. São todas feiticeiras.
— Andei fazendo algumas pesquisas sobre o que aconteceu hoje no teatro. Você não sabe, mas eu estava de olhos abertos durante os exercícios.
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